Estudo evangélico sobre algumas causas espirituais de problemas financeiros: o Sábado, dízimos e ofertas, perdão, obras da carne, maldições hereditárias e de sentença, obras de idolatria e feitiçaria.
Evangelical study on some spiritual causes of financial problems: the Sabbath, tithes and offerings, forgiveness, works of the flesh, hereditary curses, works of idolatry and sorcery.
A primeira causa continua sendo não obedecer ao mandamento do dízimo. Em Ml 3: 8-9 está escrito: “Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós a nação toda”. Neste texto, Deus deixa bem claro que reter o dízimo é um roubo, portanto, um pecado que gera maldição por causa dessa desobediência, ou seja, o pecado de reter o dinheiro do Senhor gera uma lacuna, uma brecha, por onde há legalidade para haver roubo também. Mesmo vivendo debaixo da dispensação da graça (i.e., Jesus nos livrou da maldição da Lei, trazendo a vida eterna para nós pela graça e não por obras), nós ainda estamos debaixo da autoridade da palavra de Deus e ela nunca morre. O valor de 10% que Ele pede de nós é um meio criado por Ele mesmo para abençoar nossas finanças, e para que nós mostremos que Ele está em primeiro lugar em nossa vida, e aquilo que nós temos, recebemos dEle. Ele é quem nos dá força para adquirirmos riqueza (Dt 8: 18). É um ato de amor, não de cobrança, sujeito a punição.
A segunda causa envolvida nesse processo é a falta da oferta, pois sem ofertar não há semente plantada, portanto, não haverá nada a colher:
• Gl 6: 7: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará”.
• 2 Co 9: 6: “E isto afirmo: aquele que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará”.
Isso nos reafirma a idéia de que a oferta é uma semente que só crescerá e multiplicará se for semeada.
A terceira causa são as obras de idolatria e feitiçaria. Alguns textos na bíblia falam delas e de sua correspondente punição (principalmente no AT), que é a morte, ou seja, o afastamento de Deus e da Sua graça pelo próprio pecado. O que devemos lembrar é que para Deus a avareza é considerada pecado de idolatria (Ef 5: 5), e a obstinação, a desobediência e a rebelião (1 Sm 15: 23) são comparadas à feitiçaria, além dos verdadeiros atos de feitiçaria, bruxaria e idolatria propriamente ditos que levam a pessoa a ficar presa aos laços criados pelo inimigo:
• Lv 20: 27: “O homem ou mulher que sejam necromantes ou sejam feiticeiros serão mortos; serão apedrejados; o seu sangue cairá sobre eles” [NIV: Os homens ou mulheres que, entre vocês, forem médiuns ou consultarem os espíritos, terão que ser executados. Serão apedrejados, pois merecem a morte].
• 1 Sm 15: 22-23: “Porém Samuel disse: Tem, porventura, o Senhor tanto prazer e holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como pecado de feitiçaria, e a obstinação (teimosia) é como a idolatria e culto a ídolos do lar. Visto que rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei”.
Aqui Deus estava falando sobre Saul, que tinha sido rejeitado como rei, pois desobedecera ao Senhor. Hoje ainda é válida esta lei; mesmo que uma pessoa tenha praticado estes atos antes de se converter e de ter sido perdoada por Deus, ainda pode estar ligada de certa forma às conseqüências que eles geraram, principalmente, se envolveu outras pessoas com isso (continua ligada a elas espiritual e emocionalmente). Por isso deve quebrar esses laços de maneira efetiva pedindo não só o perdão a Deus e liberando perdão para as vidas envolvidas, mas clamar pela sabedoria divina para ajudá-la a mudar o padrão ‘doente’ de comportamento.
• Ef 5: 5-6: “Sabei, pois isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. Ninguém vos engane com palavras vãs; porque, por essas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Portanto, não sejais participantes com eles”.
Paulo fala aqui que os que praticam tais coisas não entram no reino de Cristo nem no reino de Deus. Paulo reforça ainda a idéia de estarmos alertas a tudo aquilo que nos pode enganar com falsa sabedoria, tentando nos ensinar outra doutrina ou nos manter presos à sabedoria racional humana, e não sermos participantes com eles, pois estarão sujeitos à ira de Deus.
• Cl 3: 5-6: “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria; por estas coisas é que vem a ira de Deus [sobre os filhos da desobediência]”.
• Lv 19: 31: “Não vos voltareis para os necromantes nem para os adivinhos; não os procureis para serdes contaminados por eles. Eu sou o Senhor, vosso Deus”.
• Dt 18: 9-14: “Quando entrares na terra que o Senhor, teu Deus, te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor, teu Deus, os lança de diante de ti. Perfeito serás para com o Senhor, teu Deus. Porque estas nações que hás de possuir ouvem os prognosticadores e o adivinhadores; porém a ti o Senhor, teu Deus, não permitiu tal coisa”.
Isso quer dizer que depois que o Senhor nos trouxe para o Seu reino, não devemos mais buscar as estratégias do mundo como fazem os que são dele, principalmente para ganhar dinheiro. Nossa dependência deve estar em Deus que abençoa o nosso trabalho, não nas estratégias sujas que o inimigo usa para ganharmos nosso dinheiro baseado nos seus padrões e, muitas vezes, sem querermos trabalhar para ganhá-lo (jogos de azar, loterias e outros métodos usando adivinhação e vidência, bem como as atitudes de ganância e cobiça que permeiam muitas transações comerciais, visando somente a lucro próprio para fins egoístas). No Sl 1: 1 o Senhor diz: “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores”. A impiedade é o desprezo à palavra e às coisas de Deus.
• Êx 22: 18: “A feiticeira não deixarás viver”.
A quarta causa é tocar em ungido de Deus. Davi foi o maior rei de Israel e foi um exemplo neste sentido, pois sabia que tentar algo contra quem o próprio Deus tinha escolhido, mesmo estando em pecado e em caminhos errados como estava Saul, era tocar no próprio Deus e fazer uma justiça que não pertence ao homem. Por isso não matou Saul, embora tivesse diante de si duas oportunidades para fazê-lo. A bíblia fala que nós somos a menina dos olhos de Deus e o que toca em nós, toca no próprio Deus (Zc 2: 8 b). Quando a bíblia usa o termo “ungido de Deus” está se referindo aos reis ou aos profetas. Hoje, para nós, ser ungido de Deus, significa todo aquele que tem o selo do sangue do Cordeiro sobre si e anda nos Seus caminhos, principalmente se tiver algum cargo de autoridade delegado pelo próprio Deus e em quem Ele derrama uma porção maior do Seu Espírito. Podemos tocar num “ungido de Deus” de várias formas, mas a principal delas é a maledicência gerada pela inveja e que traz junto consigo a falsa acusação denegrindo a imagem dos Seus servos. Isso não quer dizer que o líder não possa ser repreendido ou exortado, todavia, o próprio Deus levanta outro ungido para fazê-lo, como foi o caso de Samuel com Saul e de Natã com Davi. O que Ele não aprova é a maledicência carnal de quem apenas se compraz na crítica e no mexerico. Querendo ou não, essas palavras amaldiçoadas trarão impedimentos no caminho de quem é o alvo delas, porém, dificultará ainda mais os caminhos de quem as proferiu.
A quinta causa é não respeitar o Sábado.
• Lv 19: 30: “Guardareis os meus sábados e reverenciareis o meu santuário. Eu sou o Senhor”.
• Dt 5: 12: 15: “Guarda o dia de sábado, para o santificar, como te ordenou o Senhor, teu Deus... porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito e que o Senhor, teu Deus, te tirou dali com mão poderosa e braço estendido; pelo que o Senhor, teu Deus, te ordenou que guardasses o sábado”.
• Ne 13: 17: “Contendi com os nobres de Judá e lhes disse: “Que mal é esse que fazeis, profanando o dia de sábado?”
• Is 56: 2; 4-5: “Bem-aventurado o homem que faz isto, e o filho do homem que nisto se firma, que se guarda de profanar o sábado e guarda a sua mão de cometer algum mal... Aos eunucos que guardam os meus sábados, escolhem aquilo que me agrada e abraçam a minha aliança, darei na minha casa e dentro dos meus muros, um memorial e um nome melhor do que filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará”.
• Is 58: 13-14: “Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no meu santo dia; se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs, então te deleitarás no Senhor. Eu te farei cavalgar sobre os altos da terra e te sustentarei com a herança de Jacó, teu pai, porque a boca do Senhor o disse”.
• Jr 17: 21-22: “Assim diz o Senhor: Guardai-vos por amor da vossa alma, não carregueis cargas no dia de sábado, nem façais obra alguma; antes, santificai o dia de sábado, como ordenei a vossos pais”.
• 2 Cr 36: 21: “para que se cumprisse a palavra do Senhor, por boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da desolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram”.
O povo deveria honrar a Deus permitindo que sua terra descansasse a cada sete anos. Esse período sem plantio era considerado sábado de descanso (Lv 25: 2-4; Êx 23: 10-11). Como, porém, deixaram de fazer isso ao longo dos séculos, Deus os condenou e retirou todos os sábados de descanso de uma só vez (2 Cr 36: 21). A terra ficaria adormecida durante o cativeiro na Babilônia: 70 anos (Lv 26: 34-35; Lv 26: 43; Jr 25: 11; Jr 29: 10; Dn 9: 2).
Sábado vem do hebraico, shabbat, que significa: ‘descanso, cessação ou interrupção’.
O descanso de Deus no dia de sábado (Shabbat, Êx 23: 12-13 e Lv 23: 3) significa desfrutarmos as Suas bênçãos espirituais, como está escrito em Hb 3: 11: “Assim jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso” (em referência à desobediência do povo a Deus no deserto, tentando-o por quarenta anos). Para nós cristãos, isso significa que se respeitarmos o nosso sábado, descansando no Senhor das coisas que não podemos resolver com nossas próprias forças, e do trabalho das nossas próprias mãos para ganhar dinheiro e sustento financeiro, Ele vai começar a agir em nosso favor e poderemos receber as nossas bênçãos diretamente dEle. Respeitar o sábado nos traz também a prosperidade, pois mostramos que cremos em Deus para nos suprir e para resolvermos o que não podemos com as nossas próprias forças. Assim fazendo, estamos nos consagrando verdadeiramente a Ele. “Nosso sábado” pode ser qualquer dia da semana que separamos para Deus, não necessariamente o sábado. O Senhor nos deu um dia de descanso e devemos respeitá-lo, pois assim a Sua prosperidade nos atingirá por inteiro. Vamos imaginar que a sua profissão exija um trabalho no sábado ou no domingo (por exemplo: você é um médico de Terapia Intensiva ou um cirurgião, um piloto de aeronave comercial, bombeiro ou tenha qualquer ocupação que lida com emergências). Você até gostaria de ter esse dia livre (o sábado ou o domingo) para estar com sua família, com seus amigos ou com seus irmãos na igreja, porém, não dá. O que fazer? Se você teme verdadeiramente o Senhor e entende o significado do Shabbat, escolha um dia da semana que coincida com a sua folga e faça dele um dia de bênção e separação para Deus, pensando nas Suas coisas, ou seja, nas coisas espirituais ao invés das terrenas, que só o preocupam, e descanse nEle. Enquanto você descansa, Ele trabalha por você. Portanto, o Dia do Descanso, não é dia de prejuízo financeiro, prisão espiritual, julgamento ou contenda entre irmãos, mas dia de bênção e consagração a Ele.
A sexta causa é amaldiçoar os judeus.
Em Gn 12: 3a está escrito: “Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem”. Foi o que Deus disse a Abrão quando o chamou para sair da sua terra para uma terra que não conhecia. Essa bênção está sobre nós cristãos por a termos herdado através de Jesus (Gl 3: 14), mas continua valendo sobre os judeus, portanto, quando os abençoamos estaremos cumprindo a palavra de Deus.
A sétima causa é vivermos em jugo desigual com os incrédulos.
A bíblia nos ensina em 2 Co 6: 14-18 a não mantermos relacionamentos mais íntimos com incrédulos para não incorrermos no risco de nos desviarmos da Palavra e, conseqüentemente, da bênção de Deus: “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso”.
Alguns Coríntios achavam atraentes certas falsas doutrinas e queriam combiná-las com o evangelho. Mas não há como unir algo falso com o que é verdadeiro. Não pode haver meio-termo: ou seguimos só a Cristo ou simplesmente não o seguimos. É claro que ao vivermos no mundo, estamos sujeitos a relacionamentos com pessoas não crentes, como no emprego, na nossa moradia ou no casamento. Mas o que Deus nos diz aqui é que devemos nos manter íntegros, não cedendo às influências danosas e não nos contaminando com elas. Nós é que devemos dar o exemplo de integridade e justiça de Deus através das nossas atitudes. Entretanto, sempre que for possível, devemos pedir ao Senhor que nos liberte desses jugos, pois isso pode afetar todas as áreas da nossa vida, não só a financeira. Devemos evitar ao máximo o relacionamento mais íntimo com quem não é do Senhor; devemos tratá-los com amor, mas mantermos a relação num nível mais superficial para que nossa alma e nosso espírito sejam preservados e não nos tornemos coniventes com o pecado.
A oitava causa é a falta de perdão e nos esquecermos que devemos fazer aos outros o que queremos que nos façam.
Em Mt 7: 12 Jesus diz: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas”. Em Mt 6: 14-15 Ele diz: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas”. Em algumas traduções a palavra ‘ofensa’ é substituída por ‘dívida’. As feridas emocionais devem ser saradas em nós através do perdão àqueles que se opõem ao nosso caminhar; assim Deus também nos perdoará. A nossa dívida foi paga por Jesus na cruz do Calvário, pois nossos pecados feriram a Deus e essa atitude errada nos deixou uma dívida no mundo espiritual, que só o sangue do Filho de Deus poderia pagar para sermos resgatados. Ele perdoou nossa ofensa. Da mesma forma, quando guardamos rancor ou mágoa de alguém e não liberamos perdão para essa pessoa, seja por causa de uma dívida emocional ou financeira, acabamos por ficar presos a ela e a essa situação. Quando perdoamos, somos livres também.
A nona causa são os roubos conscientes e inconscientes.
Quando Deus chamou Moisés ao monte Sinai e lhe deu os Dez Mandamentos, um deles foi: “Não furtarás” (Êx 20: 15). Quanto aos dízimos e ofertas, nós já vimos que, se forem retidos, serão um roubo a Deus e que acarretará maldição sobre nós. Entretanto, outros roubos nos trazem problemas:
• reter o que é do próximo (por exemplo: guardar o que se pediu emprestado e não devolveu, ou demorar para lhe dar o que lhe pertence por direito).
• tirar do outro o que é dele (roubo visível mesmo).
• viver acima das suas posses porque a pessoa vive à custa do que não é dela. Há uma palavra em Jr 22: 13 que diz: “Ai daquele que edifica a sua casa com injustiça e os seus aposentos, sem direito! Que se vale do serviço do seu próximo, sem paga, e não lhe dá o salário”.
• desperdício de tempo e negligência no trabalho, que é roubar o patrão.
• inveja, que através de atitudes ou palavras vem roubar a esperança, as forças ou as bênçãos espirituais de alguém.
• trair a confiança num relacionamento; mau humor e frustração descarregados sem motivo sobre alguém para lhe roubar a alegria.
• palavras negativas que trazem dúvida e destroem projetos; chantagem emocional que faz com que o outro deixe suas necessidades para dar atenção ao chantagista.
• nutrir um sonho na vida de alguém e não cumprir depois com a promessa.
• plágio de um trabalho ou de uma obra artística ou literária.
• tentar legalizar algo que por si só já é ilegal (“pirataria” em qualquer área, forjando licenças que não existem).
• negar ajuda ou informação a alguém ou dar informação falsa, que faz o outro ‘tropeçar’ e levar mais tempo até chegar ao seu objetivo, quando se tem capacidade e condições para isso (Pv 3: 27).
• cobrar a mais por um serviço quando este não é merecedor disso (“Foram também os publicanos para serem batizados e perguntaram-lhe: Mestre, que havemos de fazer? Respondeu-lhes [João Batista]: não cobreis mais do que o estipulado” – Lc 3: 12-13).
• usar de astúcia, engano ou artimanhas mundanas baseadas na sabedoria e na experiência profissional da carne em qualquer negócio, seja em que profissão for, o que só traz benefício próprio para fins egoístas. Perde-se a confiabilidade dos homens e de Deus, abrindo brechas cada vez maiores para a assolação do diabo.
• subornos e impostos indevidos, que são desviados para fins ilícitos.
Essas e outras formas sutis de roubo trazem prejuízo para as duas partes: para quem é roubado e para quem rouba.
Em resumo: Se você sabe que algo faz bem a uma pessoa e lhe nega isso, você está roubando e vai ser roubado mais tarde. A palavra do Senhor não muda:
• “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6: 7).
• “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas” (Mt 7: 12).
• “Não te furtes a fazer o bem a quem de direito, estando na tua mão o poder de fazê-lo” (Pv 3: 27).
A décima causa são as maldições hereditárias e as maldições de sentença.
Em Êx 20: 5 está escrito: “... porque eu sou o Senhor, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem...”.
Também em Dt 30: 15- 20, o Senhor diz: “Vê que proponho, hoje, a vida e o bem, a morte e o mal; se guardares o mandamento que hoje te ordeno, que ames o Senhor, teu Deus, andes nos seus caminhos, e guardes os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos, então, viverás e multiplicarás, e o Senhor, teu Deus, te abençoará na terra a qual passas para possuí-la. Porém, se o teu coração se desviar, e não quiseres dar ouvidos, e fores seduzido, e te inclinares a outros deuses, e os servires, então, hoje, te declaro que, certamente, perecerás; não permanecerás longo tempo na terra à qual vais, passando o Jordão, para a possuíres. Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência, amando o Senhor, teu Deus, dando ouvidos à sua voz e apegando-te a ele; pois disto depende a tua vida e a tua longevidade; para que habites na terra que o Senhor, sob juramento, prometeu dar a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó”.
Em Pv 18: 20-21, podemos ler: “Do fruto da boca o coração se farta, do que produzem os lábios se satisfaz. A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto”.
Em Jó 15: 6, a Palavra diz: “A tua própria boca te condena, e não eu; os teus lábios testificam contra ti”.
Em todos esses versículos, podemos ver que tanto por erros dos nossos antepassados (maldições hereditárias), quanto por erros nossos através de atitudes não concordantes com as de Deus, ou por palavras de maldição liberadas por outros ou por nós mesmos (maldições de sentença), acabamos sofrendo as conseqüências, inclusive na área financeira. Muitas vezes, mesmo sendo crentes, os conhecimentos errados que tivemos nos fazem repetir palavras limitantes sobre nós mesmos: “não posso”, “não consigo”, “vou ser pobre sempre”, “nunca vou ter nada” ou palavras verdadeiramente malditas (“pragas”). Isso restringe a abundância de Deus sobre nossa vida e a de outras pessoas, caso lancemos essas palavras de maldição sobre elas. O interessante é que Deus não nega a transmissão hereditária, genética, mas nos dá o livre-arbítrio de quebrar essas maldições através das nossas atitudes.
Outros textos bíblicos que também têm importância nesse sentido estão em Ez 18: 19-20; Nm 14: 18; Dt 24: 16; Êx 20: 5-6; 2 Cr 25: 4; Jr 31: 30 que falam sobre a responsabilidade ser pessoal, ou seja, sobre o livre-arbítrio de Deus para Seus filhos, e que podem ser resumidos em poucas palavras: “Os pais não serão mortos em lugar dos filhos, nem os filhos, em lugar dos pais; cada qual será morto pelo seu pecado”. Deus falou nos Dez Mandamentos que visitaria a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que o desobedecessem. Assim, podemos dizer que Deus nos castiga pelos pecados que de fato cometemos. Em nenhum lugar da bíblia o crente justificado paga eternamente pelos pecados dos pais. Cada um morrerá pelo seu próprio pecado. Isso não significa dizer, entretanto, que nada passa adiante na árvore genealógica. Os padrões de comportamento pecaminoso são transmitidos para os membros da família. Entretanto, os filhos responderão a Deus pela vida deles, não pela dos pais. Sempre que os filhos contrariam o padrão estabelecido pelos pais pecadores, podem receber as bênçãos de Deus. O evangelho de Cristo garante o poder de quebrar as cadeias do pecado sobre as famílias. Jesus já quebrou todas as maldições pelo Seu sangue derramado na cruz e deixou Suas bênçãos espirituais disponíveis para nós nas regiões celestiais (Ef 1: 3), mas cabe a nós trazer estas bênçãos para a nossa vida material através da fé que nos faz exercitar a Sua palavra e nos dá a autoridade sobre o maligno, tirando de suas mãos o que é nosso. Por isso, a verdadeira quebra de maldições se processa no nosso dia a dia, mudando os padrões de comportamento que dão brecha para a assolação do inimigo.
A décima primeira causa é a má administração do dinheiro, por exemplo, o consumismo. Tanto a miséria, como o consumismo, quanto a ansiedade são obras da carne que minam a vida financeira. E elas oprimem. Por isso, devemos entregar não só nosso dinheiro ao Senhor, mas toda a nossa vida em sua plenitude, confiando no Seu domínio e pedindo a Ele a sabedoria e o dom da administração e do governo, pois muitos cristãos são donos de empresas e estão na cabeça de negócios financeiros, necessitando de uma capacitação divina para gerenciar seu trabalho. Até donas de casa precisam saber administrar o que lhes chega às mãos. Quando Ele toma o leme do nosso barco, Ele mesmo nos ensina o que fazer com o que temos.
Uma das emoções que tocam nossa alma, principalmente no que se refere a problemas financeiros, é o medo. Certa vez ouvi um comentário sobre o medo, numa pregação. Em inglês, a palavra é FEAR. Se imaginarmos que é uma sigla, teremos: F = falsa; E = expectativa; A = aparência; R = realidade. Portanto, o medo é uma falsa expectativa com aparência de realidade. Dessa forma, vindo da alma ou do diabo, de qualquer forma é uma mentira. O amor de Deus lança fora todo o medo. Seu amor nos guarda e protege do medo. Então, não ceda ao medo. “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor... No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor” (1 Jo 4: 8; 18).
Nesse item, devemos lembrar também de uma obra da carne chamada inveja, que pode ser responsável pela perda econômica em nossas vidas, pois se invejamos o outro, significa que não temos coragem de lutar pelo que é nosso e desejamos que aquilo que pertence às outras pessoas venha “de graça” às nossas mãos. Isso é uma mentira, pois está escrito na Palavra que o reino de Deus é tomado por esforço e os que se esforçam se apoderam dele. Seja por causa da estabilidade financeira, seja por outras causas (por exemplo, dons espirituais), a inveja nunca será um bom sentimento no coração do filho de Deus, pois abre brecha para muitas outras assolações. A biblia diz: “O ânimo sereno é a vida do corpo, mas a inveja é a podridão dos ossos” (Pv 14: 30). O coração de uma pessoa próspera, além de ser doador, semeador, multiplicador e liberador de recursos e dons, consegue se alegrar com a vitória dos irmãos e essa atitude também se refletirá em sua própria vida.
Já que falamos da inveja, por que não falarmos sobre um dos frutos do Espírito Santo, que é a alegria? (Gl 5: 22). Sem o amor pelas coisas de Deus e sem a alegria de semear na Sua Obra de que vale trabalhar tanto e se esforçar na profissão, e reter o dinheiro que pertence a Deus? A alegria é como um fermento que faz nossa oferta prosperar e alimentar outras vidas; é um adubo imprescindível para a nossa semente.
• 2 Co 9: 7: “Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria”.
Tem uma palavra forte em Dt 28: 45-47, que fala sobre as maldições decorrentes da desobediência e nós podemos notar que no v. 47, o Senhor diz que o mal veio a eles porque não serviram ao Senhor com alegria e bondade de coração, apesar da abundância que receberam. A palavra diz: “Todas estas maldições virão sobre ti, e te perseguirão, e te alcançarão, até que sejas destruído, porquanto não ouviste a voz do Senhor, teu Deus, para guardares os mandamentos e os estatutos que te ordenou. Serão, no teu meio, por sinal e por maravilha, como também entre a tua descendência, para sempre. Porquanto não serviste ao Senhor, teu Deus, com alegria e bondade de coração, não obstante a abundância de tudo”.
Eu acho que quando as pessoas não têm a real consciência do que Jesus fez na cruz por toda a humanidade, elas não conseguem dar valor ao que receberam e fazem tudo por obrigação, por religiosidade, mas não por amor nem gratidão pelo que receberam dEle. Se soubessem, fariam de tudo para fazê-lo feliz, ao invés de entristecê-lo com incredulidade e rebeldia.
Prosperidade, dom de Deus, fruto do amor, prática da alegria (PDF)
Prosperity, God’s gift, fruit of love, joyful practice (PDF)
Economias desnecessárias (PDF)
Autora: Pastora Tânia Cristina Giachetti
PIX: relacionamentosearaagape@gmail.com