Os nomes de Deus (Yah, Elohim, Eloá) ou qualidades dadas a Ele: El-Shaddai, ’El-’Elõhe-Israel, ’El ‘Ôlãm, ’El ’elyôn, o Santo de Israel e o Ancião de Dias. YAHWEH (Javé) ou YAHOWAH (Jeová)? Deus deu Seu nome a Moisés (YHWH, SENHOR). Os judeus o chamam de Adonai (’Adhonaí) ou HaShem.

The names of God (Yah, Elohim, Eloah) or qualities given to Him: El-Shaddai, ’El-’Elõhe-Yisra’el, ’El ‘Ôlãm, ’El ’elyôn, the Holy One of Israel and the Ancient of Days. YAHWEH (Javeh) or YAHOWAH (Jehovah)? God gave His name to Moses (YHWH, LORD). The Jews call Him Adonai (’Adhonaí) or HaShem.


Os nomes de Deus




Aqui será usado o texto hebraico concordante interlinear (CHES – Concordant Hebrew English Sublinear), baseado no vocabulário da Versão Concordante do Antigo Testamento (CVOT – Concordant Version of the Old Testament), o hebraico transliterado.

Vamos começar falando sobre os mais conhecidos nomes de Deus desde o início da humanidade:

I) El (’el, ou al – אל), em nossa versão portuguesa ‘Deus’ ou ‘deus’ procede da mesma raiz de outras línguas semíticas, e significa um deus, no sentido mais amplo da palavra, verdadeiro ou falso, por isso, escrito com letra maiúscula ou minúscula nas línguas ocidentais para identificar o Deus verdadeiro, Criador do céu e da terra, dos falsos deuses. Para o hebraico, na verdade, isso não importa, uma vez que nesta língua não há diferenciação entre letras maiúsculas e minúsculas. Por causa desse caráter geral, a palavra ’el na bíblia está associada com um adjetivo ou predicado que define Deus (o Deus verdadeiro). Em Dt 5: 9 está escrito: “... porque eu, o Senhor (YHWH), teu Deus (’elõhïm), sou Deus (’el) zeloso...” (CHES-CVOT, Deus zeloso: ‘al qna’) ou em Gn 31: 13: “Eu sou o Deus (’el) de Betel, onde ungiste uma coluna, onde me fizeste um voto; levanta-te agora; sai desta terra e volta para a terra de tua parentela” (CHES-CVOT, Deus de Betel: al bith-al).

Em Ras Shamra (a antiga Ugarite, a capital de um reino ao norte da costa da Síria), entretanto, ’El aparece como um substantivo próprio, o nome do ‘alto deus’ cananeu, cujo filho era Baal. O plural da palavra ’el é ’elõhïm, e quando é usada como plural é traduzida por ‘Deus’ (o Deus verdadeiro) ou ‘deuses’, deuses falsos e imagens de esculturas (Dt 4: 28; Dt 12: 2). Mais tarde falaremos mais sobre a palavra ’elõhïm. ’El ’elyôn (o Deus Altíssimo – Gn 14: 22 – CHES-CVOT: ‘al olium’) era o título de Deus, como era adorado por Melquisedeque e conhecido de Abraão (Gn 14: 18-24), assim como era conhecido também por Balaão (Nm 24: 16). Também podemos ver a mesma palavra no Sl 7: 17; Sl 18: 13; Sl 83: 18 e Dn 7: 22; 27 (no aramaico plural: ’elyônïn; CHES-CVOT: ‘oliunin’) ou o equivalente aramaico de ’elyôn: ‘illãyâ – Dn 7: 25 (CHES-CVOT: ‘oli-a’).

II) Elohim – ’elõhïm – אלהים [CHES-CVOT, ‘aleim’]. Embora seja forma plural, é interpretada como estando no singular, quando se trata do Deus verdadeiro, Criador do Universo; uma expressão de respeito à Sua majestade. No Gênesis, quando se fala da Criação, em todos os textos está escrita a palavra Elohim (’elõhïm) para ‘Deus’: Gn 1: 1-31; Gn 2: 1-3. Muitos outros capítulos trazem a palavra ‘Deus’ escrita como ‘Elohim’, até a época de Noé e dos patriarcas. Em Gn 2: 4 em diante, e Gn 3 em diante, é comum ver a forma combinada: ‘Senhor Deus’, da qual falaremos no item VII.

Em Gn 3: 5, no diálogo entre Eva e a serpente está escrito: “Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus [KJV: deuses, ‘gods’; NIV-NVI: God, Deus], sereis conhecedores do bem em do mal” – Elohim (CHES-CVOT: אלהים, ‘aleim’) para as duas palavras: ‘Deus’.

Em Gn 17: 7-8 Deus diz a Abraão: “Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência no decurso das suas gerações, aliança perpétua, para ser o teu Deus (Elohim – CHES-CVOT: אלהים, ‘aleim’) e da tua descendência. Dar-te-ei e à tua descendência a terra das tuas peregrinações, toda a terra de Canaã, em possessão perpétua, e serei o seu Deus” – Elohim (CHES-CVOT: אלהים, ‘aleim’).

III) Eloá – ’elõah – אלוה [CHES-CVOT, ‘alue’]. É uma forma singular de Elohim, e tem o mesmo sentido de ’el. A forma aramaica é ’elãh. No AT essa forma é mais encontrada nos livros poéticos (Jó) e em Dt 32: 15; 17 (o cântico de Moisés).

IV) YHWH é traduzido em nossa versão portuguesa como ‘Senhor’ ou ‘Jeová’. Para os estudiosos do judaísmo, é preferível a tradução ‘Javé’ (YAHWEH), ao invés de Jeová (YAHOWAH), pelas razões que nós veremos adiante. No texto original hebraico, o nome que foi dado a Moisés foi YHWH (יהוה – ieue). A pronúncia de YAHWEH na transliteração para o grego é iaoue ou iabe (o b grego tem a pronúncia de v), bem diferente de iaoa (YAHOWAH – Jeová). A forma abreviada do nome é Yah (ou Jah, na forma latinizada), como no Salmo 89: 8 [ieue alei tzbauth mi – kmu-k chsin ie u-amunth-k abibuthi-k – ‘O Lord God of Hosts who [is] a strong Lord like unto thee? or to thy faithfulness round about thee’; ‘Ó Senhor, Deus dos Exércitos, quem é poderoso como tu és, Senhor, com a tua fidelidade ao redor de ti?!’] e na expressão HaleluYah (que significa ‘Louvai a Jah!’; em português, é vertida por Aleluia).


YHWH, o Senhor

YHWH, o Senhor, transliterado por ‘Javé’ (Yahweh; o tetragrama está escrito da direita para a esquerda nesta imagem)


Pelo nome YHWH, o Senhor ou ‘O Eu Sou o Que Sou’ (ehyeh-asher-ehyeh, אהיה אשר אהיה), Deus seria conhecido pelo Seu povo (Êx 3: 14-15; Êx 6: 2-3). EU SOU, em hebraico, Ehyeh, provém do verbo Hayah, ‘ser’, muitas vezes traduzido como ‘Eu serei’, ‘tornar-se’ ou ‘mostrar ser’. Asher é um pronome ambíguo que pode significar, dependendo do contexto, ‘que’, ‘quem’, ‘ qual’, ou ‘onde’. Portanto, embora Ehyeh-Asher-Ehyeh geralmente seja traduzido como Eu Sou o Que Sou, a expressão pode significar: ‘Eu serei o que serei’ ou ‘Eu vou ser quem eu vou ser’ ou ‘Eu vou provar ser o que eu vos revelar ser’ ou ‘eu vou ser porque eu vou ser’. YHWH era o mesmo Deus dos patriarcas, o Deus de Abraão: Elohim (’elõhïm), como foi escrito acima, ou El-Shaddai (‘O Deus Todo-Poderoso’, ‘o Deus que é mais do que suficiente’, ‘o Deus que detém todo o poder’ – Gn 17: 1), ou ’El ’elyôn (o ‘Deus Altíssimo’ – Gn 14: 22).

Quando Deus se mostrou a Moisés na sarça (Êx 3: 6; 14-15), Ele disse: “Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. Moisés escondeu o rosto, porque temeu olhar para Deus... Disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós outros. Disse Deus ainda mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O SENHOR, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, me enviou a vós outros; este é o meu nome eternamente, e assim serei lembrado de geração em geração”.

Em Êx 6: 3 está escrito: “Apareci a Abraão, a Isaque e Jacó como Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu nome, O SENHOR, não lhes fui conhecido”.

Confira também o que está escrito em Gn 35: 10-12: “Disse-lhe Deus (CHES-CVOT: אלהים – Aleim – Elohim): O teu nome é Jacó. Já não te chamarás Jacó (Gn 32: 28), porém Israel será o teu nome. E lhe chamou Israel. Disse-lhe mais: Eu sou o Deus Todo-Poderoso (CHES-CVOT: ‘Aleim ani al (’el) shdi – Elohim I El Who-Suffices – El-Shaddai’); sê fecundo e multiplica-te; uma nação e multidão de nações sairão de ti, e reis procederão de ti. A terra que dei a Abraão e a Isaque dar-te-ei a ti e, depois de ti, à tua descendência”. El-Shaddai, na verdade, não era um nome de Deus, mas uma qualificação (um título) dada a Ele para diferenciá-lo dos demais deuses (também chamados pelo nome El).

Estritamente falando, YHWH é o único nome de Deus. No livro de Gênesis, entretanto, a palavra ‘shem’ (‘nome’) é associada com o ser divino cujo nome é YHWH. Quando Abraão e Isaque edificavam um altar, invocaram o nome do Senhor:
• Gn 12: 8: “Passando dali para o monte ao oriente de Betel, armou [Abrão] a sua tenda, ficando Betel ao ocidente e ai ao oriente; ali edificou um altar ao Senhor e invocou o nome do Senhor”.
• Gn 13: 3-4: “Fez as suas jornadas do Neguebe até Betel, até ao lugar onde primeiro estivera a sua tenda, entre Betel e Ai, até ao lugar do altar, que outrora tinha feito; e aí Abrão invocou o nome do Senhor”.
• Gn 26: 25: “Então, levantou (Isaque) ali um altar e, tendo invocado o nome do Senhor, armou a sua tenda; e os servos de Isaque abriram ali um poço”.

Temos que pensar que essa foi uma narrativa retrospectiva. O Pentateuco foi escrito por Moisés, teoricamente, baseado em uma narrativa dos fatos passados (vamos deixar de lado as explicações ‘revolucionárias’ que lemos sobre isso em relação à possibilidade de outros escritores da Torá). Provavelmente foi uma história contada de geração em geração. Não há evidência de que ele escreveu o livro do Gênesis inspirado em um relato por escrito; nem sabemos se o relato do Jardim do Éden foi escrito em Sumério e chegou às mãos de Abraão. Moisés deve ter escrito os relatos acima sobre Abraão, Isaque e Jacó usando o nome de Deus que ele estava conhecendo agora (YHWH). Abraão e Isaque poderiam ter edificado altares e invocado o nome de El-Shaddai (Gn 17: 1 – Deus Todo-Poderoso) ou ’El ’elyôn (Gn 14: 22 – Deus Altíssimo) – cf. Êx 6: 3: “Apareci a Abraão, a Isaque e Jacó como Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu nome, O SENHOR, não lhes fui conhecido”.

O nome YHWH foi dado pela primeira vez a Moisés, como um nome próprio, como se conhece um amigo. Quando Ele disse a Moisés que era o Deus de seus ancestrais, Ele estava reafirmando a Sua identidade como o Deus verdadeiro que havia feito um pacto com os patriarcas, mas agora seria conhecido de uma forma mais íntima pelo Seu povo e seria um Deus do presente e do futuro, pois estava prestes a manifestar grandes obras. Assim, YHWH era um nome próprio, um nome de uma pessoa, da pessoa divina, para diferenciá-lo dos demais nomes com os quais os outros deuses eram invocados. Era para tirar definitivamente da boca do Seu povo o nome ’El. Em outras palavras, limpar o passado de idolatria das suas vidas, mesmo porque Abraão nasceu numa terra idólatra, Ur dos Caldeus, mudou-se para outra terra idólatra, Harã e, portanto, até mesmo os patriarcas usaram nomes idólatras por causa de sua convivência com diversos povos em Ur, Harã, Canaã e Egito (Abraão morou no Egito por um tempo). A diferença é que, como vimos acima, com o conhecimento do Deus verdadeiro que eles tiveram através das suas experiências de vida, mesmo usando a palavra ’El, o adjetivo colocado depois da palavra dava a entender a que Deus eles serviam. Mas após a revelação do nome YHWH, tudo isso mudaria. Em 250 AC, quando foi escrita a Septuaginta, o tetragrama YHWH (em grego) foi substituído pelas palavras gregas Ký-rios (kurios, Senhor) e The-ós (Deus).

Mais um argumento para dizer que os patriarcas não conheciam o nome YHWH, é o que aconteceu com Jacó, não apenas em Peniel, mas quando se separou de Labão, e quando enterrou os objetos de idolatria debaixo do Carvalho de Siquém, ao entrar em Canaã:
• Gn 31: 53: “O Deus de Abraão e o Deus de Naor, o Deus do pai deles, julgue entre nós. E jurou Jacó pelo Temor de Isaque, seu pai” – CHES-CVOT: אלהים, ‘Aleim’, Elohim = Deus.
• Gn 35: 1: 4-5; 7: “Disse Deus (CHES-CVOT: אלהים, ‘Aleim’, Elohim) a Jacó: Levanta-te, sobe a Betel e habita ali; faze ali um altar ao Deus que te apareceu quando fugias da presença de Esaú, teu irmão... Então, deram [a família de Jacó e os seus servos que vieram de Padã-Arã com ele, inclusive Raquel, que furtara os ídolos da casa de Labão, seu pai] a Jacó todos os deuses estrangeiros (CHES-CVOT: אלהים, ‘Aleim’, Elohim) que tinham em mãos e as argolas que lhes pendiam das orelhas; e Jacó os escondeu debaixo do carvalho que está junto a Siquém. Tendo eles partido, o terror de Deus (CHES-CVOT: אלהים, ‘Aleim’, Elohim) invadiu as cidades que lhes eram circunvizinhas, e não perseguiram aos filhos de Jacó... E ali edificou um altar e ao lugar chamou El-Betel (CHES-CVOT: ’el, אל); porque ali Deus se lhe revelou quando fugia da presença de seu irmão”.
• Gn 35: 10-12: “Disse-lhe Deus (CHES-CVOT: אלהים – Aleim – Elohim): O teu nome é Jacó. Já não te chamarás Jacó (Gn 32: 28), porém Israel será o teu nome. E lhe chamou Israel. Disse-lhe mais: Eu sou o Deus Todo-Poderoso (CHES-CVOT: ‘Aleim ani al (’el) shdi – Elohim I El Who-Suffices – Eu sou o Deus Todo-Poderoso – El-Shaddai’); sê fecundo e multiplica-te; uma nação e multidão de nações sairão de ti, e reis procederão de ti. A terra que dei a Abraão e a Isaque dar-te-ei a ti e, depois de ti, à tua descendência”.

Nós vimos que ’El, Elohim ou ’Elõah eram nomes comuns, dados a Deus ou a deuses, pelas várias civilizações antigas. Um nome para os hebreus significava muito, e ainda significa. Ele não é um mero título, mas significa e expressa a personalidade real daquele a quem pertence. Pode ser derivado das circunstâncias do nascimento da pessoa (os nomes dos filhos de Jacó, por exemplo), ou pode refletir o seu caráter (Gn 27: 36 – aqui Esaú fala de Jacó), e quando uma pessoa punha o seu nome sobre alguma coisa ou pessoa esta última ficava sob sua influência ou proteção. Por isso, Deus deu a Moisés o Seu nome, YHWH, que significa ‘Senhor’, pois era isso que Ele seria a partir daquele momento em relação ao Seu povo, o que Ele sempre quis ser, O SENHOR.


YHWH em Paleo-hebraico e hebraico moderno

O tetragrama YHWH escrito de duas formas: em Hebraico antigo (hebraico arcaico ou páleo-hebraico; 1100–500 AC) e Aramaico (1100 AC–200 DC) ou Hebraico moderno


V) ’El-’Elõhe-Israel
Quando chegou a Siquém, Jacó comprou um terreno, erigiu um altar, e o chamou de ’El-’Elõhe-Yisra’el (Gn 33: 20) – CHES-CVOT: ‘al alei ishral’ – ‘Deus’ (’el) é o Deus (’elõhïm ou ‘alei’) de Israel’, depois que teve o encontro com a anjo. Jacó aceitou o nome de Israel como seu, e assim prestou adoração a Deus.

VI) ’El ‘Ôlãm
Em Berseba, Abraão plantou uma tamareira, e invocou ali o nome do Senhor, Deus Eterno (YHWH, ’el ‘ôlãm) – Gn 21: 33: “Plantou Abraão tamargueiras em Berseba e invocou ali o nome do Senhor, o Deus Eterno” (CHES-CVOT: ‘ieue al oulm’). Nesta passagem, YHWH é seguido por uma descrição: ‘o Deus eterno’. A forma original desse nome é ’El dhü-‘Ôlãmi, ‘Deus da eternidade’. Por isso, os judeus falam: ‘O Eterno’, quando querem se referir a Deus.

VII) Senhor Deus – YHWH Elohim (CHES-CVOT: ‘ieue aleim’)
• Gn 2: 4-5: “Esta é a gênese dos céus e da terra quando foram criados, quando o Senhor Deus os criou. Não havia ainda nenhuma planta do campo na terra, pois ainda nenhuma erva do campo havia brotado; porque o Senhor Deus não fizera chover sobre a terra, e também não havia homem para lavrar o solo” – Senhor Deus – YHWH Elohim (CHES-CVOT: ‘ieue aleim’).
• Gn 2: 7-9: “Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente. E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, da banda do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado. Do solo fez o Senhor Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal” – Senhor Deus – YHWH Elohim (CHES-CVOT: ‘ieue aleim’).
• Gn 2: 15-17: “Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. E o Senhor lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” – Senhor Deus – YHWH Elohim (CHES-CVOT: ‘ieue aleim’).
• Gn 2: 18-19: “Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea. Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todos os animais do campo e todas as aves dos céus, trouxe-os ao homem, para ver como este lhes chamaria; e o nome que o homem desse a todos os seres viventes, esse seria o nome deles” – Senhor Deus – YHWH Elohim (CHES-CVOT: ‘ieue aleim’).
• Gn 2: 21-22: “Então, o Senhor Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou o lugar com carne. E a costela que o Senhor Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe” – Senhor Deus – YHWH Elohim (CHES-CVOT: ‘ieue aleim’).
• Gn 3: 1: “Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o Senhor Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?” – YHWH Elohim (CHES-CVOT: ‘ieue aleim’).
• Gn 3: 8-9: “Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim. E chamou o Senhor Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás?” – YHWH Elohim (CHES-CVOT: ‘ieue aleim’).
• Gn 3: 13-14: “Disse o Senhor Deus à mulher: Que é isso que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi. Então, o Senhor Deus disse à serpente: Visto que isto fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida” – YHWH Elohim (CHES-CVOT: ‘ieue aleim’).
• Gn 3: 21-23: “Fez o Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu. Então, disse o Senhor Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e toque também na árvore da vida e coma, e viva eternamente. O Senhor Deus, por isso, o lançou fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado” – YHWH Elohim (CHES-CVOT: ‘ieue aleim’).

Em Gn 15: 2, quando Abraão sai da tenda e olha para as estrelas ele se dirige a Deus com as palavras ‘Senhor Deus’. Só que aqui não são as mesmas palavras escritas acima e usadas na Criação – YHWH Elohim (CHES-CVOT: ‘ieue aleim’), mas ‘adni ieue’: “Respondeu Abrão: Senhor Deus (CHES-CVOT: ‘adni ieue’), que me haverás de dar, se continuo sem filhos e o herdeiro da minha casa é o damasceno Eliezer?”

Nós vimos que a transliteração de YHWH, ieue, significa SENHOR, O SENHOR, e não ‘Deus’, que era escrita como ’el ou ’elõhïm. YHWH foi o nome dado a Moisés: “Disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós outros. Disse Deus ainda mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O SENHOR, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, me enviou a vós outros; este é o meu nome eternamente, e assim serei lembrado de geração em geração” (Êx 3: 14-15)... “Apareci a Abraão, a Isaque e Jacó como Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu nome, O SENHOR, não lhes fui conhecido” (Êx 6: 3).

Isso quer dizer que Abraão (Gn 18: 3) disse outra palavra comumente usada na vida diária: ‘senhor’ (’adhon, ’adhoni, ou nesta versão bíblica (CHES-CVOT): ‘adni’, ‘meu senhor’), no sentido de servos e patrões ou senhores (’adhon ou adon significa ‘senhor, amo’, ‘mestre’). Havia outra palavra comum para ‘senhor’ ou ‘marido’, que era baal (‘senhor, possuidor, amo, marido’), usada pelas mulheres para chamar seus maridos: meu ‘baal’, i.e., meu senhor, meu marido. Mas a palavra ‘senhor’ era também usada para os falsos deuses de Canaã, Fenícia, Síria, Mesopotâmia e todas as regiões ao redor, especialmente Baal. Quando os israelitas entraram em Canaã notaram que cada trecho da terra tinha sua própria deidade, seu ‘dono’. Assim sendo, havia muitos baais; e o plural hebraico be‘âlïm aparece em português como ‘baalins’ (1 Rs 18: 18). Os deuses das localidades individuais tinham sobrenomes apropriados, por exemplo, Baal-Peor (Nm 25: 3). O Deus hebreu era o ‘Senhor’ ou ‘marido’ dos israelitas, e, portanto, chamavam-no de ‘baal’, e isso levou a uma grande confusão entre a adoração ao único Deus vivo e verdadeiro e os rituais de Baal, pelo que se tornou essencial chamar o Senhor por um nome diferente, como ’ish (Os 2: 16-17), que significa ‘marido’. Assim, a palavra ‘baal’ gradualmente se tornou um nome próprio (Baal) para indicar o grande deus da fertilidade dos cananeus, o senhor das tempestades e outras manifestações naturais ligadas à atmosfera (raio e o trovão; semelhantemente a Marduque, a principal deidade babilônica, que era chamada ‘Bel’ e se tornou um substantivo próprio). Como foi dito acima, nas escavações arqueológicas de Ras Shamra (Ugarite) na Síria foram encontrados templos a Baal, o deus das tempestades, controlador da chuva e da fertilidade, e que já havia substituído ‘El, um deus remoto e nebuloso do panteão cananeu (fonte: O Novo Dicionário da Bíblia – J. D. Douglas – edições vida nova, 2ª edição 1995). Baal se tornou um nome próprio, sim; não mais um simples substantivo para ‘senhor, possuidor, amo, marido’. O maior exemplo disso está em 1 Rs 18: 21; 22; 24; 26; 36; 39-40 quando Elias venceu os 450 profetas de Baal (o deus cananeu). Coisa semelhante aconteceu com mamom, palavra de origem caldéia (em grego: ‘mammonas’, Strong #g3126) para ‘dinheiro’ ou ‘riqueza’. Por ser tão valorizado e cultuado, acabou recebendo uma identidade, passou a ser o deus do dinheiro, Mamom.

A bíblia diz:
• Os 2: 8; 16; 17: “Ela [Deus se referia à nação de Israel], pois, não soube que eu é que lhe dei o trigo, e o vinho, e o óleo, e lhe multipliquei a prata e o ouro, que eles usaram para Baal... Naquele dia, diz o Senhor, ela me chamará: Meu marido (’ishi – Strong #376) e já não me chamará: Meu Baal (Baali – Strong #1180). Da sua boca tirarei os nomes dos baalins, e não mais se lembrará desses nomes”.
• “Os quais [os falsos profetas] cuidam fazer com que o meu povo se esqueça do meu nome pelos seus sonhos que cada um conta ao seu próximo, assim como seus pais se esqueceram do meu nome por causa de Baal” (Jr 23: 27).

A expressão usada por Abraão (‘adni ieue’ – CHES-CVOT) poderia ser mais exatamente traduzida como ‘meu Senhor, O Senhor’, já que as 2 palavras significam ‘senhor’.

Essa expressão ‘Senhor Deus’ em todas as passagens do Gênesis descritas acima foi escrita como YHWH Elohim (CHES-CVOT: ‘ieue aleim’).

Em Gn 18: 3, quando os três anjos vão ao acampamento, e Abraão os vê ele diz: “Senhor meu, se acho mercê em tua presença, rogo-te que não passes do teu servo”. Neste versículo ele usa a outra vez a palavra adoni (CHES-CVOT: ‘adni’), e cuja tradução em Inglês é ‘my lord’, ‘meu senhor’. Aqui dá para entender o sentido e o significado das palavras, pois o sufixo ‘í’ representa o pronome possessivo ‘meu, minha’, e acrescentado à palavra no singular, além ser usado no sentido humano, porque os anjos de Deus e o próprio Senhor estavam ali em forma humana. Assim, adoni é encontrado em vários textos referindo-se a humanos. Por exemplo, em Gn 24: 42;48 o servo de Abraão diz (CHES-CVOT): ‘ieue alei adn-i abrem’ (YHWH Elohim-of lord-of-me Abraham – “ó Senhor, Deus de meu senhor Abraão”,... – Gn 24: 42) ... ‘l-ieue u-abrk ath-ieue alei adni abrem’ (... to Yahweh and I am blessing Yahweh Elohim-of lord-of me Abraham – “… adorei ao Senhor e bendisse ao Senhor, Deus do meu senhor Abraão,... – Gn 24: 48). Vale a pena lembrar que apenas nos idiomas ocidentais a diferença entre letras maiúsculas e minúsculas é importante, o que não ocorre em hebraico.

VIII) O Santo de Israel – qedoshôsh Yisra’el – era empregado como favorito por Isaías (29 vezes), por Jeremias e no livro dos Salmos. Outros títulos parecidos com este são usados: ‘O Poderoso de Israel’ – ’abhïr Yisrã’el – Is 1: 24; ‘Glória de Israel’ – nêtsach Yisrã’el – 1 Sm 15: 29 – CHES-CVOT – ntzch (‘A força de Israel’; the Strength of Israel; hebr.: the permanent-One = O Permanente).

IX) Ancião de Dias (em aramaico: ‘attïq yômin) dada por Daniel, que mostra Deus em Seu trono pronto para julgar os impérios (Dn 7: 9; 13; 22). Este título de alterna com ‘o Altíssimo’ (em aramaico: ‘illãyâ’elyônin, versículos 18; 22; 25; 27; CHES-CVOT – oliunin).

X) Adonai

Com o passar do tempo, sendo o tetragrama YHWH considerado por demais sagrado para ser pronunciado, a palavra ’Adhonaí (em hebraico: ădhōnāay ou ’adhōnāy) passou a substituí-lo na leitura. ’Adhonaí significa, literalmente, ‘Meus Senhores’; o sufixo ‘í’ representa o pronome possessivo ‘meu, minha’; e a vogal ‘a’ faz o plural. Foi usada exclusivamente com referência ao Deus Todo-Poderoso, significando ‘Meu Senhor’ ou ‘Soberano Senhor’. As formas singulares adon (‘senhor’) e adoni (‘meu senhor’) são usadas na bíblia hebraica como títulos de reis e para pessoas ilustres, por exemplo, no livro de Samuel (1 Sm 25: 26; 2 Sm 14: 17; 20). Os fenícios usaram adon (‘senhor’) e adoni (‘meu senhor’) como um título de Tamuz (Adonis para os gregos). A palavra ‘adon’ é também usada ocasionalmente em textos hebraicos para se referir a Deus (por exemplo, Sl 136: 3: “Rendei graças ao Senhor dos senhores, porque a sua misericórdia dura para sempre”, onde senhor e senhores recebem o mesmo nome: ‘adon’ – Strong #113).

Não há nenhum acordo em relação à data em que começou a superstição judaica de não pronunciar o nome de Deus para obedecer ao 3º dos Dez Mandamentos escritos nas tábuas da Lei. Há pesquisas no AT que confirmam não haver evidência sólida em relação a isso, pois nada no Pentateuco proibia pronunciar o nome de Deus. Quando Deus se mostrou a Moisés na sarça (Êx 3: 15), Ele disse: “... Assim dirás aos filhos de Israel: O Senhor (YHWH), o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, me enviou a vós outros; este é o meu nome eternamente, e assim serei lembrado de geração em geração”.

Os verdadeiros servos de Deus jamais deixaram de pronunciar Seu nome. Pelo menos de forma escrita, a pronúncia do nome YHWH jamais foi abandonada no período antes de Cristo. De qualquer maneira, os judeus em algum período pós-exílico, adotaram a palavra hebraica ’Adhonaí ao pronunciarem o Tetragrama Sagrado; provavelmente no período helenístico ou no judaísmo do segundo templo (após a morte do profeta Malaquias), pois até o 5º século AC o tetragrama era pronunciado. Outros dizem que foi no século II EC com a Mishná, contendo as tradições orais de forma escrita para que estas não se perdessem. Quando foi escrita a Septuaginta (250 AC), o tetragrama YHWH (em grego) foi substituído pelas palavras gregas Ký-rios (kurios, Senhor) e The-ós (Deus).

No século I EC, surge pela primeira vez alguma evidência de uma atitude supersticiosa para com esse nome. Flávio Josefo, historiador judeu que descendia duma família sacerdotal, após narrar a revelação que Deus forneceu a Moisés diante da sarça ardente, ao falar sobre pronúncia do nome de Deus (YHWH) menciona apenas: “O Nome sobre o qual estou proibido de falar”. A questão, na verdade, tem a ver com a forma ORAL de pronunciar o Tetragrama. Ele permaneceu escrito da forma que estava (יהוה – YHWH); somente que a sua vocalização passou a ser diferente. Os antigos escribas (massoretas) no século VI adicionaram os pontos vocálicos ao texto bíblico para que se fosse lembrado que deveria ser pronunciado o nome ‘Adonai’ no lugar de YHWH. Ele era escrito na margem do rolo onde estava escrito YHWH nos versículos bíblicos.

Apesar da explicação reverente dada pelos judeus, usando o nome ’Adhonaí (em hebraico: ădhōnāay ou ’adhōnāy) em relação a Deus, inclusive sendo uma palavra plural, ‘Meus Senhores’, assim como Elohim (’elõhïm), o plural da palavra ’el para diferenciar o Deus verdadeiro dos deuses falsos e imagens de esculturas (Dt 4: 28; Dt 12: 2) de Canaã, é impossível negar sua relação com os antigos deuses de Canaã, pois, como explicamos acima, foi uma palavra criada pelos judeus em algum período pós-exílico, quando a intimidade com o Deus verdadeiro do Sinai havia sido perdida pelo pecado de idolatria e deturpada pelo misticismo. Infelizmente, ao longo das eras da humanidade esse erro acabou prevalecendo e influenciando muitas pessoas. No AT, quando os profetas de Deus O serviam com o coração puro e íntegro, seu nome era pronunciado por eles através do tetragrama dado a Moisés, YHWH; com certeza, uma pronúncia diferente e mais santa do que conhecemos hoje como Yahweh (no grego: iaoue ou iabe; em latim: Javé) ou Yahowah (no grego: iaoa; em latim: Jeová).

HaShem

Ainda hoje, os judeus utilizam a palavra Adonai em relação a YHWH (יהוה) no lugar de pronunciar o tetragrama em orações e ocasiões solenes. No dia a dia eles utilizam a palavra HaShem (‘O Nome’), um nome cuja origem não é bíblica, mas mística, cabalística (Cabala é a vertente mística do Judaísmo). Ele é muito parecido com o que a Nova Era usa: ‘Eu Superior’, ‘Espírito Infinito’ ou ‘Princípio Universal’. Tudo começa com um conceito místico cabalista sobre a ‘árvore da vida’; não a mesma que conhecemos no Gênesis e foi criada por Deus, simbolizando Jesus, mas a que é formada pelas dez emanações de ‘Ain Soph’ (‘Ein Soph’ – em hebraico: ‘Sem Limites’), o Todo Supremo da Cabala, aquilo que podemos chamar de ‘Deus’ (chamado ‘haShem’, ou ‘o Nome’). Ain Soph é o ‘Não-Ser’, ou seja, sob o ponto de vista deles, Deus não tem identidade; Ele é apenas uma energia. Este termo ‘HaShem’ apareceu a primeira vez com os Rishonim (autoridades rabínicas medievais). Rishonim (‘pioneiros’), do hebraico, ראשונים; Rishon, singular, ראשון, é o nome dado aos rabinos e estudiosos do judaísmo, que viveram durante os séculos XI a XV D.C.

XI) Jeová:

YHWH (יהוה) é traduzido em nossa versão portuguesa como ‘Senhor’ ou ‘Jeová’. Para os estudiosos do judaísmo, é preferível a tradução ‘Javé’ (YAHWEH), ao invés de Jeová (YAHOWAH). A pronúncia de YAHWEH na transliteração para o grego é iaoue ou iabe (o b grego tem a pronúncia de v). Quando os massoretas (literalmente: ‘transmissores’; substituíram os antigos escribas como guardiões do texto sagrado e atuaram de 500-1000 DC) adicionaram a pontuação vocálica ao texto das Escrituras, as vogais de Adonai foram adicionadas ao tetragrama YHWH. Esta vocalização criou a palavra YAHOWAH (no grego: iaoa; em latim: Jeová, no século XII DC). A Massorá foi uma versão moderna escrita em hebraico para os próprios judeus, usando vogais, pois o hebraico falado na época de Moisés não mais existia. O hebraico não possuía vogais, só consoantes.

Baseado nisso, surgiram as combinações com o nome Jeová. Mas, primeiro, vamos ler o que está escrito em Gênesis 22. Em Gn 22, Abraão deu ao lugar onde Isaque iria ser sacrificado o nome de YHWH yir’eh, ‘O Senhor provê’ (Jeová-Jireh).
• Gn 22: 8; 14: “Respondeu Abraão (a Isaque): Deus proverá (CHES-CVOT: ‘aleim irae’, ou seja, ‘Elohim yir’eh) para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto; e seguiram ambos juntos... E pôs Abrão por nome àquele lugar – O Senhor Proverá (CHES-CVOT: ‘ieue irae’). Daí dizer-se até o dia de hoje: No monte do Senhor se proverá”.

Nota minha: muito provavelmente ele usou o nome ‘Elohim’, ‘Deus proverá’, ‘aleim irae’, ou seja, ‘Elohim yir’eh ou Elohim yêrâ'eh, pois, como vimos anteriormente, ele ainda não conhecia o nome YHWH. Deve ter sido Moisés que escreveu em retrospectiva.

Outras combinações do nome Jeová

• Jeová-Nissi – O Senhor é a minha bandeira, nome dado por Moisés (Êx 17: 15 – CHES-CVOT: ieue ns-i; Yahweh nissi), após a vitória sobre os amalequitas, que não é mais um nome de Deus, mas um ‘adjetivo’, podemos dizer, um nome que o qualifica, comemorando certos acontecimentos.

• Jeová-Shalom – O Senhor é paz, dado por Gideão ao altar que erigiu em Ofra (Jz 6: 24 – CHES-CVOT: ieue shlum; Yahweh shalom).

• Jeová-Tsidquenu (CHES-CVOT: ieue tzdq-nu; Yahweh tsidhqênu): O Senhor justiça nossa, o Senhor é a nossa justiça – Jr 23: 6; 33: 16 – em contraste com o último rei de Judá, um portador indigno do nome Zedequias (çidhqiyãhü, o Senhor é justiça).

• Jeová-Shamá (CHES-CVOT: ieue shm-e; Yahweh Shammah): O Senhor está presente – Ez 48: 35 (‘O Senhor está ali’), dado por Ezequiel à cidade vista por ele.

• Jeová-Sabaot (CHES-CVOT: ieue tzbauth; Yahweh tsebhâ'oth ou Yahweh sebhã’ôth – pronuncia-se sabaô): O Senhor dos Exércitos – 1 Sm 1: 3. É um título divino que aparece pela primeira vez no livro de Samuel pelo qual Deus era adorado em Siló. Foi usado por Davi ao desafiar Golias (1 Sm 17: 45), e depois num cântico de vitória (Sl 24: 10). É muito encontrado no livro de profetas (88 vezes só em Jeremias) para mostrar Deus como o salvador e o protetor do Seu povo (Sl 46: 7; 11, por exemplo). Os exércitos ou ‘as hostes celestiais’ são todos os poderes celestiais, no caso, o exército de anjos prontos a obedecer ao Senhor.

• Jeová-Maquede: O Senhor fere – Ez 7: 9 (CHES-CVOT: ieue mke; Yahweh makkeh)

• Jeová-Mequedesh ou Jeová-Mikadeskim: O Senhor que santifica – Êx 31: 13; Lv 22: 32; Ez 20: 12 (CHES-CVOT: ieue mqdsh-km; Yahweh meqaddishkhem).

• Jeová-Rafá: O Senhor é o que sara – Êx 15: 26 (CHES-CVOT: ieue rpha-k; Yahweh rophe’ekha).

• Jeová-Rohi: O Senhor é o meu Pastor – Sl 23: 1 (CHES-CVOT: ieue ro-i; Yahweh ro`iy).

• Jeová-Roi: O Deus que vê – Gn 16: 13 (CHES-CVOT: al rai; Yahweh ro'iy).

• Jeová-Osenu: O Senhor que nos criou – Sl 95: 6 (CHES-CVOT: ieue osh-nu; Yahweh `osênu).

• Jeová-Hossenu: O Senhor, nosso Deus – Ne 10: 29 (CHES-CVOT: ‘ieue adni-nu’, ‘the LORD our Lord’; na tradução massorética: hâ'elohiym neshêyhem).

Este texto se encontra no livro:


livro evangélico: O Senhor quer falar com Seu povo

O Senhor quer falar com Seu povo (PDF)

The Lord wants to talk to His people (PDF)



Autora: Pastora Tânia Cristina Giachetti

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