Começa a 2ª parte do livro de Isaías (cap. 40–55). Isaías conforta os exilados mostrando a majestade de Deus na Sua criação, comparando-a com a loucura e a insignificância da idolatria. Prevê a vinda do Senhor e a daquele que abrirá o caminho para Ele.

The 2nd part of the book of Isaiah begins (ch 40–55). Isaiah comforts the exiles by showing God’s majesty in His creation, comparing it to the madness and insignificance of idolatry. He predicts the coming of the Lord and the one who will open the way for Him.


Isaías capítulo 40




Capítulo 40

A vinda do Senhor é prevista, assim como a daquele que abrirá o caminho para Ele – v. 1-11.
• Is 40: 1-11: “Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai ao coração de Jerusalém, bradai-lhe que já é findo o tempo da sua milícia, que a sua iniqüidade está perdoada e que já recebeu em dobro das mãos do Senhor por todos os seus pecados [NVI: ‘Encoragem a Jerusalém e anunciem que ela já cumpriu o trabalho que lhe foi imposto, pagou por sua iniqüidade, e recebeu da mão do Senhor em dobro por todos os seus pecados’]. Voz do que clama no deserto [no original: ‘clama no deserto’]: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus. Todo vale será aterrado, e nivelados, todos os montes e outeiros; o que é tortuoso será retificado, e os lugares escabrosos, aplanados. A glória do Senhor se manifestará, e toda a carne a verá, pois a boca do Senhor o disse. Uma voz diz: Clama; e alguém pergunta: Que hei de clamar? Toda a carne é erva, e toda a sua glória [no original: ‘sua fidelidade’], como a flor da erva; seca-se a erva, e caem as flores, soprando nelas o hálito do Senhor. Na verdade, o povo é erva [NVI: Uma voz ordena: ‘Clame’. E eu pergunto: ‘O que clamarei?’ ‘Que toda a humanidade é como a relva, e toda a sua glória como as flores do campo. A relva murcha e cai a sua flor, quando o vento do Senhor sopra sobre elas; o povo não passa de relva’]; seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente. Tu, ó Sião, que anuncias boas-novas, sobe a um monte alto! Tu, que anuncias boas-novas a Jerusalém [no original: ‘Ó Sião, que traz boas novas, suba num alto monte. Ó Jerusalém, que traz boas novas’], ergue a tua voz fortemente; levanta-a, não temas e dize às cidades de Judá: Eis aí está o vosso Deus! Eis que o Senhor Deus virá com poder, e o seu braço dominará; eis que o seu galardão está com ele, e diante dele, a sua recompensa. Como pastor, apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos e os levará no seio; as que amamentam ele guiará mansamente [NVI: ‘conduz com cuidado as ovelhas que amamentam suas crias’]”.

Aqui, o profeta traz uma palavra de esperança para os que voltaram do cativeiro, dizendo que o Senhor os perdoou e apagou os seus pecados. Ele recebe uma ordem para clamar no deserto e preparar os caminhos do Senhor, do Messias que virá para eles, endireitar o caminho para o seu Deus, porque tudo que estava errado ou torto será corrigido e retificado. Quando se fala em preparar ou endireitar os caminhos para o Senhor significa mudar a maneira de se comportar até aquele momento, reavaliando as doutrinas sobre as quais eles estavam firmados para que o novo de Deus pudesse vir. Os corações e os ouvidos deveriam estar preparados para ouvir e receber a verdade, pois o Senhor se manifestaria a eles como nunca havia se manifestado até então. A justiça de Deus chegaria de uma maneira visível para todos os que estivessem preparados.

A voz do céu diz ao mensageiro do Senhor: ‘Clama’; mas ele pergunta o deve clamar. E a voz do céu responde novamente: ‘Clame que toda a humanidade é como a relva, e toda a sua fidelidade como as flores do campo. A relva murcha e cai a sua flor, quando o vento do Senhor sopra sobre elas; o povo não passa de relva’; ou seja, é para o profeta dizer que a humanidade é frágil e instável, e sua fidelidade a Deus se parece como uma flor que embeleza por um tempo, mas com um vento mais forte ela cai e murcha. Assim era o povo de Deus que havia retornado do cativeiro: perdoado pelo Senhor, mas vazio da Sua presença, necessitando refazer sua aliança com Ele e aprender de novo o caminho da verdade que havia sido apagado pela idolatria e por doutrina de homens. Eles tinham vontade de seguir a Deus, mas sua carne era fraca como uma flor; sua fidelidade, instável, e por isso seus corações precisavam estar preparados para quando Ele se manifestasse entre eles. Eles eram falíveis, mas o Senhor permaneceria sempre fiel em Suas palavras e promessas.

‘Ó Sião, que traz boas novas, suba num alto monte. Ó Jerusalém, que traz boas novas’ – quer dizer que Jerusalém, a cidade de Deus, ela mesma que estava colocada sobre um monte, seria a portadora das boas novas de um novo tempo para todo o povo de Judá, de todo o Israel, e depois, para todas as nações, pois Jerusalém seria a primeira a contemplar esta maravilhosa obra divina e a gloriosa aparência do seu Deus. Ali, no monte de Sião, o monte do templo, foi onde Jesus realizou grandes milagres e encheu novamente aquela Casa com a presença de Deus. Ele estava novamente com Seu povo. Jerusalém irradiaria esta luz para os povos. O Messias dominaria sobre tudo, e traria a recompensa e a honra com Ele. Aqui, Ele assume a figura do pastor que apascentará o seu rebanho com cuidado, desde os cordeirinhos até as ovelhas mais velhas.

‘Voz do que clama no deserto [no original: ‘clama no deserto’]: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus’ – isso implica a presença de um profeta, um mensageiro, alguém que possa ser a boca de Deus na terra para preparar os corações para Sua vinda. Esse precursor do Messias era João Batista, que veio para dar ao povo o conhecimento dos seus pecados, fazer com que se arrependessem deles e se limpassem interiormente para poderem receber a verdadeira doutrina pregada por Jesus. Embora o profeta Malaquias se refira a João Batista como Elias (Ml 4: 5-6), os quatro evangelistas fazem uso deste texto de Isaías quando se referem ao profeta (Mt 3: 3; Mc 1: 3; Lc 3: 4-6; Jo 1: 23). João Batista se refere a ele mesmo ao mencionar esta profecia. Na verdade, João Batista é considerado o último membro da sucessão profética, no que diz respeito à anunciação da vinda do Messias. Os profetas do NT não teriam mais nada a acrescentar quanto a isso; apenas, proclamar que Ele já veio; exortar o caído, repreender o rebelde e reforçar a esperança no que foi pregado e prometido pelo próprio Jesus quanto ao final dos tempos, quando haverá o julgamento definitivo de todo o mal.

A majestade do Senhor – v. 12-17.
• Is 40: 12-17: “Quem na concha de sua mão mediu as águas e tomou a medida dos céus a palmos [NVI: ‘com o palmo definiu os limites dos céus’]? Quem recolheu na terça parte de um efa o pó da terra [NVI: ‘Quem jamais calculou o peso da terra’] e pesou os montes em romana e os outeiros em balança de precisão? Quem guiou o Espírito do Senhor? [NVI: ‘Quem definiu limites para o Espírito do Senhor’; no original: ‘Quem conheceu a mente do Espírito?’] Ou, como seu conselheiro, o ensinou? Com quem tomou ele conselho, para que lhe desse compreensão [NVI: ‘A quem o Senhor consultou que pudesse esclarecê-lo, e que lhe ensinasse a julgar com justiça’]? Quem o instruiu na vereda do juízo, e lhe ensinou sabedoria, e lhe mostrou o caminho de entendimento? Eis que as nações são consideradas por ele como um pingo que cai de um balde e como um grão de pó na balança; as ilhas são como pó fino que se levanta [NVI: ‘as ilhas não passam de um grão de areia’]. Nem todo o Líbano basta para queimar, nem os seus animais, para um holocausto [NVI: ‘Nem as florestas do Líbano seriam suficientes para o fogo do altar, nem os animais de lá bastariam para o holocausto’]. Todas as nações são perante ele como coisa que não é nada; ele as considera menos do que nada, como um vácuo”.

Neste pedaço do capítulo 40, o profeta mostra a majestade, a grandeza e o poder do Senhor, a fim de que o ser humano pudesse conhecer melhor seu Criador e o quanto Deus era maior do que um simples ser humano, bem como todas as coisas terrenas que Ele mesmo havia criado.


Jesus governa o universo


Ele começa dizendo que Deus era tão grande (a bíblia diz que Ele é espírito), que poderia medir o tamanho do céu com um palmo de Sua mão. As águas eram medidas por Ele na concha de Sua mão, até mesmo os mares, os quais um homem não poderia ver onde terminava. Quando Deus criou a Terra, Ele determinou o limite dos oceanos e o tamanho da parte seca, à qual chamou terra; e o fez de uma maneira tão precisa e calculada como se pesasse essa quantidade de terra com um efa (uma medida antiga de quantidade equivalente a 17,62 litros).

A bíblia diz que foi com o Espírito de Deus que todas as coisas foram criadas, pois com Ele está a sabedoria para todas as coisas (Pv 8: 22-31); e aqui em Isaías, Deus pergunta ao homem: ‘Quem guiou o Espírito do Senhor?’ ou ‘Quem definiu limites para o Espírito do Senhor’, ou ainda, ‘Quem conheceu a mente do Espírito?’ (1 Co 2: 11; 16). Então, por mais sábio que um homem se achasse, Deus e Seu Espírito de vida e criatividade, sabedoria, conhecimento, entendimento, conselho e fortaleza (Is 11: 2) sempre o superaria. Ele colocou tudo debaixo dos Seus pés, inclusive os principados das trevas; até o próprio Satanás. Com todas essas metáforas, Deus se mostrava ao profeta e ao Seu povo; Ele mostrava uma nova faceta do Seu caráter.

O texto prossegue com o Senhor dizendo: ‘Com quem tomou ele conselho, para que lhe desse compreensão? [NVI: ‘A quem o Senhor consultou que pudesse esclarecê-lo, e que lhe ensinasse a julgar com justiça’]’. Isso quer dizer: haveria homem capacitado o bastante para dar conselho ao Senhor e Lhe dizer o que fazer, como foi no princípio da Criação, ou para Lhe ensinar como exercer corretamente a justiça? Isso não nos lembra Jó, capítulos 38; 39; 40: 1-2, quando Deus faz perguntas para o Seu servo e o convence da sua ignorância?

Há ainda muitos argumentos usados por Ele neste texto para dar ao Seu povo a noção exata do Seu poder, da Sua grandiosidade: para Ele, as ilhas eram tão pequenas que não passavam de um grão de areia. E se alguém quisesse oferecer a Ele um sacrifício agradável e compatível com tudo o que Ele tinha falado de Si mesmo, nem as abundantes florestas do Líbano nem os animais existentes ali seriam o bastante para o holocausto.

‘Todas as nações são perante ele como coisa que não é nada; ele as considera menos do que nada, como um vácuo’, é o que a bíblia diz. Se nós trouxermos isso para os nossos dias, nós podemos ter uma visão extremamente maior do poder de Deus da que já tivemos até hoje, quando pensamos em Jesus na terra ressuscitando mortos, expulsando demônios, tendo domínio sobre as forças da natureza, curando pessoas de doenças incuráveis para a ciência, e até ressuscitando a Si mesmo dos mortos para mostrar Sua vitória sobre a morte. Quando vemos a natureza, com pássaros e todos os tipos imensuráveis de espécies animais, as montanhas, os mares, as plantas com variedades incontáveis, as diversas cores que aparecem no céu com matizes diferentes de azul, dependendo da hora do dia em que o observamos, e muito mais coisas como estas, a nossa consciência se expande para perceber a criatividade do Espírito de Deus; mais do que podemos ter, às vezes, para desenhar algo tão simples ou para planejar o cardápio do almoço de amanhã. Essa reflexão vai muito mais além, quando temos notícias de satélites da NASA pousando em cometas ou esquadrinhando o Universo, trazendo as imagens de corpos celestes jamais imaginados, ou naves espaciais orbitando os anéis de Saturno em busca de informações que dêem ao ser humano a resposta que ele vem buscando sobre si mesmo.

Quando vemos as coisas sob esse prisma tão grande, podemos entender o que a bíblia diz sobre Jesus ter se despido de toda a Sua glória para encarnar num corpo mortal como o nosso e tornar as coisas mais fáceis para nós, mostrando o que é viver em santidade e o que o Pai espera de nós (Fp 2: 7-8: “antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz”). Ao ressuscitar e subir ao céu, Ele se ‘desprendeu’ desse corpo limitado e recuperou a Sua glória e o Seu poder como Espírito (Ef 1: 20-23; Hb 1: 3-4). A bíblia diz que o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade (2 Co 3: 17). Embora esta última citação esteja se referindo à livre ação do Espírito Santo em nosso meio nós podemos imaginar que Seu ser preenche todo o Universo e o controla com consciência plena de tudo o que se passa nele. Salomão disse em sua oração ao povo: “Mas, de fato, habitaria Deus na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus não te podem conter, quanto menos esta casa que eu edifiquei” (1 Rs 8: 27; 2 Cr 6:18). Agora dá para entender o que o Senhor estava revelando a Isaías? Diante de um ser tão imenso, os planetas, as nações e as ilhas eram nada; era como se Ele os estivesse observando através de um microscópio. Por isso, Seu povo não deveria mais temer nenhum grande império sobre a terra, pois todos eles, por maiores que fossem, continuavam a ser nada diante Dele; eram apenas Seus instrumentos. E quando Ele quisesse, Ele mesmo os destruiria.

A loucura da idolatria – v. 18-26.
• Is 40: 18-26: “Com quem comparareis a Deus? Ou que coisa semelhante confrontareis com ele? [NVI: ‘Como poderão representá-lo?’] O artífice funde a imagem, e o ourives a cobre de ouro e cadeias de prata forja para ela NVI: ‘Com uma imagem que o artesão funde, e que o ourives cobre de ouro e para a qual modela correntes de prata?’]. O sacerdote idólatra escolhe madeira que não se corrompe e busca um artífice perito para assentar uma imagem esculpida que não oscile. Acaso, não sabeis? Porventura, não ouvis? [NVI: ‘Nunca ouviram falar?’] Não vos tem sido anunciado desde o princípio? [NVI: ‘Não lhes contaram desde a antigüidade?’] Ou não atentastes para os fundamentos da terra? [NVI: ‘Vocês não compreenderam como a terra foi fundada?’] Ele é o que está assentado sobre a redondeza da terra, cujos moradores são como gafanhotos; é ele quem estende os céus como cortina e os desenrola como tenda para neles habitar; é ele quem reduz a nada os príncipes e torna em nulidade os juízes da terra. Mal foram plantados e semeados, mal se arraigou na terra o seu tronco, já se secam, quando um sopro passa por eles [NVI: ‘Deus sopra sobre eles’], e uma tempestade os leva como palha. A quem, pois, me comparareis para que eu lhe seja igual? – diz o Santo. Levantai ao alto os olhos e vede. Quem criou estas coisas? Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais ele chama pelo nome; por ser ele grande em força e forte em poder, nem uma só vem a faltar”.

Neste trecho, o profeta continua a mostrar a majestade de Deus, agora comparando-a com a loucura e a insignificância da idolatria. Ídolos feitos de madeira, ouro e prata, porventura, poderiam se comparar a Deus? Quem poderia se comparar a Ele? Eles teriam o poder de criar o mundo como Ele o fez; Ele que criou as estrelas no céu, e conhece cada uma delas (‘as quais ele chama pelo nome’) e não deixa que simplesmente desapareçam por si mesmas? Por acaso, eles não se lembravam mais do que foi contado pelos seus antepassados, que lhes transmitiram a palavra de Deus através da Torá? Deus poderia reduzir a nada tanto os príncipes como os juízes da terra. E eles também haviam se curvado diante de ídolos! O que resultou de tudo isso? Cativeiro, exílio, destruição, juízo divino. No Salmo 115: 3-8 está escrito: “No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada. Prata e ouro são os ídolos deles, obra das mãos de homens. Têm boca e não falam; têm olhos e não vêem; têm ouvidos e não ouvem; têm nariz e não cheiram. Suas mãos não apalpam; seus pés não andam; som nenhum lhes sai da garganta. Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e quantos neles confiam”. Portanto, este trecho do profeta Isaías reforça sua constante mensagem de que o Deus de Israel é Santo, e não se compara a nada do que as outras nações chamam de deuses. Por isso, ele mesmo escreve as palavras do Senhor em Is 42: 8: “Eu sou o Senhor, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura”.

Deus conhece Seu povo e o fortalece – v. 27-31.
• Is 40: 27-31: “Por que, pois, dizes, ó Jacó, e falas, ó Israel: O meu caminho está encoberto ao Senhor, e o meu direito passa despercebido ao meu Deus? [NVI: “Por que você reclama, ó Jacó, e por que se queixa, ó Israel: ‘O Senhor não se interessa pela minha situação; o meu Deus não considera a minha causa?’”] Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga? Não se pode esquadrinhar o seu entendimento [NVI: ‘sua sabedoria é insondável’]. Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam”.

Quando o povo reclamava e dizia que o Senhor não se interessava pela situação em que eles estavam, que não se importava com eles e nem prestava atenção a eles, o profeta lhes diz que, pelo contrário, o Senhor sabia muito bem as condições do Seu povo. O povo em cativeiro tinha sido perdoado por Deus, mas estava vazio da Sua presença, necessitando refazer sua aliança com Ele e aprender de novo o caminho da verdade que havia sido apagado pela idolatria e por doutrina de homens. Agora, eles se sentiam cansados e desamparados, pois o seu exílio já estava durando muito, e estavam desanimados e desacreditados. Sua carne era fraca como uma flor; sua fidelidade, instável, e por isso seus corações precisavam estar preparados para quando o Messias se manifestasse entre eles. Este versículo 27 (“Por que, pois, dizes, ó Jacó, e falas, ó Israel: O meu caminho está encoberto ao Senhor, e o meu direito passa despercebido ao meu Deus?”) pode ser comparado a Is 49: 14-16 que diz: “Mas Sião diz: O Senhor me desamparou, o Senhor se esqueceu de mim. Acaso pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia não me esquecerei de ti. Eis que nas palmas das minhas mãos te gravei; os teus muros estão continuamente perante mim”.

Isaías fala com eles, depois de tudo o que disse até agora, que na Sua infinita sabedoria e misericórdia, o Senhor jamais se esqueceria deles. Ele sabia que eles estavam cansados depois de tudo o que passaram, cansados do cativeiro, mas Ele não se cansava, e era capaz de revigorá-los, em todos os sentidos, para que eles pudessem voltar a ser o que foram no passado, na época de glória da sua nação. A Babilônia não seria sua terra para sempre. Eles não morariam ali definitivamente. Aquilo era temporário, ao contrário do que alguns deles já estavam pensando. Deus era a sua força, e era capaz de fazê-los pensar de uma maneira mais abrangente sobre todas as coisas, voltando seus olhos para o espiritual, não mais para o lado material apenas (‘os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias’). A confiança em Deus e o descanso nEle, que eles haviam rejeitado no passado, agora seria a maneira de se fortalecer e se estabilizar interiormente.


• Principal fonte de pesquisa: Douglas, J.D., O novo dicionário da bíblia, 2ª ed. 1995, Ed. Vida Nova.
• Fonte de pesquisa para algumas imagens: wikipedia.org e crystalinks.com

Este texto se encontra no 2º volume do livro:


livro evangélico: O livro do profeta Isaías

O livro do profeta Isaías vol. 1 (PDF)

O livro do profeta Isaías vol. 2

O livro do profeta Isaías vol. 3

The book of prophet Isaiah vol. 1 (PDF)

The book of prophet Isaiah vol. 2

The book of prophet Isaiah vol. 3

Sugestão de leitura:


livro evangélico: Profeta, o mensageiro de Deus

Profeta, o mensageiro de Deus (PDF)

Prophet, the messenger of God (PDF)

Sugestão para download:


tabela de profetas AT

Tabela dos profetas (PDF)

Table about the prophets (PDF)



Autora: Pastora Tânia Cristina Giachetti

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