Estudo bíblico sobre o amor Philleo, o amor fraternal, amor de irmão ou de amigo. Quais as formas mais comuns de se mostrar o amor de amigo? Os versículos bíblicos nos ensinam.

Biblical study on Philia love, brotherly love, the love of a brother or a friend. What are the most common ways to show love as a friend? Biblical verses teach us.


O amor Philleo




Vamos iniciar com algumas perguntas.

— Existe algo mais difícil de praticar, hoje em dia, do que o amor? Existe algo mais difícil de receber do que o amor? Existe algo mais deturpado no ser humano que é o entendimento correto do que é amar? Se entendêssemos, compreendêssemos e praticássemos verdadeiramente o amor como Deus o concebe, não haveria tantas doenças emocionais nem tantas tragédias, pois por amor se mata e se morre. Se tivéssemos o amor limpo e puro dentro do nosso ser conheceríamos a Deus, pois a bíblia diz que Deus é amor: “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor” (1 Jo 4: 8). Diz também: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” (Mt 5: 8).

Para falar sobre o verdadeiro amor precisamos deixar de lado, em primeiro lugar, as ações distorcidas e doentes do diabo que assumem a roupagem bonita e formosa de amor, mas são formas doentias e malignas de prender o ser humano em cadeias por muitos anos. O amor por ele apresentado é uma forma de mascarar a chantagem emocional, o abuso de poder, os sentimentos piegas (sentimentalismo ridículo), a vontade de dominar ou subjugar o próximo, tirar das pessoas o livre-arbítrio dado por Deus, manipular uns aos outros, colocar o fardo da preocupação sobre os ombros de quem ama e de quem é amado, desproteger uma vida em decorrência da preocupação descontrolada, desejos carnais ou simples atração física, dependências emocionais, ciúme e comportamentos possessivos que geram até impulsos homicidas em grau extremo de descontrole e outras atitudes ruins que só trazem dor e opressão.

Dissemos na página principal destes estudos que Deus se importa em participar da nossa comunhão fraternal, da mesma forma que se importa em melhorar uma relação conjugal. O que acontece é que o ser humano, inclusive os próprios filhos de Deus, está perdendo o contato com suas emoções, por isso, o Espírito não pode manifestar o amor que sente por alguém, porque outra pessoa não quer “emprestar” suas emoções e seu corpo a Ele. É verdade que quando estamos em espírito numa oração, sentimos a presença do Senhor, Seu carinho por nós, e choramos; entretanto, na maioria das vezes, é através de um corpo carnal que Ele se manifesta: num olhar, num abraço, num beijo carinhoso, numa palavra amiga ou num ato de benfeitoria que vem suprir a necessidade de alguém. Tudo isso é o que conhecemos como amor Philleo, de amigo ou amor fraternal, uma das coisas que as pessoas mais precisam hoje, depois do amor de Deus em suas vidas.

Desde o Antigo Testamento, ao dar a Lei para o Seu povo, Deus se preocupou em semear o amor dentro dos corações. Por isso Moisés escreveu em Lv 19: 18: “Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor”.

Vamos ver outros textos do Antigo Testamento onde o Senhor manifestou o desejo do amor fraternal para todos os Seus filhos:

Sl 133: 1-3 (Escrito em um tema separado): “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes. É como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião. Ali, ordena o Senhor a sua bênção e a vida para sempre”.
• Pv 17: 17: “Em todo tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão”.
Ser amigo verdadeiro não é tão fácil como pensamos, pois a nossa natureza carnal normalmente nos faz “correr” de qualquer tipo de situação difícil para não nos envolvermos em problemas. É fácil sermos amigos uns dos outros quando tudo vai bem, quando há prosperidade, saúde e alegria, porém, quando surgem as dificuldades é que passamos a conhecer quem são os verdadeiros amigos: aqueles que permanecem lutando ao nosso lado, nos dando forças e incentivo para continuar e vencer a batalha. O Senhor nos diz aqui em provérbios que o amigo deve amar em todo o tempo seu próximo, mas é na angústia que esses laços se estreitam, fazendo-os mais do que amigos, irmãos.
• Pv 18: 24: “O homem que tem muitos amigos sai perdendo; mas há amigo mais chegado que um irmão”.
Esse provérbio é um complemento do que já dissemos, pois quem acha que tem muitos amigos, na hora da dor ou da necessidade sai perdendo, porque descobre que a maioria deles estava ali por algum tipo de vantagem; não havia sinceridade no relacionamento. Entretanto, o mesmo versículo diz que há amigo mais chegado que irmão, pois este exerce o verdadeiro amor philleo, cujo maior exemplo para nós foi Jesus.

Quando falamos sobre os tipos de amor na página principal, dissemos que há certa graduação de manifestação entre eles e, quanto maior o crescimento espiritual de uma pessoa, isto é, quanto mais a carne se submete ao Espírito, mais ela vai começar a deixar de lado suas necessidades egoístas para se preocupar um pouco mais com quem está ao seu lado, principalmente com seus amigos mais chegados. Entre os cônjuges, não é só o Eros que vale; o Philleo precisa estar presente para que haja companheirismo, “uma cumplicidade” gostosa que torna o casal harmonioso nos seus interesses e projetos. Da mesma maneira, quando trabalhamos em conjunto, devemos procurar manter relacionamento amigável com todos e, se possível, deixar que o próprio Espírito Santo, através do nosso exemplo de amor, vá harmonizando os objetivos do grupo para que ocorra um crescimento e uma edificação de todos. Onde há muitas dissensões, contendas e contradições, o lado pessoal e egoísta continua prevalecendo e não há prosperidade nem vida; pelo contrário, as pessoas se sentem mortas, sem estímulo e sem interesse no próprio trabalho. A competição rouba das pessoas essa necessidade de conviver amorosamente. Os relacionamentos se tornam impessoais, frios, secos, visando sempre ao lado comercial e profissional, deixando as emoções em segundo plano. Quando Deus deu o mandamento de amar o próximo, no Antigo Testamento, Ele sabia que, mais tarde, daria ao Seu povo um desafio maior, que seria amar os semelhantes com um amor mais abrangente, o Ágape. Por isso, Jesus disse em Jo 13: 34-35: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros”.

Quantas vezes, dentro de Sua própria Casa, o Senhor deseja se manifestar num olhar, num abraço, num beijo carinhoso, numa palavra amiga ou num ato de benfeitoria que vem suprir a necessidade de alguém! Como eu disse anteriormente, essas são as formas mais comumente conhecidas de se mostrar o amor de amigo: deixar claro que participamos da sua vida em todos os momentos.

Vamos ler algumas orientações dadas pelos apóstolos sobre as formas de manifestarmos o amor Philleo:

• Rm 12: 18: “Se possível, quando depender de vós, tende paz com todos os homens”.
• Hb 12: 14: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”.
Resumindo: Ter paz com todos.

• 2 Co 6: 12-13: “Não tendes limites em nós; mas estais limitados em vossos próprios afetos. Ora, como justa retribuição (falo-vos como a filhos), dilatai-vos também vós”. Resumindo: não se deixar limitar nos afetos. Permitir que o Espírito Santo nos use como desejar.

1 Co 13: 1-13: já escrito também em tópico separado, mas pode ser resumido em: paciência, benignidade, não ser ciumento, ser humilde e não orgulhoso, não se conduzir inconvenientemente (não maltratar), deixar de lado o interesse próprio e o egoísmo, não se irritar por qualquer coisa e ser mais tolerante, saber perdoar; não se alegrar com a injustiça, mas regozijar-se com a verdade; sofrer, mas entender que Deus tem um propósito para todas as coisas e molda Seus filhos como bem quiser; crer que sempre haverá uma possibilidade de salvação e arrependimento para qualquer vida que o Senhor chamar, ainda que naquele momento essa pessoa possa parecer irrecuperável, apesar de todos os nossos esforços; esperar que a obra de Deus se complete em nós e nos irmãos; suportar as dificuldades por amor a Jesus e não largar o ministério que Ele nos deu. Sobretudo, não se preocupar em ficar vazio de tanto amar, porque o amor jamais acaba; é o Senhor que nos enche continuamente com ele. Ele é a fonte primordial do amor, não nós, portanto, não estamos dando a ninguém algo que é nosso, mas algo que flui de maneira inesgotável do Seu trono para todos. Somos apenas vasos em Suas mãos.

• Gl 5: 13-18: “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor. Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Se vós, porém, mordeis e devorais uns aos outros, vede que não sejais mutuamente destruídos. Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência [desejo desenfreado, avidez] da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei”. Resumindo: não deixar a carne prevalecer com maledicências, invejas, fofocas, ciúmes, mentiras etc. Aprender a cooperação mútua.

• Cl 3: 12-17: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; acima de tudo isto; porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição. Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos. Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”.

Longanimidade significa: firmeza de ânimo, generosidade, magnanimidade, paciência, coragem e intrepidez. Bondade quer dizer: benevolência, indulgência, clemência, brandura, saber fazer o outro feliz, doçura. Mansidão significa: serenidade, tranqüilidade, calma, se deixar moldar por Deus, ter calma pela certeza da vitória, ter segurança de que tudo tem solução. Ser manso é ser submisso à vontade de Deus, às Suas leis e ao plano divino. Não deve ser confundida com comodismo, preguiça ou passividade, que abre mão da autoridade que Deus já nos delegou. Ser humilde é estar cônscio da carência de Deus e da dependência dEle. Os que se esvaziam de si mesmos, do orgulho de suas realizações e do egoísmo de seus desejos podem sentir o Espírito Santo enchendo esse vazio. Os humildes recebem o reino dos céus como prêmio; e o reino dos céus é hoje, quando tudo é possível e onde há paz, alegria de servir e obedecer espontaneamente à vontade do Senhor. É uma experiência, não um lugar. Portanto, humildade é saber que dependemos de Deus em todas as situações, não importando a posição que ocupamos dentro da Igreja ou da sociedade. Não deve ser confundido com humilhação ou baixa auto-estima ou falta de dinheiro ou de posses materiais, tampouco com deixar de exercer a autoridade espiritual que Deus já nos deu. Misericórdia significa: indulgência, graça, compaixão suscitada pela miséria alheia. É pagar o mal recebido com o bem. É ser igual a Jesus. Mas receber misericórdia vem depois de exercê-la. A misericórdia é como uma semente que precisa ser plantada primeiro para ser colhida depois. O amor é o vínculo da perfeição. Portanto, isso nos faz pensar que o conceito de perfeição para Deus é diferente do conceito humano. Para Ele, significa exercer o amor com maturidade. Por último: Instruir-se e aconselhar-se mutuamente em toda a sabedoria (divina, não humana).

• 1 Pe 1: 22-25: “Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente, pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus a qual vive e é permanente. Pois toda carne é como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor; a palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra que vos foi evangelizada”.

• 1 Pe 3: 8-12: “Finalmente, sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes, não pagando mal por mal, injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados, a fim de receberdes bênção por herança. Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes refreie a língua do mal e evite que seus lábios falem dolosamente; aparte-se do mal, pratique o que é bom, busque a paz e empenhe-se por alcançá-la. Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam males”.

• 1 Pe 4: 7-11: “Ora, o fim de todas as coisas está próximo; sede, portanto, criteriosos e sóbrios a bem das vossas orações. Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados. Sede, mutuamente, hospitaleiros, sem murmuração. Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus [oráculo = o que está escrito]; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!” Resumindo: sendo hospitaleiros e sem murmurar, estando dispostos a servir com o que temos; ajudar o irmão com uma palavra, um versículo bíblico que seja, que lhe traga força nas suas tribulações.

• 1 Jo 4: 20-21: “Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Ora, temos da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão”. Resumindo: Amar o irmão, ao invés de odiá-lo. Muitos podem argumentar: — “Eu não odeio o meu irmão”. Porém, Jesus diz: “Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo. Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta. Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão. Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo” (Mt 5: 21-26).

• 1 Ts 5: 12-22: “Agora, vos rogamos, irmãos, que acateis com apreço [consideração, estima, dar valor] os que trabalham entre vós e os que vos presidem no Senhor e vos admoestam; e que os tenhais com amor em máxima consideração, por causa do trabalho que realizam. Vivei em paz uns com os outros. Exortamo-vos, também irmãos, a que admoesteis os insubmissos, consoleis os desanimados, ampareis os fracos e sejais longânimos para com todos. Evitai que alguém retribua a outrem mal por mal; pelo contrário, segui sempre o bem entre vós e para com todos. Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. Não apagueis o Espírito. Não desprezeis as profecias [as profecias do AT sobre a 1ª vinda de Cristo e as Suas próprias profecias, bem como as profecias feitas sob a dispensação do evangelho: por exemplo, de Ágabo e outros profetas da época e as contidas no livro de Apocalipse, escritas pelo apóstolo João]; julgai todas as coisas, retende o que é bom; abstende-vos de toda forma de mal”.

Resumindo: acatar com apreço [consideração, estima, dar valor] os que estão na liderança, pois são ministros de Deus para edificação (‘admoesteis’). A mesma palavra está escrita de outra forma em Gl 6: 6: “Mas aquele que está sendo instruído na palavra faça participante de todas as boas coisas aquele que o instrui” e em Hb 13: 16-17: “Não negligencieis, igualmente, a prática do bem e a mútua cooperação; pois, com tais sacrifícios, Deus se compraz. Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros”.

Isso significa dar retorno de uma oração, ser agradecido pelas bênçãos que recebeu através do líder, fazê-lo participar também das nossas vitórias. Significa ter consideração pelos irmãos que nos ajudam. Davi dizia: “O Senhor está entre os que me ajudam” (Sl 118: 7a). É necessário aprender a cultivar nossas amizades. Amizade é como uma plantinha que, se não for regada, seca e morre.


Plantinha


• 2 Co 8: 1-15: “porque, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus concedida às igrejas da Macedônia; porque, no meio de muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza da sua generosidade. Porque eles, testemunho eu, na medida de suas posses e mesmo acima delas, se mostraram voluntários, pedindo-nos com muitos rogos, a graça de participarem da assistência aos santos. E não somente fizeram como nós esperávamos, mas também deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor, depois a nós, pela vontade de Deus; e o que nos levou a recomendar a Tito que, como começou, assim também complete esta graça entre vós. Como, porém, em tudo, manifestais superabundância, tanto na fé e na palavra como no saber, e em todo cuidado, e em nosso amor para convosco, assim também abundeis nesta graça. Não vos falo na forma de mandamento, mas para provar pela diligência de outros, a sinceridade do vosso amor; pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos. E nisto dou minha opinião; pois a vós outros, que, desde o ano passado, principiastes não só a prática, mas também o querer, convém isto. Completai, agora, a obra começada, para que, assim como revelastes prontidão no querer, assim leveis a bom termo, segundo as vossas posses. Porque, se há boa vontade, será aceita conforme o que o homem tem e não segundo o que ele não tem. Porque, não é para que os outros tenham alívio, e vós sobrecarga; mas para que haja igualdade, suprindo a vossa abundância, no presente, a falta daqueles, de modo que a abundância daqueles venha a suprir a vossa falta e, assim, haja igualdade, como está escrito: O que muito colheu não teve demais; e o que pouco, não teve falta” (no original: pois colheram cada um o que podia comer – Êx 16: 18).

Resumindo: os crentes da Macedônia sentiram alegria em ofertar e insistiram para fazê-lo, pois o coração deles era próspero e abundante. Um coração que é próspero não precisa ser necessariamente rico, mas é doador e semeador e, com certeza, vai colher os frutos, pois recebeu do alto a unção da multiplicação. Mesmo que estivessem passando por provas financeiras, pela graça de Deus conseguiram superar a si mesmos e doar voluntariamente, porque descobriram que participar desse ministério era bom. Pela vontade de Deus, eles se deram primeiro a Ele e depois aos irmãos, ou seja, por amor a Ele decidiram se dar aos santos, pois descobriram Jesus em cada um deles. Paulo desejava que os coríntios imitassem este exemplo dos crentes da Macedônia, tanto na fé, como no saber verdadeiro da palavra de Deus e na prosperidade do seu coração. Lembra-nos que Jesus sendo rico em tudo, se fez pobre por amor de nós; despiu-se de Sua glória e majestade para que nós nos tornássemos ricos em tudo, inclusive na vida material.

• Tg 2: 15-17: “Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o propósito disso? Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só, é morta”.

• 1 Jo 3: 11; 15-18: “Porque a mensagem que ouvistes desde o princípio é esta: que nos amemos uns aos outros... Todo aquele que odeia seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si. Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar a nossa vida pelos irmãos. Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade”. Resumindo os dois textos acima: dar assistência material, quando for possível, para o irmão e amigo que está ao nosso lado, como fizeram os crentes da Macedônia; isso se estende a outros seres humanos que nós também não conhecemos tão bem, mas que o Senhor põe diante de nós para serem abençoados por nossas mãos.

Este texto se encontra nos livros:


livro evangélico: As três faces do amor

As três faces do amor (PDF)

The three faces of love (PDF)


livro evangélico: Amor não é sentimento, é atitude

Amor não é sentimento, é atitude (PDF)

Love is not feeling, is attitude (PDF)


Sugestão de leitura:


livro evangélico: Perdão x Restituição

Perdão x Restituição (PDF)

Forgiveness versus Restitution (PDF)


Conversar?! Com quem? – livro evangélico

Conversar?! Com quem?

Talk?! To whom?

Sobre a ajuda mútua e a comunicação sadia entre irmãos.



Autora: Pastora Tânia Cristina Giachetti

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