A Reforma Protestante (Martinho Lutero, Ulrico Zuínglio e João Calvino). Os Grandes Avivamentos; introdução às denominações protestantes que surgiram após a Reforma. O que são indulgências? O que significa eclésia?

The Protestant Reformation (Martin Luther, Ulrich Zwingli and John Calvin). The Great Awakenings; an introduction to the Protestant denominations that emerged after the Reformation. What are indulgences? What does ecclesia mean?


A reforma Protestante: Lutero, Zuínglio, Calvino




Neste estudo nós vamos abordar a Reforma Protestante, contando a história de Martinho Lutero, Ulrico Zuínglio e João Calvino. Depois eu darei uma introdução sobre as várias denominações protestantes que se seguiram à reforma do século XVI. Elas serão explicadas com mais detalhes em outras páginas.

Os iniciadores da Reforma Protestante: Martinho Lutero, Ulrico Zuínglio e João Calvino

Martinho Lutero (Martin Luther – 1483-1546) nasceu em Eisleben, Alemanha. Ingressou na Universidade de Erfurt em 1501 e concluiu seu mestrado em direito em 1505. Nesse mesmo ano, após uma terrível tempestade quando voltava da casa dos pais, um raio quase o fulminou e, com muito medo de morrer e ir para o inferno por julgamento divino, ele fez um voto de se tornar monge. Entrou para a ordem Agostiniana (ordenado sacerdote em 1507) e se tornou professor de teologia na Universidade de Wittenberg (graduou-se Doutor em Teologia em 1512). Durante esse período, estudou grego e hebraico, conhecimentos que logo utilizaria para a sua própria tradução da Bíblia, do latim para o alemão. Em 1510 visitou Roma, de onde regressou bastante decepcionado. Contestou diversos dogmas do catolicismo romano, sobretudo a doutrina de que o perdão de Deus poderia ser adquirido pelo comércio das indulgências (em especial, um ato realizado por Johann Tetzel em 1516, um pregador e frade católico Dominicano, que viveu no período de 1465-1519) e essa discordância o levou a escrever 95 teses em 1517, que pregou na porta da igreja do Castelo de Wittenberg, dando início à reforma protestante.

Indulgência significa conceder ao pecador os meios para se livrar das conseqüências punitivas dos seus pecados, ou seja, as autoridades eclesiásticas concediam indulgências para reduzir as penitências muito longas e severas para os que tinham cometido graves pecados; assim eles receberiam o perdão de Deus. Isso começou a acontecer a partir do século III. No século VI as graves penitências canônicas foram substituídas por penitências mais leves como orações, esmolas e jejuns e, até o século X elas consistiam em donativos piedosos, peregrinações e outras boas obras. Depois, no século XI e XII, elas começaram a ser relacionadas não mais com a penitência, mas com remissão da pena temporal devida ao pecado, ou seja, livrar ou abreviar o tempo de vida do pecador no purgatório, antes que fosse para o inferno. Na Idade Média os documentos emitidos pelas autoridades eclesiásticas divulgavam indulgências de centenas ou mesmo milhares de anos. Alguns Concílios tentaram limitar esse tempo em apenas 40 dias para corrigir esse abuso [o Quarto Concílio de Latrão em 1215 e Concílio de Ravena em 1317]. Infelizmente, no final da Idade Média os abusos cresceram, ao ponto de serem livremente vendidas por profissionais ‘perdoadores’ que afirmavam: ‘Assim que uma moeda tilinta no cofre, uma alma sai do purgatório’ (Johann Tetzel). Em 1517, o Papa Leão X concedia indulgências para aqueles que, com suas esmolas, ajudassem a reconstruir a Basílica de São Pedro, em Roma. Johann Tetzel (1465-1519), um pregador e frade católico da ordem de São Domingos (os Dominicanos) fez um marketing bastante agressivo em cima desse tema usando a frase acima, literalmente vendendo indulgências em troca de dinheiro, muito mesmo, o que recebeu a punição papal e foi contraditado por Martinho Lutero (escreveu 95 teses), afirmando que as indulgências não levariam as almas diretamente para o céu, nem pagariam seu preço para livrá-las do purgatório, pois a salvação era concedida pela fé em Jesus Cristo, embora não negasse o direito da Igreja ou do Papa de conceder perdões ou penitências. Suas teses foram impressas e em duas semanas já haviam se espalhado por toda a Alemanha e, em dois meses, por toda a Europa.

Lutero também desafiou a autoridade igual da tradição da Igreja e das Escrituras, i.e., era a Bíblia, não o Papa ou a Igreja, que seria a fonte mais confiável de conhecimento da verdade revelada por Deus (fonte: Wikipedia.org), bem como condenou a coleção de relíquias, estabelecidas por Frederico III, o sábio, Príncipe da Saxônia.

Em 1518, Lutero foi considerado herege pela Inquisição, e convidado para uma audiência com o cardeal romano durante a reunião das cortes imperiais de Augsburg, onde não se retratou de sua doutrina.

O termo Inquisição Medieval cobre os tribunais do século XII (com início na França em 1184, a Inquisição Episcopal; depois, a Inquisição Romana em 1230, sob controle Papal) até meados do século XV (final da Idade Média e início do Renascimento). Mas foi ampliado em resposta à Reforma Protestante (iniciada com as 95 teses de Lutero em 1517) e à Contra-Reforma Católica (a partir de 1545), alargando-se a outros países europeus além da Itália (Roma), resultando na Inquisição Espanhola (1478 – por Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela, para manter a ortodoxia católica nos seus reinos) e Portuguesa (conhecida como Tribunal do Santo Ofício, de 23/05/1536 a 31/03/1821, que julgava em especial os judeus convertidos ao cristianismo, que traziam muito de suas antigas práticas judaizantes para a nova religião). Resumindo: aproximadamente 637 anos, quase sete séculos de Inquisição.

Tabela das Épocas da Humanidade


Idade Data Detalhes
Idade Antiga ou Antiguidade 4000-3500 AC–476 DC Da invenção da escrita à queda do Império Romano do Ocidente
Antiguidade clássica, Era Clássica, Período Clássico ou Idade Clássica séc. VIII AC – séc. V DC Centrada nas civilizações antigas do mar Mediterrâneo, o mundo greco-romano
Idade Média ou Medieval 476–1499 Da Queda do I.R. do Ocidente à queda de Constantinopla (I.R. Oriente – 1453) ou após o descobrimento da América em 1492 por Cristóvão Colombo.
Alta Idade Média 476–999 O período medieval é um evento estritamente europeu.
Baixa Idade Média 1000–1499 O período medieval é um evento estritamente europeu.
Idade Moderna 1500–1789 Até a Revolução Francesa (1789) e a ascensão de Napoleão Bonaparte
Idade Contemporânea 1789 em diante Da Revolução Francesa (1789) até hoje na História ocidental


Após a escolha papal de Carlos V de Habsburgo (Carlos I de Espanha) como imperador em 1519, o processo de Lutero, que tinha ficado em suspenso por algum tempo, voltou a ser revisto. Ele foi levado diante do Papa Leão X em 1520 e do imperador Carlos V, do Sacro Império Romano Germânico, na Dieta de Worms (dieta = uma conferência governativa) em 1521, mas não se retratou de seus escritos, o que causou sua excomunhão da Igreja Católica Apostólica Romana. Embora não negasse o direito da Igreja ou do Papa de conceder perdões ou penitências, Lutero defendia a tese de que as indulgências não levariam as almas diretamente para o céu, nem pagariam seu preço para livrá-las do purgatório, pois a salvação era concedida gratuitamente por Deus pela fé dos homens em Jesus Cristo. Ao contrário de João Calvino, Lutero sustentou a doutrina de que a alma de um cristão dorme depois de ser separada do corpo na morte. Ele também rejeitou a existência do purgatório. Ele afirmou a continuidade da identidade pessoal de uma pessoa após a morte.

Os ex-Agostinianos de Wittenberg que se revoltaram no final de 1521 terminaram com as missas para passar para outra forma de adoração, mas eles desagradaram Lutero por causa de sua violência e intolerância. Apesar disso, eles insistiam na abolição da missa, na eliminação das imagens nas igrejas e na ab-rogação do celibato. Os luteranos ainda consideravam válido o batismo de crianças ao contrário da ala radical da Reforma Protestante, os anabatistas, que acreditam que o batismo só tem valor quando as pessoas se convertem conscientemente a Cristo.

Em 1522, durante um período de retiro forçado de um ano no Castelo de Wartburg, em Eisenach, por proteção de Frederico III, Lutero traduziu o Novo Testamento do original grego para o alemão em apenas onze semanas. Contudo, não foi o primeiro tradutor da Bíblia para alemão. Já havia várias traduções mais antigas. Naquele lugar, por exemplo, ele escreveu sobre outros assuntos, negando a obrigatoriedade da confissão e admitindo a confissão privada voluntária. Segundo as ordens do imperador, qualquer um poderia matar Lutero, sem nenhuma punição, pois fora considerado inimigo do Estado.

Em abril de 1523, Lutero ajudou 12 freiras cistercienses (ordem beneditina reformada) a escaparem do convento. Uma delas, Catarina de Bora (1499–1552), de família nobre, se casou com Lutero em 1525 (Ele tinha 42 anos e ela, 26). Eles tiveram 6 filhos, 3 meninos e 3 meninas. Isso incentivou o casamento de outros padres e freiras que haviam adotado a Reforma, rompendo definitivamente com a Igreja Romana.

Em seus últimos anos, Lutero mostrou-se radical em suas propostas contrárias aos judeus alemães, tendo sido inclusive considerado posteriormente um anti-semita, incendiando sinagogas e escolas, apreendendo seus bens e dinheiro, expulsando-os e submetendo-os a trabalhos forçados e, ao que parece, até aconselhando seus assassinatos. Ele os considerava mentirosos e escreveu dois trabalhos em 1543. Sua campanha contra os judeus teve sucesso na Saxônia e Brandenburgo (Dois dos 16 estados federados da Alemanha) e Silésia (região histórica dividida entre a Polônia, República Tcheca e a Alemanha). O anti-semitismo de Lutero persistiu após a sua morte (1546) e essa tendência auxiliou na fundamentação do ideal do nazismo na década de 1930 e 1940. Desde os anos 1980, alguns órgãos da Igreja Luterana formalmente denunciaram e dissociaram-se dos escritos de Lutero sobre os judeus.

Martinho Lutero queria reformar a Igreja Católica, enquanto João Calvino acreditava que a Igreja estava tão degenerada, que não havia como reformá-la. Calvino queria organizar uma nova Igreja com doutrina e alguns costumes semelhantes à Igreja Primitiva. Lutero acabou se distanciando do seu plano original de reformar a Igreja Católica e fundou o Protestantismo, que seguia a doutrina registrada na bíblia, não tradições religiosas, e cujos usos e costumes não ficariam presos a convenções ou épocas.

Lutero morreu de morte natural, mas não se sabe exatamente a causa. Foi sepultado na Igreja de Wittenberg.


Martinho Lutero


Ulrico Zuínglio [em alemão: Huldreych, Huldreich ou Ulrich Zwingli (1484-1531)] foi um teólogo suíço. Inicialmente um capelão da igreja Católica, ele se chocou com as exuberantes práticas religiosas dos fiéis e com as práticas do clero de vender favores divinos, bênçãos, cargos eclesiásticos, prosperidade material, bens espirituais, coisas sagradas, etc. em troca de dinheiro. Essa percepção o levou mais tarde a ser o principal líder da Reforma Protestante na Suíça. Em 1519 em Zurique, em suas pregações ele começou a criticar as indulgências e a comentar a Bíblia segundo o ‘evangelho puro’, inspirando-se nos escritos de Lutero e Erasmo. Também se posicionou contra o celibato eclesiástico.

Em agosto de 1519, a cidade de Zurique foi atingida por um surto de peste. Em setembro, ele pegou a doença e quase morreu, mas se recuperou. Em 1522 se casou secretamente com Anna Reinhard, uma viúva, com a qual desposou publicamente em 1524. Eles tiveram quatro filhos.

A partir de 1522 começou a criticar cada vez mais radicalmente a devoção a Virgem Maria e aos santos, a autoridade dos dogmas e disciplinas dos concílios e dos papas, o culto das imagens e a missa como sacrifício. Por isso, o bispo de Constança proibiu-o de pregar, acusando-o de heresia. Então, ele se dedicou à obra da reforma e escreveu 67 pequenos artigos de fé, onde afirmava que Cristo é a única autoridade da igreja e que a salvação se opera pela fé.

Ele defendia o batismo infantil, uma vez que nenhuma lei proíbe a prática. Para ele, o batismo era um sinal de aliança com Deus, substituindo assim a circuncisão no Antigo Testamento. Em um escrito seu, ele negou a salvação pelas obras, a intercessão dos santos, a obrigatoriedade dos votos monásticos e a existência do purgatório, o que Lutero já tinha feito. Num ponto eles divergiam: Zuínglio afirmava o caráter simbólico da eucaristia, ou seja, negava o caráter sacrificial da missa, divergindo de Martinho Lutero, que tomava de forma literal as palavras de Cristo ‘este é o meu corpo’.

Zuínglio não deixou uma igreja organizada, mas as suas doutrinas influenciaram as idéias calvinistas. O magistrado e a população de Zurique o apoiaram, levando a mudanças significantes na vida civil e assuntos de estado na cidade. O governo de Zurique anulou a proibição do bispo, introduziu a língua alemã na liturgia e aboliu o celibato eclesiástico. Cinco dos treze estados da Suíça adotaram a reforma protestante e outros cinco permaneceram ao lado da fé católica romana.

Entretanto, há um ponto um tanto delicado em sua doutrina, comparado com o de Lutero: a visão Luterana era movida pela fé e se focava na incapacidade do homem e na grande distância entre ele e Deus e que não há intermediários para ajudar ninguém transpô-la. Zuínglio, ao contrário, tinha uma visão racional e humanística, se focando na bondade essencial do homem, que faz com que ele esteja em condições de fazê-lo subir até Deus sozinho. Assim, a doutrina de Zuínglio reduz o pecado original a um simples vício hereditário não merecedor de condenação eterna; enfoca o valor positivo da Lei e não apenas o negativo; diz que a felicidade eterna é acessível também aos sábios pagãos que tivessem praticado a lei moral natural.


Ulrico Zuínglio


João Calvino (1509-1564) foi um teólogo, líder religioso e escritor cristão francês. Martinho Lutero escreveu as suas 95 teses em 1517 quando Calvino tinha apenas oito anos de idade, fazendo dele um pertencente à segunda geração da Reforma Protestante. Em 1529, pouco antes de atingir os vinte anos de idade, por vontade do pai, Calvino começou a seguir a carreira de Direito, interrompendo os estudos teológicos que ele gostava. Foi estudar Direito em Orléans, e em 1529 dirigiu-se a Bourges. Também estudou grego e hebraico, para conhecer mais profundamente as Escrituras. Com a morte de seu pai, em 1531, Calvino voltou a Paris e dedicou-se à literatura clássica. Em 1532 se formou bacharel em Direito em Orléans.

Não se sabe ao certo quando se deu sua conversão ao protestantismo, mas ela ocorreu por volta de 1532 e 1533 (com 23 ou 24 anos de idade) por influência de seu primo, Olivétan. Neste período, o papa Clemente VII pressionava o rei da França a reprimir os protestantes franceses, ou seja, para que aniquilasse a ‘heresia luterana’ e outras seitas que estavam ganhando influência naquela parte do Sacro Império Romano, além do que o reino francês enfrentava também a guerra contra os turcos.

Basicamente, Calvino condenava a Missa em termos violentos, comparando o ritual católico à bruxaria e acusava o Papa, os bispos, padres e monges de mentir e de blasfêmia, e rejeitava a doutrina católica da Missa como uma ‘reconstituição’ do sacrifício de Cristo na Cruz. Como Lutero, ele defendia a justificação pela fé e salvação pela graça; porém, tinha uma atitude mais radical no que se refere à organização das Igrejas, à liturgia e à relação com o mundo. Ele apoiava não só a reforma da Igreja, mas a de todos os indivíduos, uma sociedade daqueles que acreditam em Jesus Cristo. Calvino enfatizava que a igreja deveria ter o poder de excomunhão.

Ele apoiava a salvação pela fé (a doutrina de Paulo), a teoria da predestinação (Deus decide quem vai ser salvo), afirmava a presença de Deus igualmente na vida religiosa e secular, defendia os sacramentos como meio de graça (a ceia e o batismo, incluindo o batismo infantil) e tinha uma doutrina de ligação com o capitalismo, entretanto, dizendo que a riqueza só tinha razão de ser para ajudar os necessitados.

Ao contrário de Lutero, que defendia seu ponto de vista se entregando aos discursos e argumentos teológicos, os calvinistas usavam métodos mais agressivos no seu zelo religioso para defender suas idéias, como no caso dos painéis ou cartazes (placards) de 37x25 cm colocados em vários locais em 1534, criticando a celebração da Missa, tal como ela era realizada oficialmente pela Igreja Católica. Houve uma repressão em massa sobre dissidentes religiosos, quando a Igreja Católica organizou uma procissão pelas ruas, até com a participação do rei Francisco I (reinado: 1515-1547), que sucedeu Luís XII; e apenas naquele dia, seis protestantes foram queimados na fogueira como hereges. Em 1535, Calvino fugiu para Basiléia, cidade onde viveu até março de 1536.

Em 1535 foi publicada a primeira Bíblia protestante traduzida para o francês, diretamente do Hebraico (o Antigo Testamento) e do Grego (o Novo Testamento), não do Latim que era usado comumente. Quem a traduziu foi Pierre Robert Olivétan (1506-1538), primo de João Calvino. O texto foi novamente revisto com a colaboração de Calvino e publicado novamente em 1546.

Depois da Basiléia, Calvino foi para Genebra, na Suíça, mas foi expulso 1 ano e meio depois (1538) por problemas doutrinários, como por exemplo, ele se recusou a ministrar a Ceia com pão sem fermento. Então, se dirigiu a Estrasburgo, para uma igreja de protestantes franceses, onde começou a desenvolver sua doutrina e escrever comentários sobre a Epístola aos Romanos e sobre a Santa Ceia, fortalecendo a base do pensamento protestante: a doutrina da justificação através da fé. Para ele, os sacramentos só tinham sentido através da fé.

Calvino se casou em 1540 em Estrasburgo com a viúva de um anabatista. Ela se chamava Idelette de Bure e tinha dois filhos do primeiro casamento. A cerimônia foi realizada por um evangélico francês. Em 1541 houve um surto de peste negra (ou peste bubônica) em Estrasburgo e sua mulher e seus enteados procuraram abrigo na casa de um irmão dela, perto dali.

Em 1540 foi convidado a voltar a Genebra, reavendo seu posto ali, como era antes da sua expulsão e lá chegou em 1541. De acordo com as orientações bíblicas, ele começou a fazer uma constituição para a igreja, uma confissão de fé, um catecismo, uma liturgia, um hinário (o Saltério de Genebra) e a organizar os ministérios: pastores (pregavam), mestres (ensinavam), presbíteros ou anciãos (advertiam quanto ao comportamento e doutrina) e diáconos (ocupavam-se dos pobres e doentes, visto que mendigar era proibido).

Também criou uma espécie de tribunal eclesiástico (Consistório) para julgar os comportamentos individuais e pecados de acordo com a palavra de Deus, inclusive com o poder de decidir a excomunhão de um membro, e que era composto por pastores e doze anciãos. O consistório de Genebra julgava pecados como: adultério, casamentos ilícitos, maldições, luxo não autorizado, desrespeito na igreja, traços do catolicismo romano, blasfêmia ou jogo, dentre outros. Ao contrário do consistório de Genebra, os outros consistórios suíços foram dominados por autoridades seculares.

Em 1542, um filho de Calvino morreu pouco depois de nascer. Em 1549 morreu Idellete Calvino, por doença. João Calvino continuou seu trabalho até que faleceu com quase 55 anos em 1564 em Genebra de morte natural.


João Calvino

Os Grandes Avivamentos

Só um comentário sobre os chamados Grandes Despertares ou os Grandes Avivamentos:

• O Primeiro Grande Despertar ou Primeiro Grande Avivamento Evangélico foi uma série de avivamentos cristãos que ocorreu na Grã-Bretanha e nas suas treze colônias norte-americanas nas décadas de 1730 e 1740 (uns dizem 1755).
• O Segundo Grande Despertar (1790-1840) começou no EUA entre os presbiterianos, metodistas e batistas.
• O Terceiro Grande Despertar (1855-1930) influenciou denominações protestantes pietistas e ganhou força com a crença pós-milenista da Segunda Vinda de Cristo; surgiu o movimento missionário mundial e o cristianismo foi aplicado às questões sociais, causas morais como a abolição da escravidão. Surgiram: o movimento de Santidade, os movimentos Nazareno e Pentecostal, as Testemunhas de Jeová, o Espiritualismo (Espiritismo), Teosofia (da Rússia para os EUA, como um movimento envolvendo ocultismo, esoterismo, budismo, hinduísmo e Neoplatonismo. A Sociedade Teosófica foi fundada em Nova York em 1875 pela escritora russa, Elena Petrovna Blavátskaya, mais conhecida como Helena Blavatsky ou Madame Blavatsky, 1831-1891), Thelema (filosofia social ou espiritual esotérica e oculta e um movimento religioso desenvolvido no início dos anos 1900 por Aleister Crowley, um escritor inglês, místico e mágico cerimonial) e Ciência Cristã (um conjunto de crenças e práticas pertencentes à família metafísica dos novos movimentos religiosos). William J. Seymour, um pregador negro em Los Angeles, fez sua pregação e provocou o Avivamento da Rua Azusa em 1906.
• O Quarto Grande Despertar (1960-1980) ocorreu nos Estados Unidos no final dos anos 1960 e início dos anos 1970, mas a idéia de avivamento em si não foi geralmente aceita, apesar das muitas mudanças que ocorreram. As igrejas protestantes de linha principal enfraqueceram em sua influência e as denominações religiosas mais conservadoras (Batistas do Sul e os Luteranos do Sínodo do Missouri) cresceram rapidamente em número, tiveram graves batalhas teológicas internas e cismas, e tornaram-se politicamente poderosas. Outras denominações evangélicas e fundamentalistas (como a Igreja Batista e a Presbiteriana, reagindo ao liberalismo teológico e ao modernismo cultural) também se expandiram rapidamente. Ao mesmo tempo, o secularismo cresceu dramaticamente e as igrejas mais conservadoras se viam lutando contra o secularismo em termos de questões como direitos LGBT, aborto e criacionismo.

Avivamentos no Brasil

Os Avivamentos no Brasil vieram em três ondas:

• A Primeira Onda do Pentecostalismo no Brasil veio com a Assembléia de Deus e a Congregação Cristã do Brasil. As Assembléias se originaram no Avivamento da Rua Azusa em 1906. A Congregação Cristã do Brasil foi iniciada no Brasil como uma comunidade cristã por via de pregação de Luigi Francesconi, missionário ítalo-americano, em 1918 na cidade de Votorantim (SP), com o nome de Congregação Cristã. Em 1928 foi registrada como Congregação Cristã do Brasil. Anos mais tarde, seu nome foi alterado para Congregação Cristã no Brasil.

• A Segunda Onda do Pentecostalismo no Brasil veio com a Igreja do Evangelho Quadrangular e Igreja Cristã Maranata. A Igreja do Evangelho Quadrangular surgiu na década de 1950 quando dois missionários do EUA chegaram a São Paulo. Eles eram originários da ‘International Church of The Foursquare Gospel’ (grupo fundado nos EUA em 1922 e que lá é considerado como Pentecostal de primeira onda). No Brasil ela foi fundada em 1951 em São João da Boa Vista, SP. A Igreja Cristã Maranata tem seu primeiro registro no dia 31 de outubro de 1967 na casa de uma irmã em Cristo no bairro Itacibá, em Cariacica, ES. A Primeira igreja oficial foi fundada em 1968 em Vila Velha, com o nome de Igreja Cristã Presbiteriana. Passou a chamar-se Igreja Cristã Maranata em 1980.

• A Terceira Onda do Pentecostalismo (ou Neopentecostalismo) no Brasil veio com a Igreja Universal do Reino de Deus, fundada em 1977 no RJ. O Neopentecostalismo é considerado por alguns um movimento sectário, pois é dissidente do Evangelicalismo, que congrega denominações oriundas do pentecostalismo clássico ou mesmo das igrejas cristãs tradicionais (batistas, presbiteriana, metodistas, etc.).

Congregação / Significado de ‘Eclésia’

Congregação é grupo de pessoas reunidas para determinado propósito ou atividade, no nosso caso, um grupo de pessoas reunidas para o culto religioso. Tem a sua origem etimológica na palavra grega ‘ekklesia’, que significa literalmente ‘chamada para fora’, de ek, ‘para fora’, e klesis, ‘chamada’ ou ‘chamado’, ‘vocação’. O termo foi usado pelos primitivos gregos com respeito a um corpo de cidadãos reunidos para tratar de assuntos de Estado. Os equivalentes, em português, desta palavra são ‘assembléia’ e ‘congregação’. Algumas versões da bíblia traduzem ekklesia por ‘igreja’, apesar de uma congregação não limitar-se a igrejas (templos). A palavra hebraica, equivalente, é qahal, usada com referência à congregação de Israel. A expressão ‘congregação’ aplica-se, no seu sentido mais amplo, ao corpo inteiro de discípulos cristãos, sob Cristo como cabeça (Fonte: wikipedia.org).

As Denominações Protestantes – Introdução

Minha experiência com a pesquisa sobre as denominações protestantes:

Quando nós estudamos profundamente o assunto sobre o Cristianismo e a Reforma Protestante com suas subseqüentes ramificações, podemos notar que nem sempre as denominações protestantes surgiram como um mover realmente inspirado por Deus (avivamentos espirituais) para aperfeiçoar a doutrina da igreja e trazê-la de volta à verdadeira doutrina de Jesus, mas nota-se, nitidamente, que infindáveis cismas entre os membros das diversas denominações que surgiram depois de Lutero foram resultado de absurdas divergências humanas para satisfazer egos.

Algumas igrejas foram erguidas, e depois de pouquíssimo tempo já se pode ver 15–25 outras dissidentes que saíram de uma só, apenas por ínfimos pontos de discórdia. Outras foram literalmente erguidas sob influência mística, misturando o Cristianismo verdadeiro com visões humanas supersticiosas e com o desejo corrupto humano de andar sem uma liderança. Igrejas surgiram como querendo copiar a inspiração de outras, entrando ‘na onda da moda’. Essa visão se torna patente quando estamos revestidos com certos dons do Espírito Santo, e o estudo em questão nos dá uma visão extremamente ampla sobre o que chamamos ‘Igreja de Cristo’ ou ‘O Corpo de Cristo’. Distorções da Palavra de Deus pela mente humana e erros crassos de doutrina nos mostram não mais um Corpo coeso, interagindo entre si e com o Espírito de Deus num único propósito, mas numa verdadeira ‘Babilônia’, onde ensinos tão sutilmente disfarçados causam apenas mais destruição nas mentes de seus prosélitos.

Tem-se a impressão de olhar um sistema empresarial complexo, ao invés de um trabalho espiritual organizado pelas mãos do Criador com outro propósito que não propagandas de produtos. Por outro lado, este estudo me revelou uma faceta muito importante, até diferente do que a igreja protestante (ou evangélica, se preferir) enxerga a respeito do ‘Corpo de Cristo’ na terra, do que ela enxerga a respeito de salvação e dos que são realmente salvos em Cristo. Só posso dizer uma coisa: Deus vê de uma maneira completamente diferente e se entristece com os falsos julgamentos que estão sendo feitos por todas as vertentes do Cristianismo, incluindo a ala Católica, não apenas a Protestante.

É uma grande família onde irmãos se chocam contra irmãos, procurando discutir para ter razão e entristecendo o próprio Pai. É como se víssemos miríades de ínfimas luzes, que pensam ser grandes tochas, quando o Espírito Santo já não tem prazer em estar ali no meio delas; ao mesmo tempo, percebemos os olhos perscrutadores de Deus em busca de verdadeiras luzes para poder usar do jeito que Ele bem quiser. É realmente uma revelação impactante para quem olha ‘do lado de fora’.

O Movimento Evangélico (Evangelicalismo, Cristianismo Evangélico ou Protestantismo Evangélico) surgiu depois da Reforma Protestante (século XVI), em primeiro lugar com o surgimento dos puritanos no século XVII, a partir da Igreja Anglicana, mas com base na Reforma Calvinista; e logo a seguir, no século XVIII, com os metodistas, também a partir da Igreja Anglicana.

Todas as denominações protestantes que você verá abaixo, apesar das suas características distintas, são parte de uma só família, a família que nasceu a partir da Reforma Protestante de Martinho Lutero, e divergem ao longo do tempo por causa da diversificação doutrinária. O Protestantismo é uma das divisões do Cristianismo, que também engloba a Igreja Católica Romana e a Igreja Ortodoxa (ou Igreja Católica Ortodoxa). Estas duas últimas foram resultado do Grande Cisma entre o Oriente e o Ocidente ocorrido em 1054.

O Protestantismo nasceu, não propriamente com a intenção de Lutero de iniciar uma nova seita, mas nas suas 95 teses, que nada mais eram do que reclamações contra os atos da Igreja Católica, estimulando-a a se reformar. Ele afixou suas 95 teses na porta da igreja em Wittenberg, em 31 de outubro de 1517. Seus textos, acrescidos com as obras do teólogo suíço Ulrico Zuínglio e do teólogo francês João Calvino, levaram a uma cisão no Cristianismo europeu, criando o Protestantismo, o segundo maior ramo do Cristianismo depois do próprio Catolicismo.

No Cristianismo ocidental, uma série de movimentos geograficamente isolados precedeu a Reforma Protestante. Na Itália, no século XII, Pedro Valdo fundou o grupo dos Valdenses. Deixou uma grande influência sobre os grupos protestantes da era moderna (século XV). No princípio do século XIV, um movimento iniciado pelo tcheco Jan Hus (ou John Huss) na Boêmia desafiou os Estados Pontifícios católicos e permanece até hoje com os Morávios. A Morávia é parte oriental é a da atual República Tcheca.

O Protestantismo não tem uma estrutura governamental interna e centralizada. Desta forma, diversos grupos, como Luteranos, Presbiterianos, Congregacionais, Anabatistas, Metodistas, Batistas, Adventistas, Pentecostais, e, possivelmente, os Restauracionistas (dependendo do esquema de classificação que for utilizado), são todos parte de uma mesma família. O Anglicanismo, embora seja, teoricamente, parte do Protestantismo, é visto pelos escritores anglicanos pela sua tradição própria, com uma compreensão mais católica, caracterizando-o como protestante e católico ao mesmo tempo.

Assim, o protestantismo é geralmente analisado em conjunto como grandes famílias denominacionais. Cada movimento protestante desenvolveu-se livremente e muitos se dividiram em função de questões teológicas, temas doutrinários e questões de consciência. Um grande número de movimentos, por exemplo, teve origem a partir de avivamentos religiosos, como foi o caso do Metodismo e do Pentecostalismo. A tradição Anabatista, composta dos Amish e dos Menonitas, rejeitou as doutrinas católica e luterana do batismo infantil e é reconhecida também pela defesa intransigente do pacifismo (como igualmente são os Quakers). Os Shakers foram uma ramificação dos Quakers, e é uma seita restauracionista Não-Trinitária que surgiu na Inglaterra em 1747.

Antes do Iluminismo no século XVIII (também conhecido como o Século das Luzes, embora suas origens possam ser evidenciadas já no século XVII tardio, na década de 1620, com o início da Revolução Científica), líderes cristãos que negassem a doutrina da Santíssima Trindade (dogma formulado ao longo dos quatro primeiros séculos da era cristã) seriam expulsos de suas igrejas e, em alguns casos, exilados ou mesmo mortos. Atualmente, algumas tradições de fé negam a doutrina da Santíssima Trindade, mas não deixam de se considerar cristãos na sua essência. Muito estranho, diga-se de passagem, pois isso anula toda palavra e ensinamento bíblico e dá brecha para conhecimentos e doutrinas completamente distorcidas no Corpo de Cristo, que só Deus pode julgar com justiça e livrar os que são realmente Seus das garras do diabo.

Com o Iluminismo questionando toda a autoridade da monarquia e da Igreja e exaltando a razão como a principal fonte de autoridade e legitimidade, mudando formas de governo e enfatizando ao extremo a liberdade individual e o progresso, as novas aquisições de idéias da humanidade deram origem a outros tipos de pensamentos espirituais e religiosos danosos (a teosofia de Helena Blavatsky, por exemplo); mais do isso, exterminando a fé das pessoas, e prepararam o caminho para as revoluções políticas dos séculos XVIII e XIX. Os historiadores geralmente assinalam o período do Iluminismo entre 1715 (o ano em que Luís XIV morreu) e 1789 (o início da Revolução Francesa), ou o término desse período com o início das Guerras Napoleônicas (1804-1815). Durante a Era do Iluminismo os filósofos divulgavam livremente suas idéias através de encontros em academias científicas, lojas maçônicas, salões literários, cafés e em livros impressos e panfletos. A primeira loja maçônica foi aberta em Londres em 1717, influenciando também muitas doutrinas religiosas, inclusive o protestantismo. Thomas Jefferson incorporou alguns dos ideais do Iluminismo na Declaração da Independência dos Estados Unidos (1776).

Por isso, o Iluminismo acabou tendo ação, de uma maneira ou de outra, sobre o protestantismo, com o aparecimento de novos movimentos, inclusive negando a Trindade ou interpretando-a de uma maneira distorcida.

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (também conhecida como Mórmon), por exemplo, entende a Santíssima Trindade de forma diferente: para eles, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são seres distintos entre si. Deus Pai e Seu filho, Jesus Cristo, são seres separados com corpos de carne e osso, enquanto o Espírito Santo carece de tal corpo físico. Ela acredita na divindade de Jesus e em sua expiação e ressurreição. Embora não se caracterize a si mesma como protestante, é considerada por muitos estudiosos como tal, mas sua doutrina é bastante estranha a quem se diz Cristão. Ela tem sua origem no ‘Segundo Grande Despertar’ e foi paralela ao surgimento de inúmeras outras religiões norte-americanas, incluindo os Adventistas e o movimento de restauração, com as Testemunhas de Jeová.

As Testemunhas de Jeová, embora afirmem ser cristãs, também não se consideram parte do protestantismo. Aceitam a Jesus como um ser divino, mas não é Deus (Jeová, como o chamam), rejeitando, portanto, a crença na Trindade e ensinando que o Espírito Santo é a força ativa de Jeová, mas não é uma pessoa divina, a 3ª pessoa da Trindade. Realmente, toda sua doutrina é distorcida, e não condiz com a bíblia. Os versículos bíblicos são interpretados de uma maneira totalmente falsa e tendenciosa. Embora digam praticar o cristianismo primitivo, nada disso é verdade.

Unitarianismo ou Unicismo

Outros movimentos deram origem ao Unitarianismo, que renunciou formalmente às suas origens cristãs em 1961 e existe como uma organização religiosa separada. Apesar de sua abstenção de qualquer doutrina formal, no entanto, há unitarianos ou unicistas, que se auto identificam como cristãos, apesar de ser uma minoria. No início, a Igreja Adventista do Sétimo Dia teve pessoas em seu seio que rejeitavam a doutrina da Trindade, embora alguns estudiosos digam que essa fazia parte dos seus ensinos desde seus primórdios, e outros declarem que só em 1980 a Igreja Adventista do Sétimo Dia alterou suas crenças fundamentais adicionando a doutrina da Santíssima Trindade como uma crença básica. Até o marido de Ellen White alegava que suas visões não apoiavam o credo trinitário. O Unitarista rejeita a Trindade e professa a unidade absoluta de Deus. Nega e rejeita a doutrina do pecado original.

Unitário-Universalismo (ou UUismo)

O Universalismo Unitário (ou UUismo ou UU ou Associação Unitarista Universalista – UUA) é um movimento religioso liberal que foi formado em 1961 através da consolidação da Associação Unitária Americana, criada em 1825, e da Igreja Universalista da América, criada em 1793.
O Unitarista rejeita a Trindade e professa a unidade absoluta de Deus. Nega e rejeita a doutrina do pecado original.
Universalismo aceita os princípios universais da maioria das religiões, nega a doutrina da condenação eterna e proclama a crença num Deus inteiramente amoroso que, em última análise, redimirá todos os seres humanos.
Os unitários-universalistas buscam o crescimento espiritual em diversas fontes. Assim sendo, suas congregações podem incluir tanto teístas quanto agnósticos e ateístas. De caráter ecumênico, o UUismo busca inspiração nas principais religiões do mundo, tais como: Judaísmo, Cristianismo, Islamismo, Hinduísmo, Sikhismo (religião indiana originária da região de Punjab na Índia), Budismo, Taoísmo, sincretismo, neopaganismo, ateísmo, agnosticismo, Nova Era, omnismo, panteísmo, panenteísmo, pandeísmo, deísmo e ensinamentos da Fé Bahá’í [uma religião monoteísta fundada por Bahá’u’lláh, um nobre persa que viveu no século XIX. Os seus ensinamentos afirmam que existe um único Deus e que todas as grandes religiões mundiais têm a mesma origem divina].

Cristianismo Esotérico

Há algumas tradições cristãs que se autodenominam ‘religiões de mistérios’ e estão correlacionadas não com o culto, mas com o autoconhecimento do homem como espírito e parte integrante de Deus. Estas tradições são conhecidas como Cristianismo Esotérico (ou Cristianismo Místico), e são as únicas denominações cristãs reencarnacionistas e evolucionistas. Elas apóiam a idéia de que o mundo é como um estágio de desenvolvimento para todas as formas viventes, que se iniciam na inconsciência e terminam na mais elevada consciência (Inclusive mórmons pensam assim). Então, a palavra de Cristo seria válida para o atual estágio da humanidade, a fim de despertar o homem para o amor e o altruísmo, e quando se formar uma fraternidade universal, a humanidade estará pronta para se dirigir diretamente a Deus. Uma das organizações mais conhecidas ligadas ao Cristianismo Esotérico é a Fraternidade Rosacruz de Max Heindel. Várias outras fraternidades rosacrucianas também se declaram cristãs e gnósticas. Outras seitas que chamam cristãs são: a Igreja da Unidade (fundada por Charles Fillmore e Myrtle Fillmore em 1889, e que surgiu do transcendentalismo) e o Swedenborgianismo (ou ‘A Nova Igreja’), firmada nos escritos do cientista e místico Emanuel Swedenborg (1688–1772) predizendo que Deus substituiria a Igreja Cristã tradicional, estabelecendo uma Nova Igreja que adoraria Jesus Cristo como Deus, e que cada pessoa deve cooperar no arrependimento, reforma e regeneração.

Não categorizados

Algumas denominações que surgiram em meio à tradição cristã ocidental consideram-se cristãs, mas não católicas e nem totalmente protestantes, como é o caso da Sociedade Religiosa dos Amigos (ou Quakers). O Quaquerismo começou como um movimento cristão de caráter evangélico e místico na Inglaterra do século XVII, dispensando sacerdotes e todos os sacramentos anglicanos e católicos de seu culto. Assim como os menonitas, os quakers são tradicionalmente contrários a qualquer forma de violência, como a participação em guerras. Dos Quakers vieram os Shakers (outro grupo não-trinitariano, restauracionista).

Vamos seguir nosso estudo das denominações segundo o esquema abaixo:


Ramificações Protestantes

Protestantismo Ocidental


Fonte de pesquisa: Wikipedia.org

Este texto se encontra no anexo:

Reforma Protestante–Denominações Protestantes

Reforma Protestante–Denominações Protestantes (PDF)

Protestant Reformation–Protestant Denominations (PDF)



Autora: Pastora Tânia Cristina Giachetti

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