Os frutos do Espírito (Gl 5: 22-23): “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei”. O exercício dos dons espirituais gera os frutos.

The fruit of the Spirit (Gal. 5: 22-23): “the fruit of the Spirit is love, joy, peace, patience, kindness, generosity, faithfulness, gentleness, and self-control. There is no law against such things.” The exercise of the spiritual gifts generates fruit.


Os nove frutos do Espírito (Gl 5: 22-26)




Frutos (gr. Karpos, derivado de karpazo = vantagem, proveito, força). Esses frutos são gerados a partir do exercício dos dons espirituais que recebemos de Deus. Antes de descrever Gálatas 5: 22-26, vamos ver alguns versículos antes:

• Mt 7: 7-11: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á. Ou qual dentre vós é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem? Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas”.
Se Deus é bom, só dá coisas boas. Para termos o fruto, temos que pedir. Para haver fruto deve haver antes uma semente. A semente do fruto são os dons, portanto, só pode haver fruto espiritual se houver dom espiritual sendo exercido.

• Mt 7: 16: “Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?”
As pessoas nos conhecem através dos frutos que nós produzimos.

• Jo 15: 1-5: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado; permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira verdadeira, vós sois os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”.
Para dar frutos é preciso estar ligado a Jesus, que é a videira verdadeira.

• Rm 6: 22: “Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna”.
O fruto gera santificação e vice-versa.

• 2 Co 9: 10: “Ora, aquele que dá semente ao que semeia e pão para alimento também suprirá e aumentará a vossa sementeira e multiplicará os frutos da vossa justiça”.
Deus multiplica nossos dons e, conseqüentemente, nossos frutos.

• Gl 5: 22-23: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, bondade, benignidade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei”.
O fruto é a reprodução do caráter de Cristo e, enquanto nós estivermos praticando isso, não há quem possa nos acusar. Quanto maior a força do Espírito em nós, mais frutos daremos.

• Fp 1: 11: “cheios do fruto de justiça, o qual é mediante Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus”.
Quando damos bons frutos, mais mostramos a glória de Deus.

• Fp 4: 17: “Não que eu procure o donativo [NVI: oferta], mas o que realmente me interessa é o fruto que aumente o vosso crédito”.
Nossas ofertas na obra de Deus são fruto do exercício do dom do amor em nós e, quanto mais dermos fruto, maior será o nosso crédito no céu.

• 2 Tm 2: 5-7: “Igualmente, o atleta não é coroado se não lutar segundo as normas. O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a participar dos frutos. Pondera o que acabo de dizer, porque o Senhor te dará compreensão em todas as coisas”.
O fruto é resultado do trabalho. Semear na vida de alguém gera frutos. O fruto é uma visível expressão do poder invisível de Deus na vida de uma pessoa.

• Hb 12: 11: “Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça”.
A disciplina espiritual gera frutos bons quando exercitada.

• Hb 13: 15: “Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome”.
O louvor é um fruto daqueles que confessam a Jesus.

• Tg 3: 18: “Ora, é em paz que se semeia o fruto da justiça, para os que promovem a paz”.
Precisamos estar em paz para semear a palavra de Deus na vida dos que ainda não conhecem o Senhor. A palavra que evangelizamos é o fruto da justiça de Jesus realizada na cruz, ou seja, a reconciliação do homem com Deus.

Explicando:

Gálatas 5: 22-26: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros”.

Amor está colocado em primeiro lugar como em 1 Co 13: 1, relacionado ao dom principal que um crente precisa ter para exercer seu ministério. Sem o amor, que é o próprio Deus, nada se consegue; e o amor de que se fala aqui é o Ágape, o amor incondicional de Deus (Rm 5: 5), o amor de entrega na cruz, a própria Palavra em ação.

Alegria: a que é decorrente da consciência do Seu senhorio sobre nós e que nos faz superar todas as provas e dificuldades com a certeza do Seu livramento e da Sua vitória, simplesmente por sermos filhos, não mais escravos (Rm 8: 15).

Paz: resultado de uma entrega que nos leva à harmonia de propósito com Ele e nos faz desejar o que Ele deseja; a certeza de que tudo se resolve porque Ele é Deus. A paz nos torna parecidos com Jesus, pois passamos a ver que com Ele dentro de nós nada mais nos ameaça.

Longanimidade: firmeza de ânimo, generosidade, magnanimidade, paciência, coragem e intrepidez.

Bondade quer dizer: benevolência, indulgência, clemência, brandura, saber fazer o outro feliz, doçura.

Benignidade, embora parecido com bondade no seu significado prático, simboliza, mais diretamente, a natureza de ter o bem implantado dentro de si como uma marca. É ter uma natureza voltada ao bem sempre, pensando no bem-estar do semelhante como Deus pensa nos Seus filhos. É detestar tudo o que é maligno ou possa causar dano a outrem. É rejeitar e se opor à natureza do diabo e do mundo.

Fidelidade é ser fiel a um compromisso e a uma palavra dada, mesmo que isso tenha um preço. A bíblia diz que Deus é fiel. Se nós o negarmos, Ele nos negará; se formos infiéis, Ele permanecerá fiel, pois não pode, de maneira alguma, negar a si mesmo (2 Tm 2: 12-13). Isso quer dizer que se formos infiéis num compromisso como crentes, Ele vai continuar a ser fiel à Sua própria palavra, pois Ele é a Palavra e não pode mudá-la. “Eu, o Senhor, não mudo, por isso não sois consumidos” (Ml 3: 6).

Mansidão significa: serenidade, tranqüilidade, calma, se deixar moldar por Deus, ter calma pela certeza da vitória, ter segurança de que tudo tem solução. Ser manso é ser submisso à vontade de Deus, às suas leis e ao plano divino. Submeter-se à Sua vontade nos traz poder e domínio sobre a criação. Não deve ser confundida com comodismo, preguiça ou passividade, que abre mão da autoridade que Deus já nos delegou. Moisés era um guerreiro, entretanto, a bíblia fala que ele era o homem mais manso da terra, porque se deixou ser conduzido por Deus, apesar de ser líder, e nunca abriu mão da autoridade que Ele lhe conferiu para conduzir Seu povo. Muitas vezes, tomou atitudes drásticas, fortes, agressivas, para manter a ordem entre os israelitas e cumprir até o fim sua missão. Não foi impotente nem passivo diante das rebeliões do povo, mas se deixou moldar por Deus em todas essas situações, exercendo com sabedoria e paciência sua posição de líder.

Domínio próprio é, com certeza, uma das características mais importantes do Espírito Santo em nós, nos impedindo de fazer o que a carne quer e passando a colocá-la sob as Suas asas. Em Pv 16: 32 está escrito: “Melhor é o longânimo do que o herói da guerra, e o que domina o seu espírito do que o que toma uma cidade”. Isso nos faz pensar que a luta mais difícil não é contra o mundo nem contra o diabo, mas contra a nossa carne, pois quando ela está submissa à vontade de Deus e nossas brechas são fechadas, fica mais fácil combater o que está fora. Este trabalho de cura interior é longo, depende da nossa vontade e disponibilidade em sermos trabalhados e conhecermos a nós mesmos; depende da vontade e da escolha de Deus e de muita paciência, entretanto, isto nos leva a uma cura profunda e verdadeira, torna-nos, realmente, novas criaturas. Faz-nos viver o que está escrito em Gl 2: 20: “Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, eu tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim”.


A descida do Espírito Santo

Este texto se encontra nos livros:


livro evangélico: Conhecendo o Espírito Santo

Conhecendo o Espírito Santo (PDF)

Knowing the Holy Spirit (PDF)


livro evangélico: Jamais falte óleo sobre tua cabeça

Jamais falte óleo sobre tua cabeça (PDF)

Never be lacking oil on your head (PDF)

Sugestão de leitura:


Corações partidos – livro evangélico

Corações partidos

Broken Hearts

Uma alegoria sobre como o projeto de avivamento de Deus para Sua Igreja pode ser prejudicado por palavras mal-intencionadas vindas da boca de pessoas orgulhosas, autoritárias e sem entendimento das coisas espirituais e fazendo feridas.



Autora: Pastora Tânia Cristina Giachetti

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