Qual a diferença entre música gospel, louvor e adoração? Dançar é pecado? Servos de Deus na bíblia tiveram vitórias com o louvor. Versículos bíblicos que falam sobre louvor. Como podemos louvar a Deus? O que é musicoterapia?
What is the difference between gospel music, praise and worship? Is dancing a sin? Servants of God in the bible won victories through praise. Bible verses that talk about praise. How can we praise God? What is Music Therapy?
Vamos falar sobre a importância do louvor ao Senhor. Em primeiro lugar, a música gospel é diferente da música do mundo. Esta é apenas uma expressão humana de sentimentos ou criatividade artística, um entretenimento e um consolo para a alma. Por outro lado, a adoração e o louvor a Deus, que também fazem parte da natureza humana, nos aproximam do Seu trono e permitem que a força divina trabalhe em nosso favor. Esse tipo de música nos renova, nos cura e nos liberta, pois além de tocar o coração do Pai e glorificá-lO pelos Seus milagres, é uma poderosa arma de guerra espiritual. Contudo, a adoração a Deus é muito mais do que música; é um estilo de vida. Adoração não é um evento onde se comparece, mas uma atitude permanente.
Existe também uma diferença entre os vários tipos de música gospel, pois algumas descrevem o que o nosso coração sente ao passar pelas lutas cristãs e receber vitórias. Outras falam da importância de pregar a palavra de Deus aos nossos semelhantes. Outras, ainda, afirmam a nossa fé no Senhor e na Sua promessa, como uma profecia, etc.
No final do texto, eu coloco a conclusão e as informações teológicas (palavras hebraicas e gregas nos versículos bíblicos).
Esses tipos de música descritas acima não podem ser chamadas propriamente de “louvor”, mas simplesmente de “MÚSICA GOSPEL”, ainda que o Senhor esteja usando um filho Seu ou uma filha como um instrumento profético. Nós só podemos dar o nosso LOUVOR, com letras maiúsculas, ao Senhor. O que fazemos ao cantar para os nossos irmãos (ou para o nosso próprio espírito), na verdade, é deixar que o Espírito Santo nos use através do canto para manifestar Seu dom de cura ou mostrar ao mundo e aos que ainda não O conhecem que Ele é um Deus Vivo e capaz de tudo. Foi, por exemplo o que aconteceu com Moisés e Miriã, após a libertação do Egito; com Moisés (Deuteronômio 32), antes de falecer, que cantou profetizando sobre os filhos de Israel; com Débora, após a vitória sobre os cananeus descrevendo a batalha de Quisom, e até com certos salmos na bíblia, onde seus autores expressaram livremente seus sentimentos, etc. Em outras palavras, cantamos as Suas maravilhas e os Seus feitos para todo mundo ouvir ou profetizamos palavras de bênçãos sobre nossos irmãos em Cristo ou colocamos nossas súplicas ao Senhor em melodia, podemos dizer assim.
O LOUVOR propriamente dito vai mais além. O louvor engrandece o nome do Senhor pelo que Ele tem feito por nós. A ADORAÇÃO é um degrau maior, onde nós O exaltamos pelo que Ele é, não apenas por fazer coisas em nossas vidas. A nossa alma precisa aprender a louvar e adorar o Senhor, pois é um mandamento bíblico (1 Ts 5: 18; Sl 150: 6; Sl 115: 1; Sl 149: 5-6a; Sl 136: 1-3). O louvor nos favorece em todos os sentidos e nos traz uma intimidade maior com Deus, pois é pela ação do Espírito Santo que nós conseguimos nos esquecer de nós mesmos e dos nossos problemas e colocá-lO acima de tudo em nossa vida, assim declarando-O como o nosso verdadeiro Senhor; também e é uma maneira de ensinar e fortalecer a doutrina bíblica, principalmente quando a música é escrita com base em um versículo.
Vamos nos lembrar também de quantos servos de Deus na bíblia experimentaram milagres através do louvor. Ao tomar a cidade de Jericó, Josué colocou os sacerdotes levitas à frente do exército e do povo, tocando as trombetas de chifre de carneiro (Js 6: 2-5; 8-9; 13-14; 16; 20) e, ao sétimo dia, após o grito dos Israelitas, os muros da cidade ruíram. Não foi pelo grito deles que a muralha ruiu, mas porque o louvor dos sacerdotes levitas preparou seus corações com fé (Hb 11: 30) para que o poder de Deus pudesse ser colocado em ação e o inimigo fosse destruído. Provavelmente, os cidadãos de Jericó estavam preparados para uma investida direta dos israelitas, mas não para trombetas tocando solitariamente por seis dias à frente de um povo mudo e passivo; também não estavam esperando que o povo gritasse de maneira desenfreada antes de atacar. Isso os desconcertou e colocou o poder de Deus em ação, derrubando, Ele mesmo, a fortaleza do inimigo. Da mesma forma, é o nosso grito de fé na promessa de Deus que nos garante a vitória. É um grito de “glória a Deus” dado no momento certo ou um louvor “do fundo de nossa alma” que põe fim à nossa guerra.
Outro servo de Deus que experimentou a vitória dada pelo louvor foi o rei Josafá na batalha contra os amonitas, moabitas e os povos do monte Seir no deserto de Tecoa (2 Cr 20: 1; 10; 14-30). O canto dos levitas colocou o poder de Deus em ação e os inimigos de Israel destruíram-se mutuamente. O rei Josafá presenciou o milagre de Deus em outra batalha contra os moabitas, quando ele, Josafá, rei de Judá, aliado com o rei Jorão, rei de Israel e filho do falecido rei Acabe, e o rei de Edom, após sete dias de marcha sem água para si e para seus cavalos, consultaram o profeta Eliseu quanto ao que deveriam fazer (2 Rs 3: 9-14). Quando Eliseu ouviu a música, o poder de Deus veio sobre ele e profetizou não apenas que o Senhor lhes daria água, como também lhes daria a vitória sobre seus inimigos (2 Rs 3: 15-20), o que de fato aconteceu (2 Rs 3: 21-27). Isso nos mostra que, além de nos dar a vitória, o louvor traz a presença de Deus sobre a nossa vida.
A reclamação e murmuração constantes, pelo contrário, só atraem maldição. Lembremos do rei Saul que, sem o Espírito de Deus sobre ele, por causa de sua rebeldia e desobediência, foi atormentado por um espírito imundo, e só sentia alívio quando Davi tangia sua harpa (1 Sm 16: 14-23). Na verdade, o espírito que o perturbava não era expulso pela música, mas não conseguia se manifestar junto de Davi, pois seu louvor trazia a presença de Deus. É interessante perceber que Saul recebeu o Espírito do Senhor e profetizou, logo que foi ungido secretamente como rei de Israel pelo profeta Samuel na terra de Zufe (1 Sm 10: 1). Ao chegar a Gibeá-Eloim e encontrar-se com um grupo de profetas que dançavam e cantavam (1 Sm 10: 5-7; 9-13), Saul recebeu o dom da profecia através da música que estava ouvindo. Mais interessante ainda é notar que pela sua natureza carnal e desobediente a Deus, isso não se repetiu; ele não mais profetizou, salvo anos mais tarde quando, após tentar matar Davi, foi a Ramá, à escola de profetas para matá-lo. Mas Deus mudou o mau intento do seu coração e ele também começou a profetizar (1 Sm 19: 18-24). Aqui não se fala em nenhum cântico de louvor ao Senhor.
No Novo Testamento, podemos ver dois servos de Deus que receberam um grande livramento enquanto cantavam para o Senhor. Trata-se de Paulo e Silas quando, após serem açoitados em Filipos, foram colocados no cárcere (At 16: 22-26). Mas, à meia-noite, quando oravam e louvavam, sobreveio um grande terremoto e todas as portas da prisão se abriram. Sabendo disso, os pretores da cidade os puseram em liberdade no dia seguinte (At 16: 35-36).
Jesus, ao encontrar a mulher Samaritana perto do poço de Jacó, lhe disse que o Pai procura os verdadeiros adoradores que O adorem em espírito e em verdade, pois são estes que Lhe agradam (Jo 4: 23-24).
Muitos outros servos do Senhor O louvaram como uma forma de agradecer-Lhe por algum tipo de vitória que conseguiram conquistar: Moisés e Miriã cantaram após a travessia do Mar Vermelho, ficando livres de Faraó (Êx 15: 1-21). Débora, a profetisa, entoou um cântico após a vitória sobre os cananeus (Jz 5: 1-31). Naquela época o cântico era um recurso didático muito comum: ele contava uma história, celebrava a vitória com a intenção de inspirar louvor e adoração a Deus, reavivava a fé e o cuidado do Senhor por Seu povo e era um alívio para quem tinha sofrido por tantos anos debaixo de jugo. Além disso, era uma forma de ensinar as pessoas e deixar gravado na sua memória algo importante para as futuras gerações. Débora deixou registrada a glória de Deus sobre Sísera e Jabim. Da mesma maneira nós devemos fazer após uma vitória que o Senhor nos concede: agradecer e deixar registradas, de alguma forma, a honra e a glória devidas a Ele.
Ezequias, rei de Judá, também fez um cântico de louvor ao Senhor após ser curado de uma enfermidade grave (Is 38: 9-20). Foi com dança e música que Davi trouxe a arca da Aliança para Jerusalém (2 Sm 6: 12-19), ou seja, é com o nosso louvor sincero que trazemos a presença de Deus (“Arca”) para a nossa vida. Ana, mãe do profeta Samuel, entoou um cântico de louvor ao Senhor como agradecimento por ter lhe dado um filho, quando todos sabiam que ela era estéril (1 Sm 2: 1-11). Por isso, ao consagrá-lo a Deus por toda sua vida e deixá-lo com o sacerdote Eli no Tabernáculo em Siló, Ana louvou o Senhor pelo Seu milagre.
Maria, mãe de Jesus, fez o mesmo quando soube que ela seria a mãe do Messias e foi se encontrar com Isabel (Lc 1: 46-55), mãe de João Batista, e que também recebera de Deus o milagre de ter um filho, sendo estéril e por já estar em idade avançada. Zacarias, pai de João Batista, entoou um cântico de gratidão ao Senhor após o nascimento de seu filho, profetizando sobre ele (Lc 1: 67-79).
A bíblia fala que não só os homens louvam a Deus, mas também os anjos. O profeta Isaías, ao receber o seu chamado e ver o Senhor assentado em Seu trono, viu os Serafins (anjos) clamando e declarando Sua glória (Is 6: 1-4). O livro de Apocalipse, escrito pelo apóstolo João, está repleto de referências ao louvor: em Ap 4: 7-8, João fala sobre o louvor dos querubins diante do trono. Em Ap 4: 9-11, ele fala do louvor dos vinte e quatro anciãos que se acham ao lado do trono de Deus. Em Ap 5: 8-14, ele volta a falar sobre os querubins, os vinte e quatro anciãos e sobre os milhares de anjos que também louvam o Senhor. Em Ap 7: 9-12, a bíblia fala sobre o louvor dos anciãos e dos que foram salvos, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Em Ap 15: 2-4, os remidos entoam o cântico de Moisés e o cântico do Cordeiro. Finalmente, em Ap 19: 1-10, a bíblia fala sobre o cântico pela vitória de Cristo sobre o mal e pelas bodas do Cordeiro (v. 9).
Como foi dito na introdução, o louvor engrandece o nome do Senhor pelo que Ele tem feito por nós. A adoração é um degrau maior, onde nós O exaltamos pelo que Ele é, não apenas por fazer coisas em nossas vidas. A adoração a Deus é muito mais do que cantar; é um estilo de vida que nos leva a apreciá-lO, amá-lO e a nos entregar a Ele para sermos usados em Seus propósitos, para dar glória a Ele. Tudo deve ser feito para Ele (Cl 3: 23). Dessa forma, quando usamos nossa vida para a glória de Deus, tudo que nós fazemos pode se tornar um ato de adoração, ou seja, todas as nossas atitudes vêm a Lhe agradar. Adoração não é um evento onde se comparece, mas uma atitude permanente. Deus está conosco durante todo o tempo:
• Mt 28: 20: “Eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século”.
• Sl 16: 8: “O Senhor, tenho-o sempre à minha presença; estando ele à minha direita não serei abalado”.
A essência da adoração é a entrega, a rendição a Deus, oferecer-se a Ele como um sacrifício vivo e agradável (Rm 12: 1). E isso nos traz paz e liberdade, não servidão. Quem se entrega é usado por Deus, pois Ele passa a ser prioridade. Os planos pessoais, humanos, ficam em segundo plano. Suas vontades passam a ser as nossas e as nossas, as dEle, pois há um acordo, um alinhamento de propósitos e prioridades. Para isso, precisamos ter a imagem correta de Deus: não um ser tirano ou castrador, mas um verdadeiro e confiável amigo, nosso parceiro em todas as coisas; nosso Senhor, Salvador, Pai, marido (Is 54: 5), libertador, defensor, juiz e advogado, médico e psicólogo, professor, auxiliador e tudo o mais que venhamos a ter necessidade. Sobretudo, um Deus de justiça, que não mascara nem compactua com o pecado, por isso disciplina Seus filhos.
Render-se a Deus significa deixá-lO mudar o que precisa ser mudado, mantendo o raciocínio lógico que Ele mesmo nos deu; significa deixá-lO usar nossa personalidade para os Seus propósitos eternos e aperfeiçoar nosso caráter, transformando-nos à imagem de Jesus. Na Psicologia, ‘personalidade’ é a organização constituída por todas as características de conhecimento intelectual, afeto, vontade e físico de uma pessoa; em outras palavras, sua individualidade na terra (pensamento, emoção e vontade), geralmente encaixada em um dos seguintes tipos: sangüíneo, colérico, fleumático e melancólico. O ‘caráter’ é o conjunto de qualidades boas ou más de um indivíduo, dentro de qualquer um dos grupos acima.
Teimosia, orgulho obstinado e ambição impedem uma pessoa de se render a Deus, pois essas características dão enfoque apenas aos planos pessoais e egoístas.
Para exercitarmos a verdadeira adoração é importante a conversa contínua com Deus (“Orai sem cessar” – 1 Ts 5: 17). Jesus disse: “Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4: 23-24).
Isso significa que nós usamos tanto a cabeça quanto o coração (Rm 12: 1-2), partilhando de forma honesta os nossos sentimentos com Ele e confiando nEle. Deus sempre incentivou a franqueza nos Seus servos e nos incentiva ainda hoje a ser francos com Ele. Por isso, abra seu coração e peça-Lhe que Seu Espírito o (a) ensine a praticar o verdadeiro louvor e adoração.
Esse tópico responde a algumas dúvidas de irmãos na internet.
— Posso fazer uma música gospel sobre uma melodia secular já existente?
— Depende do ritmo, do propósito e do autor. Por exemplo, “Ode à alegria” da 9ª Sinfonia de Beethoven (ele era católico) foi usada para uma música gospel: “Joyful, Joyful, we adore thee” (“Alegres, alegres, nós te adoramos”) por Henry van Dyke em 1907. Ele presidiu o comitê que escreveu a primeira liturgia impressa presbiteriana, “O Livro de Adoração Comum” de 1906. O poema original de Friedrich Schiller para “Ode à alegria” não é um louvor ou música sacra, mas fala da alegria dos seres da natureza e menciona o nome de Deus.
A letra da canção de Natal “What child is this” (“Que criança é esta?”) foi escrita por Willian Chatterton Dix em 1865 sobre a melodia de “Greensleeves”, do século XVI. Ele era escritor de hinos e canções de Natal; não era um clérigo, mas gerente de uma companhia de seguros marítimos em Glasgow, Escócia. E o arranjo musical é de John Stainer (1840-1901), um compositor e organista inglês anglicano. Michael W. Smith, inclusive, fez arranjo musical no piano.
— Isso nos leva a outro comentário, que é sobre a evolução da música sacra através dos tempos na tradição católica e protestante. Em primeiro lugar, a música católica é muito diferente da música evangélica. Cantos gregorianos são raramente cantados na Igreja Evangélica de hoje, até mesmo os antigos “corinhos” de algumas décadas atrás. Antigos louvores protestantes do século XVII e XVIII são diferentes dos ritmos de hoje. Por exemplo: “Amazing Grace” de John Newton (1725–1807), pastor anglicano; ou “Come, ye sinners, poor and needy” (“Vinde, pecadores, pobres e necessitados”), composta em 1759 por Joseph Hart (1712-1768), ministro calvinista em Londres. Ou então, os conhecidos hinos da Harpa Cristã: “Solta o Cabo da Nau” (por Adriano Nobre, Samuel Nyström e Paulo Leivas Macalão – pastores da Assembléia de Deus; um encorajamento para que as pessoas confiem em Jesus e em seu poder de acalmar as tempestades), “Rude Cruz” (“The Old Rugged Cross”, letra e música do reverendo batista americano George Bennard, no início do século XX; versão em português de Antônio Almeida), “Mais Perto Quero Estar” (“Nearer my God to Thee” – letra de Sarah Flower Adams em 1841, uma Unitarista, e melodia do compositor sacro Presbiteriano, Lowell Mason em 1856, que alterou a melodia original de Sarah e a rebatizou com o nome de “Bethany” (“Betânia”); versão em português de João Gomes da Rocha no início do século XX).
É importante notar que os louvores antigos eram canções “Cristocêntricas”, que falavam do evangelho “responsável” da cruz, não o evangelho “light” de hoje, numa Igreja Cristã onde não se pode mais falar de pecado, santidade ou entrega profunda. Não quer dizer que a Casa de Deus tem que ser lugar triste, sombrio e pesado, mas que, com certeza, deve ser um lugar de reverência. Assim, é possível se cantar louvores alegres, que engrandeçam o nome do Senhor (Por exemplo: “Fico Feliz”, de Aline Barros) e fortaleçam a nossa alma na fé, mas sem certos ritmos que correm o risco de estimular a carnalidade e sem o extremo ruído de instrumentos musicais, paredes pretas e luzes de holofotes, que transformam a Casa de Deus numa casa de shows ou numa boate. Os dois extremos são ruins: tradicionalismo religioso e liberalismo. Isso nos leva a mais uma reflexão:
— Precisamos analisar qual os melhores ritmos e instrumentos musicais e que letras cantar fora e dentro da igreja, durante um serviço religioso. Há uma grande diferença entre os ritmos e as melodias latinas e as americanas ou anglo-saxônicas, ainda mais quando se fala de louvor ou música gospel. A música latina evangélica moderna, em especial nas igrejas pentecostais e neo-pentecostais, são bem movimentadas, alegres, mas muitas vezes, seriam melhor de se cantar ou tocar em casa ou ambientes mais descontraídos e com outros propósitos que não num culto de adoração do domingo. Não sei se você me entende. Vamos dar um exemplo do frevo, do samba ou do rock. Seriam mais bem-vindas numa reunião descontraída em casa ou numa chácara do que numa igreja, onde o objetivo principal do culto é a adoração a Deus de uma maneira mais reverente e respeitosa, inclusive nos trajes dos fiéis. É lógico que cada pessoa gosta de um ritmo de música e a cultura de cada país é diferente. Deus levará em consideração o coração e a motivação que levaram à composição de cada música ou louvor; principalmente, se for pela inspiração do Espírito Santo. Entretanto, é necessário equilíbrio e moderação em todas as coisas. Nem todos os ritmos caem bem quando se trata de louvor ou adoração. É isso.
— Então, podemos perguntar: será que esse modernismo na Igreja de Cristo não é sinônimo de secularização? No dicionário, secularização significa tornar secular o que era eclesiástico, ou seja, é um comportamento que se manifesta na indiferença à religião e também na indiferença das verdades religiosas; um fenômeno histórico dos últimos séculos, pelo qual as crenças e instituições religiosas se converteram em doutrinas filosóficas e instituições leigas. A palavra “secular” vem do termo latino saeculāris, e significa “relativo a século”. No latim eclesiástico, significa “profano, mundano, relativo ao mundo”.
É obvio que nós vivemos num mundo físico com as coisas naturais da vida terrena (Internet; escolas seculares, etc.), mas não precisamos viver num mundo com valores espirituais ditados por Satanás (um sistema profano, corrompido, incrédulo, irreverente, antagônico a Deus). Nesse ponto, a resposta é o exercício criterioso do livre-arbítrio e da consciência da liberdade cristã dada por Jesus. Enquanto esteve na terra entre nós, Ele não se “contaminou” com os valores do mundo. Participou de eventos terrenos: casamentos, enterros, festas, reuniões tanto com fariseus quanto com publicanos, mas não se deixou influenciar. Cantou louvores e não música romana nem grega, como os ímpios. Por isso, é o único que pode nos ensinar o que Ele mesmo disse: “Eu venci o mundo” (Jo 16: 33). É bom diferenciar a Casa de Deus de qualquer outro lugar.
Depende de que dança você está falando. Deus usa muitos métodos para nos abençoar. Está provado que a movimentação do nosso corpo nos liberta de muitas doenças e bloqueios psicológicos. A bíblia diz: “Todo ser que respira louve ao Senhor. Aleluia!” (Sl 150: 6). Também está escrito no Salmo 67: 3-5: “Louvem-te os povos, ó Deus; louvem-te os povos todos. Alegrem-se e exultem as gentes, pois julgas os povos com equidade e guias na terra as nações. Louvem-te os povos, ó Deus; louvem-te os povos todos”. Nosso corpo é santuário do Espírito Santo, por isso, quando nós nos entregamos a Ele verdadeiramente, Ele passa a ter domínio completo sobre nós. Portanto, somos livres para dançar e cantar para o Senhor. Davi dançou quando trouxe a arca da Aliança para Jerusalém, e a bíblia faz menções incontáveis no livro de salmos sobre dançar e cantar para Deus. Não tenha vergonha de usar seu corpo para dançar e cantar para Ele. Se quando estávamos no mundo nós fazíamos tudo isso, por que não agora que temos um corpo santo onde o Espírito de Deus habita? Portanto, vamos usar essa arma a nosso favor e engrandecer o nome do nosso Deus. Está escrito: “Todas as coisas são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas” (Tt 1: 15).
Como escrevi no tema sobre o amor Eros, a nossa sexualidade está diretamente ligada à nossa identidade como ser vivo e único no planeta. Também está ligada à liberdade de nos mostrarmos como somos, até através dos nossos movimentos de corpo. Qualquer trauma naquela área vai afetar ossos, articulações, músculos, nervos e tendões, enfim, toda a nossa postura (interna e externa), portanto, uma das estratégias espirituais que o Senhor usa para nos tratar é através da música, mais especificamente, do louvor. Pessoas demasiadamente tímidas e envergonhadas que foram por demais reprimidas não conseguem louvar plenamente, pois até seus movimentos ficam restritos. Por isso, em lugares onde não se têm a liberdade de erguer os braços, de movimentar os pés conforme o ritmo da música, onde se vê pecado e malícia em tudo, não é muito provável que o Espírito Santo seja completamente liberado para agir através dos Seus filhos. Quando se está no mundo, tantas coisas passam sem serem notadas, entretanto, quando se torna um crente, quantas dádivas de Deus se tornam “podadas!” É uma pena.
A Palavra nos diz que o culto deve ter ordem e decência (1 Co 14: 40). Ninguém é a favor de movimentos impróprios e com segundas intenções durante o louvor a Deus, pois seria repugnante participar de algo assim. A Igreja não é teatro, lugar de show de música ou dança. Liberdade é diferente de libertinagem. Porém, o Espírito quer nos curar também através dos movimentos do nosso corpo, pois está escrito: “Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” – 2 Co 3: 17. Davi foi o maior exemplo dessa liberdade e dessa intimidade com Deus e com suas próprias emoções. Quando estava triste, perseguido e acabrunhado dava vazão às lágrimas; quando estava alegre, dançava. Foi com louvores e dança que ele trouxe a arca de volta para Jerusalém. Miriã dançou, assim como muitos outros filhos de Deus após uma grande vitória. Os judeus guardam essa tradição de danças e alegria em muitas de suas festas. Se eles mantêm o louvor ao Senhor, quem e o que fizeram de Jesus um sujeito triste, sério, sofredor e sem vida? A Igreja precisa reavaliar muitas coisas, entre elas o comportamento livre e santo em relação a Ele. As amarras da religiosidade estão impedindo inúmeras vidas de serem felizes e de sentirem a plenitude divina. A Palavra nos diz que Ele nos têm dado a plenitude e graça sobre graça (Jo 1: 16-17: “Porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça. Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo”). Jesus veio para nos fazer felizes em todos os sentidos.
Agora, se você que é um crente e está com dúvida se pode ir ao forró, à balada ou qualquer outro tipo de baile para dançar, e ainda mais com quem você não conhece, eu lhe digo para olhar dentro de você mesmo e ver se o Espírito Santo está endossando essa decisão. Há danças e danças, ritmos e ritmos; e muitas são as intenções dos corações. Um verdadeiro filho de Deus, guiado pelo Espírito, sabe distinguir o certo do errado, abandona as coisas da carne para buscar as coisas do espírito.
A seguir, eu coloco algumas referências encontradas no livro de salmos em relação à participação de todo o nosso corpo, tanto nas súplicas quanto no louvor, além dos cânticos e dos instrumentos musicais: Sl 33: 2-3; Sl 47: 1 e 6; Sl 63: 3-4; Sl 87: 7; Sl 95: 6; Sl 134: 2; Sl 141: 2; Sl 149: 1; 3; Sl 150: 3-5.
Muitos de nós já ouvimos falar de musicoterapia para benefício de muitas doenças emocionais, físicas e mentais para todas as idades, desde recém-nascidos prematuros até idosos. A musicoterapia segue protocolos com base em evidências científicas, sendo regulamentada no Brasil, na Argentina, nos EUA e em vários estados da Europa.
A História diz que seu uso remonta à época de filósofos gregos antes de Sócrates (470 AC–399 AC) e de seus discípulos, como Platão (428/427 AC– 348/347 AC) e Xenofonte (430-354 AC, historiador grego, escritor e líder militar). Também relata a participação histórica de Aristóteles (384 AC–322 AC), Hipócrates (460 AC–370 AC, conhecido como “o Pai da Medicina”), Anício Mânlio Torquato Severino Boécio (480– 524/525, um filósofo, poeta, estadista e teólogo romano) e Aulo Cornélio Celso (médico romano no século I). No século IX da Idade de Ouro Islâmica (século VIII–XIII), a música tinha utilização terapêutica.
Mas a musicoterapia só começou a ser usada de maneira científica a partir do século XX. A Associação Médica Nacional de Nova York (National Medical Association of New York) foi fundada em 1903 e começou o tratamento de febre, insônia e outras doenças com a ajuda da música. Durante a Primeira Guerra Mundial foi útil para soldados do Canadá. De 1938 a 1968 (após a Segunda Guerra Mundial) o campo de pesquisa expandiu em relação à musicoterapia. Em 1985, foi fundada a Federação Mundial de Musicoterapia (World Federation of Music Therapy – WFMT), sendo estabelecida na Itália, Argentina, França, Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Alemanha, Porto Rico, Brasil e Polônia, e promoveu globalmente a profissão.
A musicoterapia hospitalar dá apoio no tratamento da dor crônica e estresse pós-traumático. Também é muito usada para recuperação de bebês prematuros em unidade intensiva de cuidado neonatal, promovendo a melhora da freqüência respiratória, a melhora do reflexo da sucção, do sono e a conservação de energia corporal para ganhar peso mais rapidamente, junto com estímulos táteis, vestibulares, auditivos e visuais. Os profissionais usam às vezes um instrumento circular que imita os sons fluidos do útero, ajudando os bebês a relaxar e diminuir a freqüência cardíaca. A voz da mãe cantando cantigas de ninar ajuda bastante. A musicoterapia ajuda também na psicose, na depressão e na ansiedade, nas doenças mentais como a bipolaridade, a esquizofrenia e as perturbações da personalidade, bem como na qualidade de vida e bem-estar da pessoa idosa, freqüentemente na demência. Outro uso é também referido em refugiados, prisioneiros e no contexto militar, para soldados com estresse pós-traumático (ferimentos de batalha) e traumatismo cranioencefálico.
Sem querer discutir o assunto ou querer entrar no mérito da questão, a musicoterapia muitas vezes deixa de lado a natureza científica como nós a entendemos, e passa a usar técnicas de cunho esotérico e transcendental (transe e êxtase místico e/ou seu efeito sobre as emoções humanas). É o que se vê nos Estudos Etnográficos. Por exemplo: nas culturas asiáticas, a música pode ser associada a outras técnicas como relaxamento, meditação, ioga, reiki [imposição de mãos para transferir ‘energia vital universal’ (‘qi’) ao paciente], tanto a música clássica ou a música psicodélica eletrônica (com uso de LSD) ou música da Índia e da China, associadas à meditação. Os musicoterapeutas, na sua formação acadêmica, estudam os efeitos dos ritmos repetidos, a associação de ritmos ao transe e êxtase místico e/ou o seu efeito sobre as emoções humanas, conhecimento este relativamente bem conhecido por exemplo por produtores da música de filmes (música de suspense, ação, sensualidade etc.) e peças teatrais, incluindo a ópera. Na maioria das culturas do mundo, a música é tradicionalmente vista como entretenimento, enquanto que na África, a música é utilizada para recontar histórias, celebrar eventos da vida ou enviar mensagens. Os aborígenes australianos e curandeiros dos povos nativos dos Estados Unidos empregavam cantos e danças para curar seus pacientes. Na Índia, as raízes da musicoterapia podem ser encontradas na mitologia hindu, nos textos védicos e em tradições locais. Vedas são as quatro obras, compostas em um idioma chamado Sânscrito Védico, de onde se originou o sânscrito clássico, a língua ancestral do Nepal e da Índia. Embora uma língua morta, ainda faz parte dos rituais litúrgicos. Hoje na Índia se fala o hindi, inglês e dialetos locais [Fonte: wikipedia.org].
Aonde eu quero chegar é: a bíblia, já desde os tempos do Gênesis, se refere à música como algo que faz parte da natureza humana e sempre beneficiou o homem. É só nos lembrarmos de Jubal, descrito em Gn 4: 21, como “o pai de todos os que tocam harpa e flauta”. Aliás, antes da criação do homem, a adoração a Deus já existia e por inveja disso foi que Lúcifer e seus anjos foram lançados para as profundezas.
Se o ser humano pode usar a música para todo tipo de propósito que o alegre, até para a idolatria, por que não usá-la para louvar ao verdadeiro Deus que o fez, e deixá-lO restaurar sua alma e seu espírito através dela? Por isso, a música gospel traz algo mais para o ser humano do que qualquer outro tipo de música, pois nos aproxima do Trono e facilita até a recepção de muitos dons espirituais (lembre-se de Eliseu).
A palavra “louvor” ou “louvores” em português (ARA) aparece 115 vezes na bíblia, mas existem várias palavras hebraicas e gregas para “louvor” ou “louvores” nos versículos bíblicos. Outras expressões que costumamos usar para nos referirmos a “louvor” é “dai graças”, “dar graças” ou “rendei graças”.
“Louvor” ou “louvores”
• Em 57 versículos do AT, aparece a palavra tehillah – תְּהִלָּה ou tahala – תהלה – Strong H8416, que significa: louvor, elogio; mais concretamente: um hino. Por exemplo:
•• Sl 102: 21: “... a fim de que seja anunciado em Sião o nome do Senhor e o seu louvor [tehillah], em Jerusalém”.
•• Sl 106: 12: “Então, creram nas suas palavras e lhe cantaram louvor [tehillah]”.
•• Sl 109: 1: “Ó Deus do meu louvor [tehillah], não te cales!”
•• Sl 147: 1: “Louvai [halal] ao SENHOR, porque é bom e amável cantar louvores [zamar] ao nosso Deus; fica-lhe bem o cântico de louvor [tehillah]”.
•• Is 43: 21: “ao povo que formei para mim, para celebrar o meu louvor [tehillah]”.
• Em 289 versículos do AT, aparece a palavra barak – בָּרַך, joelho, ajoelhar – Strong H1288. É uma raiz primitiva que significa: ajoelhar-se; por implicação abençoar a Deus (como um ato de adoração) e ao homem (como um benefício); bendizer, abençoar, parabenizar, ajoelhar, louvar, saudar, agradecer. Por exemplo:
•• 1 Cr 29: 20: “Então, disse Davi a toda a congregação: Agora, louvai o SENHOR [em inglês KJV: ‘bendizei’], vosso Deus. Então, toda a congregação louvou ao SENHOR [em inglês KJV: ‘bendisse’], Deus de seus pais; todos inclinaram a cabeça, adoraram o SENHOR e se prostraram perante o rei”.
• Em 140 versículos do AT, aparece a palavra halal – הָלַל louvar – Strong H1984, uma raiz primitiva, que significa, entre muitas coisas (aqui no nosso caso): ser claro (originalmente, de som, mas geralmente de cor); brilhar; portanto, fazer um show, vangloriar-se; celebrar; elogiar, glória, dar luz, cantar, ser digno de louvor; renomado; ou seja, exaltar, dar glória. Por exemplo:
•• 1 Cr 16: 25; Sl 96: 4: “porque grande é o SENHOR e mui digno de ser louvado, temível mais do que todos os deuses”.
•• Sl 22: 23: “Vós que temeis o SENHOR, louvai-o [halal]; glorificai-o [kabad – Strong H3513], vós todos, descendência de Jacó; reverenciai-o, vós todos, posteridade de Israel”.
•• Sl 113: 1: “Aleluia! louvai [halal], servos do SENHOR, louvai [halal] o nome do SENHOR”.
•• Sl 117: 1: “louvai [halal] ao SENHOR, vós todos os gentios, louvai-o [Strong H7623 – shabach = elogiar, glorificar, manter, louvar, quieto, triunfar, pacificar (como se por palavras)], todos os povos”.
•• Sl 135: 1; 3: “Aleluia! Louvai [halal] o nome do SENHOR; louvai-o [halal], servos do SENHOR,... louvai [halal] ao SENHOR, porque o SENHOR é bom; cantai louvores [zamar] ao seu nome, porque é agradável”.
•• Sl 146: 1-2: “Aleluia! Louva [halal], ó minha alma, ao SENHOR. Louvarei [halal] ao SENHOR durante a minha vida; cantarei louvores [zamar] ao meu Deus, enquanto eu viver”.
•• Sl 147: 1: “Louvai [halal] ao SENHOR, porque é bom e amável cantar louvores [zamar] ao nosso Deus; fica-lhe bem o cântico de louvor [tehillah]”.
•• Sl 148:1-4; 7: “Aleluia! louvai [halal] ao SENHOR do alto dos céus, louvai-o [halal] nas alturas. Louvai-o [halal], todos os seus anjos; louvai-o [halal], todas as suas legiões celestes. Louvai-o [halal], sol e lua; louvai-o [halal], todas as estrelas luzentes. Louvai-o [halal], céus dos céus e as águas que estão acima do firmamento... Louvai [halal] ao SENHOR da terra, monstros marinhos e abismos todos”.
•• Sl 150: 1-6: “Aleluia! louvai [halal], a Deus no seu santuário; louvai-o [halal], no firmamento, obra do seu poder. Louvai-o [halal] pelos seus poderosos feitos; louvai-o [halal] consoante a sua muita grandeza. Louvai-o [halal] ao som da trombeta; louvai-o [halal] com saltério e com harpa. Louvai-o [halal] com adufes e danças; louvai-o [halal] com instrumentos de cordas e com flautas. Louvai-o [halal] com címbalos sonoros; louvai-o [halal] com címbalos retumbantes. Todo ser que respira louve [halal] ao SENHOR. Aleluia!”
•• Jr 20: 13: “Cantai ao SENHOR, louvai [halal] ao SENHOR; pois livrou a alma do necessitado das mãos dos malfeitores”.
•• Jr 31: 7: “Porque assim diz o SENHOR: cantai com alegria a Jacó, exultai por causa da cabeça das nações; proclamai, cantai louvores [halal] e dizei: Salva, SENHOR, o teu povo, o restante de Israel”.
• Em 41 versículos do AT, aparece a palavra zamar – זָמַר – Strong H2167 – na nossa versão: ‘cantai louvores’ ou ‘louvai’ ou ‘salmodiai’. É uma raiz primitiva, que significa, propriamente, tocar as cordas ou partes de um instrumento musical, ou seja, tocar nele (através da idéia de bater com os dedos); fazer música, acompanhado pela voz; portanto, celebrar em canções e música; dar louvor, cantar louvores, salmos. Por exemplo:
•• Sl 9: 11: “Cantai louvores [zamar] ao SENHOR, que habita em Sião; proclamai entre os povos os seus feitos”.
•• Sl 33: 2: “Celebrai [yadah] o SENHOR com harpa, louvai-o com cânticos [zamar] no saltério de dez cordas”.
•• Sl 47: 6: “Salmodiai a Deus [zamar], cantai louvores [zamar]; salmodiai ao nosso Rei [zamar], cantai louvores [zamar]”.
•• Sl 92: 1: “Bom é render graças [yadah] ao SENHOR e cantar louvores [zamar] ao teu nome, ó Altíssimo”.
•• Sl 98: 4-5: “Celebrai com júbilo ao SENHOR, todos os confins da terra; aclamai, regozijai-vos e cantai louvores [zamar]. Cantai [zamar] com harpa louvores ao SENHOR, com harpa e voz de canto”.
•• Sl 135: 3: “Louvai [halal] ao SENHOR, porque o SENHOR é bom; cantai louvores [zamar] ao seu nome, porque é agradável”.
•• Sl 147: 1: “Louvai [halal] ao SENHOR, porque é bom e amável cantar louvores [zamar] ao nosso Deus; fica-lhe bem o cântico de louvor [tehillah]”.
•• Is 12: 5: “Cantai louvores [zamar] ao SENHOR, porque fez coisas grandiosas; saiba-se isto em toda a terra”.
“Dai graças” ou “dar graças”
Outra expressão que costumamos usar para nos referirmos a “louvor” é “dai graças” ou “dar graças”.
“Dai graças” é traduzida na KJV como “praise” (louvor / louvar) ou “give thanks” (dar graças ou agradecer). A palavra hebraica é yadah – יָדָה – Strong H3034 – literalmente, “mão”. Yadah, entre outras coisas, significa: fazer confissão, louvar, dar graças; estender a mão; reverenciar ou adorar (com as mãos estendidas); lamentar (torcendo as mãos).
• Foram encontrados 3 versículos no AT com a expressão “dai graças” em:
•• Sl 30: 4: “Salmodiai [zamar] ao SENHOR, vós que sois seus santos, e dai graças [yadah] ao seu santo nome”.
•• Sl 92: 1: “Bom é render graças [yadah] ao SENHOR e cantar louvores [zamar] ao teu nome, ó Altíssimo”.
•• Is 12: 4: “Direis naquele dia: dai graças [yadah] ao SENHOR, invocai o seu nome, tornai manifestos os seus feitos entre os povos, relembrai que é excelso o seu nome”.
• Há 7 versículos no AT com a expressão “dar graças” (ARA), onde é a mesma palavra hebraica yadah – יָדָה – Strong H3034.
•• Ne 12: 24: “Foram, pois, chefes dos levitas: Hasabias, Serebias e Jesua, filho de Cadmiel; os irmãos deles lhes estavam fronteiros para louvarem [halal] e darem graças [yadah], segundo o mandado de Davi, homem de Deus, coro contra coro”.
•• Sl 33: 2: “Celebrai [yadah] o SENHOR com harpa, louvai-o com cânticos [zamar] no saltério de dez cordas”.
•• Sl 35: 18: “dar-te-ei graças [yadah] na grande congregação, louvar-te-ei [halal] no meio da multidão poderosa”.
•• Sl 52: 9: “dar-te-ei graças [yadah] para sempre, porque assim o fizeste; na presença dos teus fiéis, esperarei no teu nome, porque é bom”.
•• Sl 79: 13: “Quanto a nós, teu povo e ovelhas do teu pasto, para sempre te daremos graças [yadah]; de geração em geração proclamaremos os teus louvores [tehillah]”.
•• Sl 86: 12: “dar-te-ei graças [yadah], Senhor, Deus meu, de todo o coração, e glorificarei para sempre o teu nome”.
•• Sl 119: 62: “Levanto-me à meia-noite para te dar graças [yadah], por causa dos teus retos juízos”.
“Rendei graças”
Outra expressão que costumamos usar para nos referirmos a “louvor” é “rendei graças”. E há 14 versículos com a expressão “rendei graças” (ARA), onde é a mesma palavra hebraica yadah – יָדָה – Strong H3034. Por exemplo:
•• 1 Cr 16: 8: “Rendei graças [yadah] ao SENHOR, invocai o seu nome, fazei conhecidos, entre os povos, os seus feitos”.
•• 1 Cr 16: 34: “Rendei graças [yadah] ao SENHOR, porque ele é bom; porque a sua misericórdia dura para sempre”.
•• 2 Cr 20: 21: “Aconselhou-se com o povo e ordenou cantores para o SENHOR, que, vestidos de ornamentos sagrados e marchando à frente do exército, louvassem [halal] a Deus, dizendo: rendei graças [yadah] ao SENHOR, porque a sua misericórdia dura para sempre”.
•• Sl 100: 4: “Entrai por suas portas com ações de graças (*) e nos seus átrios, com hinos de louvor [tehillah]; rendei-lhe graças [yadah] e bendizei-lhe [barak] o nome”.
(*) Strong H8426, todah, בתודה; de yadah: agradecimento; sacrifício de louvor, ação de graças, oferta, oferta de ação de graças; uma extensão da mão, por implicação: confissão; ou geralmente: adoração; especificamente, um coro de adoradores.
•• Sl 105: 1: “Rendei graças [yadah] ao SENHOR, invocai o seu nome, fazei conhecidos, entre os povos, os seus feitos”.
•• Sl 106: 1: “Aleluia! Rendei graças [yadah] ao SENHOR, porque ele é bom; porque a sua misericórdia dura para sempre”.
•• Sl 107: 1: “Rendei graças [yadah] ao SENHOR, porque ele é bom, e a sua misericórdia dura para sempre”.
•• Sl 118: 1: “Rendei graças [yadah] ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre”.
•• Sl 118: 29: “Rendei graças [yadah] ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre”.
•• Sl 136: 1: “Rendei graças [yadah] ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre”.
•• Sl 136: 2: “Rendei graças [yadah] ao Deus dos deuses, porque a sua misericórdia dura para sempre”.
•• Sl 136: 3: “Rendei graças [yadah] ao Senhor dos senhores, porque a sua misericórdia dura para sempre”.
•• Sl 147: 7: “Cantai ao SENHOR com ações de graças [todah]; entoai louvores [zamar], ao som da harpa, ao nosso Deus”.
•• Jr 33: 11: “... a voz de júbilo e de alegria, e a voz de noivo, e a de noiva, e a voz dos que cantam: rendei graças [yadah] ao SENHOR dos Exércitos, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre; e dos que trazem ofertas de ações de graças [todah] à Casa do SENHOR; porque restaurarei a sorte da terra como no princípio, diz o SENHOR”.
“Dar graças”
• Como eu disse antes, há 7 versículos no AT com a expressão “dar graças” (ARA), onde a palavra hebraica é yadah. No NT a expressão “dar graças” (ARA) aparece 5 vezes. Aqui, a palavra grega correspondente é: eucharisteó (εὐχαριστέω) – Strong G2168, que significa: agradecer, dar graças; (ativamente) expressar gratidão para; especialmente, dar graças em uma refeição; no modo passivo: ser grato, agradecido; recebido com agradecimento. Por exemplo:
•• Ef 1: 16: “Não cesso de dar graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações”.
•• 1 Ts 2: 13: “Outra razão ainda temos nós para, incessantemente, dar graças a Deus: é que, tendo vós recebido a palavra que de nós ouvistes, que é de Deus, acolhestes não como palavra de homens, e sim como, em verdade é, a palavra de Deus, a qual, com efeito, está operando eficazmente em vós, os que credes”.
•• 1 Ts 5: 18: “Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”.
•• 2 Ts 1: 3: “Irmãos, cumpre-nos dar sempre graças a Deus no tocante a vós outros, como é justo, pois a vossa fé cresce sobremaneira, e o vosso mútuo amor de uns para com os outros vai aumentando”.
•• 2 Ts 2: 13: “Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade”.
“Louvar”, “Louvor” ou “louvores”
• Em grego, o substantivo “louvor” ou o verbo “louvar” podem ser escritos de várias maneiras, com diferentes significados:
1) ainon αίνου [ou ainos αινος – Strong G136, substantivo masculino = louvor; louvor de Deus]:
•• Mt 21: 16: “Ouves o que estes estão dizendo? Respondeu-lhes Jesus: Sim; nunca lestes: Da boca de pequeninos e crianças de peito tiraste perfeito louvor [ainon]?”
•• Lc 18: 43: “Imediatamente, tornou a ver e seguia-o glorificando a Deus. Também todo o povo, vendo isto, dava louvores [ainon] a Deus”.
Podemos dizer que o correspondente hebraico é halal – Strong H1984 (vangloriar-se; celebrar; elogiar, cantar, ser digno de louvor; renomado; exaltar, dar glória).
2) ainesis αἴνεσις [Strong G133, substantivo feminino = louvor, elogio; um ato de louvor, ou seja, uma oferta de agradecimento]:
•• Hb 13: 15: “Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor [ainesis], que é o fruto de lábios que confessam o seu nome”.
Podemos dizer que o correspondente hebraico é todah – Strong H8426 (sacrifício de louvor, ação de graças, oferta de ação de graças).
3) aineó, αἰνέω [Strong G134, verbo = que significa ‘eu louvo; louvar a Deus’. O verbo aineó, αἰνέω é originado de ainos (Strong G136)]. Ele pode ser visto 8 vezes:
•• Lc 2: 20: “Voltaram, então, os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado”.
•• Lc 19: 37: “E, quando se aproximava da descida do monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos passou, jubilosa, a louvar a Deus em alta voz, por todos os milagres que tinham visto”.
•• Lc 24: 53: “... e estavam sempre no templo, louvando a Deus”.
•• At 2: 47: “... louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos”.
•• At 3: 8: “... de um salto se pôs em pé, passou a andar e entrou com eles no templo, saltando e louvando a Deus”.
•• At 3: 9: “Viu-o todo o povo a andar e a louvar a Deus”.
•• Rm 15: 11: “E ainda: Louvai ao Senhor, vós todos os gentios, e todos os povos o louvem [epaineó, ἐπαινέω, Strong G1867 = louvar, elogiar, aplaudir]”.
•• Ap 19: 5: “Saiu uma voz do trono, exclamando: Dai louvores ao nosso Deus, todos os seus servos, os que o temeis, os pequenos e os grandes”.
Em Lc 2: 13: “E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo:...” a referência Strong G134 está escrita no gerúndio como ainountōn, αινουντων, ‘louvando’.
4) Essa terceira forma, “aineó”, dá origem a outra palavra grega traduzida na nossa versão ARA como louvor, e que é epainos, επαινος ou ἔπαινος – Strong G1868, e significa: elogio, aprovação, comenda, louvor; concretamente, uma coisa louvável; menção honrosa; premiação. O verbo é επαινώ, epainó: louvar. Epainos é a junção do prefixo “epi” e “aineo”. Epi (epí) significa: sobre, em, por cima, depois.
Podemos dizer que o correspondente hebraico é halal – Strong H1984 (vangloriar-se; celebrar; elogiar, cantar, ser digno de louvor; renomado; exaltar, dar glória).
No NT, a palavra “epainos” aparece 11 vezes:
•• Rm 2: 29: “Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor [epainos] não procede dos homens, mas de Deus”.
•• Rm 13: 3: “Porque os magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor [epainos] dela”.
•• 1 Co 4: 5: “Portanto, nada julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não somente trará à plena luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações; e, então, cada um receberá o seu louvor [epainos] da parte de Deus”.
•• 2 Co 8: 18: “E, com ele, enviamos o irmão cujo louvor [epainos] no evangelho está espalhado por todas as igrejas”.
•• Ef 1: 6: “para louvor [epainos] da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado”.
•• Ef 1: 12: “a fim de sermos para louvor [epainos] da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo”.
•• Ef 1: 14: “o qual é o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade, em louvor [epainos] da sua glória”.
•• Fp 1: 11: “cheios do fruto de justiça, o qual é mediante Jesus Cristo, para a glória e louvor [epainos] de Deus”.
•• Fp 4: 8: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor [epainos] existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento”.
•• 1 Pe 1: 7: “para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor [epainos], glória e honra na revelação de Jesus Cristo”.
•• 1 Pe 2: 14: “quer às autoridades, como enviadas por ele, tanto para castigo dos malfeitores como para louvor [epainos] dos que praticam o bem”.
5) Em grego, o substantivo “louvor” ou “louvores” pode ser encontrado com outra palavra grega em 2 versículos do NT:
•• At 16: 25: “Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores [hymnoun, υμνουν = eles louvam] a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam”.
•• Hb 2: 12: “dizendo: A meus irmãos declararei o teu nome, cantar-te-ei louvores [hymnēsō, υμνησω ou ὑμνήσω = eu louvo] no meio da congregação”.
O verbo é humneó ὑμνέω – Strong G5214, que significa: cantar, cantar um hino para, louvar a, cantar uma ode religiosa; por implicação, celebrar (Deus) em canção.
Podemos dizer que o correspondente hebraico é tehillah – Strong H8416: louvor, elogio; mais concretamente: um hino.
6) Mais um verbo grego descreve verbos como louvar, cantar ou cantar louvores. Trata-se do verbo psalló, ψαλω, Strong G5567, que significa: cantar, cantar salmos; contrair ou vibrar, ou seja, tocar um instrumento de cordas (celebrar a adoração divina com música e odes acompanhantes); fazer melodia, cantar salmos.
Podemos dizer que o correspondente hebraico é zamar – Strong H2167: tocar as cordas ou um instrumento musical, celebrar em canções e música; dar louvor, cantar louvores, salmos.
Psalló, aparece 4 vezes no NT:
•• Rm 15: 9: “e para que os gentios glorifiquem (*) a Deus por causa da sua misericórdia, como está escrito: Por isso, eu te glorificarei (**) entre os gentios e cantarei louvores [psalló] ao teu nome”.
(*) glorificar – Strong #1392, doxazó, δοξάζω = glorificar, honrar, conceder glória a. De doxa; tornar (ou estimar) glorioso (em uma aplicação ampla); cheio de (ter) glória, honrar, magnificar.
(**) confessar – Strong #1843, exomologeó, ἐξομολογέω = (a) consentir plenamente, concordar plenamente; (b) confessar, admitir, reconhecer (uma dívida); (c) agradecer, louvar; professar, prometer. ‘Eu te glorificarei entre os gentios’ = ‘Confessarei’ – KJV.
•• 1 Co 14: 15: “Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com a mente; cantarei com o espírito, mas também cantarei [psalló] com a mente”.
•• Tg 5: 13: “Está alguém entre vós sofrendo? Faça oração. Está alguém alegre? Cante louvores [psalló]”.
•• Ef 5: 19: “falando entre vós com salmos, entoando e louvando [psalló] de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais”.
Esse versículo acima (Ef 5: 19) é muito importante por descrever tantos substantivos e verbos relacionados com o louvor numa mesma frase.
Observe:
“salmos” [psalmos, ψαλμός, Strong G5568, um salmo, canto de louvor].
“entoando” [adó, ᾄδω, Strong G103, cantar].
“louvando” [psalló, ψαλω, Strong G5567, cantar, cantar salmos; tocar um instrumento de cordas].
“hinos” [humnos, ὕμνος, Strong G5215, um hino, um cântico sagrado, cântico de louvor ao Senhor].
“cânticos” [ódé, ᾠδή, Strong G5603, uma ode, canção, hino].
7) No NT ainda podemos ver o substantivo “louvor” ou “louvores” escritos com outra palavra grega, aliás, presente em 14 versículos do NT, mas não com o significado de “louvor”, e sim, como “bênção”. Trata-se da palavra grega eulogia, ευλογια – Strong G2129, um substantivo feminino que significa: adulação, louvor, bênção, presente. Eulogia vem da mesma raiz de eulogeó (εὐλογέω – Strong G2127, um verbo). Eulogéō vem de ‘eu’ (Strong G2095): ‘bem, bom, bem feito, corretamente’ e ‘lógos’, Strong G2095 que significa ‘palavra, razão; uma palavra, discurso, expressão ou elocução divina, analogia’; portanto, uma boa fala, ou seja, elegância de linguagem, elogio (‘eulogia’), i.e., falar bem de alguém ou alguma coisa; falar propriamente; linguagem justa, o que confere benefício; portanto, abençoar (agradecer ou invocar uma bênção prosperar); passar bênção, ser abençoado; adoração (com reverência); por implicação, consagração; por extensão, benefício ou generosidade, liberalidade, recompensa, magnanimidade.
‘Eulogeó’ é usado tanto para Deus abençoando as pessoas (Lc 1: 28; Ef 1: 3; Hb 6: 14) como para o Seu povo abençoando a Ele (Lc 1: 64; Lc 2: 28; Lc 24: 53; 1 Co 14: 16; Tg 3: 9). E é aqui que entra a palavra “louvor” ou “louvores”, como uma forma de bendizer a Deus e engrandecer o Seu nome. Podemos dizer que o correspondente hebraico é barak – Strong H1288: bendizer, abençoar.
Podemos ver 3 versículos apenas no NT usando a palavra grega eulogia, ευλογια, no sentido de louvor a Deus:
•• Ap 5: 12: “proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor (eulogia, εὐλογία)”.
•• Ap 5: 13: “Então, ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor (eulogia, εὐλογία), e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos”.
•• Ap 7: 12: “dizendo: Amém! O louvor (eulogia, εὐλογία), e a glória, e a sabedoria, e as ações de graças, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém!”
Como eu disse na definição acima, a palavra estaria colocada aqui como uma maneira de exaltar o nome do Senhor, falar bem dEle; falar propriamente da sua pessoa e do Seu caráter; usar uma linguagem justa em relação Ele; portanto, bendizê-lO, agradecer ou passar uma bênção a Deus e a tudo o que Ele é; adorá-lO com reverência pela Sua santidade e soberania.
8) Uma forma de louvar a Deus também é confessar a nossa fé nEle, admitir Seu senhorio e domínio sobre todas as coisas. Por isso, eu deixei para o fim um único versículo que encontrei no NT onde a expressão “dará louvores” (ARA), na NVI em Português está escrito “confessará” e na NTLH, “afirmarão”. Em inglês é traduzida como “confessará” em sete versões (KJV; NIV; YLT; WBT; ASV; WEB; Darby Version); somente em duas está escrito: “dará louvores” (NRSV) e “dará adoração” (Basic English Bible).
O versículo é Rm 14: 11:
ARA: “Como está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua dará louvores a Deus”.
NVI: “Porque está escrito: “‘Por mim mesmo jurei’, diz o Senhor, ‘diante de mim todo joelho se dobrará e toda língua confessará que sou Deus’””.
NTLH: “É isto o que as Escrituras Sagradas dizem: “Juro pela minha vida, diz o Senhor, que todos se ajoelharão diante de mim e todos afirmarão que eu sou Deus””.
Nesse versículo, a palavra grega usada para “dará louvores” é exomologeó, ἐξομολογέω, Strong G1843, que significa: confessar, professar, prometer, consentir totalmente, concordar completamente, admitir, reconhecer; reconhecer uma dívida, agradecer, louvar. Quando se admite e se reconhece algo ou alguém totalmente como verdadeiro e se professa a concordância, se está lhe dando um louvor. Assim, Deus é verdadeiro e justo e todo ser humano admitirá esse fato, confessará isso diante dEle e, portanto, estará Lhe dando o devido louvor.
O mesmo versículo de Rm 14: 11 é repetido em:
• Is 45: 23: “Por mim mesmo tenho jurado; da minha boca saiu o que é justo, e a minha palavra não tornará atrás. Diante de mim se dobrará todo joelho, e jurará toda língua”.
• Fp 2: 10-11: “para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai”.
Nós podemos louvar a Deus:
• Com a boca em prosa como, por exemplo, numa oração ou agradecimento exaltando Seu nome ou numa confissão de fé nEle.
• Com a boca num cântico, com ou sem instrumentos musicais.
• Com uma oferta de gratidão, uma oferta de ação de graças pelas bênçãos recebidas.
A palavra “louvor” no sentido humano usadas por Pedro e Paulo em suas epístolas seria uma forma de elogio, aprovação, comenda, louvor, uma coisa louvável, uma menção honrosa ou premiação em relação às autoridades superiores e aos servos de Deus dignos de respeito pelos seus serviços. Nós costumamos hoje elogiar uma pessoa por “um feito louvável” que ela tenha realizado em prol da humanidade ou da obra de Deus.
Diferença entre Música gospel, louvor e adoração (PDF)
Difference between gospel music, praise and worship (PDF)
Autora: Pastora Tânia Cristina Giachetti
PIX: relacionamentosearaagape@gmail.com