Isaías 25: cântico de louvor pela misericórdia divina, libertando-os do cativeiro. Moabe simboliza todos os adversários do povo de Deus, mas foram e sempre serão envergonhados por Ele. A salvação dos povos se compara a um banquete.
Cântico de louvor pela misericórdia divina – v. 1-5.
• Is 25: 1-5: “Ó Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei a ti e louvarei o teu nome, porque tens feito maravilhas e tens executado os teus conselhos antigos, fiéis e verdadeiros [NVI: ‘coisas há muito planejadas’]. Porque da cidade fizeste um montão de pedras e da cidade forte, uma ruína; a fortaleza dos estranhos já não é cidade e jamais será reedificada [NVI: ‘Da cidadela dos estrangeiros uma cidade inexistente que jamais será reconstruída’]. Pelo que povos fortes te glorificarão, e a cidade das nações opressoras te temerá. Porque foste a fortaleza do pobre e a fortaleza do necessitado na sua angústia; refúgio contra a tempestade e sombra contra o calor; porque dos tiranos o bufo [NVI: ‘o sopro dos cruéis’] é como a tempestade contra o muro, como o calor em lugar seco [NVI: ‘do deserto’]. Tu abaterás o ímpeto dos estranhos [NVI: ‘Tu silencias o bramido dos estrangeiros’]; como se abranda o calor pela sombra da espessa nuvem, assim o hino triunfal dos tiranos será aniquilado”.
Estes versículos expressam a libertação dos judeus do cativeiro e mostram a destruição em que ficou a cidade de Babilônia depois que o Senhor enviou invasores contra ela. Ela, que era uma fortaleza, se tornou uma cidade sem muros e cheia de ruínas e que jamais seria reconstruída. Vendo isso, os outros povos temeram o Deus de Israel. O Senhor é sempre um refúgio para os pobres e para os necessitados em sua aflição, pois o sopro da boca dos cruéis é tão impotente quanto como o calor do deserto que bate num muro, sem poder derrubá-lo. Deus silencia o grito de triunfo dos tiranos como quem diminui o calor com a sombra de uma nuvem. Assim, o ruído que eles fazem é abafado; a raiva e as tentativas furiosas das nações pagãs que lutam contra o povo de Deus deixam de existir. Da mesma forma, estes versículos são o louvor que oferecemos a Deus pelas vitórias que Ele nos dá sobre os nossos inimigos espirituais.
A salvação dos povos se compara a um grande banquete – v. 6-12.
• Is 25: 6-12: “O Senhor dos Exércitos dará neste monte a todos os povos um banquete de coisas gordurosas [NVI: ‘um farto banquete’], uma festa com vinhos velhos, pratos gordurosos com tutanos e vinhos velhos bem-clarificados [NVI: ‘um banquete de vinho envelhecido, com carnes suculentas e o melhor vinho’]. Destruirá neste monte a coberta que envolve todos os povos e o véu que está posto sobre todas as nações. Tragará a morte para sempre, e, assim, enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo [NVI: ‘a zombaria do seu povo’], porque o Senhor falou. Naquele dia, se dirá: Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na sua salvação exultaremos e nos alegraremos. Porque a mão do Senhor descansará neste monte; mas Moabe será trilhado no seu lugar, como se pisa a palha na água da cova da esterqueira [NVI: ‘como a palha é pisoteada na esterqueira’]; no meio disto estenderá ele [NVI: ‘Moabe’] as mãos, como as estende o nadador para nadar; mas o Senhor lhe abaterá a altivez [NVI: ‘o seu orgulho’], não obstante a perícia das suas mãos; e abaixará as altas fortalezas dos seus muros [NVI: ‘Abaterá as torres altas dos seus altos muros’]; abatê-las-á e derribá-las-á por terra, até ao pó”.
A recepção dos pecadores arrependidos é muitas vezes na bíblia comparada a uma festa com vinhos envelhecidos e carnes suculentas e o melhor vinho. A versão ARA escreve: “uma festa com vinhos velhos, pratos gordurosos com tutanos e vinhos velhos bem clarificados”, isto é, os vinhos sem a borra, por isso tinham sabor melhor. Durante o envelhecimento do vinho ele era conservado em jarras ou odres, que possuíam uma espécie de respiradouro para eliminar o dióxido de carbono (decorrente do desdobramento dos açúcares em álcool através da fermentação) e evitar a entrada de oxigênio, a fim de que não se tornassem vinagre. Quanto mais tempo os vinhos descansavam, mais as borras se precipitavam no fundo do recipiente e eles se clarificavam, melhorando seu buquê (perfume) e seu sabor. Depois os vinhos eram transportados para outros receptáculos, e o processo era feito novamente até ficarem com o sabor ideal. A bíblia se refere a isso de muitas formas: Jó 32: 19 (‘respiradouro’); Is 25: 6 (‘vinhos velhos bem clarificados’); Jr 13: 12 (‘jarro’); Jr 48: 11 (‘fezes do seu vinho’ = borras do seu vinho); Sf 1: 12 (‘borra do vinho’); Lc 5: 39 (‘E ninguém, tendo bebido o vinho velho, prefere o novo; porque diz: O velho é excelente’).
O profeta diz que ‘neste monte Ele destruirá o véu que envolve todos os povos, a cortina que está posta sobre todas as nações’, ou seja, todas as trevas da ignorância e da religiosidade que os impedem de ver a luz de Deus e Sua verdade. Ele destruirá a morte para sempre e enxugará as lágrimas de todos os rostos e retirará da terra a zombaria e a vergonha do Seu povo. Naquele dia, eles reconhecerão o seu Deus e afirmarão a sua confiança nEle. Eles exultarão porque Ele os salvou. Com alegria e louvor, eles se divertem com as boas novas do Redentor que procuravam. A mão do Senhor repousará sobre Jerusalém e o sobre o Monte Sião, onde está o templo (para nós, o símbolo da igreja de Deus), ao passo que Moabe (que zombou dos judeus no seu infortúnio) será como palha para ser pisada junto com esterco. Mesmo que eles estendam a mão pedindo socorro, Deus abaterá o seu orgulho e destruirá sua terra. Moabe está aqui colocado como símbolo de todos os adversários do povo de Deus.
Os convidados são todos: gentios e judeus. Isso se refere aos tempos do evangelho e à primeira vinda de Cristo, quando Sua luz e Sua pregação atrairiam muitas pessoas à Judéia e à Galiléia, até estrangeiros, para ouvirem Seus ensinamentos. Ele lhes abriria os olhos para que as trevas que estavam em suas mentes e corações fossem removidas pelo verdadeiro conhecimento; as trevas da idolatria e da mentira em que eles andaram outrora. Jesus abriria a vida espiritual diante deles, ensinar-lhes-ia os segredos e os mistérios do reino dos céus, removendo deles a morte espiritual em que eles estavam por causa dos seus delitos e pecados, da mesma forma que isso também era um consolo para os judeus do AT que haviam sofrido tanta morte e assolação nas mãos de assírios e babilônios, e que, agora, poderiam desfrutar um tempo de paz, quando Ciro II, o persa, os permitiria voltar para sua terra e reconstruir. Eles poderiam voltar a sonhar com a vinda do tão esperado Messias de Israel. Na cruz e na Sua ressurreição dos mortos, Jesus venceu o poder da morte. Ele destruiu o aguilhão da primeira morte e impediu a segunda (o lago de fogo e enxofre – Ap 20: 14).
Isso se refere também à segunda vinda de Cristo, quando tudo será resolvido de uma vez por todas. O mal deixará de existir e Ele destruirá a morte para sempre e enxugará as lágrimas de todos os rostos (Ap 7: 17; 21: 4). Hoje, aqueles que sofrem por Cristo terão um consolo. A esperança nesta promessa deve acabar com a tristeza e com todo o choro que dificulta a semeadura no Seu reino. Neste mundo, Deus tirou, por várias vezes, o opróbrio do Seu povo dentre os homens. No entanto, isso será feito plenamente no ‘Grande Dia’. A misericórdia de Deus finalmente virá, com a recompensa abundante pelo aparente atraso da Sua justiça. Moabe está aqui colocado como símbolo de todos os adversários do povo de Deus. Todos serão pisados ou trilhados. Deus derrubará a soberba dos inimigos com um juízo humilhante após outro. Esta destruição de Moabe é típica da vitória de Cristo, e da derrubada das fortalezas de Satanás. “Portanto, amados irmãos, sede firmes, inabaláveis, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1 Co 15: 58).
• Principal fonte de pesquisa: Douglas, J.D., O novo dicionário da bíblia, 2ª ed. 1995, Ed. Vida Nova.
• Fonte de pesquisa para algumas imagens: wikipedia.org e crystalinks.com
O livro do profeta Isaías vol. 1 (PDF)
O livro do profeta Isaías vol. 2
O livro do profeta Isaías vol. 3
The book of prophet Isaiah vol. 1 (PDF)
The book of prophet Isaiah vol. 2
The book of prophet Isaiah vol. 3
Profeta, o mensageiro de Deus (PDF)
Prophet, the messenger of God (PDF)
Table about the prophets (PDF)
Autora: Pastora Tânia Cristina Giachetti
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