Estudo sobre os sacrifícios e das ofertas do AT, as palavras hebraicas para cada uma delas e como o sacrifício de Jesus (Yeshua) cumpriu e aboliu todas essas ordenanças de uma vez por todas. O que significa: consagração, corbam, terumah, tenuphah.

Study on the sacrifices and offerings of the OT, the Hebrew words for each type of them, and how the sacrifice of Jesus (Yeshua) fulfilled and abolished all these ordinances once and for all. The meaning of consecration, korbam, terumah, tenuphah.


Os sacrifícios judaicos do AT




Vamos começar colocando uma tabela resumida sobre os sacrifícios do Antigo Testamento:


Sacrifício Bíblia Elementos Objetivo
Holocausto Lv 1:1-17 Boi, cordeiro ou rola (macho) ou pombinho para o pobre, sem defeito.
Era totalmente consumido.
Ato voluntário de adoração ou expiação de pecado por ignorância.
Expressão de devoção, aliança e completa submissão a Deus.
Oferta de manjares Lv 2:1-16 Flor de farinha, azeite de oliva, incenso, bolos com sal, sem fermento nem mel, que também faziam parte dos holocaustos e das ofertas pacíficas (junto com uma libação). Ato voluntário de adoração e dedicação a Deus por Sua bondade e provisão. O azeite simboliza alegria.
Oferta pacífica Lv 3:1-17 Qualquer animal sem defeito do rebanho.
Variedade de pães.
Ato voluntário de adoração; ação de graças e comunhão (junto com uma refeição comunitária).
Oferta pelo pecado Lv 4;
Lv 5;
Lv 6;
Lv 16:1-34
1. Novilho: no caso do sumo sacerdote e de todo o povo de Israel.
2. Bode: no caso do príncipe.
3. Cabra ou cordeiro: no caso de pessoas do povo.
4. Rola ou pombinho: no caso do pobre. Décima parte de uma efa de flor de farinha: no caso do muito pobre.
Expiação obrigatória para certos pecados por ignorância.
Confissão de pecado e o perdão dele. Purificação da mácula.
Oferta pela culpa Lv 7:1-10 Carneiro ou cordeiro Expiação obrigatória para pecados por ignorância que exigissem restituição. Purificação de máculas.
Restituição: 20% de multa.

Fonte da tabela: Bíblia de estudo Vida, 2ª edição, versão Revista e Atualizada de João Ferreira de Almeida.


Arão foi consagrado sumo sacerdote

Comentários importantes

• A palavra original traduzida por ignorância significa: vaguear, como uma ovelha que se desgarra do rebanho. Refere-se ao pecado oriundo da fraqueza do caráter humano, não de uma rebelião mal-disfarçada ou de um mal premeditado.

• Não se usava fermento para não lembrar o culto pagão. Fermento simboliza a carne, a maldade humana em contraposição com a santidade do Espírito (1 Co 5: 6-8).

• Quando mais de um tipo de oferta era apresentado (Nm 7: 13-17), o procedimento era normalmente o seguinte: 1) oferta pelo pecado, 2) holocausto, 3) oferta pacífica e oferta de manjares (junto com uma libação). Essa seqüência mostra parte da importância espiritual do sistema sacrificial. Em primeiro lugar, o pecado tinha de ser tratado (oferta pelo pecado ou pela culpa). Em segundo lugar, o adorador comprometia-se completamente com Deus (holocausto e oferta de manjares). Em terceiro lugar, estabelecia-se a comunhão ou amizade entre o Senhor, o sacerdote e o adorador (oferta pacífica). No sacrifício pacífico, o peito e a coxa direita eram a porção do sacerdote determinada por Deus (Lv 7: 29-34).

• Lv 3: 14-16; Lv 4: 8-9; Lv 7: 4; Lv 9: 10: O Senhor ordenava que fossem separados a gordura, os rins e o redenho do fígado para serem queimados sobre o altar. Essas partes não eram queimadas junto com o resto do animal, o que nos faz pensar que havia um interesse e um propósito maior nisso. A gordura simboliza a parte mais saborosa da carne, o que é mais gostoso, que sobe como um cheiro suave a Deus. Para os judeus, os rins eram o centro das emoções e da consciência e isso significa que nossa oferta deve ser o que existe de mais gostoso para o Senhor e toda a nossa alma deve estar envolvida nesse processo, ou seja, nossas emoções devem ser também colocadas no altar do Senhor, principalmente a alegria de estar ofertando. Assim, nossa oferta financeira na Casa de Deus sobe como incenso suave a Ele. Entregar as emoções e a consciência ao Senhor nos libera da culpa. As emoções e a consciência devem ser santificadas, consagradas ao Senhor (Lv 7: 5: oferta pela culpa). Em outras palavras: assim como a gordura do animal na oferta pela culpa eram queimadas sobre o altar para haver expiação, o paralelo espiritual também é verdadeiro. Quando entregamos a nossa “gordura” e “nossos rins” (nossas emoções, consciência, nosso “gostoso”, o que temos de melhor a Jesus), Ele derrama Seu sangue sobre os nossos pecados, nos libertando das nossas culpas, pois sabe que o que estamos fazendo é de coração.

• Lv 22: 17-33: A oferta deve ser sem defeito; não eram aceitos animais defeituosos. A nossa oferta diante do Senhor deve ser com o que temos de melhor, com as primícias, não com o que sobra, com os restos. O v. 19 diz: “Para que seja aceitável, oferecerá macho sem defeito”. Assim como o dízimo deve ser dado antes de usarmos nosso dinheiro para qualquer coisa, a oferta deve ser dada com liberalidade e com inteireza de coração.

• Sal nas ofertas de manjares ao invés de mel, pois sal significa aliança, fidelidade da promessa, natureza não perecível do pacto, o amor imutável de Deus, sinal de purificação e santidade (Lv 2: 13 e Nm 18: 19). Ele derrete o gelo; a palavra verdadeira de Deus derrete os corações frios e endurecidos pelo pecado e pelas barreiras humanas.

• O sacerdote apresentava-se diante de Deus a favor do povo, mas também representava Deus perante o povo. Como representante de Deus, comia das ofertas que lhe eram trazidas. Mas não podia, da mesma maneira, representar a Deus para si mesmo. Suas próprias ofertas de manjares tinham de ser completamente queimadas, para que fosse verdadeiro sacrifício, completamente dedicado a Deus (Lv 6: 23). Entretanto, ele também poderia comer da parte que lhe era reservada das ofertas de manjares dadas a Deus pelo povo: Lv 2: 9-10; Lv 6: 14-18.

• Arão e seus filhos foram consagrados sacerdotes. A palavra hebraica traduzida por consagração significa, literalmente: encher a mão, mãos cheias, e talvez se referisse às ofertas depositadas sobre as mãos ou ao óleo que era derramado sobre elas em alguns casos (o leproso depois de sarado – Lv 14: 15). O ritual de consagração dos sacerdotes (Lv 8: 1-36) simbolizava as responsabilidades e os privilégios do sacerdócio, lembrando os levitas que haviam sido separados para o serviço de Deus. Segundo a Concordância Lexicon Strong, a palavra ‘consagração’, em hebraico, é: millu'iym – מלאים, que procede de mâlê'– מלא, uma raiz primitiva, preencher ou estar cheio de, realizar, confirmar, encher, preencher, cumprir, ser ou tornar-se pleno ou completo, transbordar, plenitude, fornecer (prova, evidência) ou mobiliar (casa), recolher (isoladamente ou em conjunto), presumir, reabastecer, satisfazer, tomar (tirar) com uma mão cheia.

• O Senhor também proibia de comer o animal com seu sangue (Lv 17: 11 e 14; cf. Hb 9: 22). O sangue, no AT, é o símbolo da vida terminada geralmente por meios violentos. Também significa o que sustenta a vida física de um ser, assim como seu espírito, ou seja, seu caráter, sua índole, sua natureza (pense nas transmissões genéticas). Lembrando de Gn 4: 10-11, o sangue foi um meio de expiação providenciado pelo próprio Deus, pelo Seu amor pelo homem para não mantê-lo afastado de Si. A finalidade do sangue seria um ato espiritual, sacrificial, de adoração a Deus e expiação pelo pecado, usando animais como o cordeiro e outros. Complementando o raciocínio: a vida da carne (Lv 17: 11; 14) era a vida sacrificada na morte, pois a finalidade do sangue do animal seria um ato espiritual para purificar o homem do seu pecado (morte) e lhe restaurar a vida (comunhão com Deus). O sangue do animal era o substituto do sangue do homem; ao invés de Deus matar o pecador pelo seu pecado, usaria um substituto, no caso os animais considerados puros, separados para esse fim.

• Assim, o sacrifício de Jesus na cruz veio substituir todos esses sacrifícios, tendo Jesus se oferecido como cordeiro sem mácula, em nosso lugar, para nos resgatar do pecado e da maldição da lei.


Sumo sacerdote do AT


• Corbam significa oferta; em hebraico, qorbãn ou qrbh = ‘aquilo que é trazido perto’, ‘aproximar-se de Deus’. Qorbãn é praticamente um termo genérico, enquanto outros são usados especificamente para holocausto, oferta pelo pecado e pela culpa etc. É isso que nós vamos ver agora.

A oferta movida ('othâm tenuphâh ou ath-m thnuphe – Lv 7: 30; Lv 14: 12) de carne ou de manjares recebeu esse nome, talvez, por ser movida diante do Senhor antes de lhe ser apresentada. Em hebraico, o verbo ‘eniph’ significa ‘mover a oferta’ ou ‘elevar a oferta’.

• Lv 7: 30: “trará com suas próprias mãos as ofertas queimadas ('ishêy) do Senhor; a gordura do peito com o peito trará para movê-lo (lehâniyph) por oferta movida ('otho tenuphâh) perante o Senhor”.
• Lv 14: 12: “tomará um dos cordeiros e o oferecerá por oferta pela culpa e o sextário de azeite; e os moverá por oferta movida ('othâm tenuphâh) perante o Senhor”.

No texto acima, a expressão que foi traduzida por ofertas queimadas, no original é ‘passada pelo fogo’ ('ishêy; ou ashi – Versão Concordante do Antigo Testamento – CVOT – ‘feita pelo fogo’).

Existem outras palavras usadas para diferentes tipos de ofertas:

• ‘ôlâ qorbân ou oleh qorbân = oferta queimada – se referindo aos holocaustos. A palavra ‘ôlâ ou oleh significa ‘aquilo que ascende’. Podemos ver isso em Lv 1: 3: “Se a sua oferta for holocausto (`olâh qorbân) de gado, trará macho sem defeito; à porta da tenda da congregação o trará, para que o homem seja aceito perante o Senhor”.

As primícias são chamadas de ‘rashith ou rê'shiyth (ראשׁית – Strong #7725) ou rê’shïth bikkürim (בִּכּוּרִים – Strong #1061) = oferta de primícias, o molho de oferta movida de 16 de Nisã (no sábado após o início da Páscoa, em 14 de Nisã).
• Lv 23: 10: “Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando entrardes na terra, que vos dou, e segardes a sua messe, então, trareis um molho das primícias (rê'shiyth – Strong #7725) da vossa messe ao sacerdote”.
• Êx 34: 26: “As primícias (rê'shiyth – Strong #7725) dos primeiros frutos da tua terra trarás à Casa do Senhor, teu Deus. Não cozerás o cabrito no leite da sua própria mãe”.
• Êx 23: 19: “As primícias (rê'shiyth – Strong #7725) dos frutos da tua terra trarás à Casa do Senhor, teu Deus. Não cozerás o cabrito no leite da sua própria mãe”.

As ofertas pacíficas são chamadas zebhah (zãbhah) = ‘aquilo que é abatido’. Nós podemos ver isso em Lv 3: 1: “Se a oferta de alguém for sacrifício pacífico (zebhach), se a fizer de gado, seja macho ou fêmea, oferecê-la-á sem defeito diante do Senhor”.

• Hattã’th ou chtath = oferta pelo pecado por ignorância. O texto está em Lv 4: 24: “E porá a mão sobre a cabeça do bode e o imolará no lugar onde se imola o holocausto, perante o Senhor; é oferta pelo pecado (chathâ'th)”.

• Minchâh = Oferta de manjares ou oferta de cereais. O texto está em Lv 2: 1: “Quando alguma pessoa fizer oferta de manjares (minchâh) ao Senhor, a sua oferta será de flor de farinha; nela, deitará azeite e, sobre ela, porá incenso”.

Oferta pela culpa é chamada ’ãsham, ou ashm – Versão Concordante do Antigo Testamento (CVOT).

Como vimos anteriormente, o nome dado para oferta pelos pecados de ignorância é hattã’th ou chtath (Lv 4: 24). A palavra usada para holocaustos é: ‘ôlâ ou oleh, pois a oferta era queimada (Lv 1: 3).

• Lv 5: 17-18:
17 E, se alguma pessoa pecar e fizer contra algum de todos os mandamentos do Senhor aquilo que se não deve fazer, ainda que o não soubesse, contudo, será culpada ('âshêm) e levará a sua iniqüidade.
18 E do rebanho trará ao sacerdote um carneiro sem defeito, conforme a tua avaliação, para oferta pela culpa ('âshâm), e o sacerdote, por ela, fará expiação no tocante ao erro que, por ignorância, cometeu, e lhe será perdoado.

• Lv 5: 4-5:
4 ou quando alguém jurar temerariamente com seus lábios fazer mal ou fazer bem, seja o que for que o homem pronuncie temerariamente com juramento, e lhe for oculto, e o souber depois, culpado (le'achath) será numa destas coisas.
5 Será, pois, que, sendo culpado (ye'sham le'achath) numa destas coisas, confessará aquilo [em Inglês, o pecado (châthâ')] em que pecou.

• Lv 5: 7; 9; 11:
7 Se as suas posses não lhe permitirem trazer uma cordeira, trará ao Senhor, como oferta pela culpa ('ashâm), pelo pecado (châthâ') que cometeu, duas rolas ou dois pombinhos: um como oferta pelo pecado (hathâ'th), e o outro como holocausto (`olâh).
9 Do sangue da oferta pelo pecado (chathâ'th) aspergirá sobre a parede do altar e o restante do sangue, fá-lo-á correr à base do altar; é oferta pelo pecado (chathâ'th).
11 Porém, se as suas posses não lhe permitirem trazer duas rolas ou dois pombinhos, então, aquele que pecou trará, por sua oferta, a décima parte de um efa de flor de farinha como oferta pelo pecado (châthâ'); não lhe deitará azeite, nem lhe porá em cima incenso, pois é oferta pelo pecado (chathâ'th)”.

TERUMAH

A palavra ‘Terumah’ (Terümâh ou terumath) foi traduzida erroneamente como ‘oferta alçada’ ou ‘movida’ (esta última, chamada de ‘othâm tenuphâh), ou ‘comida consagrada’, ou seja, a porção do sacerdote, e significa doação, contribuição. Na maior parte dos textos que falam sobre não comer das coisas consagradas ao sacerdote, a bíblia usa a expressão ‘as coisas sagradas’ (yo'khal qodhesh) – Lv 22: 10; 14.

• Em Lv 22: 10 está escrito: “Nenhum estrangeiro comerá das coisas sagradas (yo'khal qodhesh); o hóspede do sacerdote nem o seu jornaleiro comerão das coisas sagradas”.

• Em Dt 12: 26 está escrito: “Porém tomarás o que houveres consagrado daquilo (qâdhâsheykha) que te pertence e as tuas ofertas votivas e virás ao lugar que o Senhor escolher”.

A expressão ‘Terumah Gedolah’ (‘a grande oferta’), por outro lado, não é um termo bíblico, mas é um termo rabínico que foi criado mais tarde para designar a porção do sacerdote. Essa expressão tem origem na literatura Chazálica, onde ela é listada como um dos vinte e quatro presentes sacerdotais. Chazal ou Hazal é um acrônimo para Hakhameinu Zikhronam Livrakha, ou seja, ‘nossos sábios, que sua memória seja abençoada’. É um termo geral para se referir a todos os sábios judeus da era da Mishná (século II DC), Tosefta (compilação da Lei Oral a partir do período da Mishná) e Talmude (que traz comentários sobre a Torá e a Mishná, entre outros assuntos), especialmente a partir do final dos 300 anos do segundo Templo de Jerusalém (este perdurou por 473 anos) até o século VI EC ou DC.

Segundo a Concordância Lexicon Strong, Terumah (Terümâh ou terumath) tem sua origem na palavra truwmah ou trumah, e é um presente (como oferecido para cima), especialmente em sacrifício ou como um tributo ou homenagem: dom, oferta ‘alçada’ (ombro, espádua), oblação, oferecida, oferenda. Ela procede de uma raiz primitiva, ruwm, que significa: ser elevado ativamente, subir, levantar ou aumentar (em diversas aplicações, literal ou figurativamente): levantar, apresentar, trazer à luz, se exaltar, exaltar alguém ou algo, dar, subir, arrogante, altivo, elevar, soltar, içar, lançar, atirar, alar, levantar com esforço, ser levantado sobre, feito sobre, estabelecido sobre, muito alto, mais alto, levantado, sustentado, arrecadação, taxação, elevar, elevador, ser elevado (sublime), em voz alta, escalar, subir, ofertar (para cima), presunçosamente, ser promovido, promoção, orgulhoso, estabelecer, montar, construir, elevar, alto, mais alto, levar embora, tirar, assumir, segurar, apanhar, prender.

Terümâh – heave offering (oferta alçada) = o que dizemos hoje no sentido figurado: ‘levantar uma oferta’, significando: suscitar uma contribuição no coração do povo, despertar no povo a vontade de contribuir, apresentar oferta ao Senhor. Nos versículos abaixo, a palavra ‘oferta’ geralmente vem precedida do verbo ‘apresentar’ (em inglês, separar, pôr à parte, pôr de lado = set apart – KJV).

• Em Nm 18: 8; 11; 19; 24; 26-29, ela é traduzida como ‘oferta’ ou ‘coisas sagradas’ [NVI: contribuição].
8 Disse mais o Senhor a Arão: Eis que eu te dei o que foi separado das minhas ofertas, com todas as coisas consagradas dos filhos de Israel (terumothây lekhol-qodhshêy bhenêy-yisrâ'êl); dei-as por direito perpétuo como porção a ti e a teus filhos.
11 Também isto será teu: a oferta das suas dádivas (terumath) com todas as ofertas movidas (tenuphoth) dos filhos de Israel; a ti, a teus filhos e a tuas filhas contigo, dei-as por direito perpétuo; todo o que estiver limpo na tua casa as comerá
19 Todas as ofertas sagradas (kol terumoth haqqodhâshiym), que os filhos de Israel oferecerem ao Senhor, dei-as a ti, e a teus filhos, e a tuas filhas contigo, por direito perpétuo; aliança perpétua de sal perante o Senhor é esta, para ti e para tua descendência contigo.
24 Porque os dízimos (ma`sar) dos filhos de Israel, que apresentam ao Senhor em oferta (terumâh), deixa-os por herança aos levitas; porquanto eu lhes disse: No meio dos filhos de Israel, nenhuma herança tereis.
26 Também falarás aos levitas e lhes dirás: Quando receberdes os dízimos (ma`asêr) da parte dos filhos de Israel, que vos dei por vossa herança, deles apresentareis uma oferta (terumath) ao Senhor: o dízimo dos dízimos (ma`asêr min-hamma`asêr).
27 Atribuir-se-vos-á a vossa oferta (terumath) como se fosse cereal da eira e plenitude do lagar.
28 Assim, também apresentareis ao Senhor uma oferta (terumath) de todos os vossos dízimos que receberdes dos filhos de Israel e deles dareis a oferta (terumath) do Senhor a Arão, o sacerdote.
29 De todas as vossas dádivas apresentareis toda oferta (terumath) do Senhor (NVI, contribuição): do melhor delas, a parte que lhe é sagrada [NVI, a parte sagrada] (miqdesho mimmennu → mqdsh-u = a parte sagrada dele)

• Êx 25: 2-3:
2 Fala aos filhos de Israel que me tragam oferta (terumath); de todo homem cujo coração o mover para isso, dele recebereis a minha oferta (terumâthiy).
3 Esta é a oferta (terumâh) que dele recebereis: ouro, e prata, e bronze.

• Êx 29: 28: “Isto será a obrigação perpétua dos filhos de Israel, devida a Arão e seus filhos, por ser a porção (therumâh) do sacerdote, oferecida, da parte dos filhos de Israel, dos sacrifícios pacíficos; é a sua oferta (therumâh) ao Senhor”.

• Lv 7: 34: “porque o peito movido (tenuphâh) e a coxa da oferta (terumâh) tomei dos filhos de Israel, dos seus sacrifícios pacíficos, e os dei a Arão, o sacerdote, e a seus filhos, por direito perpétuo dos filhos de Israel”.

• Lv 7: 14; 32:
14 E, de toda oferta, trará um bolo por oferta (terumâh) ao Senhor, que será do sacerdote que aspergir o sangue da oferta pacífica.
32 Também a coxa direita dareis ao sacerdote por oferta (therumâh) dos vossos sacrifícios pacíficos.

• Lv 10: 14-15:
14 Também o peito da oferta movida (tenuphâh) e a coxa da oferta (terumâh) comereis em lugar limpo, tu, e teus filhos, e tuas filhas, porque foram dados por tua porção e por porção de teus filhos, dos sacrifícios pacíficos dos filhos de Israel.
15 A coxa da oferta (terumâh) e o peito da oferta movida (tenuphâh) trarão com as ofertas queimadas de gordura, para mover por oferta movida perante o Senhor, o que será por estatuto perpétuo, para ti e para teus filhos, como o Senhor tem ordenado.

• Nm 5: 9: “Toda oferta de todas as coisas santas (vekhol-terumâh lekhol-qodhsh) dos filhos de Israel, que trouxerem ao sacerdote, será deste”.

• Nm 15: 19-21:
19 ao comerdes do pão da terra, apresentareis oferta (therumâh) ao Senhor
20 Das primícias da vossa farinha grossa apresentareis um bolo como oferta (therumâh); como oferta (therumâh) da eira, assim o apresentareis
21 Das primícias da vossa farinha grossa apresentareis ao Senhor oferta (therumâh) nas vossas gerações

• Nm 31: 29; 41; 52:
29 Da metade que lhes toca o tomareis e o dareis ao sacerdote Eleazar, para a oferta (terumath) do Senhor
41 Então, Moisés deu a Eleazar, o sacerdote, o tributo da oferta (terumath) do Senhor, como este ordenara a Moisés.
52 Foi todo o ouro da oferta (terumâh) que os capitães de mil e os capitães de cem trouxeram ao Senhor dezesseis mil setecentos e cinqüenta siclos

• Dt 12: 6; 11; 17:
6 A esse lugar fareis chegar os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta (terumath) das vossas mãos, e as ofertas votivas, e as ofertas voluntárias, e os primogênitos das vossas vacas e das vossas ovelhas.
11 Então, haverá um lugar que escolherá o Senhor, vosso Deus, para ali fazer habitar o seu nome; a esse lugar fareis chegar tudo o que vos ordeno: os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta (terumath) das vossas mãos, e toda escolha dos vossos votos feitos ao Senhor
17 Nas tuas cidades, não poderás comer o dízimo do teu cereal, nem do teu vinho, nem do teu azeite, nem os primogênitos das tuas vacas, nem das tuas ovelhas, nem nenhuma das tuas ofertas votivas, que houveres prometido, nem as tuas ofertas voluntárias, nem as ofertas (terumath) das tuas mãos.

TENUPHAH

Quando a bíblia hebraica usa a palavra tenüphã (tenuphâh), ela se refere à oferta movida, ou seja, a oferta que era apresentada pelo sacerdote ao Senhor. Na verdade, tanto tenüphã (tenuphâh) como terumah (terümâh; terumath) dizem respeito às doações ou contribuições dos filhos de Israel aos Levitas e ao sumo sacerdote. A oferta movida ['othâm tenuphâh ou ath-m thnuphe (CHES-CVOT) – Lv 7: 30; Lv 14: 12] de carne ou de manjares recebeu esse nome, talvez, por ser movida diante do Senhor antes de lhe ser apresentada. Em hebraico, o verbo eniph significa ‘mover a oferta’, ‘elevar a oferta’.

Segundo a Concordância Lexicon Strong, tenüphã (tenuphâh – oferta movida) vem da palavra tnuwphah: brandir (em ameaça); por implicação: tumulto. Especificamente, a ondulação oficial de oferendas: ofertando, agitando, sacudindo, onda (oferta). A raiz de tnuwphah é nuwph: uma raiz primitiva; tremer (ou seja, vibrar para cima e para baixo, ou embalar de para lá e para cá, de um lado para outro), usada em uma grande variedade de aplicações (incluindo aspergir, acenar (chamar), esfregar, serrar, dar bastonadas, ondear ou ondular etc.): levantar, movimentar, mover, ofertar, perfumar, enviar, agitar, peneirar, patinar, bater, malhar, ondear, ondular, tremular.

• Êx 29: 27
Consagrarás o peito da oferta movida (tenuphâh) e a coxa da porção (terumâh) que foi movida (hunaph), a qual se tirou do carneiro da consagração, que é de Arão e de seus filhos.
hunaph vem da palavra eniph. Em hebraico, o verbo ‘eniph’ significa ‘mover a oferta’.

• Lv 7: 30
... trará com suas próprias mãos as ofertas queimadas ('ishêy) do Senhor; a gordura do peito com o peito trará para movê-lo por oferta movida ('otho tenuphâh) perante o Senhor.

• Lv 7: 34
... porque o peito movido (tenuphâh) e a coxa da oferta (terumâh) tomei dos filhos de Israel, dos seus sacrifícios pacíficos, e os dei a Arão, o sacerdote, e a seus filhos, por direito perpétuo dos filhos de Israel.

• Lv 10: 14-15
14 Também o peito (chazêh) da oferta movida (tenuphâh) e a coxa (shoq) da oferta (terumâh) comereis em lugar limpo, tu, e teus filhos, e tuas filhas, porque foram dados por tua porção e por porção de teus filhos, dos sacrifícios pacíficos dos filhos de Israel.
15 A coxa da oferta e o peito da oferta movida (shoq hatterumâh vachazêh hattenuphâh) trarão com as ofertas queimadas de gordura, para mover por oferta movida perante o Senhor, o que será por estatuto perpétuo, para ti e para teus filhos, como o Senhor tem ordenado.

• Lv 14: 12: “tomará um dos cordeiros e o oferecerá por oferta pela culpa e o sextário de azeite; e os moverá por oferta movida ('othâm tenuphâh) perante o Senhor”.

• Nm 8: 11: “Arão apresentará os levitas como oferta movida (tenuphâh) perante o Senhor, da parte dos filhos de Israel; e serão para o serviço do Senhor”.

Como foi dito anteriormente, na verdade, tanto tenüphã (tenuphâh) como terumah (terümâh; terumath) dizem respeito às doações ou contribuições dos filhos de Israel aos Levitas e ao sumo sacerdote.


O sacrifício de Jesus

O sacrifício de Jesus

• O sacrifício de Jesus (Yeshua) na cruz veio substituir todos esses sacrifícios, tendo Jesus se oferecido como cordeiro sem mácula, em nosso lugar, para nos resgatar do pecado e da maldição da lei. Vamos comentar um pouco sobre o assunto:

Ao criar o homem, Deus imaginava outro fim para ele que não a morte, mas com a desobediência de Adão, a morte veio como juízo divino:
• Gn 2: 17: “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”.
• Gn 3: 19: “No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás”.
• Rm 5: 12-14: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram. Porque até ao regime da lei havia pecado no mundo, mas o pecado não é levado em conta quando não há lei. Entretanto, reinou a morte desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual prefigurava aquele que havia de vir”.

Portanto, Jesus sofreu a morte que nossos pecados mereciam.
Um dos significados da palavra pecado, em grego, é hamartia = errar o alvo. Porém, existem outros como: adikia = iniqüidade, injustiça; poneria = mal, de um tipo vicioso ou degenerado; parabasis = transgressão, ir além de um limite conhecido; anomia = falta de lei, desrespeito ou violação da lei.

Resumindo, pecado é o fracasso de amar a Deus com todo o nosso ser, é a recusa ativa de reconhecê-lo e obedecer-Lhe como nosso Criador e Senhor, independência, reivindicar a posição que somente Deus pode ocupar, hostilidade para com Deus (Rm 8: 7: “Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar”), manifestada em rebeldia ativa contra Ele, tomar de Deus o que é dEle. E a bíblia diz que sem derramamento de sangue não há remissão de pecados:
• Lv 17: 11: “Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida”.
• Hb 9: 22: “Com efeito, quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e, sem derramamento de sangue, não há remissão”.

O sangue é o símbolo da vida terminada geralmente por meios violentos. É bom lembrar que quem começou isso foi o homem, e Deus não se agradou deste ato:
• Gn 4: 10-11: “E disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue de teu irmão clama da terra a mim. És agora, pois, maldito por sobre a terra, cuja boca se abriu para receber de tuas mãos o sangue de teu irmão”.

Assim, o sangue foi um meio de expiação providenciado pelo próprio Deus, pelo Seu amor pelo homem para não mantê-lo afastado de Si:
• Lv 16: 3: “Entrará Arão no santuário com isto: um novilho, para oferta pelo pecado, e um carneiro, para holocausto”.
• Lv 16: 5-6: “Da congregação dos filhos de Israel tomará dois bodes, para oferta pelo pecado, e um carneiro para holocausto. Arão trará o novilho da sua oferta pelo pecado e fará expiação por si e pela sua casa”.
• Lv 16: 9-10: “Arão fará chegar o bode sobre o qual cair a sorte para o Senhor e o oferecerá por oferta pelo pecado. Mas o bode sobre que cair a sorte para bode emissário será apresentado vivo perante o Senhor, para fazer expiação por meio dele e enviá-lo ao deserto como bode emissário”.
• Ez 18: 23 e 32: “Acaso, tenho eu prazer na morte do perverso? Diz o Senhor Deus; não desejo eu, antes, que ele se converta dos seus caminhos e viva?... Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor Deus. Portanto, convertei-vos e vivei”.
• Ez 33: 11: “Dize-lhes: Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois que haveis de morrer, ó casa de Israel?”

Mas a bíblia também diz que é impossível que o sangue de bodes ou de touros remova pecados (Hb 10: 4: “porque é impossível que o sangue de touros e bodes remova pecados”); por isso Jesus veio como sangue inocente para expiar todos os nossos pecados e iniqüidades. Só Ele era adequado para esta expiação:
• 1 Pe 1: 19-20: “mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós...”.

Nosso substituto, que tomou nosso lugar e morreu a nossa morte, foi o próprio Deus em Cristo, que foi verdadeiro e completamente Deus e homem. A Sua vontade e a do Pai sempre estavam em perfeita harmonia:
• Jo 4: 34: “Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra”.
• Jo 5: 30: “Eu nada posso fazer de mim mesmo; na forma por que ouço, julgo [como homem, Ele nada podia fazer, apenas com a ação divina sobre si]. O meu juízo é justo, porque não procuro a minha própria vontade, e sim a daquele que me enviou”.
• Jo 6: 38-40: “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou. E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia. De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia”.
• Jo 7: 17: “Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo”.
• Jo 17: 24: “Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo”.
• Mt 26: 39; 42: “Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passa de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres... Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu beba, faça-se a tua vontade”.
• Mc 14: 36: “E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres”.
• Lc 22: 41-42: “Ele, por sua vez, se afastou, cerca de um tiro de pedra, e, de joelhos, orava, dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua”.
• Fp 2: 6-8: “pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança dos homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz”.

O Pai estava agindo por meio do Filho:
• Jo 3: 16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
• 1 Jo 1: 8-10: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós”.
• 1 Jo 2: 1-2: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro”.
• 1 Jo 4: 10: “Nisto consiste o amor: não em nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados”.

Em vez de infligir sobre nós o juízo que merecíamos, Deus em Cristo o suportou em nosso lugar para nos vestir com a Sua justiça:
• 2 Co 5: 21: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus”.

A ira de Deus é o Seu antagonismo firme, constante, contínuo e descomprometido para com o pecado em todas as suas formas e manifestações:
• Rm 1: 18: “A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça” [NIV– inglês: “A ira de Deus está sendo revelada do céu contra toda a impiedade e iniqüidade das pessoas, que reprimem a verdade por sua maldade (perversidade)”].
A ira de Deus precisava ser propiciada.

É interessante o que está escrito no Sl 2: 12, pois se trata de mais um salmo messiânico (At 13: 33 e Hb 1: 5 e 5: 5) onde a palavra Ungido (v. 2 e título – ARA) está escrita com maiúscula, assim como Filho (vs. 7 e 12). Embora no AT, a palavra ungido e filho se refira, muitas vezes, aos reis, podemos ver que no v.2 está escrito: “Os reis da terra se levantam, os príncipes conspiram contra o Senhor e contra o seu Ungido, dizendo:...”. E no v. 12, o salmista diz: “Beijai o Filho para que não se irrite, e não pereçais no caminho; porque dentro em pouco se lhe inflamará a ira”. Isso significa que rejeitar o Filho de Deus, Jesus, o Ungido, o Messias, acarreta a ira de Deus; além disso, a morte (“pereçais no caminho”).

Através do Seu sacrifício conseguimos a redenção dos nossos pecados:
• 1 Co 1: 30: “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou da parte de Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção...”.
• Hb 9: 15: “Por isso mesmo, ele é o mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte, para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados”.

Redimir é comprar de volta, quer como uma transação comercial quer como um resgate. Fomos resgatados por Cristo, não meramente libertos:
• 1 Co 6: 20: “Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo”.

Resgatados da culpa e do juízo, portanto, somos Dele:
• Rm 3: 24-25: “sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus; a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixando impunes os pecados anteriormente cometidos...”.
• 1 Co 6: 19-20: “Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois glorificai a Deus no vosso corpo”.
• 1 Co 7: 23: “Por preço fostes comprados; não vos torneis escravos de homens”.
• Ef 1: 7: “no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça,...”.
• 1 Pe 1: 18-19: “Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo,...”.
• Ap 5: 9: “E entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação”.

Através do sacrifício de Jesus também fomos justificados, ou seja, fomos perdoados, aceitos, certos com Deus:
• Rm 3: 26: “Tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus”.
• Rm 5: 9: “Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira”.
• Rm 6: 7: “porquanto quem morreu está justificado do pecado”.
• Rm 8: 1: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”.
• Rm 8: 33: “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica”.

O homem não é justificado por obras da lei e sim mediante a fé:
• Rm 7: 4-6: “Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que frutifiquemos para Deus. Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei operavam em nossos membros, a fim de frutificarem para a morte. Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra”.
• Gl 2: 16: “sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado”.
• Gl 3: 6-14: “É o caso de Abraão, que creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça. Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão. Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos. De modo que os da fé são abençoados com o crente Abraão. Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da Lei, para praticá-las (Dt 27: 26). E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé. Ora, a lei não procede da fé, mas: Aquele que observar os seus preceitos por eles viverá (Lv 18: 5). Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro), para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido”.
• Ef 2: 8-9: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie”.
• Tt 3: 5: “não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo a sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,...”

Através do sacrifício de Jesus na cruz, que nos propiciou, redimiu e justificou, também fomos reconciliados com Deus e com os homens. Deus é o autor da reconciliação. A barreira entre nós e Deus era constituída tanto por nossa rebeldia a Ele quanto por Sua ira sobre nós por causa dessa nossa atitude. A obra de reconciliação é uma obra terminada, já está feita, da parte de Deus. A nossa é aceitar o Seu sacrifício e nos arrependermos dos pecados para nos reconciliarmos com Ele. Deus é o autor, Cristo é o agente e nós, embaixadores da reconciliação:
• Rm 5: 9-11: “Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida; e não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação”.
• Rm 8: 15-17: “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos Aba, Pai. O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, com ele seremos glorificados”.
• 2 Co 5: 18-20: “Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo por mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões e nos confiou a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus”.
• Ef 2: 16: “e reconciliasse ambos [judeus e gentios] em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade”.
Quando somos Dele, através do Espírito Santo que em nós habita, podemos levar outras vidas que estão no pecado a se reconciliarem com Ele. Em 2 Co 5: 19, a bíblia diz que Ele nos confiou a palavra da reconciliação. Ao ministrarmos Sua palavra aos necessitados, àqueles que se encontram em aflição, estaremos trazendo essas pessoas de volta a um estado de bem-aventurança.

Quando somos de Jesus, através do Espírito Santo que em nós habita, podemos levar outras vidas que estão no pecado a se reconciliarem com Ele. Em 2 Co 5: 19 a bíblia diz que Ele nos confiou a palavra da reconciliação. Ao ministrarmos Sua palavra aos necessitados, àqueles que se encontra em aflição, estaremos trazendo essas pessoas de volta a um estado de bem-aventurança.

Dessa forma, a realização da cruz incluiu a salvação dos pecadores pela propiciação dos pecados, redenção, justificação e reconciliação. Em outras palavras, o Seu sacrifício substituiu todos os antigos sacrifícios.

Este texto se encontra no livro:


livro evangélico: O Senhor quer falar com Seu povo

O Senhor quer falar com Seu povo (PDF)

The Lord wants to talk to His people (PDF)



Autora: Pastora Tânia Cristina Giachetti

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