Capítulo 16: os sete flagelos destroem as criaturas, a natureza e os homens portadores da marca da besta. Mesmo sofrendo sob a ira de Deus, não se arrependem. O fim do 6º flagelo se refere à batalha final, o Armagedom, e o arrebatamento da igreja.
Chapter 16: the seven plagues destroy creatures, nature and those who had the mark of the beast. Even suffering under the wrath of God, they do not repent. The end of the 6th plague refers to the final battle, Armageddon, and the rapture of the church.
Nessa 5ª seção do livro de Apocalipse, nós já vimos a visão de João dos remidos entoando o cântico de Moisés e do Cordeiro (Ap 15: 1-4) e agora vêm os sete flagelos (as taças da cólera de Deus) que vão sendo derramados sobre a terra (Ap 16: 21). Não há interlúdio entre os flagelos; são um atrás do outro. Os flagelos (taças) se referem ao juízo de Deus sem misericórdia contra os ímpios, como em Sodoma e Gomorra e no Egito. É a figura do juízo de Deus sobre os seguidores da besta. O fim do 6º flagelo se refere à batalha final, o Armagedom, o momento do arrebatamento da igreja e a derrota da besta (o Anticristo) e seus seguidores, bem como do falso profeta.
A interpretação neste capítulo não é necessariamente literal; provavelmente são figuras de linguagem, mostrando que o homem não terá lugar de amparo.
1º flagelo: úlceras malignas e perniciosas (cf. Êx 9: 10).
• Ap 16: 1-2: “Ouvi, vinda do santuário, uma grande voz, dizendo aos sete anjos: Ide e derramai pela terra as sete taças da cólera de Deus. Saiu, pois, o primeiro anjo e derramou a sua taça pela terra, e, aos homens portadores da marca da besta e adoradores da sua imagem, sobrevieram úlceras malignas e perniciosas”.
2º flagelo: mar se transformou em sangue e toda criatura marinha morreu. ‘Sangue’ nas águas significa que já não há vida sobre a Terra (rios, fontes e mares não têm mais vida aquática).
• Ap 16: 3: “Derramou o segundo a sua taça no mar, e este se tornou em sangue como de morto, e morreu todo ser vivente que havia no mar”.
3º flagelo: rios e fontes de água se transformaram em sangue (cf. Êx 7: 17-21).
• Ap 16: 4-7: “Derramou o terceiro a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue. Então, ouvi o anjo das águas dizendo: Tu és justo, tu que és e que eras, o Santo, pois julgaste estas coisas; porquanto derramaram sangue de santos e de profetas, também sangue lhes tens dado a beber; são dignos disso. Ouvi do altar que se dizia: Certamente, ó Senhor Deus, Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos”.
‘Sangue’ significa que já não há vida sobre a Terra porque rios, fontes e mares se transformaram em sangue. Aqui, não apenas o anjo que derramou a taça dá glória a Senhor, como também as almas daqueles sob o altar do holocausto que está na presença de Deus.
4º flagelo: os homens são queimados com fogo (v. 8 – ‘com intenso calor’). Isso se refere à intensidade do calor que a Terra recebe do sol.
• Ap 16: 8-9: “O quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe dado queimar os homens com fogo. Com efeito, os homens se queimaram com o intenso calor, e blasfemaram o nome de Deus, que tem autoridade sobre estes flagelos, e nem se arrependeram para lhe darem glória”.
5º flagelo: o reino da besta se torna em trevas (cf. Êx. 10: 21).
• Ap 16: 10-11: “Derramou o quinto a sua taça sobre o trono da besta, cujo reino se tornou em trevas, e os homens remordiam a língua por causa da dor que sentiam e blasfemaram o Deus do céu por causa das angústias e das úlceras que sofriam; e não se arrependeram de suas obras”.
6º flagelo: o rio Eufrates se secou (cf. Is 11: 15-16).
• Ap 16: 12-16: “Derramou o sexto a sua taça sobre o grande rio Eufrates, cujas águas secaram, para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do lado do nascimento do sol. Então, vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs; porque eles são espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande Dia do Deus Todo-Poderoso. (Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua vergonha). Então, os ajuntaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom”.
Secar o rio Eufrates significa preparar o caminho dos reis que vêm do Oriente para a peleja do Armagedom. Pode representar a remoção do impedimento à marcha do poder ímpio do mundo na direção da Terra Santa. O rio Eufrates era limite leste da terra dada a Abraão por Deus. Isso significa que não há mais barreiras ao invasor. Neste trecho, fica clara a presença de espíritos imundos (demônios semelhantes a rãs: ‘espíritos operadores de sinais’) tomando os governantes da terra.
No momento mais crítico da igreja o Senhor vem e faz Seu juízo contra os ímpios. Sua vinda é inesperada.
Aqui ocorre o arrebatamento da igreja, a batalha de vitória triunfal de Cristo sobre todas as forças opositoras, a batalha final chamada Armagedom.
7º flagelo:
• Ap 16: 17-21: “Então, derramou o sétimo anjo a sua taça pelo ar, e saiu grande voz do santuário, do lado do trono, dizendo: Feito está! E sobrevieram relâmpagos, vozes e trovões, e ocorreu grande terremoto, como nunca houve igual desde que há gente sobre a terra; tal foi o terremoto, forte e grande. E a grande cidade se dividiu em três partes, e caíram as cidades das nações. E lembrou-se Deus da grande Babilônia para dar-lhe o cálice do vinho do furor da sua ira. Todas as ilhas fugiram, e os montes não foram achados; também desabou do céu sobre os homens grande saraivada, com pedras que pesavam cerca de um talento; e, por causa do flagelo da chuva de pedras, os homens blasfemaram de Deus, porquanto o seu flagelo era sobremodo grande”.
Agora vem a cólera de Deus sobre o ímpio, após o arrebatamento da igreja. Neste ponto, o sistema mundano opositor a Deus entra em crise e colapso pela ação do próprio Deus. No versículo 17, João ouve uma voz vinda do trono, dizendo: ‘Feito está!’, ou seja, ‘Está consumado!’, a cortina da História fechou e entra a cena do juízo.
Essa vitória triunfal de Cristo sobre todas as forças opositoras é colocada de forma figurada (v. 17-19): Sua ira está dirigida contra o ar (‘relâmpagos, vozes e trovões’, culminando com enormes pedras de gelo caindo do céu – v. 18-21), e grande terremoto sobre as cidades das nações gentias (‘as cidades das nações’) e ‘a grande cidade’, que segundo alguns teólogos pode se referir a Roma, ‘a grande Babilônia’ (v. 19), mas parece se referir ao sistema mundial anticristão e a igreja apóstata, opositores de Deus.
Fontes de pesquisa:
• O Novo Dicionário da Bíblia – J. D. Douglas – edições vida nova, 2ª edição 1995.
• Rev. Hernandes Dias Lopes – Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória (‘Estudo em Apocalipse’ – pregações online).
• Wikipedia.org
• Fonte para a maioria das imagens: wikipedia.org; Filme: ‘O Apocalipse’ (‘The Apocalypse’) – Coleção: A Bíblia Sagrada.
Autora: Pastora Tânia Cristina Giachetti
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