Capítulo 15: A visão dos anjos com os sete flagelos; os remidos entoam o cântico de Moisés e do Cordeiro. A glória de Deus é vista no santuário. Os anjos recebem das mãos de um dos seres viventes as taças de ouro, cheias da cólera de Deus.

Chapter 15: The angels with the seven plagues; the redeemed sing the song of Moses and the song of the Lamb. The glory of God is seen in the sanctuary. One of the four living creatures gave the angels the golden bowls full of the wrath of God.


O livro de Apocalipse – capítulo 15




Quinta seção – Capítulos 15 –16

Nessa 5ª seção do livro de Apocalipse, a bíblia mostra a visão de João dos remidos entoando o cântico de Moisés e do Cordeiro (Ap 15: 1-4) e os sete flagelos (as taças da cólera de Deus) que vão sendo derramados sobre a terra (15: 1 – 16: 21). Não há interlúdio entre os flagelos; são um atrás do outro. O fim do 6º flagelo se refere à batalha final, o Armagedom, o momento do arrebatamento da igreja e a derrota os reis e todos os que adoraram a besta, bem como o Anticristo e o falso profeta.

Como eu falei no início dos temas, os selos são símbolos de problemas, sofrimento e perseguição; o mundo perseguindo a igreja. As trombetas significam o juízo parcial de Deus ao mundo que persegue a igreja. É a mão de Deus agindo na História pela oração da igreja e mandando um alerta. Ainda neste ponto, Seu juízo é temperado com a misericórdia, Ele dá chance do homem se arrepender. Os flagelos (taças) se referem ao juízo de Deus sem misericórdia contra os ímpios, como em Sodoma e Gomorra e no Egito. É a figura do juízo de Deus sobre os seguidores da besta.

Capítulo 15

• Ap 15: 1-4: “Vi no céu outro sinal grande e admirável: sete anjos tendo os sete últimos flagelos, pois com estes se consumou a cólera de Deus. Vi como que um mar de vidro, mesclado de fogo, e os vencedores da besta, da sua imagem e do número do seu nome, que se achavam em pé no mar de vidro, tendo harpas de Deus; e entoavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações! Quem não temerá e não glorificarão teu nome, ó Senhor? Pois só tu és santo; por isso, todas as nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos”.


Ap 15:1-4


O capítulo 15 inicia com a visão de João dos remidos (Ap 15: 2) entoando o cântico de Moisés e do Cordeiro (Ap 15: 3-4). Antes de ver a cena do juízo final, o horror dos flagelos e escutar as blasfêmias dos ímpios, ele escutou o cântico dos remidos. João contempla as delícias dos salvos. Eles estão no mar de vidro diante do trono de Deus e o exaltam.

Trata-se do mesmo cântico de louvor. O Cântico do Cordeiro é o cântico da libertação espiritual do pecado e das mãos de Satanás, como o de Moisés foi de Faraó. Quando se fala ‘besta’ (Ap 15: 2), a bíblia não está se referindo apenas ao personagem escatológico, mas a toda a história da Igreja, quando o Anticristo (Césares romanos, por exemplo) foi assessorado pelo sistema religioso corrompido, que a bíblia chama de ‘a grande Babilônia’.

• Ap 15: 5-8: “Depois destas coisas, olhei, e abriu-se no céu o santuário do tabernáculo do Testemunho (Êx 40: 34), e os sete anjos que tinham os sete flagelos saíram do santuário, vestidos de linho puro e resplandecente e cingidos ao peito com cintas de ouro. Então, um dos quatro seres viventes deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da cólera de Deus, que vive pelos séculos dos séculos. O santuário se encheu de fumaça procedente da glória de Deus e do seu poder (cf. 1 Rs 8: 10-11; 2 Cr 5: 13-14; Ez 10: 3-4 – ‘nuvem’; Is 6: 4 – ‘fumaça’), e ninguém podia penetrar no santuário, enquanto não se cumprissem os sete flagelos dos sete anjos”.


Ap 15:5-8 – O santuário no céu


O Tabernáculo de Moisés e o Templo de Salomão são figuras de linguagem para representar a glória de Deus, a Sua presença com Seus remidos. A fumaça é esse símbolo, como apareceu no tabernáculo para o povo de Deus no deserto, quando Salomão consagrou o templo em Jerusalém e quando Isaías recebeu seu chamado.

Do santuário saem Seus representantes no mundo. Eles descem com as taças da cólera de Deus. Este é o momento de Deus enviar os flagelos. Agora, já não há mais tempo para intercessão nem arrependimento. O pecador não tem mais chance.

Como eu falei no início dos temas, os selos são símbolos de problemas, sofrimento e perseguição; o mundo perseguindo a igreja. As trombetas significam o juízo parcial de Deus ao mundo que persegue a igreja. É a mão de Deus agindo na História pela oração da igreja e mandando um alerta. Ainda neste ponto, Seu juízo é temperado com a misericórdia, Ele dá chance do homem se arrepender.

As trombetas não são sucessivas dos selos, mas paralelas aos selos, ou seja, o mundo pode perseguir a igreja, mas com a oração dela Deus age e faz Seu juízo parcial, traz o Seu alerta ao pecador (Ap 8: 5).

Os flagelos (taças) se referem ao juízo de Deus sem misericórdia contra os ímpios, como em Sodoma e Gomorra e no Egito. Não há interlúdio entre os flagelos; são um atrás do outro. É a figura do juízo de Deus sobre os seguidores da besta.

O fim do 6º flagelo se refere à batalha final, o Armagedom, o momento do arrebatamento da igreja e a derrota dos servos do dragão: os que adoraram a besta e os reis que se ajuntaram para a peleja contra Deus, bem como o Anticristo e o falso profeta.

Quando na História as trombetas não agem nos ímpios, Deus não os deixará impunes. A ira de Deus vai sendo acumulada como que em taças até atingir o limite. O juízo de Deus virá e não haverá mais arrependimento nem chance. A bíblia se refere a isso no AT com o nome de ‘o cálice da ira de Deus’: Is 51: 17; Is 51: 22-23; Jr 25: 15-16.

Trombetas e taças (flagelos) tratam do mesmo período, ou seja, não se restringe apenas aos dias que antecedem a segunda vinda de Cristo. Na história da Igreja, as trombetas e as taças ocorreram, i.e., os que morreram e morrem hoje sem Cristo recebem as taças da ira de Deus; sua condenação já está selada.

As duas seções (trombetas e taças) terminam com o juízo final. A colheita e a vindima (Ap 14: 14-20), o sétimo flagelo (Ap 16: 17-20) referem-se à segunda vinda de Cristo, quando a ira de Deus é consumada. Depois o juízo de Deus (Ap 20: 11-15).

João vê sete anjos com taças e cada um deles vai derramando-as sobre a terra (15: 1 – 16: 21). As taças atingem toda a terra, os rios, os mares, o ar e os homens, não mais 1/3 como foram as trombetas. É o que veremos no capítulo 16.


Fontes de pesquisa:
• O Novo Dicionário da Bíblia – J. D. Douglas – edições vida nova, 2ª edição 1995.
• Rev. Hernandes Dias Lopes – Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória (‘Estudo em Apocalipse’ – pregações online).
• Wikipedia.org
• Fonte para a maioria das imagens: wikipedia.org; Filme: ‘O Apocalipse’ (‘The Apocalypse’) – Coleção: A Bíblia Sagrada.

Este texto se encontra no livro:


O livro de Apocalipse – livro evangélico

O livro de Apocalipse (PDF)

The book of Revelation (PDF)



Autora: Pastora Tânia Cristina Giachetti

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