Você quer uma bênção? Então leia este estudo bíblico sobre as palavras ‘bênção’ e ‘maldição’, seus significados em hebraico e grego, e suas implicações espirituais para nós hoje. Deus tem um recado para você.

Do you want a blessing? Then read this Bible study on the words ‘blessing’ and ‘curse,’ their meanings in Hebrew and Greek, and their spiritual implications for us today. God has a message for you.


Significado de bênção e maldição




Quando eu estava fazendo o estudo sobre as maldições quebradas na cruz, eu também fiz uma pesquisa sobre o significado hebraico e grego das palavras ‘bênção’ e ‘maldição’. É interessante perceber que isso tem um significado espiritual para nós.

Bênção

‘Bênção’, em hebraico, brakah ou berakah (ברכה – Strong #1293) significa bênção; por implicação prosperidade, presente. Ela dá origem à palavra Berachah ou Berakah (Strong #1294, ‘bênção’), o nome de um vale na Palestina (2 Cr 20: 26: o vale de Bênção ou vale de Berachah). Berakah se origina da palavra barak (בךר – Strong #1288), uma raiz primitiva que significa ‘ajoelhar-se; por implicação abençoar a Deus (como um ato de adoração) e ao homem (como um benefício); abençoar, parabenizar, ajoelhar, louvar, saudar, agradecer’.

Em Gn 12: 3 está escrito: “Abençoarei (barak) os que te abençoarem (barak) e amaldiçoarei (’ãrar) os que te amaldiçoarem (qalal); em ti serão benditas (barak) todas as famílias da terra”. ’ãrar significa ‘amaldiçoado’, e vem de uma raiz primitiva que significa ‘execrar’, ‘amaldiçoar amargamente’. E qãlal significa ‘amaldiçoado’; fazer pequeno, insignificante, vil; diminuir, trazer ao desprezo, maldito, maldição, desprezar, afligir levemente, pouca estima ou pouco estimado, entre outros significados.

A promessa feita a Abraão (a bênção de Abraão) se compõe de três elementos principais: descendência (nele seriam benditas todas as nações da terra, inclusive os gentios – Gl 3: 14), terra (a bênção da prosperidade, a posse da terra de Canaã) e relacionamento com Deus (intimidade e amizade com o Senhor, pois Deus chamou Abraão de “meu amigo” – Tg 2: 23; Is 41: 8; 2 Cr 20: 7).

Há uma coisa discreta, mas interessante, no fato da palavra hebraica ser diferente no versículo de Gn 12: 3, mesmo que não fosse essa a intenção do escritor bíblico. Deus amaldiçoaria ‘amargamente’ (’ãrar), todos os que amaldiçoassem (qãlal) Abraão de alguma forma. Essa bênção permanece sobre os judeus, ‘os filhos de Abraão’, mas também sobre nós, os gentios, enxertados na família dos escolhidos de Deus através de Jesus (Rm 11: 17, 24; Rm 9: 8, 23-24; Gl 3: 7, 14). Portanto, quem amaldiçoa um escolhido de Deus corre o risco de sofrer debaixo do Seu julgamento. Isaque abençoou Jacó com a mesma frase dita por Deus a Abraão (Gn 27: 29b): “Maldito (’ãrar) seja o que te amaldiçoar (’ãrar), e abençoado (barak) o que te abençoar (barak)”.

A palavra ‘bênção’ (barak) também pode ser vista em Nm 23: 20, no caso de Balaão: “Eis que para abençoar (barak – Strong #1288) recebi ordem; ele abençoou, não o posso revogar [Balaão se referia a Deus]”. Mais adiante, em Nm 24: 9b, Balaão abençoa a Israel pela terceira vez: “Benditos (barak) os que te abençoarem (barak), e malditos (’ãrar) os que te amaldiçoarem (’ãrar)”.

Em Dt 11: 26 e Dt 30: 19 a palavra ‘bênção’ é escrita como ‘berakah’ (Strong #1293), e a palavra ‘maldição’ é ‘qelalah’ (קללה, Strong #7045), que significa: difamação, calúnia, vilipêndio (discurso ou escrita abusivamente depreciativa), maldição, maldito, amaldiçoar.

• “Eis que, hoje, eu ponho diante de vós a bênção (berakah: bênção; por implicação prosperidade, presente) e a maldição (qelalah)” (Dt 11: 26).
• “Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção (berakah: bênção; por implicação prosperidade, presente) e a maldição (qelalah); escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência” (Dt 30: 19).

A bênção ‘alcançaria’ os obedientes, e a maldição ‘alcançaria’ os desobedientes (Dt 28: 2,15). Assim, a bíblia faz uma ligação direta entre bênção e obediência; maldição e desobediência.

No salmo Sl 109: 28 está escrito: “Amaldiçoem (qalal) eles, mas tu, abençoa (barak); sejam confundidos os que contra mim se levantam; alegre-se, porém, o teu servo”.

Is 65: 16: “de sorte que aquele que se abençoar (barak) na terra, pelo Deus da verdade é que se abençoará (barak); e aquele que jurar na terra, pelo Deus da verdade é que jurará; porque já estão esquecidas as angústias passadas e estão escondidas dos meus olhos”.

No NT a palavra grega para ‘bênção’ é eulogia (εὐλογία – Strong #2129, um substantivo feminino), que significa: adulação, louvor, bênção, presente. Eulogia vem da mesma raiz de eulogeó (εὐλογέω – Strong #2127, um verbo). Eulogéō vem de ‘eu’ (Strong #2095): ‘bem, bom, bem feito, corretamente’ e ‘lógos’ (Strong #2095): ‘palavra, razão; uma palavra, discurso, expressão ou elocução divina, analogia’; portanto, uma boa fala, ou seja, elegância de linguagem, elogio (‘eulogia’), i.e., falar bem de alguém ou alguma coisa; falar propriamente; linguagem justa, o que confere benefício; portanto, abençoar (agradecer ou invocar uma bênção, prosperar); passar bênção, ser abençoado; adoração (com reverência); por implicação, consagração; por extensão, benefício ou generosidade (liberalidade). ‘Eulogeó’ é usado tanto para Deus abençoando as pessoas (Lc 1: 28; Ef 1: 3; Hb 6: 14) como para o Seu povo abençoando a Ele (Lc 1: 64; Lc 2: 28; Lc 24: 53; 1 Co 14: 16; Tg 3: 9).

Em Lc 6: 28 Jesus nos ensina: “bendizei (eulogeó) aos que vos maldizem (kataraomai = amaldiçoar, execrar, condenar), orai pelos que vos caluniam” [NIV: “abençoem os que os amaldiçoam, orem por aqueles que os maltratam”].

As mesmas palavras gregas são usadas em Rm 12: 14: “Abençoai (eulogeó) os que vos perseguem, abençoai (eulogeó) e não amaldiçoeis (kataraomai)”.

E em Gl 3: 14 está escrito: “Para que a bênção (eulogia) de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido”.

Tg 3: 10: “De uma só boca procede bênção (Strong #7122 – eulogia, εὐλογία) e maldição (katara, κατάρα – Strong #2671). Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim”.

Maldição

Para os hebreus, as maldições proferidas por uma pessoa não eram inócuas; elas eram agentes ativos que causavam danos, pois eram enviadas com um propósito e com força espiritual, portanto, com força de destruição, ou seja, elas tinham vida.

A bíblia hebraica usa três palavras sinônimas para maldição: ’ãrar (ארר), qãlal (קלל) e ’ãlâ (אלה), que corresponde aos termos gregos: kataraomai (καταράομαι), katara (καταραν) e epikataratos (ἐπικατάρατος).

• O verbo ’ãrar (arar, ארר – Strong #779) significa ‘amaldiçoado’, e vem de uma raiz primitiva que significa ‘execrar’, ‘amaldiçoar amargamente’. Aparece em Nm 5: 18; Nm 5: 24. ‘Arar’ dá origem a ‘meerah’ (מארת – Strong #3994) um substantivo feminino que significa ‘uma execração’, ‘maldição’. Execração significa: aversão, horror ou ódio ilimitado, maldição, imprecação (praga, maldição, rogo, súplica a um poder superior para bem ou para mal). Meerah aparece em Dt 28: 20; Pv 3: 33; Ml 2: 2; Ml 3: 9.

• O verbo qãlal (קלל – Strong #7043) significa ‘amaldiçoado’. Ele procede de uma raiz primitiva que significa: ser (causativamente, fazer) leve, literalmente (rápido, pequeno, agudo, etc.) ou figurativamente (fácil, insignificante, vil, etc.); e é usado no sentido de: diminuir, trazer ao desprezo, maldito, maldição, desprezar, afligir levemente, ter pouca estima, entre outros significados. Aparece em 1 Rs 2: 8, por exemplo: “Eis que também contigo está Simei, filho de Gera, filho de Benjamim, de Baurim, que me maldisse com dura maldição, no dia em que ia a Maanaim; porém ele saiu a encontrar-se comigo junto ao Jordão, e eu, pelo SENHOR, lhe jurei, dizendo que o não mataria à espada”.

O verbo qãlal dá origem ao substantivo feminino ‘qelalah’ (קללה – Strong #7045), que significa: difamação, calúnia, vilipêndio (discurso ou escrita abusivamente depreciativa), maldição, maldito, amaldiçoar. A palavra aparece em: Gn 27: 12,13; Dt 11: 26; Dt 11: 28; Dt 11: 29; Dt 23: 5; Dt 29: 27; Dt 30: 1; Dt 30: 19; Js 8: 34; Jz 9: 57; 2 Sm 16: 12; 2 Rs 22: 19; Ne 13: 2; Sl 109: 17; Sl 109: 18; Pv 26: 2; Pv 27: 14; Jr 24: 9; Jr 25: 18; Jr 26: 6; Jr 29: 22; Jr 42: 18; Jr 44: 12; Zc 8: 13.

Sl 109: 17: maldição – “Amou a maldição (qelalah קללה); ela o apanhe; não quis a bênção; aparte-se dele”.
Sl 109: 18: maldição – “Vestiu-se de maldição (qelalah קללה) como de uma túnica: penetre, como água, no seu interior e nos seus ossos, como azeite”.
Pv 26: 2: maldição – “Como o pássaro que foge, como a andorinha no seu vôo, assim, a maldição (qelalah קללה) sem causa não se cumpre”.

• Por fim, a palavra ’ãlâ (אלה, Strong #423) é um substantivo feminino que significa ‘imprecação’ e é usada para indicar excomunhão, maldição, execração, juramento. A palavra aparece em: Nm 5: 21; Nm 5: 27; Dt 29: 19; Dt 29: 20; Sl 10: 7; Is 24: 6; Jr 23: 10; Jr 29: 18 (KJV: maldição; ARA: ‘objeto de espanto’); Dn 9: 11; Zc 5: 3.

Ainda há outro termo hebraico usado em Lm 3: 65 para ‘maldição’, que é taalah (תאלתך), Strong #8381, derivado de ’ãlâ (alah, (אלה), que significa ‘uma imprecação, uma maldição’.

• Os termos gregos correspondentes a essas palavras hebraicas são: kataraomai (καταράομαι – Strong #2672), katara (καταραν – Strong #2671) e epikataratos (ἐπικατάρατος – Strong #1944). Kataraomai (καταράομαι – Strong #2672) é um verbo que significa: ‘eu amaldiçôo’, ‘amaldiçoado’ e pode ser visto em aparece em Lc 6: 28; Rm 12: 14. Provém de ‘katara’ (Strong #2671): execrar; por analogia, condenar.

Katara (καταραν – Strong #2671) é um substantivo feminino que significa: amaldiçoar; uma maldição, amaldiçoado, um condenado. Pode ser visto em Gl 3: 10; Gl 3: 13: “Cristo nos resgatou da maldição (katara) da lei, fazendo-se ele próprio maldição (katara) em nosso lugar (porque está escrito: Maldito (epikataratos) todo aquele que for pendurado em madeiro)”; Hb 6: 8; Tg 3: 10. Katara vem de kata e ara (αρας – Strong #685): imprecação, execração, uma oração (como elevada ao céu); mais comumente: uma oração pelo mal, uma maldição, imprecação, e que aparece em Rm 3: 14.

E epikataratos (ἐπικατάρατος – Strong #1944) significa: Sobre quem uma maldição foi invocada, maldito, condenado à destruição; imprecado, ou seja, execrável (executável, condenável, odioso, abominável, detestável). A palavra é usada apenas no campo bíblico e eclesiástico, como: maldito, execrável, exposto à vingança divina, permanecendo sob a maldição de Deus. Epikataratos aparece em Gl 3: 13: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito (epikataratos) todo aquele que for pendurado em madeiro)” (cf. Dt 21: 23).

Em Ap 22: 3 a palavra ‘maldição’ é escrita como katanathema (καταναθεμα – Strong #2652: uma maldição, uma coisa amaldiçoada), de kata e anathema, uma imprecação.
“Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão...” (Ap 22: 3).

• As seguintes palavras hebraicas heherïm e herem (חרם) correspondem aos termos gregos anathematizõ (verbo, ανεθεματισαν – Strong #332) e anathema (substantivo neutro). Anathema (αναθεμα) ou anathemati (αναθεματι – Strong #331), ‘maldição’, são palavras derivadas de ανατίθημι, anatíthimi, ‘dedicar’. Anatíthimi deu origem à palavra anáthima (αναθημα), ‘oferta votiva’, que depois a ser escrita como anathema (αναθεμα), ‘maldição’.

A raiz hebraica hãram ou charam (חרם – Strong #2763) significa: amaldiçoado, isolar, apartar; especificamente (por proibição ou banimento) para se dedicar a usos religiosos (especialmente destruição); fazer amaldiçoado, consagrar, destruir totalmente, devotar, confiscar, matar, fazer desaparecer totalmente, afastar, pôr à parte, desfazer; ‘separar da sociedade’ (Koehler, Lexicon, s.v.). Isso se aplica às coisas abertas ao uso humano, mas deliberadamente tornadas fora do alcance do homem:

a) Lv 27: 28-29 (dedicado, consagrado – herem – Strong #2764) – homem ou animal consagrado ao Senhor não se poderia resgatar, caso contrário, seria morto.

b) Em Ez 44: 29; Nm 18: 14, as ofertas a Deus são chamadas de herem e qõdhesh (‘santidade’), expressando o ato de que o homem separa alguma coisa inteiramente para Deus (herem), e Deus aceita e a marca como Sua (qõdhesh), após o que não pode mais ser redimida pelo homem.

c) Essa palavra pode ser empregada para indicar ‘maldito, amaldiçoado, total destruição’ (Zc 14: 11 – KJV usa a palavra ‘destruição’. A ARA usa a palavra ‘maldição’ (חרם cherem). A NVI escreve: ‘Nunca mais será destruída’). Às vezes, o motivo subentendido é a ira de Deus (Is 24: 5), porém, mais freqüentemente isso ocorre a fim de remover um contágio potencial por amor a Israel (Dt 7: 26; Dt 20: 17). Qualquer contato com tal ‘coisa devotada’ envolvia implicação em seu contágio e partilha em sua sorte (Js 6: 18 – ‘coisas condenadas’; Js 7: 1 – ‘coisas condenadas’; Js 7: 12– ‘coisa roubada’; Js 7: 15 – ‘coisa condenada’: “Aquele que for achado com a coisa condenada será queimado, ele e tudo quanto tiver, porquanto violou a aliança do Senhor e fez loucura em Israel”; 1 Sm 15: 21 – ‘designado à destruição’; 1 Rs 20: 42 – ‘condenado’).

d) Espiritualmente, herem é o julgamento de Deus contra os pecadores impenitentes (Ml 4: 6: ‘maldição’ – cherem חרם), e é esse o caso que a impossibilidade de redimir o herem é claramente visto; o anathema do NT.

• Os termos gregos correspondentes a herem são anathematizõ (verbo) e anathema (substantivo neutro), anátema, visto 8 vezes no NT. Anathematizó (ανεθεματισαν – Strong #332) se origina em anathema (αναθεμα), e significa: amaldiçoar, invocar maldições, devotar à destruição; declarar ou jurar sob pena de execração; (vincular sob uma) maldição, vincular com um juramento, colocar sob uma maldição. Esse verbo pode ser visto na bíblia em At 23: 12 (Ανεθεματισαν anathematizó, verbo = se colocar sob maldição); At 23: 21 (Ανεθεματισαν anathematizó, verbo = se colocar sob maldição).

Anathemati (αναθεματι), também escrito como anathema (αναθεμα), Strong #331, significa uma oferta votiva (de acordo com a palavra anteriormente usada: anáthima, αναθημα, ‘oferta votiva’), algo dedicado a Deus; uma maldição, a coisa amaldiçoada; acusado, anátema, maldição. Anathemati procede de outra palavra, anatithemai; e significa: uma proibição (religiosa) ou (concretamente) excomungada (coisa ou pessoa). Ela pode ser vista em At 23: 14 [“Juramos, sob pena de anátema” – αναθεματι, ou anathemati anathema (substantivo neutro)]; Rm 9: 3 [“porque eu mesmo desejaria ser anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, meus compatriotas, segundo a carne” (αναθεματι anathemati ou anáteama αναθεμα)]; 1 Co 12: 3 (“Por isso, vos faço compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus afirma: anátema, Jesus! Por outro lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus!, senão pelo Espírito Santo”); 1 Co 16: 22 (“Se alguém não ama o Senhor, seja anátema. Maranata!”); Gl 1: 8, 9 (“Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema”; a palavra anátema, escrita na ARA, é traduzida como ‘amaldiçoado’ na NVI).

Em palavras mais fáceis, ‘herem’ ou ‘anátema’ era uma coisa que era devotada a Deus, mas se tornava maldita para aquele que o tocasse ou usasse para outro propósito. Foi o que aconteceu com Acã, que tocou nas coisas condenadas, após a queda de Jericó (Js 6: 18 – ‘coisas condenadas’; Js 7: 1 – ‘coisas condenadas’; Js 7: 11 – ‘coisas condenadas’; Js 7: 12 – ‘coisa roubada’; Js 7: 15 – ‘coisa condenada’).

Fonte de pesquisa: O Novo Dicionário da Bíblia – J. D. Douglas – edições vida nova, 2ª edição 1995.

Recado pessoal de Deus para quem busca Suas bênçãos

Eu só gostaria de deixar um aprendizado bem prático aqui sobre as palavras de bênção que saem da boca de um crente, muitas vezes de maneira automática, uma vez que o temor de Deus dentro dele e o próprio Espírito Santo o impede de amaldiçoar pessoas, em especial os ungidos de Deus. Saiba que o diabo usa corpos. Deus também usa corpos humanos para a Sua obra na terra, inclusive para abençoar Seus filhos e quem precisa do Seu socorro. Então, por que viver dizendo: — “Deus te abençoe muito! Te dê saúde, prosperidade, paz etc., etc., etc.”, se você não se deixa ser um instrumento de bênção palpável nas mãos dEle?

Vamos ler a Palavra:
• “Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta” (Tg 2: 14-17).

• “Todo aquele que odeia seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si. Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar a nossa vida pelos irmãos. Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade” (1 Jo 3: 15-18).

• “Quando entre ti houver algum pobre de teus irmãos, em alguma das tuas cidades, na tua terra que o Senhor, teu Deus, te dá, não endurecerás o teu coração, nem fecharás as mãos ao teu irmão pobre; antes, lhe abrirás de todo a mão e lhe emprestarás o que lhe falta, quanto baste para a sua necessidade... Livremente, lhe darás, e não seja maligno o teu coração, quando lho deres; pois, por isso, te abençoará o Senhor, teu Deus, em toda a tua obra e em tudo o que empreenderes. Pois nunca deixará de haver pobres na terra; por isso, eu te ordeno: livremente, abrirás a mão para o teu irmão, para o necessitado, para o pobre na tua terra” (Dt 15: 7-8; 10-11).

• “Não vos enganeis: De Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará... E não nos cansemos de fazer o bem, porque ao seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos. Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé” (Gl 6: 7; 9-10). Você está semeando? Não há colheita sem semeadura.

• “Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos” (Tg 1: 21-25).

• “Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras [O apóstolo Tiago estava falando para crentes, não ímpios]. Nada tendes, porque não pedis; pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes nos vossos prazeres. Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo [com seus chamarizes e ofertas de vantagem] constitui-se inimigo de Deus” (Tg 4: 2-4).

• “Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando” (Tg 4: 17).

Sabe porque eu estou dizendo isso?

Porque muitas vezes, Deus coloca uma pessoa na sua frente porque Ele precisa usar sua boca para iluminar aquela mente desesperada, necessitando de luz; ou uma pessoa que precisa de uma palavra de força, incentivo e carinho para continuar a acreditar em Deus e não se entregar nas mãos do diabo e cometer um suicídio por causa do desespero; ou, então, uma pessoa doente, quase sem respirar, com um frasco de broncodilatador nas mãos (que só se vende com receita médica), sem ter onde morar e que está há 4 dias sem comer, como já me aconteceu uma vez (e infinitas experiências semelhantes no meio da rua). Entretanto, se o crente apenas disser: — “Deus te abençoe muito! Te dê saúde, prosperidade, paz etc., etc., etc.” e não puser a mão no bolso para lhe dar R$ 20,00 para comprar uma marmita para matar sua fome naquele momento e poder procurar um socorro médico para poder respirar de novo, de que vale chegar na igreja, levantar as mãos sujas de rebeldia, autopiedade e desobediência para louvar a Deus e apenas abraçar os irmãozinhos perfumados e agradáveis com quem ele só conversa no domingo? Hipocrisia!

Resumindo tudo o que foi dito sobre bênção: rebeldia e desobediência não trazem bênção, mas a correção e a maldição de Deus, ou seja, necessidade financeira, isolamento social e carência afetiva, doença, privação e legalidade para o diabo tocar com destruição. Se quisermos bênçãos de Deus e ser abençoados pelos irmãos, precisamos exercitar isso, ou seja, precisamos ser abençoadores também, instrumentos de bênção nas mãos de Deus de maneira palpável e prática.


bênção

Este texto se encontra no livro:


livro evangélico: O Senhor quer falar com Seu povo

O Senhor quer falar com Seu povo (PDF)

The Lord wants to talk to His people (PDF)



Autora: Pastora Tânia Cristina Giachetti

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