O que estava por trás da incredulidade de Tomé, o apóstolo de Jesus? Ele não era o único incrédulo; os outros discípulos também mostraram incredulidade em alguma situação. Tomé teve a ousadia de dizer o que sentia e de querer mais de Jesus.

What was behind the unbelief of Thomas, Jesus’ apostle? He was not the only unbeliever; the other disciples also showed disbelief in some situation. Thomas had the boldness to say what he felt and to want more from Jesus.


Tomé, o apóstolo de Jesus




Este é um estudo sobre Tomé, o apóstolo, o discípulo de Jesus. Tomé é um personagem bíblico um tanto controverso, ao mesmo tempo interessante, pelas colocações que fez em algumas situações vividas por Jesus e pelos Seus discípulos. Enquanto Abraão ficou conhecido como o pai da fé, Tomé carregou sobre si o estigma de incrédulo; isso porque teve a ousadia, talvez a falta de vergonha, de dizer o que sentia realmente e de querer mais dAquele com quem tinha convivido intimamente por três anos. Cada pergunta “sem sentido” feita pelos apóstolos nos leva a um versículo importante no que diz respeito à revelação da pessoa de Jesus e do Seu caráter como Deus.

Os outros discípulos também tiveram falta de entendimento sobre certas verdades espirituais e foram questionados por Jesus sobre fé, por exemplo:

1) Quando Jesus acalma uma tempestade (Mt 8: 26a – o Mestre lhes perguntou: “Por que sois tímidos, homens de pequena fé?”).
2) Quando Pedro pediu para andar sobre as águas também, mas duvidou e quase afundou (Mt 14: 31-33); os discípulos também ficaram atônitos naquele momento (Mc 6: 51b-52) e a bíblia diz que eles não haviam compreendido o milagre da multiplicação dos pães e peixes porque o seu coração estava endurecido.
3) Quando os discípulos não puderam expulsar o espírito maligno do jovem possesso (Mt 17: 20). Jesus lhes respondeu: “Por causa da pequenez da vossa fé”.
4) Quando Jesus falou sobre a Sua morte que estava por vir, mas eles não compreendiam (Mc 9: 31-32; Lc 9: 44-45; Lc 18: 31-34), a bíblia diz que isso estava encoberto para eles (Lc 9: 44-45; Lc 18: 31-34).
5) Quando Jesus disse aos discípulos que Lázaro havia morrido, mas Ele o ressuscitaria para que eles pudessem crer nEle. Neste episódio, Tomé diz aos outros discípulos: “Vamos também nós para morrermos com ele” (Jo 11: 15-16).
6) Quando Jesus ressuscitou e apareceu primeiro a Maria Madalena, e ela e as outras mulheres anunciaram o fato aos discípulos, eles não creram em suas palavras (Mc 16: 9-14; Lc 24: 9; 11); mais tarde, o Senhor se manifestou para mais dois deles, os que iam a caminho de Emaús, mas os onze também não acreditaram em seu testemunho (Lc 24: 13-35). Quando Jesus apareceu pessoalmente para eles, Ele “lhes censurou a incredulidade e a dureza de coração, porque não deram crédito aos que o tinham visto já ressuscitado” (Mc 16: 14). Em Lc 24: 38; 41; 45 está escrito: “Mas ele lhes disse: Por que estais perturbados? E por que sobem dúvidas ao vosso coração?... E, por não acreditarem eles ainda, por causa da alegria, e estando admirados, Jesus lhes disse: Tendes aqui alguma coisa de comer?... Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras”.

Pedro e João entraram no túmulo vazio e viram apenas o lenço e os lençóis que envolveram a cabeça e o corpo de Jesus, e confirmaram que o corpo do Senhor não estava mais ali, mas Maria Madalena ainda não o tinha visto ressuscitado. E a bíblia reafirma a falta de compreensão dos dois discípulos quanto à ressurreição do Mestre: “Pois ainda não tinham compreendido a Escritura, que era necessário ressuscitar ele dentre os mortos” (Jo 20: 9).

Quando Jesus apareceu aos discípulos pela primeira vez após Sua ressurreição, Tomé não estava com eles. E a bíblia diz: “Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe, então, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele respondeu: Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei” (Jo 20: 24-25). E depois, a bíblia diz:

• Jo 20: 26-29: “Passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco! E logo disse a Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente. Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu! Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram”.


Jesus mostra as mãos a Tomé


O que podemos perceber é que a fé dos discípulos, a princípio, era muito pequena para poderem acreditar no impossível de Deus. Conseguiam crer que Jesus era o Cristo (Pedro teve a revelação diretamente do Pai quando disse: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” – Mt 16: 16), mas não tinham ainda o seu entendimento aberto para o que Ele tinha vindo fazer na terra, apesar dos milagres que operava diante dos seus olhos; muito menos para entender que era necessário que Jesus ressuscitasse dentre os mortos. Jesus os estimulou a desenvolver a fé ao repreendê-los pela sua timidez diante de certas circunstâncias, como quando repreendeu a tempestade, quando andou por sobre o mar e quando não puderam curar o jovem endemoninhado. Entretanto, em cada milagre que operava, a fé dos discípulos, com certeza, era sedimentada.

Nós pouco sabemos a respeito da personalidade dos discípulos. Tomé, até hoje, foi colocado como o incrédulo entre todos eles, mas como vimos, essa era uma característica básica presente em todo o grupo, simplesmente por se tratar de seres humanos comuns que tinham o grande desafio de conviver com o Filho de Deus para aprender a superar limites e realizar milagres. Tomé, provavelmente, era um tipo mais racional que necessitava de demonstrações mais palpáveis do poder divino para vir a crer, ou necessitava de mais informações para conseguir assimilar as experiências; talvez, até, sua atitude mais prática e intelectual fosse uma maneira do seu ego lidar com as dificuldades emocionais. Podemos dizer que o caráter de todos os discípulos precisava ser transformado por Jesus para eles exercerem seus ministérios na terra de maneira mais conveniente. Outra característica que podemos deduzir de Tomé, além da sua racionalidade, era a obediência e a lealdade, pois o comentário que fez no episódio da morte de Lázaro nos faz pensar que ele levava em consideração a fidelidade a Jesus e o senso de grupo (“Vamos também nós para morrermos com ele” – Jo 11: 15-16).

Assim, conseguimos tirar algumas conclusões: os discípulos todos, certamente, foram transformados na sua convivência íntima de três anos com Jesus, assim como sua fé também foi exercitada depois de presenciarem certos milagres. Entretanto, seu entendimento ainda estava velado para certas verdades espirituais, como podemos ver quando Jesus predisse Sua morte (Mc 9: 31-32; Jo 20: 9; Lc 9: 44-45; Lc 18: 31-34): “Eles, porém, nada compreenderam acerca destas coisas; e o sentido destas palavras era-lhes encoberto, de sorte que não percebiam o que ele dizia” – Lc 18: 34). Também não se lembraram, provavelmente, do que Jesus tinha dito no Monte da Transfiguração a Pedro, João e Tiago (Mt 17: 9: “A ninguém conteis a visão [do Seu corpo glorificado visto ali], até que o Filho do Homem ressuscite dentre os mortos”).

Da mesma forma, após a ressurreição Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena, aos discípulos que iam para Emaús e, mesmo assim, os onze não deram crédito, por isso, Jesus censurou-lhes a incredulidade e a dureza de coração (Mc 16: 9-14). A incredulidade não era apenas de Tomé, mas de todos, pois estavam no mesmo patamar espiritual e a própria bíblia fala que o seu entendimento ainda estava de certa forma velado, tanto é que Jesus lhes abriu o entendimento sobre as Escrituras (Lc 24: 36-49). Então, podemos pensar na passagem que está em Jo 20: 19-25, quando nesta primeira instância, Tomé não estava no meio dos outros, por isso não teve seu entendimento aberto como os demais, portanto não acreditou no que eles lhe contaram, da mesma forma que os discípulos não tinham acreditado nas palavras de Maria Madalena.

Então, nós podemos perguntar: — “Quem tinha velado o entendimento dos discípulos para a ressurreição do Mestre?”
A resposta é: — “O próprio Jesus”, porque só após Sua ressurreição é que eles teriam o entendimento e a experiência verdadeira do que isso significava. Vamos explicar melhor. Os dois discípulos que tiveram uma cura “individualizada” dos demais foram Pedro (no Mar da Galiléia) e Tomé (com as chagas de Jesus); talvez, os que mais precisassem de experiências profundas com Ele. De qualquer forma, os outros também precisariam ser Suas testemunhas diante dos homens em relação à Sua ressurreição. Para ser testemunha confiável de alguma coisa, é necessário ter uma vivência com a situação para que o testemunho seja convincente, portanto, eles precisavam viver um período de distanciamento de Deus, uma “morte”, a dor dela, a falta de Jesus, para se lembrar de como era sua vida antes de segui-lo e, assim, entender como as pessoas se sentiam sem a presença real de Deus dentro de si. Após a ressurreição, eles puderam sentir a alegria da vida eterna, pois presenciaram o quanto a vida espiritual de Jesus era necessária ao espírito de alguém. Se eles tivessem entendido isso antes, não teriam a chance de passar pela experiência de maneira integral, ou seja, com o corpo, a alma e o espírito envolvidos na tristeza da separação e na alegria do reencontro. Agora que compreendiam realmente o que era a vida eterna e o projeto do Senhor para todos os homens é que poderiam ser Suas testemunhas vivas entre eles.

Até aqui o que procurei explicar é que todos eram incrédulos quanto à ressurreição de Jesus por não terem entendido as profecias anteriores a Seu respeito (por meio dos profetas e pela Sua própria boca).

Agora, vamos falar um pouco sobre as atitudes de Tomé. A primeira vez que ele fez um comentário foi quando Jesus recebeu a notícia sobre a morte de Lázaro. Ele disse: “Vamos também nós para morrermos com ele”. Isso demonstrou lealdade e obediência a Jesus, já que Ele era o Mestre, tinha andado com eles durante todos aqueles anos e, naquele momento, ameaçado de ser apedrejado pelos judeus, não poderia ser desamparado por Seus discípulos. Enquanto os demais estavam, provavelmente, entregues às cogitações e ao medo, a atitude prática e racional de Tomé foi útil e decisiva. Ele pode ter demonstrado não apenas lealdade e obediência, como também senso de unidade (grupo), ousadia e, por que não, fé? Andando com Jesus por tanto tempo e lembrando-se dos Seus milagres de cura e ressurreição (filha de Jairo, filho da viúva de Naim), talvez tivesse a certeza de poder ver mais um deles que era o de Lázaro, já que Jesus lhes disse que a doença glorificaria Seu nome, portanto, Seu amigo não permaneceria morto. E quem tinha a capacidade de ressuscitar mortos, poderia ressuscitar a qualquer um deles que eventualmente viesse a perecer nas mãos dos judeus. Da mesma forma que os outros, Tomé ainda não entendia realmente que Jesus era o Messias, que seria morto e ressuscitaria no terceiro dia, conforme as Escrituras e Ele mesmo haviam declarado. Todavia, baseado nas experiências que vivera com o Mestre, ele bem que poderia acreditar no Seu poder de ressuscitar outras pessoas, inclusive ele, Tomé.

O segundo comentário que Ele fez foi durante a Última Ceia, quando perguntou a Jesus para onde Ele iria e qual o caminho que ele (Tomé) deveria seguir. Isso mostra mais uma vez que nenhum deles estava entendendo verdadeiramente o que aconteceria em poucas horas com Seu Mestre. Entretanto, Tomé ousou uma pergunta e o Senhor permitiu que isso ficasse registrado para todos os que viessem a crer nEle: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim”. Filipe também não entendia o que Jesus dizia, mas também ousou perguntar-Lhe: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as a suas obras. Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras”.

A terceira reação de Tomé foi interessante, pois deixou bem clara a diferença na maneira de pensar entre ele e os outros. Estou falando do momento que Jesus apareceu pela primeira vez para os discípulos. O que Tomé estava fazendo na rua, quando estavam escondidos ali dentro, provavelmente por três dias, chorando e se angustiando pela morte do Senhor e com medo de serem mortos também? Podemos pensar mais uma vez que sua maneira prática de ser deve tê-lo impulsionado a fazer algo útil, como, por exemplo, procurar informações sobre como iam as coisas, se havia perigo para eles ou não, o que o povo e os líderes judaicos estavam falando, confirmar o que as mulheres haviam dito e até procurar mais alimento (eles deram peixe assado e mel a Jesus – Lc 24: 36-49; como conseguiram? Poderia ter sido através de Tomé?), já que os demais pareciam estar entregues às suas emoções. Em outras palavras, não se comportou como um covarde, mas de maneira ousada; e geralmente a ousadia caminha junto com a fé, não com a incredulidade. Pode ter sido uma fé ‘inconsciente’, já que ele pensava na morte de Jesus como todos os seus companheiros, entretanto, algo dentro do seu espírito provavelmente o fazia se sentir seguro para sair do esconderijo e buscar respostas, nem que fosse apenas a fé no amor e na proteção de Deus (do “Deus de Abraão”); de qualquer forma era fé.

Tomé deve ter se sentido preterido ou excluído da bênção de poder ver o Senhor após Sua ressurreição, por isso pode ter assumido uma atitude mais drástica (quarta atitude de Tomé) como, por exemplo, superar a incredulidade (já que não tinha experimentado ainda o entendimento como os outros) com um desafio a Jesus. Se ele fazia parte do grupo, também tinha direito à sua parte nas bênçãos. A ousadia interior o fez pedir mais do Senhor, provavelmente uma atitude ousada do espírito em confronto com a incredulidade da carne (Jesus havia dito no Getsêmani: “O espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” – Mc 14: 38. Isso servia não só para Pedro, João e Tiago, mas para todos; para Tomé também). Dessa forma, Ele ousou pedir mais de Deus. O interessante é que Jesus sabia que ele não estaria ali na Sua primeira visita e permitiu que tudo isso acontecesse, mais uma vez, para que nós, hoje, pudéssemos aprender com um irmão e sermos edificados. Quando o Senhor apareceu e o destacou do grupo, chamando-o em particular, muito provavelmente a reação de Tomé foi de um grande temor, pois Jesus conhecia todas as coisas e sabia o que se passava no seu coração. A Sua repreensão foi ao mesmo tempo uma forma de incentivar a ousadia e a fé colocadas no espírito do discípulo como que dizendo: “É isso que eu desejo que todos os meus filhos façam: que tomem sua decisão e se posicionem, expulsando a incredulidade, me buscando de maneira mais profunda, até pedindo para tocar nas minhas chagas, como uma forma de ser tratado poderosamente em sua própria carne”. Tomé tinha vivido com Jesus o mesmo tempo que os demais discípulos, porém, ainda dependia da presença física do Mestre ali com ele para se sentir capaz de permanecer seguindo Sua doutrina. Talvez fosse isso que estivesse precisando: ser tocado mais fortemente para se libertar das amarras da insegurança e da incredulidade e voar alto segundo o projeto do Pai para Ele. Tinha conseguido a resposta ao seu desafio.

Tomé experimentou em si mesmo o poder de Jesus. A fé agora estava sedimentada na alma, como um prêmio pela ousadia do espírito. O Senhor lhe disse: “Não sejas incrédulo, mas crente... Por que me viste creste? Bem-aventurados os que não viram e creram”. Isso poderia ser traduzido como: “Toque no meu ser e eu o tocarei. Não tenha medo de pedir mais de mim, não seja como os incrédulos, que ouvem falar de mim, acreditam que eu posso fazer todas as coisas, mas têm medo de me tocar e de me experimentar profundamente em seus próprios corpos. Não seja incrédulo, mas crente, pois o verdadeiro crente e adorador não tem medo de ser tocado profundamente pelo meu Espírito. Você ainda precisa de provas concretas para saber que existo, que o amo e estou lutando ao seu lado. Porém, fique sabendo hoje que bem-aventurados são os que não me viram e creram; felizes os que não me viram pessoalmente como você me viu e, mesmo assim, creram em mim através da minha palavra”. Essa última parte diz respeito a nós, crentes deste século. Tomé foi honrado ao ser tratado particularmente pelo Senhor, como foi Pedro ao se encontrar mais tarde com Ele na Galiléia, antes da Sua ascensão. Assim, o que Tomé nos ensina é crer nas promessas do Senhor, mas quando isso nos parecer impossível, podemos usar a nossa ousadia e pedir para sermos tocados mais profundamente por Ele em nossa carne, a fim de que a fé não morra, pelo contrário, seja sedimentada com uma experiência real. Muitos experimentam Jesus de uma maneira superficial, pois escolhem ‘andar de carona’ na fé dos outros ou se contentam em ser curados externamente, sem procurar uma intimidade maior com Ele, porque isso os expõe à dor e até à vergonha diante de outras pessoas. Jesus disse: “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará... se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8: 32 e 36). Cada um de nós precisa conhecer sua própria verdade, isto é, a causa do sofrimento em sua vida e a solução de Deus.

Tomé é um nome aramaico (Te’ômã’), que os gregos chamavam Dídimo, gêmeo. Embora não haja confirmação sobre Tomé ter ou não um irmão gêmeo (gêmeo pode ser apenas o significado do seu nome), nós podemos extrapolar esse raciocínio dizendo que, assim como Tomé foi transformado ao longo do seu contato íntimo com Jesus e se tornou parecido com o Mestre, sermos ‘Tomé’ significa: sermos ‘irmãos gêmeos’ do Senhor, ou seja, nos tornarmos parecidos com Ele, sendo transformados a cada momento da nossa vida, através das nossas provas pessoais, ganhando a cada dia mais fé; como diz a bíblia, sermos transformados de glória em glória à imagem do Senhor (2 Co 3: 18). Muitas atitudes de Tomé foram consideradas como incredulidade, desrespeito ou descontrole da carne, porém, se formos buscar o propósito escondido no fundo de cada uma delas, nós poderemos ver que ele não teve medo de ousar e pedir mais de Deus. Portanto, um discípulo pode até ser mal compreendido nas suas atitudes, entretanto, jamais deve ter medo de querer mais do Senhor. O que pode parecer grosso modo uma irreverência diante dEle pode ser um grito de socorro da alma e do espírito pedindo força para superar as dificuldades e atingir outro patamar de fé. Tomé experimentou o Pentecostes, cresceu espiritualmente, exerceu seu ministério e morreu flechado na Índia, falando de Jesus aos gentios.

Jesus iniciou Seu ministério com doze homens carnais e doentes, emocional e espiritualmente, mas o terminou com onze discípulos prontos para receber a força do Pai e poder dar início ao Seu projeto para todos nós.

Mensagens em vídeo Há uma mensagem em vídeo (na verdade, uma letra de música, que fiz sobre “Tomé” | “Thomas”), compartilhada com meu Google Drive. Se estiver assistindo pelo celular, abra com o navegador, em modo paisagem e com tela cheia. É só seguir os links em azul. Há outras mensagens interessantes na página deste site: “Músicas Cristãs de Natal e Mensagens”.

Este texto se encontra no livro:


livro evangélico: Incredulidade ou ousadia?

Incredulidade ou ousadia? (PDF)

Unbelief or daring? (PDF)



Autora: Pastora Tânia Cristina Giachetti

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