O trabalho é uma bênção de Deus. Conheça sua definição; versículos bíblicos, sentido e função do trabalho. Ele é uma forma de ser útil ao próximo e desenvolver nossa personalidade. Quando você ama o que faz, acaba fazendo o que ama.

Work is a blessing from God. Learn about its definition; biblical verses, the meaning and function of work. It is a way to be helpful to others and develop our personality. When you love what you do, you end up doing what you love.

Trabalho – bênção de Deus


trabalho – introdução

Introdução

Para certas pessoas, falar em trabalho é como se estivéssemos falando sobre castigo, pois viveram essa bênção dada por Deus com a maldição da obrigação, com os jugos da religiosidade e com a distorção do que é responsabilidade. Jesus realizou o trabalho pesado em nosso lugar, que foi a vitória sobre a morte. Hoje, com Ele como nosso sócio e parceiro nos negócios, nós podemos fazer nosso chamado profissional e ministerial debaixo do Seu jugo leve e do Seu fardo suave, pois o jugo de Jesus é o amor com que realizamos a Sua vontade. O trabalho é uma forma de ser útil ao nosso semelhante e um veículo para nos aproximar do Senhor.


trabalho – definição

Definição de trabalho

No dicionário de língua portuguesa, podemos encontrar a seguinte definição de trabalho, entre outras:
1) Aplicações das forças e faculdades humanas para alcançar um determinado fim.
2) Atividade coordenada, de caráter físico e/ou intelectual, necessária à realização de qualquer tarefa, serviço ou empreendimento.
3) O exercício dessa atividade como ocupação, ofício ou profissão.
4) Tarefa para ser cumprida.
5) Atividade que se destina ao aprimoramento físico, artístico ou intelectual.
6) Na Física: Trabalho (representada pela letra grega tau: τ) é o produto da força pelo vetor (segmento de reta orientado) de deslocamento do seu ponto de aplicação.
τ = força x deslocamento. Isso deixa subentendido que o trabalho implica gasto de energia. Indo mais longe: dependendo do trabalho que realizamos, esse gasto de energia pode ser físico, emocional, espiritual ou tudo ao mesmo tempo.

O sentido e a função do trabalho

Deus deu trabalho ao homem

Deus deu trabalho ao homem

• Gn 2: 15: “Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar”.

Antes de qualquer outra coisa, antes mesmo de criar a mulher, Deus deu trabalho ao homem. Isso porque sabia que, através dele, Adão poderia trazer a provisão para casa, além do que ele daria continuidade ao Seu trabalho, zelando pelo que foi criado. Através do trabalho o homem se aproximaria de Deus.


trabalho – esforço

Esforço

• Gn 3: 17-19: “E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida. Ela produzirá cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo. No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás”.
• Mt 11: 12: “Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele”.

Com a queda do homem pelo seu pecado, uma verdadeira ‘bomba’ foi colocada em suas mãos: a maldição de Deus. Antes, o trabalho era feito de uma maneira leve, pois a bênção divina estava sobre toda a criação. A partir da desobediência e, conseqüentemente, da separação espiritual entre o Criador e o homem, o trabalho passou a ser feito com esforço. Jesus veio para revogar essa maldição, à medida que nos deixou Seu sacrifício como um caminho de retorno à comunhão gostosa com o Pai. Quando nos entregamos a Ele e Ele passa a ser nosso Senhor, passa a ser Senhor de tudo o que nos pertence também, inclusive do nosso trabalho. Embora com chefes humanos sobre alguns de nós, nosso chefe supremo é Jesus, pois tudo o que realizamos o fazemos por amor a Ele:

• Mt 11: 28-30: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve”.


trabalho – força aplicada para gerar fruto

Força aplicada para gerar fruto

• Ec 9: 10: “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque no além, para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma”.
• Cl 3: 23-24: “Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo”.

O trabalho implica uma força que é colocada para se conseguir um objetivo, para deslocar algo do seu ponto de origem. Assim, se algo na nossa vida é estéril, torna-se necessário fazermos força para deslocar aquela esterilidade dali e abrirmos espaço para a fertilidade. Só assim, poderemos nos alegrar com os frutos do nosso trabalho. Aqui na terra é onde realizamos isso, pois depois que morrermos não haverá mais necessidade de se fazer nada (Ec 9: 10), ou seja, enquanto estamos vivos, o trabalho é uma das maneiras usadas por Deus de aprimorar a nossa salvação em Cristo. A maior força para se gerar os frutos de paz e justiça do reino de Deus é o amor. O amor é a única coisa que permanecerá no final dos tempos, pois se trata do próprio Deus (1 Jo 4: 8; 1 Co 13: 8-10).

• Pv 10: 4: “O que trabalha com mão remissa (desleixada, negligente, descuidada) empobrece, mas a mão dos diligentes (ativos, zelosos, aplicados, que se esforçam) vem a enriquecer-se”.
Isso fala sobre a bênção de Deus sobre os que se aplicam a algo, pois para se gerar frutos se torna necessária uma força, um empenho humano. Isso traz Sua aprovação e Sua recompensa.

• Pv 13: 11: “Os bens que facilmente se ganham esses diminuem, mas o que ajunta à força do trabalho terá aumento”; cf. Ec 5: 19: “Quanto ao homem a quem Deus conferiu riquezas e bens e lhe deu poder para deles comer, e receber a sua porção, e gozar do seu trabalho, isto é dom de Deus”.
A bíblia também é contra os bens que facilmente se ganham [por meios humanos ilegais ou até ‘legalizados’, à custa do trabalho do próximo – Jr 22: 13], mas é a favor dos que são ganhos à força do trabalho. Ela acrescenta que a riqueza é um dom vindo de Deus, deixando clara a diferença entre o que é ganho com a aprovação divina e o de outra procedência, ou seja, o que não tem o Seu apoio. Por isso, chamar de trabalho certos ramos de atividade onde apenas se manipula ou barganha com o dinheiro de outros com o fim de ter lucro é um pouco estranho, uma vez que os frutos não são tão santos nem tão altruístas assim. Deixando de lado todas as explicações humanas filosóficas e filantrópicas sobre o assunto, a bíblia diz em Jr 17: 9-10: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas ações”.


Com Deus o trabalho se torna leve

Com o apoio de Deus o trabalho se torna leve; não é maldição

• Mt 11: 28-30: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve”.

• Gl 6: 1-5: “Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado. Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo. Porque, se alguém julga ser alguma coisa, não sendo nada, a si mesmo se engana. Mas prove cada um o seu labor e, então, terá motivos de gloriar-se unicamente em si e não em outro. Porque cada um levará o seu próprio fardo”.

Quando Jesus fala para virem até Ele os que estão cansados, Ele se refere a um cansaço por estarem levando incorretamente seus próprios fardos (“Porque cada um levará o seu próprio fardo”, Gl 6: 5). Quando Ele se refere a estarem sobrecarregados, está falando sobre os que estão carregando de maneira excessiva e incorreta as cargas (os pesos) dos outros (“Levai as cargas uns dos outros”, Gl 6: 2). Para onde devemos levar as cargas uns dos outros? Para o trono de Deus, através da nossa intercessão, colocando e deixando ali os pesos do pecado e das imposições humanas com Aquele que é o único capaz de dar uma solução para eles. Ele já levou essas cargas e fardos sobre si na cruz do Calvário, aplacando a ira de Deus Pai e sofrendo-a em nosso lugar. Carga é algo que vem de fora, que é colocado sobre alguém como uma imposição; por exemplo: as leis mundanas e religiosas injustas, que limitam a liberdade das pessoas de se moverem no direcionar de Deus; ou, então, as obras malignas de Satanás, mantendo as pessoas presas às suas cadeias e trazendo opressão, dor e sofrimento desnecessários. Por outro lado, cansaço se refere às responsabilidades e obrigações pessoais com as quais a pessoa vai ter que lidar durante a sua vida, desenvolvendo o aprendizado correto e a salvação. Por depender do livre-arbítrio, ela pode colocar ou tirar de sobre si os jugos e pesos que quiser. Não precisa impor obrigações desnecessárias a ela mesma; basta apenas ser humilde e pedir a ajuda de Jesus e Seu perdão (“Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve”). O que Ele nos dá para desempenhar respeita a nossa capacidade. A nossa parte, na verdade, é apenas semear Sua santa semente nos que estão perdidos e deixá-los exercer seu próprio livre-arbítrio.

• Dt 8: 17-18: “Não digas, pois, no teu coração: A minha força e o poder do meu braço me adquiriram estas riquezas. Antes, te lembrarás do Senhor, teu Deus, porque é ele o que te dá força para adquirires riquezas; para confirmar a sua aliança, que, sob juramento, prometeu a teus pais, como hoje se vê”.

• Jo 15: 1-5: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim,não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado; permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira verdadeira, vós sois os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”.

Da mesma forma, é o Senhor que nos dá força para adquirirmos riqueza, para que a glória seja apenas dEle e não nossa. Por isso, colocar na Sua obra os dízimos e as ofertas é uma forma de nos humilharmos diante dEle e Lhe darmos o nosso melhor, sabendo que sem Ele nada podemos fazer. Sem Sua permissão, o dinheiro não chega às nossas mãos, por mais inteligência, ciência e conhecimento que possamos ter na nossa profissão. Tampouco, teríamos forças para trabalhar. Sua promessa dada há séculos continua fiel até hoje. Portanto, a oportunidade de dizimar e ofertar na obra de Deus é um mecanismo criado por Ele mesmo para evitar que a soberba do mundo atinja nosso coração e voltemos a ser escravos do diabo e das paixões da nossa carne.


trabalho – Dar continuidade à Criação de Deus

Dar continuidade à Criação de Deus

• 1 Co 3: 9: “Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós”.
O nosso trabalho é uma forma de contribuir para a criação de Deus, porque quando produzimos algo de bom e abençoamos alguém, seja através da nossa profissão, com frutos materiais, ou através do nosso ministério, pregando a Palavra, estaremos ajudando almas a serem reconstruídas, portanto, trazendo a restauração divina. Estaremos trabalhando na terra (nos corações) de outros que Deus ama.


o trabalho favorece outras pessoas

Ocupação para favorecer os outros (bênção / reconciliação)

• 2 Co 5: 18-21: “Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus. Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus”.

Paulo fala que Jesus nos reconciliou com Deus através da cruz. Em hebraico, o termo reconciliação significa: troca de uma moeda de menor valor por uma de maior valor. Em grego, o mesmo termo significa: ajuste de diferenças, restauração para favorecer, trabalhar as diferenças para que o outro seja favorecido. Ministério (diaconia) significa: serviço, favorecer alguém, o que promove ligação entre os homens. Muitas vezes, a reconciliação é o ato de dar uma palavra de conforto para o aflito, restaurando-o à sua posição inicial de bem-aventurança. É apaziguar os ânimos, levar o amor aonde existe contenda e divisão. A unção da reconciliação é uma condição de serviço para Ele. Quem O serve (na igreja ou no trabalho secular) precisa ter essa unção. É caminho de bênção. Não importa que tipo de profissão você exerça. Se o seu intuito for o de ajudar e liberar o caminho de pessoas, Deus vai usar seus conhecimentos profissionais e recursos materiais para trazer melhoria a outras vidas, isto é: ajustar as diferenças, ‘trocar moedas’, reconciliar consigo os que estavam separados dEle e ensiná-los a se reconciliar com seus irmãos. É tirar a tristeza e dar alegria, trocar a miséria e a pobreza pelo suprimento abundante e pela vida digna.


trabalho – concretização de um objetivo

Levar à concretização de um objetivo

• 1 Co 9: 1-27: “Não sou eu, porventura, livre? Não sou apóstolo? Não vi Jesus, nosso Senhor? Acaso, não sois fruto do meu trabalho no Senhor?... A minha defesa perante os que me interpelam é esta: não temos nós o direito de comer e beber?... Ou somente eu e Barnabé não temos o direito de deixar de trabalhar? Quem jamais vai à guerra à sua própria custa? Quem planta uma vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho? ... pois o que lavra cumpre fazê-lo com esperança; o que pisa o trigo faça-o na esperança de receber a parte que lhe é devida. Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais (cf. Rm 15: 27)? Se outros participam desse direito sobre vós, não o temos nós em maior medida? Entretanto, não usamos desse direito; antes, suportamos tudo, para não criarmos qualquer obstáculo ao evangelho de Cristo. Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados do próprio templo se alimentam? E quem serve ao altar do altar tira o seu sustento (Dt 18: 1)? Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho (Mt 10: 10; Lc 10: 7; 1 Tm 5: 17-18b); eu, porém, não me tenho servido de nenhuma destas coisas ... Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. Procedi, para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus; para os que vivem sob o regime da lei, como se eu mesmo assim vivesse, para ganhar os que vivem debaixo da lei, embora não esteja eu debaixo da lei. Aos que sem lei, como se eu mesmo o fosse, não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo, para ganhar os que vivem fora do regime da lei. Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns. Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele...”.

Paulo tinha um objetivo bastante elevado que era conquistar almas para o reino de Deus e não media esforços para concretizá-lo. Assim, nosso trabalho precisa ter um estímulo que leve à concretização verdadeira dos nossos objetivos. Sem ter uma meta e um estímulo, o trabalho perde o sentido e se transforma numa triste rotina. O estímulo é a visão e o chamado do Senhor para cada um de nós, pois assim o nosso trabalho ganha outra dimensão. Jesus e nós passamos a trabalhar como parceiros. Se o estímulo for só a esperança de ter salário por ele, poderemos nos sentir até frustrados porque as circunstâncias humanas para isso podem ser desfavoráveis. Apesar de tudo, a bíblia garante: quem trabalha para o reino é digno do seu salário.

Às vezes, se torna difícil para as pessoas entenderem que trabalhar na Obra é um trabalho como qualquer outro, até de maior responsabilidade e risco. Nele se lida com forças invisíveis (espirituais) que têm poder de destruição e assolação, assim como se faz um trabalho santo para o Senhor que é semear Sua palavra de verdade. Se houver má administração desse serviço que nos foi confiado, mais teremos que Lhe dar conta. Deus deixou bem claro em Dt 18: 1 que “os sacerdotes levitas e toda a tribo de Levi não terão parte nem herança em Israel; das ofertas queimadas ao Senhor e daquilo que lhes é devido comerão. Pelo que não terão herança no meio de seus irmãos; o Senhor é a sua herança, como lhes tem dito”. Muitos cristãos excluem o AT da sua vida com a desculpa de viverem debaixo da graça de Jesus Cristo, se esquecendo que o AT foi uma sombra do NT (Hb 10: 1; Cl 2: 17) e que Jesus não veio para revogar a Lei, mas para cumpri-la (trazer a salvação pela graça, mas a palavra de Deus continua de pé). O chamado integral para a obra de Deus não é para todos, nem é uma escolha humana, porém, um chamado divino exclusivo, como Ele separava os levitas para serem Seus, já que não tinham direito à terra em Israel como seus irmãos. Deixar o trabalho secular para responder ao chamado exclusivo de Deus não só nos coloca numa posição de humilhação diante das pessoas, principalmente das carnais, que vivem apenas do que seus olhos conseguem ver e do que sua mente consegue entender. Também nos coloca num outro nível de fé onde passamos a depender da fidelidade, da provisão e da Sua promessa sobre nossas vidas. Semear insistente e pacientemente as coisas espirituais na vida das pessoas por anos a fio necessita de capacitação divina e, por si só, já nos dá o direito a um salário justo (colheita da nossa semeadura) por um trabalho tão difícil como é mudar a mente do ser humano e ajudá-lo a desenvolver sua salvação em Cristo.


trabalho – exercitar a fé

Exercitar a fé

• 1 Co 15: 57-58: “Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão”.
• 1 Tm 1: 18-19: “Este é o dever de que te encarrego, ó filho Timóteo, segundo as profecias de que antecipadamente foste objeto: combate, firmado nelas, o bom combate, mantendo fé e boa consciência, porquanto alguns, tendo rejeitado a boa consciência, vieram a naufragar na fé”.
• 2 Tm 4: 6-8: “Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda”.
• 1 Tm 6: 12: “Combate o bom combate da fé. Toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado e de que fizeste a boa confissão perante muitas testemunhas”.
• Tg 2: 14-17: “Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta”.

A fé sem obras é morta. Trabalhar, seja na Obra de Deus, seja na vida secular, é colocar nossa fé em ação esperando colher o que ainda não se vê, assim como Abraão exerceu sua fé sem ver ainda a promessa. É esperar a recompensa não só material no final do mês, porque trabalhamos naquele tempo; mais do que isso, é saber que o nosso trabalho teve a participação e os objetivos de Deus, além dos carnais e, embora pareça termos fracassado algumas vezes, tudo está registrado diante dEle e nada foi em vão.


trabalho – realizar o projeto de Deus

Realizar o projeto de Deus

• Jo 4: 34: “Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra”.
• Jo 6: 27-29: “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou [confirmou Jesus] com o seu selo [o Espírito Santo]. Dirigiram-se, pois, a ele, perguntando: Que faremos para realizar as obras de Deus? Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado”.

O nosso trabalho deve estar voltado para a glorificação do nome do Senhor e para Sua obra, e nosso dízimo e nossa oferta devem ter o propósito de ajudar aqueles que necessitam crer em Jesus para serem salvos. Como foi dito anteriormente, a própria atividade que realizamos deve ter, acoplada a ela, a vontade de fazer a obra do Senhor, que é ensinar as pessoas a crerem nEle.


trabalho – ganhar o pão de cada dia

Uma maneira de ganhar o sustento do dia a dia

• Pv 10: 3-4: “O Senhor não deixa ter fome o justo, mas rechaça a avidez dos perversos. O que trabalha com mão remissa (desleixada, negligente, descuidada) empobrece, mas a mão dos diligentes (ativos, zelosos, aplicados, que se esforçam) vem a enriquecer-se”.
• Pv 12: 9: “Melhor é o que se estima em pouco e faz o seu trabalho do que o vanglorioso que tem falta de pão”.
• Pv 12: 11: “O que lavra a sua terra será farto de pão, mas o que corre atrás de coisas vãs é falto de senso”.
• Pv 28: 19: “O que lavra a sua terra virá a fartar-se de pão, mas o que se ajunta a vadios se fartará de pobreza”.
• 1 Tm 5: 17-18: “Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino. Pois a Escritura declara: Não amordaces o boi, quando pisa o trigo. E ainda: O trabalhador é digno do seu salário”.
• 2 Ts 3: 10-12: “Porque, quando ainda convosco, vos ordenamos isto: se alguém não quer trabalhar, também não coma. Pois, de fato, estamos informados de que, entre vós, há pessoas que andam desordenadamente, não trabalhando; antes, se intrometem na vida alheia. A elas, porém, determinamos e exortamos, no Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando tranqüilamente, comam o seu próprio pão”.

O trabalho foi um meio providenciado por Deus para termos o nosso sustento do dia a dia, mas não deve ser feito de maneira negligente, descuidada, com vanglória nem com os objetivos carnais de apenas de receber dinheiro; ou, então, como ocorria na igreja em Tessalônica, onde os obreiros da igreja não trabalhavam como deviam e viviam de mexericos, causando divisão e transtorno. Devemos estar conscientes de que o trabalho santo, dedicado e consagrado ao Senhor é uma forma providenciada por Ele mesmo de ‘lavrar’ e ‘ceifar’ a nossa terra, a nossa alma; isso quer dizer que é uma maneira de Deus nos aperfeiçoar e nos fazer semelhantes a Ele. Os que se esforçam na pregação da palavra e no ensino são dignos dos seus honorários.


trabalho – esperança na recompensa

Esperança na recompensa

• Cl 3: 23-24: “Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo”.
• 1 Co 9: 9-12: “Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi, quando pisa o trigo. Acaso, é com bois que Deus se preocupa? Ou é, seguramente, por nós que ele o diz? Certo que é por nós que está escrito; pois o que lavra cumpre fazê-lo com esperança; o que pisa o trigo faça-o na esperança de receber a parte que lhe é devida. Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais (cf. Rm 15: 27)? Se outros participam desse direito sobre vós, não o temos nós em maior medida?”
• 1 Tm 5: 17-18: “Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino. Pois a Escritura declara: Não amordaces o boi, quando pisa o trigo. E ainda: O trabalhador é digno do seu salário”.

O trabalho honesto nos garante da parte de Deus a certeza da recompensa. Muitas vezes, nos nossos momentos de aparente fracasso, o inimigo aproveita para enviar pessoas com atitudes e palavras derrotistas que vêm roubar a nossa esperança e nos fazer descrer na promessa de Deus. Tudo no mundo espiritual segue a lei da semeadura criada por Ele mesmo. Portanto, se estamos semeando Sua palavra de verdade, fé e amor, é mais do que natural recolhermos os nossos frutos. Medite em quantas vitórias você já perdeu por permitir o engano do inimigo, dizendo que tudo ia dar em nada. Dê ao Espírito Santo uma nova chance de lhe mostrar que Sua palavra é viva e poderosa para cumprir o que já foi determinado por Deus em sua vida. Se Ele lhe prometeu vitória, é assim que vai ser.


trabalho – investir agora para colher depois

Investimento e semeadura agora para poder colher depois

• Pv 20: 4: “O preguiçoso não lavra por causa do inverno, pelo que, na sega, procura e nada encontra”.
• Ec 11: 1-6: “Lança teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás. Reparte com sete e ainda com oito, porque não sabes que mal sobrevirá à terra. Estando as nuvens cheias, derramam aguaceiro sobre a terra; caindo a árvore para o sul e para o norte, no lugar em que cair, aí ficará. Quem somente observa o vento nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará. Assim como tu não sabes qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da mulher grávida, assim também não sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas. Semeia pela manhã a tua semente e à tarde não repouses a mão, porque não sabes qual prosperará; se esta, se aquela ou se ambas igualmente serão boas”.
• Mc 4: 26-32: “Disse ainda: O reino de Deus é assim como se um homem lançasse a semente à terra; depois, dormisse e se levantasse, de noite e de dia, e a semente germinasse e crescesse, não sabendo ele como. A terra por si mesma frutifica: primeiro a erva, depois, a espiga, e, por fim, o grão cheio na espiga. E, quando o fruto já está maduro, logo se lhe mete a foice, porque é chegada a ceifa. Disse mais: A que assemelharemos o reino de Deus? Ou com que parábola o apresentaremos? É como um grão de mostarda, que, quando semeado, é a menor de todas as sementes sobre a terra; mas, uma vez semeada, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças e deita grandes ramos, a ponto de as aves do céu poderem aninhar-se à sua sombra”.
• 2 Co 9: 6-11: “E isto afirmo: aquele que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará. Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra, como está escrito: Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre. Ora, aquele que dá semente ao que semeia e pão para alimento também suprirá a aumentará a vossa sementeira e multiplicará os frutos da vossa justiça, enriquecendo-vos, em tudo, para toda generosidade, a qual faz que, por nosso intermédio, sejam tributadas graças a Deus”.
• Gl 6: 7-10: “Não vos enganeis: De Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá a vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé”.

Nosso trabalho é uma semente, como o pão que se lança às águas para ser achado depois. Além de semear, deve ser repartido. Assim, nossos talentos, conhecimentos e aptidões servem para dividir com os menos favorecidos as bênçãos de Deus, ou seja, através deles, outros poderão receber suprimentos e palavra de vida. O pensamento do mundo é que se dermos, se repartirmos, ficaremos sem nada; entretanto, a matemática de Deus nos mostra que quando repartimos o que é nosso, mostramos a verdadeira prosperidade, pois Ele se encarregará de multiplicar o que temos. Outro ensinamento aqui é que o Senhor nos diz que se apenas observarmos o vento, como um semeador que só fica olhando para o céu esperando o tempo favorável, nunca semearemos nada, e o que só olha para as nuvens nunca vai colher. O vento é símbolo do Espírito Santo, assim como dos nossos pedidos; as nuvens falam de chuva, bênção, promessa, glória de Deus. Isso quer dizer que se ficarmos só orando e esperando a ação do Espírito até termos Seus sinais (existem pessoas que vivem pedindo sinais a Deus) ou se ficarmos apenas olhando Sua promessa sem agirmos de maneira prática, nada semearemos nem colheremos. O NT resume este pensamento: a fé sem obras é morta (Tg 2: 17).

Temos que fazer um esforço para investir naquilo que começamos e nos propomos a realizar. Se abrirmos uma empresa, mas não quisermos ter gasto nenhum, não poderemos esperar colheita alguma, porque nada foi semeado. É esse espírito de miséria que ronda as diversas atividades da sociedade, inclusive os ministérios, enganando as pessoas fazendo com que queiram colher o que nunca plantaram. Isso não é um conceito bíblico. E o que é pior: elas fazem orações erradas diante de Deus como que cobrando dEle uma atitude abençoadora pelo que não trabalharam para ter. Não estou dizendo que é preciso fazer algo para que Ele nos abençoe; Ele nos abençoa porque tem caráter abundante e abençoador, mas nos forja como filhos responsáveis nos ensinando a desenvolver as mesmas características que Ele tem, a fim de conquistarmos nossas promessas e objetivos aqui na terra.

Nós trabalhamos e semeamos, mas o crescimento e a colheita não dependem de nós. Como está escrito em Mc 4: 26-32, o crescimento ocorre pelo poder divino, dependendo da qualidade da semente que plantamos e da terra onde semeamos, não pelo esforço humano. Isso é bastante válido quando se trata de pregar a Palavra. Só Deus conhece as boas terras. Por isso, Paulo escreveu em 1 Co 3: 6-8: “Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são um; e cada um receberá o seu galardão, segundo o seu próprio trabalho”. Também temos algo a aprender com a parábola do semeador: há o tempo correto para se colher o fruto de um trabalho (‘grão cheio na espiga’ – Mc 4: 28); não adianta apressá-lo, portanto, se faz necessária a espera para que haja maturidade em algo.

Mais um ensinamento aqui: o importante é aprender a dar, não por tristeza ou por necessidade, mas com alegria. Isso não diz respeito apenas ao dinheiro que damos na Obra de Deus, como também ao nosso empenho no trabalho que nos foi confiado. O Senhor mesmo coloca as sementes em nossas mãos para que semeemos e Ele possa multiplicá-la. Não devemos dar ou trabalhar com tristeza ou por necessidade, mas com alegria, porque isso move o coração de Deus. A alegria é um adubo para a semente.


trabalho – criatividade, autoconhecimento e moldar o caráter

Desenvolver a criatividade, moldar o caráter e atingir o autoconhecimento

• Pv 31: 10-31: “Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de finas jóias. O coração do seu marido confia nela, e não haverá falta de ganho. Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida. Busca lã e linho e de bom grado trabalha com as mãos. É como navio mercante: de longe traz o seu pão. É ainda noite, e já se levanta, e dá mantimento à sua casa e tarefa às suas servas. Examina uma propriedade e adquire-a; planta uma vinha com as rendas do seu trabalho. Cinge os lombos de força e fortalece os braços. Ela percebe que o seu ganho é bom; a sua lâmpada não se apaga de noite. Estende as mãos ao fuso, mãos que pegam na roca. Abre a mão ao aflito; e ainda a estende ao necessitado. No tocante à sua casa, não teme a neve, pois todos andam vestidos de lã escarlate. Faz para si cobertas, veste-se de linho fino e de púrpura. Seu marido é estimado entre os juízes, quando se assenta entre os anciãos da terra. Ela faz roupas de linho fino, e vende-as, e dá cintas aos mercadores. A força e a dignidade são os seus vestidos, e, quanto ao dia de amanhã, não tem preocupações. Fala com sabedoria, e a instrução da bondade está na sua língua. Atende ao bom andamento da sua casa e não come o pão da preguiça. Levantam-se seus filhos e a chamam ditosa; seu marido a louva, dizendo: Muitas mulheres procedem virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas. Enganosa é a graça, e vã, a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada. Dai-lhe do fruto das suas mãos e de público a louvarão as suas obras”.

Um exemplo interessante sobre este tópico pode ser achado em relação à mulher virtuosa. Uma pessoa que se deixa ser moldada por Deus consegue atingir o autoconhecimento, levando-a ao descobrimento dos seus potenciais e ao desenvolvimento da sua criatividade. Essa é a forma de Deus moldar seu caráter e aperfeiçoá-la para ser um vaso de honra em Suas mãos. Características divinas desenvolvidas na pessoa:

Confiabilidade (“seu marido confia nela”).
Bondade (“lhe faz bem e não mal”).
É fértil e produtiva; usa as mãos para abençoar e prosperar (“trabalha com as mãos”).
Sabe discernir entre o bem e o mal e sabe aproveitar as oportunidades materiais, usando o que tem à sua disposição (“Examina uma propriedade e adquire-a; planta uma vinha com as rendas do seu trabalho”).
Fortalece-se em Deus e, por isso, consegue perceber o quanto Ele a abençoa (“Cinge os lombos de força e fortalece os braços. Ela percebe que o seu ganho é bom”).
A chama do Espírito jamais se apaga, mesmo durante os momentos difíceis (“a sua lâmpada não se apaga de noite”).
Sabe suprir os carentes, não come o pão da avareza (“Abre a mão ao aflito; e ainda a estende ao necessitado”).
Nada teme, pois tem fé em Deus (“não teme a neve”).
Cobre-se espiritualmente com justiça e santidade (linho fino), amor e com a proteção do sangue de Jesus (salvação e realeza – ‘púrpura’) – (“todos andam vestidos de lã escarlate. Faz para si cobertas, veste-se de linho fino e de púrpura”).
Sabe negociar e administrar corretamente os bens materiais (“Ela faz roupas de linho fino, e vende-as, e dá cintas aos mercadores”).
Tem uma vida digna e se sente fortalecida, pois não depende de recursos alheios, e sim do seu trabalho (“A força e a dignidade são os seus vestidos”).
Não se preocupa com o futuro, pois conhece quem está no controle de todas as coisas (“quanto ao dia de amanhã, não tem preocupações”).
Tem a sabedoria divina (“Fala com sabedoria, e a instrução da bondade está na sua língua”).
Não tem preguiça (“Atende ao bom andamento da sua casa e não come o pão da preguiça”).
Ela pode se sentir uma pessoa realmente feliz (“Levantam-se seus filhos e a chamam ditosa; seu marido a louva”).
É recompensada e elogiada por suas obras (“Dai-lhe do fruto das suas mãos e de público a louvarão as suas obras”).


Prosperar

Prosperar

• Dt 28: 1-14: “Se atentamente ouvires a voz do Senhor, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que hoje te ordeno, o Senhor, teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da terra. Se ouvires a voz do Senhor, teu Deus, virão sobre ti e te alcançarão todas essas bênçãos: Bendito serás tu na cidade e bendito serás no campo. Bendito o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, e o fruto dos teus animais, e as crias das tuas vacas e das tuas ovelhas. Bendito o teu cesto e a tua amassadeira. Bendito serás ao entrares e bendito, ao saíres. O Senhor fará que sejam derrotados na tua presença os inimigos que se levantarem contra ti; por um caminho, sairão contra ti, mas, por sete caminhos, fugirão da tua presença. O Senhor determinará que a bênção esteja nos teus celeiros e em tudo o que colocares a mão; e te abençoará na terra que te dá o Senhor, teu Deus. O Senhor te constituirá para si em povo santo, como te tem jurado, quando guardares os mandamentos do Senhor, teu Deus, e andares nos teus caminhos. E todos os povos da terra verão que és chamado pelo nome do Senhor e terão medo de ti. O Senhor te dará abundância de bens no fruto do teu ventre, nos frutos dos teus animais e no fruto do teu solo, na terra que o Senhor, sob juramento a teus pais, prometeu dar-te. O Senhor te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para dar chuva à tua terra no seu tempo e para abençoar toda obra das tuas mãos; emprestarás a muitas gentes, porém tu não tomarás emprestado. O Senhor te porá por cabeça e não por cauda; e só estarás em cima e não debaixo, se obedeceres aos mandamentos do Senhor, teu Deus, que hoje te ordeno, para os guardar e cumprir. Não te desviarás de todas as palavras que hoje te ordeno, nem para a direita nem para a esquerda, seguindo outros deuses, para os servires”.
• Pv 10: 22: “A bênção do Senhor enriquece, e, com ela, ele não traz desgosto”.
• Pv 11: 24-26: “A quem dá liberalmente, ainda se lhe acrescenta mais e mais; ao que retém mais do que é justo, ser-lhe-á em pura perda. A alma generosa prosperará, e quem dá a beber será dessedentado. Ao que retém o trigo, o povo o amaldiçoa, mas bênção haverá sobre a cabeça do seu vendedor”.
• Pv 14: 23: “Em todo trabalho há proveito; meras palavras, porém, levam à penúria”.
• Pv 20: 13: “Não ames o sono [a inconsciência, a ignorância], para que não empobreças; abre os olhos e te fartarás do teu próprio pão”.
• Pv 28: 19: “O que lavra a sua terra virá a fartar-se de pão, mas o que se ajunta a vadios se fartará de pobreza”.

Quando Deus participa do nosso trabalho, com certeza haverá prosperidade. E a prosperidade não se atém apenas à riqueza material (trazer provisão para o dia a dia, como falamos anteriormente), mas ao desenvolvimento harmônico de todas as áreas da existência humana: material, emocional e espiritual. O coração próspero, além de ser doador, semeador, multiplicador e liberador de recursos e dons, consegue se alegrar com a vitória dos irmãos, sabe administrar corretamente os recursos que tem e essa atitude também se refletirá em sua própria vida. A prosperidade está ligada à obediência ao Senhor, à semeadura, à ação, ao conhecimento e ao entendimento (consciência) da palavra de Deus.


trabalho – multiplicar talentos

Multiplicar talentos

• Mt 25: 14-30: “Pois será como um homem que, ausentando-se do país, chamou um dos seus servos e lhes confiou os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e, então, partiu. O que recebera cinco talentos saiu imediatamente a negociar com eles e ganhou outros cinco. Do mesmo modo, o que recebera dois ganhou outros dois. Mas o que recebera um, saindo, abriu uma cova e escondeu o dinheiro do seu Senhor. Depois de muito tempo, voltou o Senhor daqueles servos e ajustou contas com eles. Então, aproximando-se o que recebera cinco talentos, entregou outros cinco, dizendo: Senhor, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que eu ganhei. Disse-lhe o Senhor: muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. E, aproximando-se também o que recebera dois talentos, disse: Senhor, dois talentos me confiaste; aqui tens outros dois que ganhei. Disse-lhe o Senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor. Chegando, por fim, o que recebera um talento, disse: Senhor, sabendo que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste, receoso, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu. Respondeu-lhe, porém, o Senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? Cumpria, portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu. Tirai-lhe, pois, o talento e dai ao que tem dez porque a todo o que tem se lhe dará e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. E o servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes”.

Como eu falei na passagem sobre a mulher virtuosa, o trabalho contribui para nos ensinar a desenvolver nossa criatividade e multiplicar nossos talentos, ou seja, não apenas os ganhos financeiros, mas também os nossos dons naturais e espirituais. A disposição de servir o Senhor com nosso trabalho multiplica o que Ele nos dá e aumenta o nosso depósito no céu: “Porque a todo o que tem (tesouros no céu; uma vida de comunhão com Deus), se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que não tem (tesouros no céu; uma vida no altar), até o que tem lhe será tirado” (até o interesse por Deus se perderá).


trabalho – Cuidado, paciência, perseverança, amor

Cuidado, paciência, perseverança, amor

• Resumindo a Criação do mundo descrita em Gn 1: 1-31: “No princípio, criou Deus os céus e a terra. A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas. Disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que a luz era boa (1º dia). E disse Deus: Haja firmamento no meio das águas e separação entre águas e águas... E chamou Deus ao firmamento Céus (2º) dia. Disse também Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num só lugar, e apareça porção seca. E assim se fez. À porção seca chamou Deus Terra e ao ajuntamento das águas, Mares... A terra produziu relva, ervas e árvores frutíferas (3º) dia. Disse também Deus: Haja luzeiros no firmamento dos céus, para fazerem separação entre o dia e a noite... Fez Deus os dois grandes luzeiros; o maior para governar o dia, e o menor para governar a noite; e fez também as estrelas (4º dia). Disse também Deus: Povoem-se as águas de enxames de seres viventes; e voem as aves sobre a terra, sob o firmamento dos céus (5º dia). Disse também Deus: Produza a terra seres viventes, conforme a sua espécie: animais domésticos, répteis e animais selváticos, segundo a sua espécie. E assim se fez... E viu Deus que isso era bom. Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele o domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a... E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom (6º dia). E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito (7º dia)”.
• Cl 3: 23-24: “Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo”.

Em toda a Criação houve cuidado, paciência, perseverança e amor da parte de Deus. Agindo da mesma forma em relação ao nosso trabalho nós nos assemelharemos a Ele. Por isso, se você tiver que repetir, corrigir, refazer, planejar de novo, aperfeiçoar e transformar o seu trabalho, não murmure; pelo contrário, dê glória a Deus por isso, pois enquanto você trabalha nas coisas naturais, Ele também aperfeiçoa você no espiritual. Daqui a algum tempo, você poderá olhar para trás e ver o quanto Deus trabalhou com seu ser, o quanto Ele lhe deu experiência, o quanto você cresceu com tudo o que passou. Ele ensinou você, não homens. Isso é sabedoria divina.


trabalho – Prudência / sabedoria

Prudência / sabedoria

• Pv 6: 6-8: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio. Não tendo ela chefe, nem oficial, nem comandante, no estio, prepara o seu pão, na sega, ajunta o seu mantimento”.

O trabalho nos ensina a ser sábios e prudentes, administrando os recursos materiais que nos são dados por Deus, bem como planejar nosso futuro. É certo que está escrito: “O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor” (Pv 16: 1). Porém está escrito também: “Entendei, ó simples, a prudência; e vós, néscios (ignorantes, insensatos), entendei a sabedoria” (Pv 8: 5). Isso quer dizer que, quando a carne humana planeja coisas e circunstâncias sem a concorrência da sabedoria e da revelação divina, Deus lhe mostra quais são os Seus verdadeiros projetos. Todavia, quando Ele participa ativamente da nossa vida, o que planejamos e fazemos está em concordância com a Sua vontade e nos faz Seus parceiros.


trabalho – Pensar no bem-estar da descendência

Pensar no bem-estar da descendência

• Pv 13: 22: “O homem de bem deixa herança aos filhos dos filhos, mas a riqueza do pecador é depositada para o justo”.
• 2 Co 12: 14b: “Não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais, para os filhos”.

Nós trabalhamos não apenas para deixar uma herança material e financeira para nossa descendência; quando trabalhamos, principalmente, o nosso relacionamento sadio e verdadeiro com Deus e com nossos semelhantes, nós passamos a deixar algo mais valioso que é a bênção e a aprovação de Deus sobre as gerações seguintes. A palavra diz: “e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos” (Êx 20: 6). Davi foi um exemplo de alguém que lutou durante sua vida inteira as guerras do Senhor com o objetivo de deixar recursos, não só para sua descendência em particular, como para todo o povo de Israel, a fim de construírem o templo: “Eis que, com penoso trabalho, preparei para a Casa do Senhor cem mil talentos de ouro e um milhão de talentos de prata, e bronze e ferro em tal abundância, que nem foram pesados; também madeira e pedras preparei, cuja quantidade podes aumentar. Além disso, tens contigo trabalhadores em grande número, e canteiros, e pedreiros, e carpinteiros, e peritos em toda sorte de obra, de ouro, e de prata, e também de bronze, e de ferro, que não se pode contar. Dispõe-te, pois, e faze a obra, e o Senhor seja contigo!... Disponde, pois, agora o vosso coração e a vossa alma para buscardes ao Senhor, vosso Deus; disponde-vos e edificai o santuário do Senhor Deus, para que a arca da Aliança do Senhor e os utensílios sagrados de Deus sejam trazidos a esta casa, que se há de edificar ao nome do Senhor” (1 Cr 22: 14-16; 19). Portanto, vá à luta e semeie para sua descendência.


trabalho – humildade, solidariedade, interdependência

Exercitar a humildade, a interdependência e a solidariedade

• Pv 3: 27: “Não te furtes a fazer o bem a quem de direito, estando na tua mão o poder de fazê-lo”.
• Ec 4: 9-10: “Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se caírem, um levanta o companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois, caindo não haverá quem o levante”.
• 1 Pe 4: 10-11: “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém”.

Precisamos ter em mente que não somos ‘tudo ao mesmo tempo’. Cada um de nós é especialista numa área e somos importantes para suprir as necessidades dos nossos semelhantes. Em outras palavras: dependemos uns dos outros para vivermos na terra. Tem lugar para todo mundo, por isso a competição não cabe no reino de Deus. O mundo ainda acha que é vantagem puxar o tapete dos que estão ao lado para se poder subir; ou então, acha válida a concorrência ilegal. Entretanto, o plano de Deus sempre foi a cooperação mútua. O que importa é zelar pelos dons que Ele nos deu e usá-los para o bem do próximo.


trabalho – Manifestar a glória de Deus aos homens

Manifestar a glória de Deus aos homens

• Jo 9: 1-7: “Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus. É necessário que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo. Dito isso cuspiu na terra e, tendo feito lodo com a saliva, aplicou-lhe aos olhos do cego, dizendo-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que quer dizer Enviado). Ele foi, lavou-se e voltou vendo”.

Muitos trabalham para terem seus nomes conhecidos, muito dinheiro e fama. Entretanto, nós que conhecemos o Senhor, trabalhamos como Jesus: para mostrar aos outros a glória do Pai. Tudo o que fazemos por amor a Ele, Ele mesmo honra e não há necessidade da propaganda do mundo, pois o que vem à luz torna claro que o feito é de Sua autoria. Nós somos apenas Seus canais de prodígios e milagres. Essa é a nossa honra: sermos conhecidos por Lhe pertencer e para Ele se manifestar aos homens através de nós. Nosso trabalho com simplicidade, inocência, pureza e sem segundas intenções sempre gera luz, e a recompensa que temos com ele é limpa, verdadeira, sem bajulação ou interesses, pois é trazida por Ele mesmo através daqueles que ‘têm olhos para ver’.

Em segundo lugar neste texto, Jesus reafirmou ser a luz do mundo e disse que é preciso fazer a obra enquanto é dia, pois de noite não é possível. Isso tem dois significados: um em relação a Ele mesmo, outro em relação a nós. Enquanto estivesse na terra exercendo Seu ministério, Ele poderia fazer a obra do Pai; entretanto, quando chegasse o momento de Satanás prevalecer sobre Ele para levá-lo à cruz, ali a obra seria outra e Ele não poderia realizar o que estava fazendo agora. Ali na cruz, Sua obra seria de redenção e Ele carregaria sobre si as trevas (os pecados) de todos nós. O segundo significado é para nós, ou seja, enquanto o Senhor está derramando o Seu Espírito sobre nossa vida, está também derramando a unção para realizarmos Sua obra; entretanto, quando Jesus voltar e deixar na terra apenas os que irão passar pelos flagelos, não será mais possível fazer a obra, pois será a vez do juízo de Deus sobre o pecado. Como ensinamento, fica a idéia de que devemos fazer a obra de Deus enquanto tivermos oportunidade, pois Seu Espírito está derramando Sua unção. Como dissemos anteriormente, não é só dentro da Igreja que manifestamos nosso potencial, mas aonde formos e onde trabalharmos. A fonte está constantemente dentro de nós através do Seu Espírito. Nós podemos mostrar a glória de Deus num simples aperto de mão, num sorriso, numa mão ungida que vem tocar em pessoas, até na decisão sábia numa reunião conflitante.

trabalho – ser parte de um projeto divino

Ser parte de um corpo (de Cristo) e de um projeto divino

• 1 Co 12: 1-31a (Rm 12: 7-8; 1 Pe 4: 10-11): “A respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes... Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos... Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra de sabedoria; e a outro, segundo o mesmo Espírito, a palavra de conhecimento; a outro, no mesmo Espírito, a fé; e a outro, no mesmo Espírito, dons de curar; a outro, operações de milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a um, variedade de línguas; e a outro, capacidade de interpretá-las. Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente. Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo... Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros deste corpo. A uns estabeleceu Deus, na Igreja, primeiramente, apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois, operadores de milagres; depois dons de curar, socorros, governos, variedade de línguas..., procurai, com zelo, os melhores dons...”.

Ao longo das eras, Deus trabalhou com filhos diferentes com o propósito de refazer Sua aliança com o ser humano, trazendo-o de volta ao Éden. Por isso, nos deu dons naturais e espirituais, a fim de que, tanto na vida natural quanto no mundo espiritual, possamos nos sentir participantes de um projeto maior, cooperando com Ele. O reconhecimento do nosso trabalho restaura nossa auto-estima e fortalece nossa verdadeira identidade em Cristo.


O maior trabalho foi o de Jesus

O maior trabalho foi o de Jesus

• Is 53: 4-5: “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”.
• Jo 3: 16-21: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de que não sejam argüidas as suas obras. Quem pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus”.

O maior trabalho foi realizado na cruz: a salvação do homem. O peso do Seu trabalho foi infinitamente maior do que o nosso, pois sobre si Jesus carregou as iniqüidades de todos nós e, conseqüentemente, a ira de Deus por causa disso. Debaixo da cobertura do Seu sangue e do Seu amor, nosso trabalho pode ser feito com leveza e com a alegria de estarmos debaixo da Sua justificação e da Sua bênção. Nossas boas obras, feitas com a participação do Espírito Santo, são para ser vistas, não para ficar escondidas.


trabalho – bênção de Deus

Bênção de Deus

• Dt 15: 5-6: “... se apenas ouvires, atentamente, a voz do Senhor, teu Deus, para cuidares em cumprir todos estes mandamentos que hoje te ordeno. Pois o Senhor, teu Deus, te abençoará, como te tem dito; assim, emprestarás a muitas nações, mas não tomarás empréstimos; e dominarás muitas nações, porém elas não te dominarão”.
• Dt 28: 12-14: “O Senhor te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para dar chuva à tua terra no seu tempo e para abençoar toda obra das tuas mãos; emprestarás a muitas gentes, porém tu não tomarás emprestado. O Senhor te porá por cabeça e não por cauda; e só estarás em cima e não debaixo, se obedeceres aos mandamentos do Senhor, teu Deus, que hoje te ordeno, para os guardar e cumprir. Não te desviarás de todas as palavras que hoje te ordeno, nem para a direita nem para a esquerda, seguindo outros deuses, para os servires”.
• Pv 10: 22: “A bênção do Senhor enriquece, e, com ela, ele não traz desgosto”.
• Ec 2: 24-26a: “Nada há melhor para o homem do que comer, beber e fazer que a sua alma goze do bem do seu trabalho. No entanto, vi também que isto vem da mão de Deus, pois, separado deste, quem pode comer ou quem pode alegrar-se? Porque Deus dá sabedoria, conhecimento e prazer ao homem que lhe agrada; mas ao pecador dá trabalho, para que ele ajunte e amontoe, a fim de dar àquele que agrada a Deus”.
• Ec 3: 13: “e também que é dom [no hebr.: presente; mattath; מתת] de Deus que possa o homem comer, beber e desfrutar o bem de todo o seu trabalho”.
• Ec 5: 18-19: “Eis o que eu vi: boa e bela coisa é comer e beber e gozar cada um do bem de todo o seu trabalho, com que se afadigou debaixo do sol, durante os poucos dias da vida que Deus lhe deu; porque esta é a sua porção. Quanto ao homem a quem Deus conferiu riquezas e bens e lhe deu poder para deles comer, e receber a sua porção, e gozar do seu trabalho, isto é dom [no hebr.: presente; mattath; מתת] de Deus”.
• Jl 2: 25-27: “Restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto migrador, pelo destruidor e pelo cortador, o meu grande exército que enviei contra vós outros. Comereis abundantemente e vos fartareis, e louvareis o nome do Senhor, vosso Deus, que se houve maravilhosamente convosco; e o meu povo jamais será envergonhado”.

O trabalho é uma bênção de Deus na nossa vida, não somente porque é uma fonte de suprimento material, mas também porque nos livra da vergonha de termos que tomar emprestado. É Ele o dono do ouro e da prata, não o diabo, como o mundo nos faz pensar, tentando impedir que chegue às nossas mãos o que nos pertence. Mas a palavra de Deus é fiel e não mente jamais. Mesmo passando por provas, quando O honramos de verdade, Ele nos dá livramento e nos coloca em vitória, restituindo o que foi consumido pelo ‘gafanhoto’ [símbolo de demônios que roubam e devoram nossos bens].


trabalho – ver a vida com outros olhos

Ajudar nossos semelhantes a ver a vida com outros olhos

• Mc 8: 22-26: “Então, chegaram a Betsaida; e lhe trouxeram um cego, rogando-lhe que o tocasse. Jesus tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia e, aplicando-lhe saliva aos olhos e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe: Vês alguma coisa? Este, recobrando a vista, respondeu: Vejo os homens, porque como árvores os vejo andando. Então, novamente lhe pôs as mãos nos olhos, e ele, passando a ver claramente, ficou restabelecido; e tudo distinguia de modo perfeito. E mandou-o Jesus embora para casa, recomendando-lhe: Não entres na aldeia”.

Aqui, o trabalho de Jesus abriu os olhos de um cego e o fez ver as coisas da maneira correta, não distorcida. Da mesma forma, o nosso trabalho ungido pode abrir os olhos de muitas pessoas, alargando-lhes o entendimento para verem a realidade do mundo espiritual e do projeto de Deus para elas. É só se deixar ser um canal livre nas mãos do Espírito Santo. Através do Seu poder, Jesus realizou todos os feitos miraculosos do Pai na terra. Paulo escreveu para os Efésios, mostrando-lhes qual era a vontade de Deus para eles: “Não cesso de dar graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações, para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos” (Ef 1: 16-19).


trabalho – Exercer o livre-arbítrio

Exercer o livre-arbítrio

• Dt 30: 15- 20: “Vê que proponho, hoje, a vida e o bem, a morte e o mal; se guardares o mandamento que hoje te ordeno, que ames o Senhor, teu Deus, andes nos seus caminhos, e guardes os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos, então, viverás e multiplicarás, e o Senhor, teu Deus, te abençoará na terra a qual passas para possuí-la. Porém, se o teu coração se desviar, e não quiseres dar ouvidos, e fores seduzido, e te inclinares a outros deuses, e os servires, então, hoje, te declaro que, certamente, perecerás; não permanecerás longo tempo na terra à qual vais, passando o Jordão, para a possuíres. Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência, amando o Senhor, teu Deus, dando ouvidos à sua voz e apegando-te a ele; pois disto depende a tua vida e a tua longevidade; para que habites na terra que o Senhor, sob juramento, prometeu dar a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó”.
• Pv 12: 14: “Cada um se farta de bem pelo fruto da sua boca, e o que as mãos do homem fizerem ser-lhe-á retribuído”.
• Pv 13: 2-4:“Do fruto da boca o homem comerá o bem, mas o desejo dos pérfidos é a violência. O que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios a si mesmo se arruína. O preguiçoso deseja e nada tem, mas a alma dos diligentes se farta”.
• Pv 18: 20-21: “Do fruto da boca o coração se farta, do que produzem os lábios se satisfaz. A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto”.
• 2 Tm 2: 15-17a: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. Evita, igualmente, falatórios inúteis e profanos, pois os que dele usam passarão a impiedade ainda maior. Além disso, a linguagem deles corrói como câncer”.

Aqui eu reservei um espaço para falar sobre o poder que há em nossas palavras, pois elas têm o poder de abençoar ou amaldiçoar nosso trabalho e toda a nossa vida, assim como de todas as outras que estão ao nosso redor. Também é um trabalho árduo, um esforço para o ser humano domar sua língua e afiá-la como uma espada de Deus, da maneira que ela foi planejada para ser. Assim, abençoe o seu trabalho ao invés de amaldiçoá-lo. Aí você vai ver Sua glória manifesta sobre todas as áreas da sua vida. O seu trabalho passará a ser um instrumento de vitória. Ao pegar seu holerite no final do mês não blasfeme, mas dê glória a Deus por ele, dê o dízimo para o Senhor e profetize prosperidade e crescimento sobre seu trabalho. Seu dinheiro vai ‘esticar’ e sua unção vai aumentar, em nome de Jesus.

Este texto se encontra no livro:


livro evangélico: Trabalho

Trabalho (PDF)

Work (PDF)



Autora: Pastora Tânia Cristina Giachetti

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