Isaías 49: Jesus, o Messias, é o Servo obediente, cuja vinda já estava planejada e que vai realizar toda a vontade de Deus. Ele é a luz dos gentios e o restaurador de Israel. O que é a Janela 10/40?

Isaiah 49: Jesus, the Messiah, is the obedient Servant, whose coming was already planned and who will carry out all of God’s will. He is the light of the Gentiles and the restorer of Israel. What is the 10/40 Window?


Isaías capítulo 49




Capítulo 49

A partir dessa profecia, pode-se dizer que há uma mudança na unção que Deus derrama sobre o profeta. Até aqui Ele chamou Israel de servo e testemunha da Sua palavra entre os homens, até mesmo entre os gentios, para ser uma luz na terra. Mas com o rumo das circunstâncias, a atitude de Deus também passou a ser outra, colocando em ação o Seu plano de Salvação de uma maneira mais forte, mais rápida, mais eficaz e definitiva. Então, Ele passa a falar claramente sobre o Messias como a personificação desse Servo que vai realizar toda a Sua vontade, ou seja, o povo começa a ter notícia de uma nova profecia de Deus e, mais do que uma profecia apenas, uma atitude concreta, mostrando a eles qual deve ser a verdadeira postura de um servo. O nome dado pelos teólogos aos versículos de Isaías que se referem ao Servo sofredor é ‘o cântico do servo’. As referências bíblicas são: Is 42: 1-7; Is 49: 1-6; Is 50: 4-9; Is 52: 13 – 53: 12. É inegável a relação com Jesus e com o Seu ministério, pois em várias passagens do Evangelho Ele mesmo se coloca como servo e menciona as profecias de Isaías para mostrar que Sua vinda já fora profetizada setecentos anos antes: Mc 10: 42-45; Lc 22: 25-30; Lc 22: 37 cf. Is 53: 12. Sua atitude de lavar os pés dos discípulos na Última Ceia (Jo 13: 2-20) demonstrou Sua humildade como um servo, pois lavar os pés de alguém era um serviço feito apenas pelos servos menores, menos importantes.

Servo

A palavra hebraica para ‘servo’ é: ‘ebhedh ou `ebed (Strong #5650), que significa ‘escravo’, ‘servo’. Ela procede de outra palavra hebraica: `abad (Strong #5647), uma raiz primitiva que significa: trabalhar (em qualquer sentido); por implicação, servir, escravizar, estar em escravidão, manter em servidão, ser escravo, serviço de servo, compelir, agricultor, lavrador, lavrar, trabalho árduo, trabalhador braçal, se tornar servo, fazer um serviço, servindo, servir-se, ser ou se tornar um servo, definir um trabalho, ser forjado, adorador.
O feminino de `ebed, como em Êx 21: 32, serva ou escrava, é ‘amah (Strong #519) e significa: empregada doméstica ou escrava mulher, serva.
Entretanto, a palavra ‘servas’ no livro de Gênesis (Gn 33: 2) é Shiphchah (Strong #8198), que significa: se espalhar (como família); uma escrava (como um membro da família): escrava jovem, serva, donzela, criada, escrava, serva mulher.

No AT as palavras hebraicas para ‘servo’ são traduzidas como: rapaz, pessoa de serviço ou um escravo. Algumas vezes, a palavra ‘servo’ é empregada a pessoas humildes (Gn 32: 18; 20: `ebed) e também com relação a altos oficiais da corte (Gn 40: 20; 2 Sm 10: 2; 4: `ebed). Uma terceira palavra diz respeito àquele que está às ordens de alguém para ajudá-lo (Êx 33: 11: “Falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala a seu amigo; então, voltava Moisés para o arraial, porém o moço Josué, seu servidor, filho de Num, não se apartava da tenda”). A palavra aqui é: sharath (Strong #8334), que significa: participar como servo ou adorador; contribuir para; ministrar a, fazer-se servo, servir, servo, serviço, esperar em. Mas, na maior parte das vezes no AT, trata-se de um escravo.

No NT, a palavra ‘servo’ aparece como uma tradução das palavras hebraicas, significando ‘um criado da casa’, ‘um servo doméstico’, ou ‘um rapaz’, ou ainda, ‘um oficial subordinado’, mas, na maioria das vezes, o termo se refere a ‘um escravo’:
• Lc 16: 13: “Ninguém [KJV: ‘nenhum servo’] pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas”.
‘Ninguém’ ou ‘nenhum servo’, ‘oiketes’ (Strong #g3610), significa: um servo doméstico, alguém que reside na casa.
‘Servir’, ‘douleuo’ (Strong #g1398), significa: ser escravo (literal ou figurativo, involuntário ou voluntário): estar em servidão, sujeição ou subserviência, servo, servir, prestar serviço.
Quando Jesus disse isso Ele não estava dizendo que era pecado ser rico, nem que para segui-lo era necessário ser pobre, e sim que nós não podemos ser escravos do dinheiro (riquezas); o dinheiro é que deve ser nosso escravo.

• Mt 8: 6: “Senhor, o meu criado [NVI: ‘servo’] jaz em casa, de cama, paralítico, sofrendo horrivelmente”.
‘Criado’ [NVI: ‘servo’; KJV: ‘servo’], em grego é: ‘pais’ (Strong #g3816), e significa: rapaz; um menino ou uma menina, uma criança; especialmente, um escravo ou servo (que ministra a um rei ou a Deus); empregado doméstico, servo, filho, jovem.

• Mt 8: 9: “Pois também eu sou homem sujeito à autoridade, tenho soldados às minhas ordens e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz”.
‘Servo’, ‘doulos’ (Strong #g1401), significa: ser escravo (literal ou figurativo, involuntário ou voluntário): em um sentido de sujeição ou subserviência: escravo, servo.

• Mt 26: 58: “Mas Pedro o seguia de longe até ao pátio do sumo sacerdote e, tendo entrado, assentou-se entre os serventuários [NVI: ‘guardas’], para ver o fim”.
‘Serventuários [NVI: ‘guardas’], ‘huperetes’ (Strong #g5257), significa: um ministro, um agente, um oficial subordinado, assistente (serventuário) ou guarda.

Na maioria das vezes, o termo ‘servo’ se refere a ‘um escravo’.

Podemos resumir de outra forma: a palavra ‘servo’, no seu uso secular, pode significar:
• Uma pessoa posta à disposição de outra
• Trabalhador que pertence ao seu senhor
• Escravo, servo a serviço do rei, súdito, a auto-descrição de humildade
• Servos do santuário
No seu emprego religioso, a palavra ‘servo’ significa:
• Posição humilde de quem fala
• Alguém escolhido por Deus
• Confiança e entrega a Deus por parte do indivíduo
• Descrição de Israel como pertencendo totalmente a Deus; título dado por Ele mesmo à nação israelita (Is 41: 8)

Normalmente, as pessoas não gostam muito quando se fala de ser ‘servo’ de Deus com a conotação acima, ou seja, escravo (em um sentido de sujeição ou subserviência), pois não traz a impressão de alguém que auxilia de maneira voluntária, mas é obrigada a servir. Em outras palavras, o ser humano não gosta muito de servir; prefere mandar. Se não gosta de ser servo, quanto mais ser escravo! Porém, há uma coisa muito boa a ser dita sobre isso para quem se diz servo de Deus ou pretende servi-lo. Há um versículo escrito em 2 Cr 12: 8 (cf. 1 Rs 14: 25-28) sobre o caso da invasão de Judá por Sisaque, rei do Egito (925 AC), onde Roboão, filho de Salomão, não gostou muito da idéia, mas ao ouvir a repreensão profética, reconheceu o porquê do ataque e disse que o Senhor era justo. Por isso, Deus usou o profeta e disse que não permitiria a invasão, mas eles pagariam tributo ao rei do Egito: “Porém serão seus servos [`ebed עבד – Strong #5650], para que conheçam a diferença entre a minha servidão [Strong #5656, abodah, עבודת] e a servidão dos reinos da terra”. O povo de Judá, a começar pelo rei, se desviara do caminho do Senhor; por isso Ele trouxera Sisaque (Sesonki I ou Shoshenk I ou Sheshonk I, um chefe tribal da Líbia da 22ª dinastia egípcia – 943-922 AC). Assim fica clara a diferença entre a servidão a Deus e a servidão do mundo; ser ‘escravo’ (servo de Deus) e ser escravo do mundo.

O escravo era propriedade do seu dono (do seu amo) e tinha a orelha furada com um brinco como símbolo dessa propriedade. O Senhor fez leis para se tratar os escravos com humanidade, em especial, os escravos israelitas. E isso nos faz pensar no que Paulo disse em 1 Co 6: 19-20: “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo”. Quando entregamos nossa vida a Jesus, recebemos a Seu selo na nossa testa (Ez 9: 4; Ap 7: 3; Ap 9: 4; Ap 14: 1; Ap 22: 4), de forma que deixamos de ser posse do diabo e do mundo e passamos a ter um novo dono. Já não somos donos nem de nós mesmos, mas do Senhor. E essa é uma servidão muito boa porque com Seu selo em nós, somos Sua propriedade exclusiva. Seu senhorio sobre a nossa alma, sobre todo o nosso ser, é de um bom e respeitoso dono, que não nos maltrata; pelo contrário, faz com que nos sintamos honrados e privilegiados por poder servi-lO. E essa honra é tanta, que a bíblia também nos chama de filhos amados. Um filho serve aos pais em amor, por isso não existe jugo. Portanto, ser servo de Deus é melhor do que ter chefes humanos ou ser servo do mundo.

Há também um comentário a fazer sobre a palavra ‘servo’, que é usada na bíblia para outras pessoas que não o Messias (no caso de Isaías 49). Além de ser empregada em relação a servos e senhores (amos), Deus usa essa palavra até para os ímpios que são Seus instrumentos na terra para correção do Seu povo. Por exemplo, Ele chama de ‘servo’ o povo de Israel, bem como Seus profetas, Davi e até o Rei da Babilônia. Também chama Ciro, o persa, de servo, não apenas como um rei para ajudar Seu povo, mas também como uma figura profética do Messias. Vamos ver as referências bíblicas:
• Israel (Jacó): Is 41: 8-9; Is 44; 1-2; Is 44: 21; Is 45: 4; Is 48: 20; Is 49: 3; Jr 30: 10; Jr 46: 27-28
• Profetas (Servos): Jr 7: 25; Jr 25: 4; Jr 29: 19; Jr 35: 15; Jr 44: 4.
• Davi: Jr 33: 21; Jr 33: 22; Jr 33: 26; Is 37: 35; Ez 37: 24 (aqui, Davi é uma figura de Jesus).
• Rei da Babilônia: Jr 25: 9; Jr 27: 6; Jr 43: 10.

O Servo do Senhor é a luz dos gentios – v. 1-7.
• Is 49: 1-7: “Ouvi-me, terras do mar [NVI: ‘ilhas’], e vós, povos de longe, escutai! O Senhor me chamou desde o meu nascimento, desde o ventre de minha mãe fez menção do meu nome; fez a minha boca como uma espada aguda [NVI: ‘uma espada afiada’], na sombra da sua mão me escondeu; fez-me como uma flecha polida, e me guardou na sua aljava, e me disse: Tu és o meu servo, és Israel, por quem hei de ser glorificado [NVI: ‘Você é meu servo, Israel, em quem mostrarei o meu esplendor’]. Eu mesmo disse: debalde tenho trabalhado, inútil e vãmente gastei as minhas forças [NVI: ‘Tenho me afadigado sem qualquer propósito; tenho gastado minha força em vão e para nada’]; todavia, o meu direito está perante o Senhor, a minha recompensa, perante o meu Deus. Mas agora diz o Senhor, que me formou desde o ventre para ser seu servo, para que torne a trazer Jacó e para reunir Israel a ele, porque eu sou glorificado perante o Senhor [NVI: ‘pois sou honrado aos olhos do Senhor’], e o meu Deus é a minha força. Sim, diz ele: Pouco é o seres meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os remanescentes de Israel [NVI: ‘Para você é coisa pequena demais ser meu servo para restaurar as tribos de Jacó e trazer de volta aqueles de Israel que eu guardei’]; também te dei como luz para os gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra [NVI: ‘até os confins da terra’]. Assim diz o Senhor, o Redentor e Santo de Israel, ao que é desprezado, ao aborrecido das nações, ao servo dos tiranos [NVI: ‘àquele que foi desprezado e detestado pela nação, ao servo de governantes’]: Os reis o verão, e os príncipes se levantarão; e eles te adorarão [adorarão o Messias, Jesus, é o quer dizer] por amor do Senhor, que é fiel, e do Santo de Israel, que te escolheu [NVI: ‘Reis o verão e se levantarão, líderes o verão e se encurvarão, por causa do Senhor, que é fiel, o Santo de Israel, que o escolheu’]”.


O esperado Messias


Essa profecia diz respeito ao Messias. Fica clara a relação entre a palavra ‘Servo’ e Jesus. Aqui, Deus Pai fala com o Filho (Jesus), e Isaías pronuncia estas palavras em nome de Cristo. Então, Jesus convoca as terras de longe de Israel, além do mar, chamadas pelos judeus de ‘ilhas’, para que ouçam o que Ele tem a dizer, pois Ele é o grande profeta da Sua Igreja. Ele diz que desde o Seu nascimento Deus O chamou para ser Seu Servo na terra, e desce o ventre Ele fez menção do Seu nome, isto é, antes de Ele nascer a Sua vinda já estava sendo profetizada, e esta profecia era uma delas. Deus O escondeu e O protegeu com a sombra de Sua mão, e fez Sua boca como uma espada afiada, como uma flecha polida e a guardou até o momento certo de usá-la; e este momento em breve chegaria. A bíblia diz que Jesus é a Palavra Viva, e que o mundo foi criado através dela. Como uma espada afiada de dois gumes é esta palavra que vem separando juntas e medulas, alma e espírito, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração. E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, diante dos olhos de Deus todas as coisas estão descobertas e patentes (Hb 4: 12). Deus O chama de servo, como chamou Seu povo de Israel até agora, e através da Sua vida, Deus Pai será manifestado e glorificado por todos. Em Jesus, Deus mostrará Seu esplendor e Seu poder. Jesus é chamado de Israel, pois era um israelita na carne, bem como o cabeça do Israel espiritual, a saber, a Sua Igreja. A forma de glorificar a Deus seria através do Seu ministério e da Sua morte, resgatando esse povo que tem sido difícil de convencer. Ele vê que Sua palavra parece ser um trabalho inútil com o povo de Israel; todavia, aquilo que Lhe é devido está na mão do Senhor, e a Sua recompensa está com Seu Deus (Isaías 40: 10). Ele se afadigou pregando a palavra, e parece que ela não deu fruto; mas a Sua recompensa vai chegar, pois o Pai se agrada do Seu trabalho. Ele sabe que esse trabalho irá mais longe do que simplesmente pregar Sua palavra em pessoa ou fazer milagres no meio do povo judeu. Sua missão trará a libertação completa, fará o máximo para o que ela foi programada, e aí sim, a recompensa virá (Jo 12: 28; Jo 17: 1-8; Fp 2: 9-11; Is 53: 11-12).

Depois, Isaías continua a falar em nome de Jesus: “Mas agora diz o Senhor, que me formou desde o ventre para ser seu servo, para que torne a trazer Jacó e para reunir Israel a ele, porque eu sou glorificado perante o Senhor [NVI: ‘pois sou honrado aos olhos do Senhor’], e o meu Deus é a minha força. Sim, diz ele: Pouco é o seres meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os remanescentes de Israel [NVI: ‘Para você é coisa pequena demais ser meu servo para restaurar as tribos de Jacó e trazer de volta aqueles de Israel que eu guardei’]”.

Ele confirma que antes que Ele nascesse o plano de salvação de Deus já estava estabelecido. O Pai O preparou desde o ventre e o ungiu com Seu Espírito para ser um mediador entre Ele e os homens (Is 42: 6), para trazer Israel e Jacó a Ele novamente, ou melhor, o remanescente da descendência natural de Israel que sobreviverá às calamidades (‘os remanescentes de Israel’) e ‘as tribos de Jacó’ (os remanescentes segundo a eleição da graça); em resumo, os escolhidos que aceitassem Sua palavra e pudessem semeá-la em outras terras férteis. Deus seria Sua força nessa tarefa, pois Ele era honrado aos Seus olhos, o único Santo para ser aceito para esse tipo de missão: a de um verdadeiro Resgatador. Ele seria Sua força para apoiá-lO como homem sujeito às fragilidades e tentações, livrando-O do Seu verdadeiro inimigo até que a missão fosse totalmente cumprida como Ele prometeu (Sl 89: 21-24).

Geralmente, quando Isaías fala ‘Israel’, ele está falando com respeito à descendência natural de Israel, aos judeus (os israelitas). E quando ele fala ‘Jacó’, ele se refere ao remanescente deles que sobreviverá a todas as suas calamidades, ou seja, a um remanescente de acordo com a eleição da graça, ‘as ovelhas perdidas da casa de Israel’, os eleitos de Deus entre os judeus (ref.: Is 9: 8; Is 10: 20; 21; 22; Is 14: 1; Is 27: 6; 7-9; Is 29: 22-23; Is 43: 1; 22; 27-28; Is 44: 1-2; Is 45: 4; Is 48: 1; Is 49: 5-6).

Deus Pai continua a dizer a Jesus que isso ainda era pouco; Israel era muito pouca recompensa: “também te dei como luz para os gentios (Is 42: 6), para seres a minha salvação até à extremidade da terra [NVI: ‘até os confins da terra’]. Assim diz o Senhor, o Redentor e Santo de Israel, ao que é desprezado, ao aborrecido das nações, ao servo dos tiranos [NVI: ‘àquele que foi desprezado e detestado pela nação, ao servo de governantes’]: Os reis o verão, e os príncipes se levantarão; e eles te adorarão [adorarão o Messias, Jesus, é o quer dizer] por amor do Senhor, que é fiel, e do Santo de Israel, que te escolheu [NVI: ‘Reis o verão e se levantarão, líderes o verão e se encurvarão, por causa do Senhor, que é fiel, o Santo de Israel, que o escolheu’]”.

Isso significa que antes de Jesus nascer já estava profetizado que Ele viria também para os gentios, e isso completaria a Sua vitória e aumentaria o Seu galardão, pois toda a terra estaria debaixo da Sua autoridade, debaixo do Seu poder. Então, Deus Pai confirma que, apesar de Ele ser desprezado e aborrecido pelos Seus próprios parentes, amigos e conterrâneos, reis e sacerdotes, judeus e governantes ímpios (Sl 69: 1-36 – o lamento do Messias), Ele não estará desamparado e todos serão testemunhas da Sua vitória e virão e se prostrarão diante dEle porque o Pai o disse. Ele é fiel às Suas promessas e honra a todos a quem Ele escolhe para servi-lO; especialmente Aquele que recebeu o título de Redentor da humanidade.

Prometida a restauração de Israel – v. 8-13.
• Is 49: 8-13: “Diz ainda o Senhor: No tempo aceitável, eu te ouvi e te socorri no dia da salvação; guardar-te-ei e te farei mediador da aliança do povo, para restaurares a terra e lhe repartires as herdades assoladas; para dizeres aos presos: Saí, e aos que estão em trevas: Aparecei. Eles pastarão nos caminhos e em todos os altos desnudos [NVI: ‘em toda colina estéril’] terão o seu pasto. Não terão fome nem sede, a calma nem o sol os afligirá [NVI: ‘o calor do deserto e o sol não os atingirão’; NRSV: ‘vento escaldante, ou vento abrasador’]; porque o que deles se compadece os guiará e os conduzirá aos mananciais das águas. Transformarei todos os meus montes em caminhos, e as minhas veredas serão alteadas [NVI: ‘meus caminhos serão erguidos’]. Eis que estes virão de longe, e eis que aqueles, do Norte e do Ocidente, e aqueles outros, da terra de Sinim [NVI: ‘alguns de Assuã (esta palavra está escrita nos manuscritos do Mar Morto. Nos textos Massoréticos, a palavra é Sinim)’]. Cantai, ó céus, alegra-te, ó terra, e vós, montes, rompei em cânticos, porque o Senhor consolou o seu povo e dos seus aflitos se compadece”.

A palavra continua a ser dirigida a Jesus: no momento certo o Pai O ouvirá, e no dia da salvação Ele O ajudará, pois Sua morte trará a salvação para a humanidade; e para Ele, glória e honra, como jamais ninguém teve nem terá (Hb 1: 1-4; 9). Sua missão como mediador de uma nova aliança continua de pé, assim como a autoridade que Lhe foi dada para restaurar as vidas e as propriedades das pessoas, para libertar os cativos do diabo e das armadilhas dos homens (obras da carne), tanto judeus quanto gentios, e livres eles viverão em paz. Não sentirão falta de coisa alguma: não sentirão fome, nem sede, nem se afligirão com o calor escaldante do deserto nem com o sol excessivo, pois como ovelhas elas serão levadas pelo Bom Pastor aos mananciais de águas. O Senhor tornará a vida delas mais fácil, sem obstáculos que elas não possam transpor, abrindo-lhes os o entendimento para que venham a conhecer a Deus. O que está torto e desnivelado será corrigido. Muitas pessoas virão de todas as partes da terra para receber dessa água viva, tanto gentios quantos os judeus espalhados por todas as nações: do Norte, do Ocidente e alguns de Sinim (Sinim no texto Massorético; ou Assuã, nos textos do Mar Morto), o que para nós pode ter significados diferentes, o que veremos logo adiante. Mas não importa o lugar geográfico; o que importa é que de terras distantes as pessoas virão buscar a luz, a verdade, a cura e a libertação que vai fluir do Servo de Deus, Jesus. O versículo termina dizendo: ‘Cantai, ó céus, alegra-te, ó terra, e vós, montes, rompei em cânticos, porque o Senhor consolou o seu povo e dos seus aflitos se compadece’. A libertação do povo de Deus do cativeiro babilônico é motivo de muita alegria, da mesma forma que é a salvação trazida pelo Messias, libertando vidas do cativeiro de Satanás.

Multidões foram atraídas pela doutrina do Messias

A bíblia menciona, nos quatro evangelhos, 78 vezes a palavra ‘multidão’ e 15 vezes a palavra ‘multidões’, se referindo a Jesus, o que vem a confirmar as profecias de Isaías sobre o grande número de pessoas que viriam a Sião, atraídas pela doutrina do Messias. Alguns versículos são mais importantes de serem mencionados, pois estão relacionados às passagens de cura, pregação, ensino e milagres do Senhor:

Mt 5: 1 – 7: 29 (O sermão do monte – Jesus ensina a multidão);
Mt 8: 1-3 (A cura de um leproso);
Mt 9: 35-36 (Jesus curou os enfermos, ensinou nas sinagogas e pregou para a multidão em muitas cidades);
Mt 13: 2 (A parábola do semeador);
Mt 14: 14; 19 (A 1ª multiplicação de pães e peixes – Jesus curou os enfermos);
Mt 15: 29-31 (Jesus curou os enfermos junto ao mar da Galiléia);
Mt 15: 33 (A 2ª multiplicação de pães e peixes);
Mt 20: 31 (A cura de dois cegos de Jericó);
Mc 2: 4 (A cura de um paralítico em Cafarnaum);
Mc 2: 13 (Jesus ensina a multidão – um pouco antes de chamar Mateus para ser Seu discípulo);
Mc 4: 1 (Jesus voltou a ensinar a multidão à beira-mar);
Mc 5: 27; 30-31 (A cura de uma mulher com fluxo de sangue);
Mc 6: 34 (A 1ª multiplicação de pães e peixes – Jesus voltou a ensinar a multidão);
Mc 9: 17; 25 (A cura de um jovem possesso);
Mc 10: 46 (A cura do cego de Jericó);
Lc 5: 1 (Jesus ensina a multidão);
Lc 5: 15 (Após a cura de um leproso – as multidões vinham para ouvi-lo e para serem curadas de suas doenças);
Lc 5: 19 (A cura de um paralítico em Cafarnaum);
Lc 7: 11-12 (A ressurreição do filho da viúva de Naim);
Lc 9: 11-12 (A 1ª multiplicação de pães e peixes – Jesus curou os enfermos e pregou para a multidão);
Lc 9: 37-38 (A cura de um jovem possesso);
Lc 13: 14 (O chefe da sinagoga repreende a multidão após Jesus ter curado a mulher encurvada no sábado);
Lc 18: 36 (A cura do cego de Jericó);
Lc 19: 3 (Zaqueu, o publicano, procura ver Jesus);
Jo 5: 3 (A cura do paralítico no tanque de Betesda);
Jo 6: 2; 5 (A multiplicação de pães e peixes – a multidão vê o milagre e reconhece que Jesus é o grande profeta);

Multidões foram atraídas a Ele: “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo” (Jo 12: 32) cf. Jo 8: 28: “Disse-lhes, pois, Jesus: Quando levantardes o Filho do Homem, então, sabereis que EU SOU e que nada faço por mim mesmo; mas falo como o Pai me ensinou”.

Como vimos nas profecias de Isaías, grande número de pessoas vinham de todos os lugares para vê-lo (Judéia, Jerusalém, Iduméia, Transjordânia, do litoral de Tiro e Sidom, Síria e outros lugares distantes, como a Grécia), pois ficaram sabendo a Seu respeito:
• Mc 3: 7-9: “Retirou-se Jesus com os seus discípulos para os lados do mar. Seguia-o da Galiléia uma grande multidão. Também da Judéia, de Jerusalém, da Iduméia, dalém do Jordão e dos arredores de Tiro e de Sidom uma grande multidão, sabendo quantas coisas Jesus fazia, veio ter com ele”.
• Mc 8: 1-3: “Naqueles dias, quando outra vez se reuniu grande multidão, e não tendo eles o que comer, chamou Jesus os discípulos e lhes disse: Tenho compaixão desta gente, porque há três dias que permanecem comigo e não têm o que comer. Se eu os despedir para suas casas, em jejum, desfalecerão pelo caminho; e alguns deles vieram de longe”.
• Lc 6: 17-19: “E, descendo com eles, parou numa planura onde se encontravam muitos discípulos seus e grande multidão do povo, de toda a Judéia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sidom, que vieram para o ouvirem e serem curados de suas enfermidades; também os atormentados por espíritos imundos eram curados. E todos da multidão procuravam tocá-lo, porque dele saía poder; e curava todos”.
• Lc 8: 4: “Afluindo uma grande multidão e vindo ter com ele gente de todas as cidades, disse Jesus por parábola” (A parábola do semeador).
• Jo 12: 29: “A multidão, pois, que ali estava, tendo ouvido a voz, dizia ter havido um trovão. Outros diziam: Foi um anjo que lhe falou” (Gregos pedem para ver Jesus).
• Mt 4: 24-25: “E sua fama correu por toda a Síria; trouxeram-lhe, então, todos os doentes, acometidos de várias enfermidades e tormentos: endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E ele os curou. E da Galiléia, Decápolis, Jerusalém, Judéia e dalém do Jordão numerosas multidões o seguiam”.

Em outras passagens, a bíblia escreve que Jesus foi para outras cidades fora de Israel, ou fora da Judéia e da Galiléia, ou seja, entrou no território dos gentios:
• Mt 15: 21: “Partindo Jesus dali, retirou-se para os lados de Tiro e Sidom” (A mulher Cananéia).
• Mt 19: 1-2: “E aconteceu que, concluindo Jesus estas palavras, deixou a Galiléia e foi para o território da Judéia, além do Jordão. Seguiram-no muitas multidões, e curou-as ali” (Jesus vai para a Transjordânia e cura enfermos).
• Mc 7: 31: “De novo, se retirou das terras de Tiro e foi por Sidom até ao mar da Galiléia, através do território de Decápolis” (Jesus cura um surdo e gago).
• Mc 10: 1: “Levantando-se Jesus, foi dali para o território da Judéia, além do Jordão. E outra vez as multidões se reuniram junto a ele, e, de novo, ele as ensinava, segundo o seu costume” (Jesus atravessa o Jordão e ensina as multidões).

Assim, esta é uma profecia da conversão de judeus e gentios nos tempos do evangelho e no final dos tempos, nas várias partes do mundo: “Eis que estes virão de longe, e eis que aqueles, do Norte e do Ocidente, e aqueles outros, da terra de Sinim” (Sinim no texto Massorético; ou Assuã, nos textos do Mar Morto). Israel é o ponto de referência em relação aos pontos cardeais mencionados. Do norte pode se referir à Média, às terras anteriormente pertencentes à Assíria, assim como pode se referir ao Líbano a à Fenícia (Tiro e Sidom), aonde o evangelho do Senhor chegou através de Sua própria pessoa, quando desceu para além da Galiléia e encontrou a mulher Siro-Fenícia (Cananéia). Mais tarde, Damasco e Antioquia, na Síria, foram as primeiras cidades a abrigar uma igreja cristã, através de Barnabé e Saulo de Tarso e João Marcos. Através deles, o evangelho se espalhou depois por toda a Ásia Menor, como Panfília, Antioquia na Psídia (Turquia), Galácia, Licaônia, Frígia, e indo cada vez para o Ocidente, a começar por Chipre e Salamina, chegando até Roma.

Quando lemos At 2: 9-11, nós vemos a citação dos lugares de onde vieram os judeus que habitavam em outras nações: “Somos partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia, da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, nas imediações de Cirene, e romanos que aqui residem, tanto judeus como prosélitos, cretenses e arábios. Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus?” Do Ocidente vinham, ainda no tempo de Jesus, os judeus residentes em Roma e os próprios soldados romanos que, com o propósito de controlar a revolta do povo na Judéia, estavam sempre ouvindo Suas pregações. Gregos também vinham e queriam falar com Ele (Jo 12: 20-22).


Antiga Anatólia
Antiga Anatólia (atual Turquia)


Quanto à palavra ‘Sinim’ (no texto Massorético: seweneh), a Vulgata Latina traduz por ‘terra do Sul’, enquanto que os manuscritos do Mar Morto escrevem ‘Assuã’. KJV escreve ‘Sinim’. A Concordância Lexicon Strong escreve, em hebraico, ‘Ciyniym’ (Strong #5515), que significa apenas: uma distante região Oriental; o extremo Oriente.

Não pode se referir à China, como muitos pensam, mesmo porque a China não tinha um nome específico para o seu país na época, mas adotava o nome dos governantes da sua dinastia. Depois, a bíblia nunca deu a entender que o evangelho chegou até lá através de algum discípulo de Cristo no 1º século da era cristã. Só chegou bem mais tarde. Quando olhamos o Mapa Mundi com os países da Janela 10/40, nós podemos ver que a China não tem uma religião, embora siga algumas filosofias dos seus antepassados. Algumas fontes dizem apenas que é o país mais populoso do planeta, com mais de 1.400.050.000 habitantes (2019) e, presume-se que em 2008 havia entre 21 a 130 milhões de cristãos vivendo lá, a maioria protestante.

A Janela 10/40

A janela 10/40 é uma faixa do planeta localizada entre 10 e 40 graus ao norte do equador, estendendo-se do Oeste da África até a Ásia e incluindo o Oriente Médio em seu caminho. É um pouco mais da metade da população mundial não cristã. Os maiores países incluídos são: China, Índia, Indonésia, Japão, Bangladesh, Paquistão, Nigéria, Turquia e Irã, dentre os 61 países que formam a janela 10/40. No Oriente Médio e África: 33 países; na Ásia: 21 países; Eurásia: 3 países; Europa: 4.


Janela 10/40


Na NRSV está escrito ‘the land of Syene’ (‘a terra de Sevene’); na NVI está escrito ‘Assuã’. Portanto, é mais provável que se trate de uma terra ao sul de Israel, como vimos nas profecias anteriores de Isaías, que se relaciona à terra de Cuxe (Etiópia), pois assim a profecia tem um respaldo para ter sido cumprida nos tempos do evangelho. ‘Assuã’ é a mesma cidade anteriormente chamada Sevene (em hebraico, Strong #5482). Assuã é a tradução da palavra árabe ‘Aswan’ (no árabe egípcio: Aswān; egípcio antigo: Swenett; grego antigo: Συήνη, Syene) – Ez 29: 10 (Sevene); Ez 30: 6 (Sevene – Strong #5482, ‘lugar de troca, mercado’).


Descendentes de Cam e Sem
Descendentes de Cam e Sem


• Is 49: 14-23: “Mas Sião diz: O Senhor me desamparou, o Senhor se esqueceu de mim. Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti. Eis que nas palmas das minhas mãos te gravei; os teus muros estão continuamente perante mim. Os teus filhos virão apressadamente, ao passo que os teus destruidores e os teus assoladores se retiram do teu meio. Levanta os olhos ao redor e olha: todos estes que se ajuntam vêm a ti [NVI: ‘todos os seus filhos se ajuntam e vêm até você’]. Tão certo como eu vivo, diz o Senhor, de todos estes te vestirás como de um ornamento e deles te cingirás como noiva. Pois, quanto aos teus lugares desertos e desolados e à tua terra destruída, agora tu, ó Sião, certamente, serás estreita demais para os moradores [NVI: ‘agora você será pequena demais para o seu povo’]; e os que te devoravam estarão longe de ti. Até mesmo os teus filhos, que de ti foram tirados [NVI: ‘Os filhos nascidos durante seu luto’], dirão aos teus ouvidos: Mui estreito é para mim este lugar; dá-me espaço em que eu habite. E dirás contigo mesma: Quem me gerou estes, pois eu estava desfilhada e estéril, em exílio e repelida? [NVI: ‘Eu estava enlutada e estéril; estava exilada e rejeitada’] Quem, pois, me criou estes? Fui deixada sozinha; estes, onde estavam? Assim diz o Senhor Deus: Eis que levantarei a mão para as nações e ante os povos arvorarei a minha bandeira [NVI: ‘eu acenarei para os gentios, erguerei minha bandeira para os povos’]; eles trarão os teus filhos nos braços, e as tuas filhas serão levadas sobre os ombros. Reis serão os teus aios, e rainhas, as tuas amas [NVI: ‘Reis serão os seus padrastos, e suas rainhas serão as suas amas de leite’]; diante de ti se inclinarão com o rosto em terra e lamberão o pó dos teus pés; saberás que eu sou o Senhor e que os que esperam em mim não serão envergonhados”.

Apesar de todas as promessas favoráveis de Deus, os judeus no exílio pensavam que o Senhor tinha se esquecido deles. Mas Ele lhes diz que ainda que uma mãe se esquecesse do filho recém-nascido, Ele não se esqueceria deles. Aquele cativeiro não duraria para sempre; ele estava chegando ao fim. O fato de colocá-los como uma marca em Sua mão, ou um selo em seu braço, denota que Ele está sempre atento a eles. É como nós, que já escrevemos sobre a mão ou colocamos sobre ela uma anotação para não corrermos o risco de nos esquecermos de fazer algo importante. Dessa forma, com o nome de Israel escrito em Sua mão, Deus jamais poderia olhar para ela sem ver o nome deles escrito ali. Com certeza eles oravam a Deus com angústia no coração por causa do cativeiro em que estavam, e esperavam que a libertação viesse logo. Alguns deles poderiam até achar que ali seria a sua morada dali para frente e nunca mais voltariam para Canaã, pois o sofrimento parecia estar durando muito, e isso os desanimava. Entretanto, para o Senhor, o dono da eternidade, aqueles setenta anos não passavam de minutos. A bíblia diz que para Deus, mil anos são como um dia (2 Pe 3: 8), e Ele não retarda a Sua promessa (2 Pe 3: 9), mas fará logo a Sua justiça, embora ela pareça demorada: “Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los? Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lc 18: 7-8).

Os ‘muros’ lembram os judeus que mesmo que tenham sido completamente destruídos, eles serão restaurados novamente. Deus se importa com a defesa de Jerusalém. A seguir, Ele fala sobre o repatriamento pós-exílico; a cidade de Sião será novamente habitada. Seus ‘filhos’ (seus habitantes) vêm, enquanto os invasores se retiram dela. O Senhor pede a eles que olhem ao seu redor e vejam, pela fé, quantas pessoas se ajuntam para voltar a Jerusalém (Sl 69: 35-36). Até gentios podem voltar a ela, e a cidade será bonita e povoada de novo, cheia de cânticos e festas, como se fosse adornada com jóias. Será tão grande o número de pessoas que habitarão nela que o espaço parecerá pequeno. Eles terão que aumentá-la para comportar seus habitantes. Deus promete que os que a assolaram e destruíram estarão longe dali. Até os judeus que foram levados durante a invasão da cidade ou que nasceram durante o exílio virão à cidade, e até os gentios que ela nunca viu virão por amor do Senhor, pois Ele mesmo os chamará: “Eis que levantarei a mão para as nações e ante os povos arvorarei a minha bandeira [NVI: ‘eu acenarei para os gentios, erguerei minha bandeira para os povos’]”. Governantes gentios e pessoas poderosas a reverenciarão, se inclinarão, em sinal de honra e respeito. Isso pode significar sua conversão ao evangelho.

• Is 49: 24-26: “Tirar-se-ia a presa ao valente? Acaso, os presos poderiam fugir ao tirano? Mas assim diz o Senhor: Por certo que os presos se tirarão ao valente, e a presa do tirano fugirá, porque eu contenderei com os que contendem contigo e salvarei os teus filhos. Sustentarei os teus opressores com a sua própria carne, e com o seu próprio sangue se embriagarão, como com vinho novo. Todo homem saberá que eu sou o Senhor, o teu Salvador e o teu Redentor, o Poderoso de Jacó”.

Ainda que alguém duvide do poder do Senhor para livrar Seu povo de um tirano tão forte, Ele confirma que para Ele tudo é possível e Israel será libertado, seus filhos exilados serão reunidos de todas as terras por onde foram dispersos, e voltarão a Canaã. Ele fará o malfeito do inimigo recair sobre sua própria cabeça. Todos saberão que Ele é o Senhor, o Salvador e Redentor do Seu povo, e que Sua mão é poderosa.


• Principal fonte de pesquisa: Douglas, J.D., O novo dicionário da bíblia, 2ª ed. 1995, Ed. Vida Nova.
• Fonte de pesquisa para algumas imagens: wikipedia.org e crystalinks.com

Este texto se encontra no 2º volume do livro:


livro evangélico: O livro do profeta Isaías

O livro do profeta Isaías vol. 1 (PDF)

O livro do profeta Isaías vol. 2

O livro do profeta Isaías vol. 3

The book of prophet Isaiah vol. 1 (PDF)

The book of prophet Isaiah vol. 2

The book of prophet Isaiah vol. 3

Sugestão de leitura:


livro evangélico: Profeta, o mensageiro de Deus

Profeta, o mensageiro de Deus (PDF)

Prophet, the messenger of God (PDF)

Sugestão para download:


tabela de profetas AT

Tabela dos profetas (PDF)

Table about the prophets (PDF)



Autora: Pastora Tânia Cristina Giachetti

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