Explicação sobre as obras da carne, descritas em Gl 5: 19-21. Carne não só se refere à natureza material e física do homem, mas à parte da alma que tende ao pecado. O que significa exortação? Qual a diferença entre exortar e repreender?

Explanation of the works of the flesh, described in Gal. 5: 19-21. Flesh not only refers to the material and physical nature of man, but to the part of the soul that tends to sin. What is exhortation? What is the difference between exhorting and rebuking?


As obras da carne




Neste tema nós vamos estudar sobre as obras da carne. Carne não só se refere à natureza material e física do homem, mas à parte da alma que tende ao pecado. A bíblia fala para crucificarmos nossa carne. Crucificar é tomar a decisão de não satisfazer nossos desejos e gostos que induzam ao pecado. Trocando em miúdos: abrir mão das nossas razões e argumentos, sentimentos e vontades para que Deus prevaleça.

• Em Rm 8: 5-8 está escrito: “Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus”.
• Gl 5: 16-18: “Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência [desejo desenfreado, avidez] da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei”.

Temos alguns versículos bíblicos que são básicos para o texto de agora, tais como:

Gl 5: 19-21: “Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição (em inglês: fornicação – NRSV; NVI: imoralidade sexual), impureza, lascívia [NVI: libertinagem], idolatria, feitiçarias, inimizades [NVI: ódio], porfias [NVI: discórdia], ciúmes, ira, discórdias [NVI: egoísmo], dissensões, facções, invejas, bebedices [NVI: embriaguez], glutonaria [NVI: orgias] e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam” (cf. 1 Sm 15: 22-23; 1 Co 6: 8-10; Ef 5: 3-7; Cl 3: 5).

1) Prostituição (em inglês: fornicação – NRSV; NVI: imoralidade sexual; KJV: adultério e fornicação) – A prostituição diz respeito à promiscuidade sexual, onde vários parceiros se entrelaçam no relacionamento. Outras versões em inglês sugerem também o ato de adultério e relações sexuais fora do casamento. Mas nós podemos incluir aqui a ‘prostituição espiritual’, ou seja, não termos apenas um Deus em quem nos apegarmos; é pedirmos auxílio a outros deuses, outros socorros para a nossa vida, sendo infiéis a Jesus. É buscar a solução dos nossos problemas em outras fontes e esperar em outras ajudas que não nEle.

2) A impureza é mais do que óbvia: pensar da maneira contrária à inocência que Deus colocou através do Seu Espírito em nós, pensar nas coisas sujas e mundanas ao invés das coisas do alto.

3) Lascívia [NVI: libertinagem] é luxúria, sensualidade, libidinagem [dar largas à vontade sexual], voluptuosidade, satisfação sexual sem pudor.

4) Idolatria é colocar no altar outras coisas e outras entidades que não sejam Jesus, o Filho de Deus. A avareza é considerada por Deus como idolatria (Ef 5: 5 e Cl 3: 5), assim como a teimosia [obstinação] (1 Sm 15: 23).

5) Feitiçarias incluem todos os atos de rebeldia à vontade de Deus como todos os atos de ocultismo, simpatias, superstições, artes ocultas de adivinhação e predição do futuro, necromancia etc., que não nos levam a acreditar unicamente na força da Palavra para conseguirmos algo. A rebelião (rebeldia) é considerada por Deus como feitiçaria (1 Sm 15: 23; Lv 20: 27).

6) Inimizade [NVI: ódio] é tudo o que é contrário ao amor e à união verdadeira entre os filhos de Deus; antipatia, hostilidade e preconceitos etc. Inimizade é ver outra pessoa como um inimigo, um competidor ou um concorrente, ao invés de ver outro ser humano como um amigo ou um instrumento de ajuda e crescimento. ‘Um concorrente’ é uma linguagem muito comum nos dias de hoje, em especial no campo comercial e empresarial, e muitas vezes influencia de maneira negativa os próprios filhos de Deus.

7) Porfia [NVI: discórdia] quer dizer: discussão ou contenda de palavras, polêmica, rivalidade, disputa. Todas essas coisas impedem o Espírito Santo de ministrar a verdade de Deus. Paulo disse a Timóteo: “Recomenda estas coisas. Dá testemunho solene a todos perante Deus, para que evitem contendas de palavras que para nada aproveitam, exceto para a subversão dos ouvintes... Evita, igualmente, os falatórios inúteis e profanos, pois os que deles usam passarão a impiedade ainda maior... E repele as questões insensatas e absurdas, pois sabes que só engendram contendas” (2 Tm 2: 14; 16; 23).

8) Quanto ao ciúme, nem é preciso comentar; ser ciumento e possessivo é querer possuir aquilo que não lhe pertence, é querer tomar posse de algo que só pertence a Deus, como outro ser humano, por exemplo. Em grego, a palavra usada para ‘ciúmes’ é ‘zeloo’ (Strong #2206, ζηλόω), que significa: ter um sentimento ardoroso a favor ou contra; afetar, cobiçar (sinceramente), desejo, desejar, (mexer com) inveja, ser ciumento de, ser zeloso, zelosamente, querer para si. Ciúmes é diferente de cuidado com o que o Senhor entregou como mordomia em nossas mãos.

Não precisamos sentir ciúmes das coisas materiais que temos e que não queremos emprestar para ninguém. Também não precisamos sentir ciúmes se outros amam mais do que nós, ou se aquele a quem amamos é mais amado do que nós, ou se quem amamos só pode ser amado por nós e por mais ninguém. Jesus amou a todos na cruz e Seu amor deu e sobrou para todo mundo até hoje. Ele está disponível vinte e quatro horas por dia para quem quiser beber dele há mais de dois mil anos. Não precisamos ter ciúme do amor de Deus por outras pessoas, porque o Seu amor é suficiente para todos nós ao mesmo tempo. O amor humano prende, o amor divino liberta. Todas a pessoas que caminham ao nosso lado, seja família ou amigos não são nossa propriedade, nossa posse, assim como não somos posse de ninguém; todos pertencemos a Deus. Quando entregamos nossa vida para Ele, Ele passa a ser nosso único Senhor e dono (1 Co 6: 19). Com esse tipo de pensamento em mente, nós passamos a encarar certas situações da vida de maneira diferente, permitindo que as pessoas tomem o caminho que acharem melhor, pensem como queiram, exerçam seu livre-arbítrio da maneira que desejarem, e até para com aqueles que morrem, pois eles estão voltando para os braços de Deus, o verdadeiro dono de suas almas. Nós podemos descansar nesse consolo, devolvendo-os a Ele e sabendo que o Espírito Santo nos enche com o Seu amor e cura nossas lembranças ruins.


ciúme


9) Iras são sentimentos que até o próprio Deus sente contra todo pecado e injustiça. Ele mesmo não nos proíbe de sentir ira (“irai-vos e não pequeis” – Sl 4: 4), porque sabe que esse sentimento é necessário ao ser humano para que ele não compactue com o erro nem com o pecado, perdendo a sua salvação. O que Ele não quer é que demos lugar a essa ira para afetar de maneira danosa o nosso semelhante, ou que nós nos iremos por aquilo que não diz respeito às coisas santas. Brigar pelas coisas mundanas e pecaminosas não é da vontade de Deus para nós, pois contamina os que estão em volta e multiplica a violência nos corações, criando barreiras duras e, muitas vezes, instransponíveis do ódio e da separação. A bíblia diz que a ira do homem não produz a justiça de Deus: Tg 1: 20 (“Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus”). A ira de Deus é o Seu antagonismo firme, constante, contínuo e descomprometido para com o pecado em todas as suas formas e manifestações (Rm 1: 18: “A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela justiça” [NIV– inglês: “A ira de Deus está sendo revelada do céu contra toda a impiedade e iniqüidade das pessoas, que reprimem a verdade por sua maldade (perversidade)”]. Em Lv 19: 18 está escrito: “Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor”. Na cruz a ira de Deus foi propiciada.


Ira


10) Discórdias [NVI: egoísmo] só servem para criar confusão e dúvida na cabeça das pessoas e vêm do maligno para dividir e minar as forças. Significa falta de acordo de propósito, de projetos, de desejos e vontades, em qualquer área da vida das pessoas. Nós nem sempre concordamos com tudo o que vemos, ouvimos ou o que outros gostam, mas esse comportamento não pode estar presente num relacionamento mais íntimo ou num trabalho onde se torne necessária a cooperação mútua. A discórdia que a bíblia fala aqui é um comportamento nocivo e constante, sempre com a intenção de frustrar as outras pessoas. Trata-se de uma discussão ou desacordo acalorado, tipicamente sobre uma questão trivial e entre pessoas que geralmente estão em bons termos. Existem pessoas com uma índole de discórdia.

11) Dissensão significa: divergência de opinião ou de interesses, desavença, oposição. É normal que cada um de nós tenha o direito de pensar como queira sobre determinado assunto, caso contrário, viveríamos numa ditadura, o que traria a opressão. Mas o que Paulo fala aqui é a respeito da doutrina cristã que pode ser distorcida para o interesse de alguns, gerando dúvida no coração dos mais fracos e lhes roubando a fé. Pregações sem nenhum embasamento bíblico geram sementes danosas no coração das ovelhas. Casais com objetivos completamente opostos põem em risco toda a estabilidade da família, a começar pelos filhos, que perdem o parâmetro da verdade da vida. Sociedades onde os sócios não têm um único objetivo para empresa vão criar, mais cedo ou mais tarde, a falência do negócio. E assim por diante em todos os ramos da sociedade; quando há dissensão, não há prosperidade, mas divisão. A KJV vai além, escrevendo a palavra ‘sedição’, que significa: conduta ou discurso que incita as pessoas a se rebelarem contra a autoridade de um estado ou monarca, até mesmo a liderança eclesiástica. E isso leva a uma cisão dentro de um sistema, organização ou doutrina.


Discórdia e dissensão


12) Facção é uma parte divergente ou dissidente de um grupo ou partido, sublevação, motim. Paulo fala que isto, dentro de uma congregação, é um ato de rebelião assumido, negando a escolha divina para o líder e relegando sua autoridade a segundo plano. Isso diminui a força de todos e abre brechas para a assolação do inimigo. Por isso, se você não está de acordo com a direção da sua igreja, é melhor sair do que criar um grupo dissidente lá dentro. Você estará assumindo uma posição de Absalão frente a um reinado de Davi. Portanto, não faça ‘guerra de liderança espiritual’, pois as conseqüências são gravíssimas. Se você não é crente e não concorda com a posição da chefia no seu lugar de trabalho, não fique levantando adeptos lá dentro para ‘quebrar’ a empresa. Isso vai trazer conseqüências danosas para você para os que o seguirem nesse motim. Se não concorda, seja corajoso, peça demissão e erga você mesmo sua própria empresa, fazendo do seu jeito e, se possível, melhor. Isso é maturidade.

Na verdade, a facção é uma evolução do item anterior, ou seja, a dissensão. Como eu comentei, a KJV usa a palavra ‘sedição’. Então, uma pessoa influencia outras com atos ou palavras a se rebelarem contra uma autoridade, mas acaba levando-as a formar um outro ‘grupo’ dentro daquele ambiente onde eles se encontram e, mais cedo ou mais tarde, se separam ou vivem em constante conflito. Foi o que aconteceu com o judaísmo no Período Intertestamentário, por exemplo, dividindo os grupos religiosos entre fariseus, saduceus, escriba, essênios e finalmente, os zelotes, no início do século 1. Assim, o conflito entre esses partidos político-religiosos (Saduceus e Fariseus) e os grupos extremistas (sicários e os zelotes) foi o desastre dos últimos anos da cidade de Jerusalém, o que facilitou sua invasão por Tito (70 DC). Nos recentes séculos aconteceu praticamente a mesma coisa depois da reforma protestante de Lutero, pois o protestantismo se diversificou e se ramificou em várias denominações, muitas vezes o fruto de cisões doutrinárias por motivos muito pequenos e absurdos.

13) Inveja, mentira e maledicência são as obras que mais cotação têm no ‘ranking’ (graduação) da assolação da alma e da Igreja de Cristo. No mundo, já é de se esperar esse tipo de comportamento, pois a competição na selva da sobrevivência gera tal tipo de atitude para se poder ter sucesso. Entretanto, dentro da Casa de Deus, onde Jesus disse que o maior seja como quem serve, a inveja e a maledicência têm que ser extirpadas urgentemente da carne dos membros para se deter o avanço do diabo lá dentro mesmo. A inveja não se resume apenas em querer o que é do outro; pior do que isso, é querer ser a outra pessoa. Quanto à maledicência, em Lv 19: 16 o Senhor já alertava: “Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo; não atentarás contra a vida do teu próximo. Eu sou o Senhor”. É hipocrisia levantar as mãos para louvar, sentar no banco para ouvir a Palavra ou dar ofertas e dízimos com esses tipos de atitudes e sentimentos baixos dentro do coração. Por isso, muitas igrejas estão à beira da ruína; porque, por orgulho, não conseguem admitir a necessidade de uma cura interior profunda dentro do coração de cada ovelha, inclusive dos líderes. Isso começa dentro das famílias, entre pais e filhos, irmãos e irmãs. O próprio Jesus disse que dentro de uma casa estariam divididos dois contra três e três contra dois, por causa do evangelho, mas não nos proíbe de quebrar essa malignidade. A promessa é: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa”.

A KJV usa duas palavras nesse ponto, não apenas inveja, mas também matança ou assassinato; talvez, para mostrar até onde a inveja profunda pode levar um ser humano a cometer até um crime, quando não consegue aceitar o sucesso ou a vida de outro semelhante. A palavra grega para inveja, neste texto é phthonos, φθόνος, Strong #5355, que significa ‘inveja, rancor, despeito’. E a palavra usada por aquela versão e que a companha a ‘inveja’ é ‘murder’ (assassinato, em inglês), em grego, phonos, φόνος, Strong #5408, que significa assassinato, abate ou carnificina, matança (morte de muitos, de maneira deliberada). É o que aconteceu com Herodes, por exemplo, que com inveja e medo de ter seu trono usurpado por um bebê recém-nascido (Jesus), cometeu a matança de muitos inocentes de Belém e dos seus arredores.

14) Quanto a bebedeiras e glutonarias [ARA: bebedices, glutonarias; NVI: embriaguez, orgias], nem é preciso comentar. Quem não consegue renunciar a um cigarro, um prato de macarronada a mais ou uma garrafa de cerveja por amor a Jesus, na verdade, nega Sua importância sobre qualquer outra coisa. O que ocorre, na maioria das vezes, não é compaixão, nem paciência pela dificuldade do outro; é comodismo e falta de autoridade da própria pessoa em querer mudar de vida, de ter a mente aberta aos verdadeiros valores do reino de Deus e de aprender a colocar na balança o que é do mundo e o que é sagrado.

Gula, farra e embriaguez, orgias e coisas do tipo eram muito comuns na época em que Paulo escreveu isso aos gálatas, especialmente por gregos e romanos, e muitos novos convertidos se acostumaram a tudo isso, mas agora eles precisavam deixar para trás esse tipo de vida, a fim de seguir o Cristianismo de todo o coração. Hoje não é tão diferente. Muitas pessoas vêm a Jesus, mas não têm entendimento do que significa ser um cristão ou não têm força para deixar de lado seu velho homem (seu antigo eu), sua antiga vida e até mesmo um simples cigarro, porque se tornaram dependentes de muitas coisas no passado para preencher seu vazio. Levará algum tempo para que eles se comportem da maneira santa de Deus, mas com a ajuda do Espírito Santo isso será possível.

Por isso, não adianta expulsar espírito de inveja, de roubo, de prostituição etc. Tudo isso é obra da carne (ver abaixo, Mc 7: 20-23) e carne não se expulsa; se trata diante da cruz através da entrega. Ninguém discorda que o diabo é astuto; ele é como um fungo oportunista que ataca o corpo humano quando suas defesas estão baixas. Quando elas estão fortes, ele não tem lugar para se instalar. Cada filho de Deus tem o livre-arbítrio de buscar sua própria cura diretamente no trono, aprendendo a lutar pelos seus próprios interesses e fortalecendo sua comunhão íntima com Ele, não dependendo de outro ser humano para isso. As obras da carne nos aprisionam.


Aprisionado

Mc 7: 20-23: “... E dizia: O que sai do homem, isso é o que o contamina. Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo (ação premeditada), a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba (orgulho, arrogância), a loucura. Ora todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem”.

Demônio se expulsa pelo nome de Jesus (Mc 16: 17) e pelo Seu sangue. Carne se trata com jejum e oração (Mt 17: 21 e Mc 9: 29), arrependimento e vontade de mudar de vida (Jl 2: 13).

Exortar e repreender

“Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda a iniqüidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras. Dize estas coisas: exorta, repreende também com toda a autoridade. Ninguém te despreze” (Tt 2: 11-15).

Aqui, Paulo instrui Tito, seu filho na fé, a exortar e a repreender as coisas erradas, como fizeram os profetas do passado, para que o mal não se alastre dentro da própria Igreja. Os famosos versículos: “A nossa luta não é contra carne e sangue” e “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne” (2 Co 10: 3-6; Gl 5: 17a; Ef 6: 12) têm tirado a autoridade de muitos líderes, deixando para Deus fazer o que é para eles fazerem.

Por isso Paulo fala: “Dize estas coisas; exorta e repreende também com toda autoridade. Ninguém te despreze” (Tt 2: 15).

Ele falou o mesmo com Timóteo: “Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza. Até à minha chegada, aplica-te à leitura [i.e., leitura pública das Escrituras], à exortação, ao ensino” (1 Tm 4: 12-13)... “Prega a palavra, insta [instar = persistir, insistir, questionar], quer seja oportuno, quer não [NVI: pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo], corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Porque haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério” (2 Tm 4: 2-5).

Em grego, a palavra usada para ‘exortação’ é Paraklesis (Strong #g3874 – 1 Tm 4: 13 – paraklêsei – παρακλησει), que significa: consolo, conforto, consolação, exortação, súplica; a palavra grega para o verbo ‘exortar’ é Parakaleo (Strong #g3870 – 2 Tm 4: 2 – Parakaleson – παρακαλεσον), com os mesmos significados: implorar, consolar, confortar, exortar, suplicar com insistência ou seriedade. Em latim, ‘exortação’ vem da palavra ‘exhortatione’ ou ‘hortation’: ação de exortar; admoestação; advertência; conselho, palavras estas que encontramos também no dicionário em Português, além de outras como: ação de exortar: animar, incitar, encorajar, estimular. Isso nos faz pensar que exortação pode se tratar de uma atitude de encorajamento e estímulo, insistência ou súplica, ou até de uma admoestação ou advertência, ou seja, de uma palavra mais forte, de autoridade, que se aproxima quase da repreensão, convidando alguém a se arrepender do seu pecado.


mula empacada
“Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e
cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem” (Sl 32: 9).


Tt 1: 15: “Todas as coisas são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque a mente como a consciência deles estão corrompidas”.

1 Co 10: 23: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convêm: todas são lícitas, mas nem todas edificam”.

Esses dois últimos tópicos, nós comentaremos juntos. Ser crente não é viver para o resto da vida o evangelho do “não”. Entretanto, quando vivemos verdadeiramente no Espírito, passamos a identificar o que nos convém ou não, pois Ele mesmo nos instrui na verdade. Portanto, sinta-se na liberdade do Espírito, ouça a Sua voz e entenda Seus sinais. Obedeça-Lhe em tudo e logo você vai conhecer o que é certo e o que é errado, o que lhe convém ou não. Em caso de dúvida, abra a Palavra e busque ali as respostas. Tudo vai ficar claro em sua vida.

Este texto se encontra no seguinte livro:


livro evangélico: Jamais falte óleo sobre tua cabeça

Jamais falte óleo sobre tua cabeça (PDF)

Never be lacking oil on your head (PDF)

Sugestão de leitura:


livro evangélico: Pássaro de fogo

Pássaro de fogo – cap. 3 (PDF)

Bird of fire – chap. 3 (PDF)


livro evangélico: Tocha Viva

Tocha viva (PDF)

Living Torch (PDF)


Corações partidos – livro evangélico

Corações partidos

Broken Hearts


Autora: Pastora Tânia Cristina Giachetti

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