Para Aduma (pronuncia-se Para Adumá; Nm 19: 1-22): com as cinzas de uma novilha vermelha era preparada a água purificadora, aspergida sobre quem pecava. A novilha vermelha sem defeito e sem mancha é um sinal da vinda do Messias.

Para Aduma (Num. 19: 1-22): with the ashes of a red heifer the purifying water was prepared and sprinkled on those who had sinned. The red heifer without blemish is a sign of the coming of the Messiah.


Para Aduma




O ritual de Para Aduma (pronuncia-se Para Adumá) está descrito em Nm 19: 1-22. Com as cinzas de uma novilha vermelha era preparada a água purificadora para quem havia se tornado impuro pelo pecado, principalmente por ter tocado em algum cadáver.

Vale a pena lembrar que o AT foi uma ‘sombra’ do NT (Cl 2: 16-17; Hb 10: 1), ou seja, um ‘rascunho’ da realidade espiritual vivida no NT. Assim, os dois rituais descritos na Torá (Eglah Arufah e Para Aduma) simbolizam algo simples dado por Deus para que o ser humano entendesse a Sua vontade. Como a visão daquela época era carnal e material, Deus precisava ensinar através de coisas físicas. O povo precisava de símbolos, de coisas palpáveis para crer no Senhor. Por isso, Jeremias, Isaías e Ezequiel encenavam suas profecias. Hoje, nós temos a compreensão das coisas invisíveis.

Eglah Arufah e Para Aduma têm um significado para nós cristãos.

Nm 19: 1-22: “Disse mais o Senhor a Moisés e a Arão: Esta é uma prescrição da lei que o Senhor ordenou, dizendo: Dize aos filhos de Israel que vos tragam uma novilha (parah, vaca, vacas (coletivo), novilha, פרה, Strong #6510) vermelha (adom = vermelho, rosado, avermelhado, אדמ, Strong #122, como Adão, ’adhãm = homem vermelho, humanidade, Strong #120, que procede da mesma raiz hebraica ’adhãmâ e significa: terra), perfeita, sem defeito, que não tenha ainda levado jugo. Entregá-la-eis a Eleazar, o sacerdote; este a tirará para fora do arraial, e será imolada diante dele. Eleazar, o sacerdote, tomará do sangue com o dedo e dele aspergirá para a frente da tenda da congregação sete vezes. À vista dele, será queimada a novilha; o couro, a carne, o sangue e o excremento, tudo se queimará. E o sacerdote, tomando pau de cedro, hissopo e estofo carmesim, os lançará no meio do fogo que queima a novilha. Então, o sacerdote lavará as vestes, e banhará o seu corpo em água, e, depois, entrará no arraial, e será imundo até a tarde. Também o que a queimou lavará as suas vestes com água, e em água banhará o seu corpo, e imundo será até a tarde. Um homem limpo ajuntará a cinza da novilha e a depositará fora do arraial, num lugar limpo, e será ela guardada para a congregação dos filhos de Israel, para a água purificadora; é oferta pelo pecado. O que apanhou a cinza da novilha lavará as vestes e será imundo até à tarde; isto será por estatuto perpétuo aos filhos de Israel e ao estrangeiro que habita no meio deles. Aquele que tocar em algum morto, cadáver de algum homem, imundo será sete dias. Ao terceiro dia e ao sétimo dia, se purificará com esta água e será limpo; mas, se ao terceiro dia e ao sétimo não se purificar, não será limpo. Todo aquele que tocar em algum morto, cadáver de algum homem, e não se purificar, contamina o tabernáculo do Senhor; essa pessoa será eliminada de Israel; porque a água purificadora não foi aspergida sobre ele, imundo será; está nele ainda a sua imundícia. Esta é a lei quando morrer algum homem em alguma tenda: todo aquele que entrar nesta tenda e todo aquele que nela estiver serão imundos sete dias. Também, todo vaso aberto, sobre que não houver tampa amarrada, será imundo. Todo aquele que, no campo aberto, tocar em alguém que for morto pela espada, ou em outro morto, ou nos ossos de algum homem, ou numa sepultura será imundo sete dias. Para o imundo, pois, tomarão da cinza da queima da oferta pelo pecado e sobre esta cinza porão água corrente, num vaso. Um homem limpo tomará hissopo, e o molhará naquela água, e a aspergirá sobre aquela tenda, e sobre todo utensílio, e sobre as pessoas que ali estiverem; como também sobre aquele que tocar nos ossos, ou alguém que foi morto, ou que faleceu, ou numa sepultura. O limpo aspergirá sobre o imundo ao terceiro e ao sétimo dias; purificá-lo-á ao sétimo dia; e aquele que era imundo lavará as suas vestes, e se banhará na água, e à tarde será limpo. No entanto, quem estiver imundo e não se purificar, esse será eliminado do meio da congregação, porquanto contaminou o santuário do Senhor; água purificadora sobre ele não foi aspergida; é imundo. Isto lhes será por estatuto perpétuo; e o que aspergir a água purificadora lavará as suas vestes, e o que tocar a água purificadora será imundo até à tarde. Tudo o que o imundo tocar também será imundo; e quem o tocar será imundo até à tarde”.


Para Aduma – a novilha vermelha


Das cinzas de uma novilha vermelha sem mancha alguma e sem defeito era feita a água purificadora, aspergida sobre os impuros pelo pecado, principalmente por terem tocado em algum cadáver. O novilho era o animal sacrificado como oferta pelo pecado do sumo sacerdote, dos sacerdotes (Lv 8: 14-15; Lv 4: 3) ou da congregação (Lv 4: 13-14; Nm 15: 24-25). A novilha vermelha sem defeito e sem mancha era um sinal da vinda do Messias. Jesus, Yeshua, o Messias já veio e já nos purificou através do Seu sangue da morte gerada pelos nossos pecados.

Uma novilha ao invés de um novilho é uma figura feminina de uma congregação, uma nação, o povo de Deus, a Igreja arrependida, os filhos de Deus como sacerdotes e reis na terra (“nação santa, de reis e sacerdotes” – 1 Pe 2: 9: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”).

Deus deu esta ordenança para que Seu povo, a Igreja, fizesse o mesmo: aprendesse a se sacrificar através do arrependimento (cinzas) e tivesse consciência da profundidade do sacrifício de Jesus e Seu perdão através do Seu sangue como um substituto definitivo dos animais para a purificação dos pecados (‘coisas mortas’), que nos levam à morte espiritual (separação eterna de Deus).

Cinzas simbolizam: destroços do que foi destruído pelo fogo; ruínas, restos mortais, memória (dos finados), restos ou lembranças de coisas extintas, mortificações, penitências (pano de saco e cinzas), arrependimento, aquilo que já não tinha mais motivo de estar dentro do nosso ser e foi entregue ao Senhor em oração (Lv 6: 11 – Remover as cinzas do altar).

As cinzas da novilha misturada com a água eram aspergidas sobre a pessoa impura por ter tocado em cadáver (no ‘pecado’), e ela se tornava pura de novo.

Por isso Jesus disse a Nicodemos (Jo 3: 3; 5) que para ver o reino de Deus era necessário nascer de novo, nascer da água (arrependimento) e do Espírito (uma mudança real e santificação). Também disse em Jo 9: 39: “Prosseguiu Jesus: Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não vêem vejam, e os que vêem se tornem cegos”. E depois está escrito: “Alguns dentre os fariseus que estavam perto dele perguntaram-lhe: Acaso também nós somos cegos? Respondeu-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado algum; mas, porque agora dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso pecado” (Jo 9: 40-41) – [cf. Rm 4: 15: porque a lei suscita a ira; mas, onde não há lei não há transgressão]. Jesus quis dizer que Ele veio para aqueles que têm consciência do seu pecado e se arrependem; aí, debaixo do Seu sangue, perdoados e justificados, já não sofrem mais acusação. Entretanto, para os que se encontram cegos pelo orgulho, pela arrogância e pela rebeldia, o Senhor faz resplandecer a Sua luz e os pecados deles se tornam evidentes diante dos seus olhos.

A água é símbolo do Espírito Santo e da Palavra de Deus, que nos purifica e realiza em nós o novo nascimento. Em Jo 19: 30 está escrito: “Quando, pois, Jesus, tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito”, mais uma vez confirmando que em Jesus todas as profecias do AT se cumpriram.


arrependimento

Este texto se encontra no livro:


livro evangélico: O Senhor quer falar com Seu povo

O Senhor quer falar com Seu povo (PDF)

The Lord wants to talk to His people (PDF)



Autora: Pastora Tânia Cristina Giachetti

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